
40.
LANDO NORRIS
📍Monte Carlos - Londres
"DNA"
Leia o aviso final e responda,
por favor!!!
Eu sabia que tinha perdido o controle da minha vida no momento em que deixei a Emily, e cada palavra que saía da boca da Magui era um lembrete do erro que cometi. Mas agora eu estava preso, tentando fazer o que achava ser o "certo" para não piorar ainda mais a situação.
Tombei a cabeça para trás, fechando os olhos enquanto ouvia a voz dela ecoar na sala.
— Então vamos naquele evento importantíssimo em Londres e oficializamos nosso namoro, Lando. — A voz de Magui soava quase vitoriosa, como se ela já tivesse conseguido o que queria. —
— Tá, tá. Tanto faz. Não me importa isso. Só saiba que estou com você por causa desse filho e nada mais. — Minha paciência estava no limite, e a irritação ficou evidente na minha resposta. —
Ela soltou uma risada baixa, aproximando-se com aquele sorriso que eu passei a desprezar.
— Não me importa isso, Lando. Só de você estar comigo e não com a Emily, eu já me contento, love. — Ela colocou a mão no meu rosto, um gesto que deveria ser carinhoso, mas que agora só me causava repulsa. —
Olhei bem nos olhos dela, o peso do que eu estava sentindo transparecendo na minha voz.
— Como eu nunca percebi quem você é de verdade? Uma interesseira que só pensa em você mesma e mais ninguém. Nem no seu próprio filho.
O sorriso dela diminuiu, mas não desapareceu. Magui deu de ombros, como se minhas palavras não a afetassem.
— Ah, Lando, para com esse seu drama... Estou te livrando, sabia? A Emily nunca ia te fazer feliz. Eu sempre estive aqui por você. Você deveria dar valor a mim.
— Depois do que você se tornou, eu só consigo sentir pena. Pena porque, um dia, você vai perceber que está sozinha. E quando isso acontecer, ninguém mais vai estar ao seu lado. — Meu olhar endureceu, e as palavras saíram antes que eu pudesse controlar. —
Ela me encarou por um momento, os olhos estreitando como se tentasse me medir, mas logo se afastou, cruzando os braços e rindo baixinho.
— Acha mesmo que eu preciso de alguém, Lando? Eu sei o que quero, e consigo o que quero. E, no momento, isso é você.
A vontade de sair dali e nunca mais voltar era esmagadora, mas olhei para baixo, para o chão, tentando controlar a fúria que subia dentro de mim.
— Eu só espero que esse filho não herde nada do seu egoísmo.
Magui bufou, revirando os olhos e cruzando os braços.
— Claro, até porque agora eu sou a vilã da sua história de amor, não é? — A voz dela transbordava ironia. — Eu não te obriguei a nada, Lando. Só te dei duas escolhas, e você foi quem decidiu terminar com ela, não eu.
Fiquei em silêncio, meu maxilar travado, enquanto as palavras dela cortavam fundo.
— Se você não quis enfrentar tudo isso com a Emily, talvez você nunca tenha confiado no amor que diziam ter. Talvez ele não fosse tão forte quanto você queria acreditar. — Ela continuou, dando um passo à frente, com um sorriso que parecia quase satisfeito. —
Fechei os olhos por um momento, tentando controlar a raiva que subia dentro de mim.
— Eu confiei no meu amor com ela. — Minha voz saiu baixa, mas firme. — O problema não era a força dele, Magui, mas sim o peso das suas mentiras. Você armou tudo isso, e sabe disso.
Ela riu baixinho, sem o menor arrependimento.
— Você pode se convencer disso, Lando, mas, no final, foi você quem tomou a decisão. Você preferiu me ouvir, preferiu se deixar manipular... Talvez porque, no fundo, a Emily não era tão importante assim pra você.
Minha respiração ficou pesada, mas me forcei a não responder. Não ia dar a ela a satisfação de me ver perder o controle.
— Sabe o que é mais triste, Magui? — Falei, com a voz amarga. — Você acha que venceu. Mas a única coisa que conseguiu foi destruir tudo à sua volta, inclusive a sua própria dignidade.
Ela parou na porta e virou-se lentamente, com um sorriso sarcástico no rosto.
— Lando, você deveria aprender que não se deve jogar toda a culpa disso tudo em mim. Até porque um filho não se faz com uma pessoa só. — A voz dela estava cheia de falsa calma, mas eu via o veneno nas palavras. —
Eu ri sem humor, balançando a cabeça.
— Ah, claro. Porque agora você quer se colocar como vítima, não é? Como se tudo isso não fosse parte do seu plano desde o começo.
— Plano? — Magui fingiu indignação, colocando a mão no peito. — Eu só estou lidando com as consequências de uma noite que você também quis. Você sabe disso.
Me levantei, sentindo meu sangue ferver.
— Consequências? Você chamou isso de consequências? Você destruiu meu relacionamento, manipulou cada passo dessa situação e agora quer me fazer acreditar que foi um acidente?
Ela deu de ombros, mantendo a pose de superioridade.
— Eu fiz o que tinha que fazer. E, sinceramente, não me arrependo. Se você não é homem o suficiente para lidar com isso, não é problema meu.
Suas palavras me atingiram como um soco, mas eu me recusei a deixar transparecer. Respirei fundo, tentando controlar a raiva.
— Não se preocupe, Magui. Eu vou lidar com isso. Não por você, mas pelo meu filho. Só que não pense nem por um segundo que você vai continuar controlando minha vida. Isso acaba aqui.
Ela arqueou uma sobrancelha, claramente duvidando.
— Veremos, Lando. Veremos.
Magui saiu da sala, deixando um rastro de tensão no ar. Sentei-me novamente, tentando controlar a tempestade dentro de mim. As palavras dela continuavam ecoando na minha cabeça, mas uma coisa era certa, eu não ia mais ser manipulado.
Peguei as chaves de casa, do carro e meu celular, respirando fundo enquanto tomava a decisão de sair dali. Eu precisava de espaço, de clareza, e sabia que ficar naquela casa só prolongaria meu tormento.
¤¤ 🇬🇧 ¤¤
A única pessoa que realmente me ouviria sem me chamar de burro seria Pierre. Por isso, decidi ir até a casa dele. Ele era a minha única opção, até porque as outras pessoas mal queriam olhar na minha cara.
Contar tudo para ele foi como aliviar um peso dos meus ombros. Apesar de Pierre ser o maior fofoqueiro que eu conhecia, esperava que ele guardasse esse segredo.
— É, Pierre, eu vou ser pai. — Soltei, sem rodeios. —
Ele arqueou as sobrancelhas, claramente surpreso.
— Você e a Lily conseguiram esconder isso muito bem, até de mim, que sou o maior fofoqueiro.
Suspirei fundo, corrigindo a suposição dele.
— Não é a Lily que tá grávida, Pierre. É a Magui. Terminei com a Lily.
Pierre arregalou os olhos, como se tivesse acabado de ouvir o absurdo do século.
— O quê? Aquela loira oxigenada sem sal tá grávida? — Ele perguntou, indignado. —
Assenti, passando a mão pelos cabelos, enquanto ele balançava a cabeça, perplexo.
— Lando, isso é uma piada, né? Você terminou com a Lily... por causa da Magui?
— Não é tão simples assim, Pierre. — Respondi, exausto. — A Magui ameaçou fazer um escândalo. Eu não podia deixar isso prejudicar a Lily ou a minha carreira.
Pierre bufou, cruzando os braços.
— Cara, você sabe que essa mulher tá te manipulando, né? Todo mundo vê isso, menos você.
— Eu sei... — Murmurei, sentindo o peso da culpa. — Mas o que eu podia fazer? Ela tá grávida, Pierre.
Ele suspirou, inclinando-se para frente.
— Você podia ter confiado na Lily. Ela te ama, cara. Se ela soubesse de tudo, talvez vocês pudessem ter enfrentado isso juntos.
— Não é tão simples assim, Pierre. Você acha mesmo que eu vou deixar um filho à própria sorte com uma mãe maluca cuidando dele? Não posso fazer isso. Eu sei do que a Magui é capaz. — Respondi, exasperado. —
— Não é por nada não, mas já pensou em fazer um teste de DNA? Sei lá, cara, eu não confio na palavra dela. — Ele falou, com um tom sério. —
Fiquei em silêncio por alguns segundos, digerindo o que ele disse. A ideia tinha passado pela minha cabeça, mas eu sentia que questionar a Magui dessa forma só a faria explodir ainda mais.
— Eu pensei nisso, mas você sabe como ela é. Só de sugerir isso, ela já ia surtar e tentar virar a narrativa contra mim. — Suspirei. — E o pior é que não posso correr esse risco agora, não com a mídia em cima de tudo que eu faço.
Pierre revirou os olhos, claramente irritado.
— Lando, se tem uma coisa que você não pode fazer, é basear sua vida no medo do que ela vai fazer ou dizer. Se você continuar deixando a Magui te manipular assim, nunca vai se livrar disso.
— E você acha que eu não sei disso? — Respondi, com a voz carregada de frustração. — Mas como eu vou sair dessa sem machucar ainda mais a Lily, ou prejudicar minha carreira?
Pierre se aproximou, colocando uma mão firme no meu ombro.
— A primeira coisa que você tem que fazer é parar de tentar resolver tudo sozinho. Procure um advogado, alguém que saiba lidar com esse tipo de situação. E faça esse teste de DNA o mais rápido possível. Porque, se esse filho não for seu, você tá ferrado à toa, cara.
— É, eu sei. — Suspirei, passando a mão pelo rosto. — E, sinceramente, se isso tudo se resolver algum dia, acho que eu e a Emily não temos mais volta.
Pierre me olhou, meio cético, cruzando os braços.
— Você acha que ela não voltaria? Cara, a Emily te ama, sempre amou. Ela pode estar magoada agora, com razão, mas não acho que seja algo impossível de consertar... se você realmente quiser.
Balancei a cabeça, exausto.
— Eu não sei, Pierre. Já fiz tantas besteiras... não sei se tenho direito de querer alguma coisa. Ela merece alguém melhor, alguém que não a arraste pra esse tipo de confusão.
— Olha, Lando, não é querendo te desanimar, mas, pelo que fiquei sabendo da Rosalina, ela não quer mais olhar na sua cara. — Kika entrou na sala sem cerimônias, segurando uma xícara de café e lançando um olhar direto. —
— Obrigado pela motivação, Kika. — Respondi, sarcástico, revirando os olhos. —
— Só tô sendo realista, querido. — Ela deu de ombros, sentando-se ao lado de Pierre. — Você realmente acha que a Emily vai esquecer tudo o que você fez? Isso aqui não é um conto de fadas.
Pierre a encarou com uma expressão de reprovação.
— Dá um tempo, Kika. O cara já tá se sentindo péssimo, você não precisa pisar em cima.
— Não tô pisando. Tô sendo prática. — Ela retrucou. — Lando precisa entender que reconquistar a Emily vai ser um trabalho duro, se é que ainda tem chance.
Suspirei, cansado dessa discussão.
— Eu já sei disso, ok? Não precisa esfregar na minha cara. Só que... eu não sei se quero complicar mais a vida dela. Talvez o melhor seja deixar ela seguir em frente.
Kika bufou, impaciente.
— Se fosse pra deixar ela seguir em frente, você não estaria aqui, remoendo tudo. Admita, você quer ela de volta.
Pierre interveio, tentando aliviar a tensão.
— Olha, Kika tem um ponto, mas o que importa agora é você se organizar. Resolve essa situação com a Magui primeiro, Lando. Depois, se ainda quiser lutar pela Emily, aí você pensa no próximo passo.
Fiquei em silêncio por um momento, processando tudo. Apesar do tom crítico da Kika, ela tinha razão em partes. E Pierre, como sempre, tentava me dar um caminho.
— Tá bom. Primeiro o teste de DNA. Depois, eu vejo o que fazer. — Declarei, tentando soar mais firme do que me sentia. —
Kika sorriu, satisfeita.
— Agora você tá falando como um homem.
Pierre balançou a cabeça, sorrindo também, mas de um jeito mais solidário.
— Vai dar tudo certo, Lando. Mas lembra, um passo de cada vez.
Meu celular começou a tocar, interrompendo a conversa. Ao tirar do bolso e ver o nome de Rosalina na tela, meu primeiro instinto foi ignorar. Mas sabia que não seria uma opção, porque, se eu não atendesse, ela com certeza me encontraria de outra forma, e provavelmente seria ainda pior.
— É a Rosalina, tenho que atender. — Avisei, levantando-me e caminhando para outro cômodo da casa de Pierre. —
Atendi antes que ela desligasse, tentando me preparar para o que estava por vir.
— Rosalina.
— Finalmente resolveu atender, Lando. — A voz dela estava carregada de irritação. — A gente precisa conversar, e é sério.
— Eu sei que preciso ouvir tudo o que você tem pra dizer, mas agora não é o melhor momento. — Tentei argumentar, embora soubesse que seria inútil. —
— Não quero saber se é o melhor momento pra você. Isso é importante. — Rosalina disparou, a irritação evidente em sua voz. — Que palhaçada é essa de a Magui estar grávida? Lando, o que eu tô com mais vontade de fazer agora é bater nessa sua cara, seu idiota, não sabe o que é uma camisinha?
Fechei os olhos, respirando fundo.
— Rosalina, eu sei que fiz besteira, tá? Eu sei! Não precisa ficar me lembrando disso a cada cinco segundos.
— Lembrando? — Ela soltou uma risada amarga. — Você precisa de muito mais do que um lembrete, Lando. Precisa de alguém esfregando na sua cara o tamanho da burrada que você fez. Porque deixar a Lily pra cair no teatro da Magui? É sério? Você não pensou em nada além do que tava bem na sua frente?
— E o que você quer que eu faça agora? — Perguntei, minha voz carregada de exaustão. — Que eu volte no tempo e apague tudo?
— Não, Lando, eu quero que você tome uma atitude. — Rosalina rebateu. — Você quer mesmo criar um filho com uma mulher que está te manipulando? Quer continuar fazendo a Lily sofrer? Porque, pelo que vejo, você só tá afundando mais e mais nessa confusão, sem nem tentar sair dela.
As palavras dela me atingiram como um soco no estômago.
— Eu vou fazer um teste de DNA. — Falei, minha voz mais firme do que eu esperava. — E vou resolver isso. Mas você precisa entender que não é tão simples quanto parece.
— Não é simples porque você deixou chegar nesse ponto. — Ela retrucou, mas seu tom suavizou um pouco. — Só não demora demais, Lando. Porque, se você continuar assim, vai acabar sozinho.
— Eu sei... Vou resolver. — Murmurei, mais para mim do que para ela. —
— Ótimo. Espero que esteja falando sério dessa vez. — Rosalina disse antes de desligar, deixando-me sozinho com meus pensamentos e o peso das palavras dela. —
Eu teria que enfrentar essa situação de frente, mesmo que fosse uma possibilidade mínima de tudo não passar de um teatro da Magui. A ideia de que esse filho não fosse meu era a única coisa que me dava um fio de esperança. Mas, enquanto isso, teria que lidar com ela e com todas as suas manipulações.
¤¤ 🇬🇧 ¤¤
Respirei fundo, tentando colocar meu melhor sorriso enquanto as câmeras capturavam o que achavam ser um momento perfeito. Magui, ao meu lado, segurava meu braço de maneira quase possessiva. Tentei não revirar os olhos ali mesmo, mas sabia que teria que suportar isso por enquanto.
Assim que passamos pela entrada e adentramos o grande salão, onde aconteceria o evento de um dos patrocinadores mais importantes da Fórmula 1, senti os olhares de várias pessoas recaindo sobre nós. Alguns pareciam curiosos, outros, julgadores. Eu podia sentir o peso de cada olhar como se fossem lâminas.
— Está vendo? Você está fazendo um ótimo trabalho, Lando. Não é tão difícil assim. — Magui comentou, com um tom irritantemente triunfante. —
— Claro, porque tudo o que importa pra você são as aparências e o que isso pode te trazer. — Respondi, tentando manter minha voz baixa o suficiente para que apenas ela ouvisse. —
Ela riu suavemente, um som que me fez sentir ainda mais irritado.
— Querido, aparências são tudo. É isso que mantém o seu nome nos holofotes e, agora, o meu também. Aceite, Lando, somos um time.
— Um time? — Rebati, encarando-a. — Você não sabe o significado dessa palavra. Tudo isso é só um jogo pra você, Magui. E eu sou apenas mais uma peça no seu tabuleiro.
Antes que ela pudesse responder, fomos interrompidos por um grupo de convidados que vieram nos cumprimentar. Senti-me obrigado a sorrir e ser cordial, mas cada minuto ao lado dela parecia uma tortura.
Enquanto Magui sorria com a atenção, eu procurava uma saída, qualquer desculpa para me afastar. Meu olhar vagou pelo salão até encontrar uma figura familiar. Pierre. Ele estava do outro lado da sala, conversando com algumas pessoas, mas, quando nossos olhares se cruzaram, ele imediatamente percebeu meu desconforto.
— Com licença, preciso falar com um amigo. — Disse rapidamente para Magui, soltando meu braço do dela antes que ela pudesse protestar. —
Caminhei em direção a Pierre, sentindo um alívio instantâneo ao me afastar de Magui, mesmo que fosse temporariamente.
— Cara, você parece que viu um fantasma. — Pierre brincou, enquanto eu me aproximava. —
— Eu preferia ter visto um fantasma do que passar mais um minuto perto dela. — Respondi, suspirando. —
Pierre riu, mas logo ficou sério.
— Charles tá vindo aí. — Ele avisou, apontando discretamente para o lado. —
Levantei o olhar e vi Charles caminhando em nossa direção. Ele parecia relaxado, mas sua expressão mudou assim que percebeu minha presença.
— Lando, Pierre. — Ele cumprimentou, cruzando os braços e olhando para mim com uma sobrancelha erguida. — Não esperava te ver aqui, especialmente acompanhado de... bom, você sabe.
— Acredite, eu também não. — Respondi, forçando um sorriso. —
Pierre, percebendo a tensão, tentou amenizar a situação.
— Vamos todos fingir que isso não é um circo por pelo menos cinco minutos, certo? — Disse, rindo sem graça. —
Charles deu de ombros, mas seus olhos ainda estavam fixos em mim.
— Olha, Lando, você faz suas escolhas, e eu não sou ninguém pra julgar. Mas espero que saiba o que está fazendo.
— Eu sei. — Respondi firme, embora internamente ainda estivesse cheio de dúvidas. —
— Rosa, onde está, Charles? — Perguntou Pierre, mudando de assunto. —
— Infelizmente, ela ficou em Mônaco a trabalho. Eu vim com Carlos e Emily. — Charles respondeu casualmente.
Escutar o nome dela foi como um soco no estômago. Meu coração deu um salto, e por mais que eu tentasse disfarçar, era evidente que o nome de Emily ainda tinha um efeito devastador sobre mim.
— Bom, já que está sem sua amada, vou te fazer companhia, porque a minha também não veio. — Disse Pierre, em tom brincalhão, tentando aliviar o clima. — E o Lando vai fazer companhia pra gente, porque ninguém merece ficar aturando aquela loira oxigenada.
Charles riu de leve, mas seus olhos se voltaram para mim, notando minha reação ao nome de Lily.
— Lando, você tá bem? — Ele perguntou, franzindo a testa. —
— Tô, claro. — Respondi rapidamente, desviando o olhar. —
Pierre, sempre atento, percebeu o desconforto e decidiu intervir.
— Ok, chega de papo furado. Vamos pegar algo pra beber e ver se conseguimos sobreviver a esse evento. — Ele sugeriu, já se levantando. —
Charles deu de ombros, concordando, e eu apenas os segui, tentando colocar meus pensamentos em ordem.
Enquanto caminhávamos pelo salão, não conseguia tirar Emily da cabeça. Saber que ela estava aqui, tão perto, me deixava inquieto. Eu precisava me preparar para o inevitável momento em que nossos caminhos se cruzassem. E, sinceramente, não sabia como reagiria quando isso acontecesse.
— Que isso, coloca um sorriso no rosto, meu amigo. Você tá pensando demais, Lando. — Charles disse, passando o braço em volta do meu ombro com um sorriso descontraído. —
— Cara, eu só não tô no clima de enfrentar esses eventos longos. — Respondi, tentando soar mais casual do que realmente me sentia. —
— Quer beber? Beber sempre melhora a vida. — Pierre sugeriu, com um olhar de quem já tinha decidido o que faria. —
— Não, eu não coloco uma gota de álcool na minha boca tão cedo. Você viu o prejuízo que me deu da última vez. — Retruquei, lembrando das decisões ruins que o álcool já tinha me levado a tomar. —
— Então a gente bebe por você. — Charles brincou, já se dirigindo ao bar com Pierre ao seu lado. —
— Sério, a saúde de vocês pede socorro. — Respondi, balançando a cabeça enquanto os seguia. —
Chegamos ao bar, e enquanto eles pediam seus drinks, meus olhos percorreram o salão mais uma vez, como se involuntariamente estivessem procurando por ela. Foi então que a vi. Emily estava do outro lado da sala, conversando com alguém, sua risada leve ecoando até onde eu estava.
Meu coração deu um salto. Ela estava linda, como sempre, mas parecia diferente. Mais confiante, mais feliz... sem mim.
— Terra chamando Lando. — Pierre estalou os dedos na minha frente, interrompendo meus pensamentos. — Achou alguém interessante ou tá só sonhando acordado?
— Nada, só distraído. — Murmurei, tentando disfarçar enquanto pegava um copo de água. —
— Distraído demais pro meu gosto. — Pierre respondeu, mas não insistiu. —
Charles, porém, notou meu olhar e rapidamente seguiu a direção dos meus olhos, vendo Emily. Ele suspirou, já prevendo o que poderia acontecer.
— Lando, é melhor você nem tentar chegar perto dela. Ela não quer ver você nem pintado de ouro. — Ele disse com firmeza, mas sem perder a compostura. —
— E quem disse que eu vou falar com ela? Olhar não tem nada demais. — Respondi, tentando parecer indiferente, mas era óbvio que minha desculpa não tinha convencido ninguém. —
Charles arqueou uma sobrancelha, cético.
— Conta outra. Eu te conheço e sei que você está mentindo pra você mesmo.
Talvez ele estivesse certo. Talvez eu realmente estivesse mentindo para mim mesmo, inventando desculpas para justificar o que era óbvio, eu queria falar com ela.
001. Tava pensando em fazer uma maratona apartir de sábado até segunda com um capítulo em cada dia, mas eu colocaria metas queria saber se vocês iriam cumprir e se vocês quiserem, responda aqui.
002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.
003. Votem e comentem muito nesse capítulo. Bjos da Bia.
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