39.
EMILY SAINZ
📍Madrid, Espanha
"Separação"
Leia o aviso no final do capítulo!!
Quando cheguei na casa de Lando, a pedido dele, que havia mandado uma mensagem pedindo para nos encontrarmos, não imaginei que o encontraria tão diferente. Ele parecia outra pessoa, distante, quase irreconhecível. Eu estava tentando entender o que ele queria dizer, mesmo que suas palavras já estivessem deixando tudo bem claro.
— Você está terminando comigo, Lando? — Perguntei, minha voz tremendo. —
— Estou. Acho que... vai ser o melhor agora, para nós dois. — Ele confirmou, desviando o olhar. —
Fiquei paralisada por um momento, tentando processar o que ele havia acabado de dizer. Minha mente girava, buscando alguma explicação que fizesse sentido.
— Como assim? — Minha voz saiu mais alta do que eu esperava. — Você me manda uma mensagem, pede pra eu vir até aqui, e agora diz que quer terminar? Não faz sentido! Isso não é você, Lando. O que aconteceu? Me diz!
Ele passou a mão pelos cabelos, claramente desconfortável. Seus olhos estavam carregados de algo que eu não conseguia identificar, culpa? Medo? Cansaço? Era como se ele estivesse travando uma batalha interna que eu não conseguia alcançar.
— Emily, é complicado. Tem coisas acontecendo... coisas que eu não sei como explicar agora. Mas é melhor assim, acredite. Eu não quero te machucar mais do que já estou fazendo.
— Machucar? — Minha voz falhou, e meus olhos começaram a arder com as lágrimas que eu tentava segurar. — Como você pode decidir isso por nós dois sem sequer me contar o que está acontecendo? Eu mereço, pelo menos, uma explicação, Lando!
Ele me encarou por um momento, seus olhos carregados de algo que parecia uma mistura de dor e frustração.
— Você não me deu explicação alguma quando me traiu com o Mason, Emily. — Ele soltou as palavras de forma brusca, como se tivesse guardado isso por muito tempo e finalmente não conseguisse mais segurar. —
Fiquei em choque, o silêncio pesando entre nós como uma nuvem carregada.
— Então é isso? — Minha voz saiu baixa, quase um sussurro. — Uma vingança? É isso que você está fazendo?
— Não! — Ele passou as mãos pelos cabelos, claramente nervoso. — Não é vingança, Emily. Não tem nada a ver com isso.
— Então por que você está jogando isso na minha cara agora? Eu achei que tínhamos superado isso juntos! — Minha voz se elevou, as lágrimas escorrendo livremente. —
— Eu só não quero complicar mais essa situação. Não posso continuar com esse relacionamento, não agora. — Ele desviou o olhar, como se estivesse tentando evitar o peso das minhas palavras. —
— É sério isso? — Perguntei, sentindo meu peito apertar. — Você tá jogando tudo fora, por um motivo que eu nem sei qual é, Lando!
Ele respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos como fazia quando estava nervoso.
— Emily, eu não tô jogando fora... eu tô tentando proteger você. Proteger nós dois. — A voz dele estava baixa, quase um sussurro, mas ainda assim cheia de uma convicção que me deixava mais confusa. —
— Proteger do quê, Lando? — Exigi, dando um passo em direção a ele. — Me diz, por favor! Eu mereço saber!
Ele hesitou, seus olhos encontrando os meus por um breve momento antes de desviar novamente.
— Tem coisas acontecendo que você não entenderia. — Ele finalmente disse, a voz falhando. —
— Não mesmo, porque meu namorado mal consegue olhar nos meus olhos para falar! O que aconteceu nessas horas para você querer terminar assim? — Minhas palavras saíram em um misto de dor e raiva, mas ele continuou evitando o meu olhar. —
— Emily, eu não consigo dizer isso pra você, não agora. Só preciso que entenda que nós nunca vamos dar certo. Nossa relação já começou errada. Não seríamos nós a ter um final feliz. — A voz dele era firme, mas o olhar carregava culpa. —
— Então é isso? Você decide tudo por nós dois? Só joga fora tudo o que vivemos porque acha que não daríamos certo? — Minha voz tremeu, mas continuei. — Você está se escondendo atrás de desculpas, Lando, e isso é covardia.
— Não é desculpa! — Ele respondeu, elevando o tom, mas logo respirou fundo, tentando recuperar o controle. — É a realidade. Não quero te arrastar pra isso, Emily. Eu só... quero te poupar.
— Poupar de quê? — Insisti, dando um passo à frente. — Do que você está tentando me proteger, Lando? Porque, sinceramente, o que dói mais é você me afastar sem sequer me dar uma chance de entender.
Ele passou as mãos pelo rosto, claramente abalado.
— Eu não posso te dizer. Não agora. Só... aceita que é melhor assim.
— Não é melhor, Lando! — Gritei, as lágrimas escorrendo. — Você está destruindo tudo o que construímos juntos. E o pior é que nem parece se importar.
— Eu me importo, Emily. — Ele disse com a voz embargada, finalmente me encarando. — É por isso que estou fazendo isso.
— Isso não é amor, Lando. Amor é enfrentar as coisas juntos, não fugir sozinho. — Sussurrei, sentindo meu coração se partir ao vê-lo abaixar a cabeça. —
— Um dia, você vai entender. — Ele disse, quase num sussurro. —
— Não, não vou entender, porque você está fazendo isso com a gente? Por que está fazendo isso comigo? — Minha voz quebrou, revelando toda a dor que eu tentava esconder. —
Ele fechou os olhos por um instante, como se as minhas palavras o atingissem diretamente.
— Eu queria poder te explicar, Emily, mas... eu não consigo. — Ele passou a mão pelos cabelos, visivelmente frustrado. — Só me escuta dessa vez, por favor. Vai ser melhor pra você.
— Pra mim? — Soltei uma risada amarga, as lágrimas voltando a escorrer. — Você acha que me abandonar assim é o melhor pra mim? Que eu vou seguir em frente como se nada tivesse acontecido?
Lando desviou o olhar, incapaz de me encarar.
— Eu nunca quis te machucar.
— Mas está machucando! E muito! — Exclamei, dando um passo em sua direção. — Você está quebrando o meu coração, Lando. E o pior é que eu sei que tem algo por trás disso. Sei que você não está me dizendo a verdade.
Ele ficou em silêncio, as mãos fechadas em punhos ao lado do corpo.
— Eu só quero que você seja feliz, Emily. Mesmo que não seja comigo.
— Minha felicidade era ao seu lado. Mas parece que isso não significa nada pra você. — Murmurei, minha voz cheia de mágoa. —
Ele respirou fundo, deu alguns passos até parar bem na minha frente, e, pela primeira vez naquela noite, me olhou nos olhos. Havia uma mistura de dor e determinação em seu olhar, como se ele estivesse se forçando a fazer algo que o despedaçava por dentro.
— Eu te amo, Emily, mas não podemos ficar juntos. — Sua voz saiu baixa, carregada de emoção. —
— Então por que está fazendo isso? Por que está se afastando se me ama? — Questionei, minha voz embargada. —
Ele passou a mão pelo rosto, frustrado, os ombros tensos.
— Porque o amor não é suficiente quando tudo ao redor está desmoronando. Eu não quero te arrastar pro caos que minha vida está se tornando. Você merece algo melhor, algo que eu não posso te dar agora.
— Isso deveria ser uma escolha minha, não sua! — Respondi, a raiva e a dor competindo dentro de mim. — Você acha que me deixar vai me proteger? Vai me poupar? Você não está me dando nada além de sofrimento, Lando.
Ele abaixou a cabeça, os olhos marejados.
— Eu sei. Mas é por isso que estou fazendo isso. Eu só quero que você seja feliz, Emily, mesmo que isso signifique me odiar.
— Eu nunca vou entender isso. Nunca. — Murmurei, as lágrimas caindo sem controle. — Você está me deixando, mas o que você não percebe é que está destruindo a única coisa que poderia nos salvar, a gente.
— Eu sei, mas eu não vou voltar atrás da minha decisão, Emily. — Lando respondeu, a voz firme, mas os olhos refletindo a dor que ele tentava esconder. —
— Então é isso mesmo que você quer? — Perguntei, esperando que ele me desse algum sinal de dúvida, qualquer coisa que me fizesse acreditar que ainda havia esperança. —
Ele apenas ficou em silêncio, desviando o olhar. A ausência de uma resposta falou mais alto do que qualquer palavra poderia.
Aquilo foi o suficiente para mim. Engoli o nó na garganta, peguei minha bolsa que estava sobre o sofá e me virei em direção à porta. Meu coração estava despedaçado, mas meu orgulho não permitiria que eu ficasse ali implorando por algo que ele parecia determinado a destruir.
— Adeus, Lando. — Disse, com a voz trêmula, antes de sair pela porta. —
Caminhei para longe, sentindo cada passo pesar mais do que o anterior. Ele tinha conseguido se tornar alguém tão frio, tão distante, ao ponto de não se importar e nem sequer tentar lutar pelo que tínhamos construído juntos. E o que mais doía, o que rasgava meu peito em pedaços, era saber que eu ainda o amava com todo o meu coração.
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Eu estava tentando entender o porquê. Por que, quando finalmente estava feliz, tudo desmoronou? Quando eu havia deixado o medo de lado e me permitido sentir o que sentia por Lando. Ele me ensinou o verdadeiro significado de amar, e agora... ele simplesmente termina tudo, sem mais nem menos.
Suspirei fundo, tentando afastar esses pensamentos. Talvez o que me restasse, por enquanto, fosse focar no trabalho. Talvez, só assim, eu conseguisse esquecer o dia de ontem.
O som da porta da minha sala se abrindo me tirou do transe. Levantei os olhos da tela do computador e vi Rosalina entrando, um sorriso no rosto.
— Lily, vim te visitar, já que você não aceita os meus convites para ir me ver. — Ela brincou, cruzando os braços. —
— Estou cheia de trabalho, Rosa. Não tenho tido tempo. — Respondi, desviando o olhar. —
Ela arqueou uma sobrancelha e se sentou na cadeira em frente à minha mesa.
— Espera... não era para você estar na Grécia agora, aproveitando suas férias com o Lando?
Engoli em seco, desviando os olhos novamente.
— Ele terminou comigo, Rosa. — Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava. —
Os olhos dela se arregalaram de surpresa.
— Como assim? Isso é alguma piada?
— Quem me dera fosse. Mas não estamos mais juntos. Não tinha motivo para eu ir pra lá. — Respondi, sentindo a dor retornar enquanto falava. —
— Certo. Me explica essa história direito. Como assim ele terminou com você?
Suspirei, jogando a caneta na mesa e passando as mãos pelo rosto, tentando organizar os pensamentos.
— Eu também queria entender. Ele só disse que era o melhor para nós dois e que queria que eu fosse feliz.
— Feliz? — Rosalina franziu o cenho, claramente confusa. — Isso não faz sentido. Lando parecia tão apaixonado por você...
— Pois é. Mas, pelo visto, ele não achava que valia a pena continuar.
Ela se inclinou para frente, me observando com atenção.
— Tem certeza de que não aconteceu nada? Não teve nenhuma briga?
— Não. Pelo menos, não recente. Ele simplesmente decidiu que não queria mais. — Respondi, tentando manter a voz firme. —
— Algo não está certo nessa história. — Rosalina comentou, balançando a cabeça. — Eu conheço o Lando o suficiente para saber que ele não faria isso sem motivo.
— Talvez ele tenha os motivos dele, Rosa. Mas, sinceramente, eu não quero mais tentar entender. — Falei, sentindo as lágrimas ameaçarem cair novamente. — Só quero esquecer.
Rosalina suspirou e segurou minha mão sobre a mesa.
— Tudo bem. Eu estou aqui para o que você precisar, ok?
— Obrigada. — Respondi, forçando um pequeno sorriso. —
Mesmo com o apoio de Rosalina, eu sabia que levaria muito tempo para que essa dor diminuísse.
— Cheguei! — A voz de Charles ecoou pela sala enquanto ele surgia na porta, um pouco ofegante. — Nunca mais subo as escadas correndo.
Rosalina ergueu uma sobrancelha, tentando segurar o riso.
— Não pode ficar uma semana em casa que já perde o ritmo, Charlie. — Ela brincou, cruzando os braços e olhando para ele com um sorriso divertido. —
Charles bufou, fingindo indignação.
— Ei, eu estava de folga, não treinando para uma maratona. — Ele retrucou, ajeitando a postura e tentando recuperar a dignidade. —
Eu não pude evitar um pequeno sorriso ao assistir à interação entre os dois. Era bom ver algo leve e descontraído, mesmo que por um instante minha mente ainda estivesse cheia de pensamentos sobre Lando.
— Então, o que estamos tramando aqui? — Charles perguntou, voltando sua atenção para mim, mas mantendo um tom casual. —
Rosalina deu um leve tapinha no ombro dele.
— Nada de tramas. Estamos aqui cuidando da Lily.
Charles arqueou as sobrancelhas, sua expressão ficando mais séria.
— Ah, entendi. — Ele olhou para mim com um toque de preocupação nos olhos. — Alguma coisa que eu possa fazer?
Rosalina foi rápida em responder, como se tentasse evitar que a conversa ficasse mais pesada.
— Por enquanto, só seja você mesmo. Sua presença já ajuda.
Charles assentiu, um sorriso encorajador surgindo em seus lábios.
— Então vou fazer o que faço de melhor, animar o ambiente.
Ele puxou uma cadeira e se sentou ao nosso lado, começando a contar uma história engraçada sobre algo que havia acontecido durante a última corrida. A leveza dele e o carinho de Rosalina me fizeram sentir que, talvez, as coisas pudessem ficar menos pesadas com o tempo.
Charles gesticulava com entusiasmo enquanto contava sua história, exagerando os detalhes para torná-la ainda mais cômica.
— E então, o engenheiro olhou para mim como se eu tivesse acabado de sugerir que corrêssemos de bicicleta! — Ele riu, fingindo a expressão de choque. —
Rosalina revirou os olhos, mas não conseguiu conter o riso.
— Aposto que você realmente sugeriu algo absurdo, Charles.
— Claro que não! — Ele respondeu com falsa indignação, levando a mão ao peito. — Eu sou um profissional sério.
— Sério? — Rosalina arqueou a sobrancelha, divertida. — Este é o mesmo homem que tentou entrar no carro com os sapatos trocados?
Eu não pude evitar rir disso, e Charles fingiu estar ofendido, jogando as mãos para o alto.
— Vocês não têm nenhuma compaixão! Foi um momento de distração, só isso.
— Ou talvez falta de café. — Rosalina retrucou com um sorriso malicioso. —
Charles apontou para ela como se tivesse sido pego.
— Exatamente! Alguém finalmente entende.
A energia na sala era leve e contagiante. Por um momento, os pensamentos pesados que me assombravam pareceram se dissipar.
— Vocês dois parecem um programa de comédia. — Comentei, ainda rindo. —
Charles fingiu fazer uma reverência.
— Estamos aqui toda semana, senhorita. Aceitamos ingressos e elogios.
— Mas nada de críticas! — Rosalina acrescentou, apontando para ele com um olhar brincalhão. —
Eu balancei a cabeça, sorrindo.
— Acho que vocês são exatamente o que eu precisava hoje.
Charles piscou para mim.
— Sabemos disso. Estamos aqui para salvar o dia.
— Claro, obrigada. — Sorri, sinceramente grata por eles estarem aqui. — Mas e o baby, Rosa? Como ele está?
Rosalina levou a mão à barriga, sorrindo de leve.
— Está bem, crescendo cada dia mais. Já comecei a sentir alguns chutes mais fortes.
— Oh, sério? Deve ser incrível. — Falei, com um brilho no olhar. Era algo que eu sempre admirei, essa conexão única. —
— É mesmo, mas também tem seus momentos difíceis. — Ela riu, lançando um olhar para Charles. — Especialmente quando o pai aqui insiste que cada desejo meu é uma emergência.
Charles ergueu as mãos em defesa.
— Ei, se você diz que precisa de sorvete de pistache às três da manhã, eu vou conseguir!
— E acorda todo o prédio no processo. — Rosalina balançou a cabeça, mas o sorriso dela mostrava que estava se divertindo. —
Eu ri da interação deles, sentindo uma pontinha de inveja por essa parceria tão sincera e leve.
— Bom, pelo menos você tem alguém tão dedicado assim, Rosa. — Comentei, sorrindo. —
— Dedicado? Ele é mais dramático do que dedicado. — Rosalina revirou os olhos, mas a risada que escapou mostrou que ela estava brincando. —
— Dramático? — Charles colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido. — Eu sou um herói, isso sim. Quem mais atravessaria a cidade atrás de sorvete de pistache em plena tempestade?
— Tempestade? — Rosalina arqueou a sobrancelha. — Era só uma garoa, Charles. E você ainda voltou reclamando do trânsito.
— Detalhes, detalhes... — Ele deu de ombros, fazendo uma expressão exageradamente séria. — A questão é que eu cumpri a missão.
— E ainda trouxe o sabor errado. — Rosalina lançou um olhar divertido. —
— Ei, pelo menos trouxe sorvete! — Ele exclamou, levantando as mãos. — Isso é o que importa, certo, Lily?
Eu ri, balançando a cabeça.
— Bom, considerando o esforço, acho que ele merece um ponto positivo, Rosa.
— Tá vendo? — Charles apontou para mim, triunfante. — Lily entende.
Rosalina revirou os olhos novamente, mas o sorriso dela entregava que estava adorando toda a interação.
— Vocês dois juntos são impossíveis. — Disse, rindo. —
— Impossíveis ou irresistíveis? — Charles brincou, e todos nós rimos. —
A risada escapou de mim mais uma vez, mas foi interrompida pelo som de uma notificação no meu celular. Peguei o aparelho na mesa e desbloqueei a tela sem muita atenção, até que meu olhar pousou na mensagem.
Era uma foto.
Meus olhos se arregalaram, e um nó começou a se formar na minha garganta. A imagem mostrava Lando em uma cafeteria, sentado ao lado de Magui. Eles pareciam próximos, talvez até íntimos. Meu coração apertou ao ver o sorriso no rosto dele, como se ele estivesse... feliz.
— Lily? — Rosalina chamou, percebendo a mudança na minha expressão. —
Eu não consegui responder. As lágrimas começaram a se acumular nos meus olhos, e a sensação de um buraco no peito voltou com força total.
— O que aconteceu? — Charles perguntou, já se aproximando, preocupado. —
— Nada... — Murmurei, tentando disfarçar, mas minha voz saiu falha. —
— Lily, isso não parece nada. — Rosalina insistiu, pegando o celular da minha mão antes que eu pudesse reagir. —
Ela olhou para a tela e franziu o cenho, claramente tentando entender a situação.
— Quem mandou isso? — Perguntou, a voz firme. —
— Não importa. — Respondi, tentando segurar as lágrimas, mas foi inútil. —
— Como assim não importa? Claro que importa! — Rosalina retrucou, virando-se para Charles. — Você sabia disso?
— Claro que não! — Ele respondeu, erguendo as mãos. — Mas se soubesse, eu teria dado uns bons conselhos ao Lando sobre como não ser um idiota.
Rosalina bufou, me entregando o celular de volta.
— Lily, não tire conclusões precipitadas. Isso pode não ser o que parece. — Rosalina disse, tentando soar otimista, mas sua expressão revelava preocupação. —
Eu balancei a cabeça, sentindo uma mistura de dor e resignação.
— Não importa o que seja. Ele fez a escolha dele, Rosa. E claramente, eu não faço mais parte dela. — Murmurei, a voz embargada enquanto colocava o celular de lado. —
— Lily, você não pode deixar isso te consumir. — Rosalina se aproximou, segurando minha mão. — Olha pra mim. Se ele escolheu seguir outro caminho, é porque ele não merece você.
— É fácil falar isso, Rosa, mas eu sinto como se tivesse perdido o chão. — As lágrimas ameaçavam cair novamente, mas eu forcei um sorriso fraco. — Acho que só preciso de tempo para me recompor.
Charles, que estava em silêncio até então, soltou um suspiro e cruzou os braços, o olhar sério.
— Eu não entendo como alguém pode ser tão burro. — Ele declarou, indignado. — Sério, se o Lando preferiu essa garota, é porque ele tem problema de visão ou de juízo. Talvez os dois.
Rosalina o encarou com curiosidade, percebendo que ele tinha algo mais a dizer.
— Você não gosta dela, né? — Ela perguntou, direta. —
Charles bufou, balançando a cabeça.
— Gostar? Eu não suporto essa Magui. Ela é uma interesseira, só está atrás de fama. Todo mundo sabe disso, menos ele, aparentemente.
Fiquei quieta, processando o que ele havia dito. Parte de mim queria defender Lando, mas outra parte sabia que Charles tinha razão. O silêncio na sala era pesado, até Rosalina suspirar e tentar mudar o tom.
— Bom, independentemente de quem ele escolheu, isso não é mais problema seu, Lily. É problema dele. Você só precisa focar em si mesma agora.
— É, talvez você tenha razão. — Respondi, finalmente, soltando um suspiro pesado. —
Por mais que tentasse aceitar, uma parte de mim ainda doía. Eles se mereciam. No fundo, eu só não queria ter me enganado com ele. Acreditar que Lando era diferente, que ele realmente me amava, parecia agora uma mentira cruel que eu mesma havia contado.
001. Voltando a estaca zero novamente com eles. Mas quero falar sobre uma coisa que vem me incomodando a tempos, eu tinha posto uma meta no último capítulo que não bateu e sinceramente peço que votem porque senão as atualizações serão quando a autora quiser, não sou obrigada a atualizar a fanfic para esses leitores fantasmas simplesmente não votaram e nem comentarem, eu não quero ter que voltar aqui novamente, tenham consideração com a autora e a fanfic se vocês realmente gostam, desculpa as pessoas que realmente fazem essa fanfic crescer e não precisa estar lendo isso.
002. Espero que estejam gostando da Fanfic. Desculpa qualquer erro ortográfico.
003. Votem e comentem muito para liberação do próximo capítulo ser rápido. Bjos da Bia.
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