Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

35.

EMILY SAINZ
📍Reino Unido, Inglaterra
"Assumidos."

Meta: 70 votos e 50 comentários
(Se a meta bater até amanhã volto
com capítulo para vocês.)



O paddock era um lugar que eu simplesmente amava, ainda mais em dia de corrida. A correria nos boxes para ajustar os carros, a energia que pairava no ar, era um caos perfeito. Hoje era dia de qualificação, e eu estava ansiosa. Além da emoção da pista, sabia que à noite teríamos um jantar na casa dos pais de Lando para contar sobre o nosso namoro. A ideia de compartilhar essa novidade me deixava animada e nervosa ao mesmo tempo.

Decidi tomar café na hospitalidade da Ferrari, onde encontrei Charles. Rosalina, infelizmente, não pôde vir para essa corrida porque não estava se sentindo bem. Aproveitei o momento para compartilhar a novidade com ele.

— Não tô acreditando! Vocês estão namorando? — Ele exclamou, com um sorriso largo. — Meus filhos finalmente estão felizes!

Revirei os olhos, tentando não rir da maneira dramática com que ele reagiu.

— Sim, Charles, estamos namorando. Mas, por favor, para com essa breguice. — Respondi, tentando manter a seriedade, embora fosse impossível não sorrir. —

Ele colocou a mão no peito, fingindo estar profundamente ofendido.

— Breguice? Isso é pura emoção paternal, garota! — Ele disse, rindo em seguida. — Mas e aí, já avisou o Lando que agora ele vai ter que me chamar de "pai"?

Eu não consegui segurar a risada.

— Charles, para de ser idiota! — Falei, balançando a cabeça. — E, não, ele não vai te chamar de pai.

— Veremos. Mas, brincadeiras à parte, estou feliz por vocês. Agora só não esqueça de me avisar quando eu precisar dar conselhos amorosos ao Lando. — Ele deu de ombros, ainda com aquele sorriso travesso. —

— Você? Conselhos amorosos? — Eu arqueei uma sobrancelha, fingindo dúvida. — Sei não, Charles, acho que o Lando está bem sem isso.

— Ei, por que essa dúvida? Sou um especialista! É só perguntar para o Pierre, ele pode confirmar. — Charles arqueou uma sobrancelha, fingindo indignação. —

— Ah, claro, Pierre Leclerc... Digo, Gasly. Como se eu pudesse levar vocês dois a sério. Vocês são cúmplices em absolutamente tudo! — Eu ri, balançando a cabeça enquanto cruzava os braços. — 

— E o que há de errado em ter um bom parceiro no crime? Toda pessoa de sucesso precisa de um cúmplice confiável. — Ele abriu um sorriso travesso, inclinando-se para frente como se estivesse conspirando. — 

— Não sei se eu chamaria isso de sucesso, Charles. — Retruquei, fingindo seriedade, mas meu sorriso me entregava. — Vocês são mais como duas crianças que se metem em confusão juntos e fingem que foi tudo planejado.

Ele colocou a mão no coração, dramatizando a "ofensa".

— Uau, isso dói. Aqui estou eu, tentando compartilhar minha sabedoria com você, e é assim que sou tratado? — Ele falou, com seu drama de sempre. —

— Sua "sabedoria" me faz rir, isso sim. — Provoquei, apontando para ele. — Mas, por favor, não deixe o Lando ouvir nada disso. Já basta ele com as ideias que tira da cabeça dele, imagine se você começar a influenciá-lo também.

— Prometo não ensinar nada... por enquanto. Mas se ele precisar de dicas para impressionar você, estarei aqui para salvar o dia. — Charles deu uma gargalhada alta, levantando as mãos como se estivesse se defendendo. — 

— Espero que ele não precise. — Respondi, ainda rindo. — Porque com você e Pierre por perto, as chances de algo dar errado triplicam.

— Justo. — Ele admitiu, ainda sorrindo. — Mas você tem que admitir, nossas confusões sempre rendem boas histórias.

Balancei a cabeça, me rendendo à verdade das palavras dele.

— Certo, isso eu não posso negar. — Suspirei, mas logo apontei para ele com um olhar brincalhão. — Mas, sinceramente, prefiro você e o Pierre bem longe do Lando. Ele já quase estragou tudo quando fui contar para os meus pais sobre o nosso namoro.

— Como assim? O que ele fez? — Charles ergueu uma sobrancelha, claramente intrigado. — 

— Ele deixou escapar para o Carlos que a gente estava namorando. E, adivinha só? O Carlos ficou gigantesco nos dois, tipo "irmão protetor ativado". Quando meus pais finalmente souberam, já estavam prontos para me perguntar se eu precisava de um advogado ou algo assim! — Revirei os olhos, lembrando da cena. —

Charles caiu na gargalhada, quase derramando o café que segurava.

— Eu consigo imaginar o Carlos nessa vibe! — Ele disse, rindo tanto que precisou segurar a barriga. — Mas e o Lando? O que ele fez quando percebeu?

— Ele tentou consertar, é claro. — Respondi, balançando a cabeça. — Só que, você sabe como ele é... Quanto mais ele tentava explicar, mais parecia culpado. Acabou que eu tive que assumir o controle e salvar a situação.

— Ah, vocês dois são incríveis. O Lando tem sorte de ter você para mantê-lo na linha. — Charles sorriu, claramente se divertindo com a história. — 

— Às vezes, acho que sou mais babá do que namorada. — Eu ri, balançando a cabeça novamente. —

Charles inclinou-se, como se fosse me contar um segredo.

— Isso é parte do pacote quando você namora um piloto. Todos nós somos crianças grandes, no final das contas. — Ele sorriu, encostando-se na cadeira. —

— Não me diga... — Respondi, sarcasticamente. — Agora faz todo sentido.

— Boa sorte com o jantar hoje à noite. E, se precisar de ajuda para escapar, é só me mandar uma mensagem. — Ele riu novamente, levantando a xícara em um brinde. —

— Acho que vou precisar, e muito, mas vai dar tudo certo. — Suspirei, tentando convencer a mim mesma. —

— Ok, mas agora que você está namorando o Lando, quer dizer que vai abandonar a hospitalidade da Ferrari para ficar na dá McLaren? — Charles sorriu, apoiando o queixo na mão enquanto me observava. — 

Eu o encarei com indignação fingida.

— Claro que não! — Respondi, cruzando os braços. — Uma coisa é namorar o Lando, outra completamente diferente é ter que aturar a McLaren. Eu sou tifosi, Charles, sempre serei.

Ele soltou uma gargalhada alta, claramente achando graça na minha lealdade.

— Eu sabia que você ia dizer isso. Mas, olha, a outra versão de você, com certeza, é torcedora da McLaren. — Ele disse, piscando. —

Fechei os olhos dramaticamente, como se quisesse esquecer essa ideia.

— Não me lembra disso, por favor! Já é difícil aceitar que, em outra realidade, eu poderia estar usando laranja. — Respondi, estremecendo teatralmente. —

— É, mas na vida real você continua com o vermelho, então estamos bem. — Charles riu ainda mais, claramente se divertindo com a conversa. —

— Exatamente! Ferrari para sempre. — Levantei minha xícara em um brinde brincalhão, e ele fez o mesmo. —

— Mas você vai pelo menos dar um desconto para o Lando? — Ele perguntou, com um sorriso travesso. —

— Só nos fins de semana de corrida. — Respondi, rindo. — Afinal, eu tenho que preservar a paz no relacionamento, né?

Antes que Charles pudesse responder, Carlos apareceu do nada, com aquele sorriso caloroso que parecia iluminar qualquer ambiente. Ele se abaixou e deixou um beijo na minha testa, como fazia sempre que me via.

— E aí, qual é a boa? — Perguntou, enquanto fazia um toque descontraído com Charles, antes de se sentar ao lado dele. —

— A Emily aqui está tentando decidir se troca o vermelho pelo laranja por causa do Lando. — Charles sorriu, apontando para mim. —

— O quê? Emily, você não faria isso... Faria? — Carlos arqueou as sobrancelhas, me olhando com uma expressão dramática de horror. — 

Eu revirei os olhos, exasperada.

— Claro que não, Carlos! — Respondi rapidamente, gesticulando para reforçar meu ponto. — Charles só está tentando me provocar, como sempre.

— É bom mesmo. Não ia conseguir te ver torcendo para a McLaren de novo. Ferrari corre no seu sangue, Emily. — Carlos relaxou, mas ainda me olhou com um ar de aviso. — 

Charles riu, claramente se divertindo com a cena.

— Viu? Até o Carlos concorda comigo. — Ele argumento, sorrindo. — 

— Certo, vocês dois podem parar com isso agora? — Perguntei, cruzando os braços. — Namorar o Lando não me transforma automaticamente em uma torcedora da McLaren.

— Então, o que você está fazendo aqui na Ferrari hoje? Achei que estaria no hospitalidade da McLaren, dando apoio moral ao Lando. — Carlos sorriu, se inclinando para apoiar os cotovelos na mesa. — 

— Decidi tomar café com vocês para evitar exatamente esse tipo de conversa. Parece que não funcionou. — Eu bufei, mas não consegui evitar um pequeno sorriso. —

Charles e Carlos riram juntos, claramente satisfeitos com suas provocações.

Charles arqueou uma sobrancelha, claramente intrigado e pronto para mais uma de suas perguntas provocativas.

— Agora, uma coisa que eu ainda não entendi, como vocês conseguiram levar o Lando para assistir a um jogo do Real Madrid? — Ele perguntou, curioso. — 

Eu ri, lembrando do esforço que isso exigiu.

— Ah, foi simples. A base de ameaças e chantagem, claro. — Respondi com um tom sarcástico. —

— Você ameaçou o Lando? — Charles perguntou, parecendo mais impressionado do que deveria. — O que você disse?

— Não exatamente ameaças... — Corrigi, tentando soar inocente. — Mas eu deixei bem claro que, se ele não fosse, eu nunca mais assistiria a um treino ou corrida dele sem usar uma camisa da Ferrari.

— Isso é tão sua cara, Emily. Aposto que ele cedeu na hora. — Charles riu, balançando a cabeça. —

— Nem tanto. — Respondi, revirando os olhos. — Ele ainda tentou argumentar que futebol não era a praia dele, que o Chelsea era melhor e blá-blá-blá. Mas, no fim, ele sabia que não tinha saída.

— Mas tenho certeza que, no final, aquela "tortura" toda acabou agradando o Lando, né? — Carlos falou, sorridente. —

Eu revirei os olhos, mas não consegui segurar o sorriso.

— Claro que ele adorou. — Falei, rindo. — Ele até tentou fingir que não estava gostando, mas já vi como ele fica quando algo o empolga. No fundo, ele estava mais animado do que queria admitir.

— Ele foi. — Carlos riu ao lembrar. — Mas acho que o único momento em que ele realmente se empolgou foi quando percebeu que o estádio tinha uma loja de lanches enorme.

Charles gargalhou alto.

— Isso é tão Lando! — Ele disse, entre risos. — Leve-o para qualquer lugar, e a comida vai ser o destaque da experiência.

Eu ri junto com ele, concordando.

Meu celular vibrou em cima da mesa, e eu o peguei rapidamente, vendo uma mensagem de Lando pedindo para eu ir até a hospitalidade da McLaren. Desliguei o celular e olhei para os dois.

— Bom, vou ter que ir. Lando tá me esperando. — Disse, antes de suspirar. — E, claro, preciso contar a novidade para o Oscar e a Seraphina.

— Você não tá sabendo o que aconteceu? — Carlos me olhou com uma expressão curiosa. —

— Não, o que houve? — Perguntei, estranhando a tensão no tom dele. —

— A Seraphina e o Oscar terminaram. — Charles contou. — 

Fiquei em choque, não sabendo o que dizer. Oscar e Seraphina sempre pareceram tão bem, tão sólidos.

— Como assim? Mas eles estavam tão bem, não estavam? — Perguntei, confusa. —

— Não sei exatamente o que aconteceu, mas, pelo que dá para perceber, eles não terminaram bem, não. O humor do Oscar esse fim de semana já entrega tudo, sabe? Ele anda meio distante, meio irritado. — 
Carlos soltou um suspiro, parecendo pensativo. —

— Oscar troca de namorada como troca de roupa. Duvido que ele não apareça com outra daqui a duas semanas. — Charles deu uma risada baixa, balançando a cabeça. —

— Para de ser insensível, Perceval — Falei, meio divertida, mas ainda tentando amenizar a situação. —

Charles levantou as mãos em sinal de rendição, com um sorriso travesso.

— Tá bom, tá bom, mas eu não menti, né? — Respondeu, rindo baixo. —

Eu rolei os olhos, mas não pude deixar de sorrir.

— Não importa, Charles. Às vezes, a verdade não precisa ser dita desse jeito. Agora, deixa isso pra lá. — Suspirei, pegando minha bolsa. — Mas agora eu tenho que ir, porque se não eu não aguento o drama do Lando depois. Se cuidem, meninos.

Carlos e Charles me olharam com um sorriso travesso.

— Vai lá, e boa sorte com o Lando. — Carlos disse, sorrindo. —

— Se precisar de ajuda, é só gritar. — Charles completou, piscando. —

Eu sorri, me despedindo rapidamente e saindo em direção à hospitalidade da McLaren. Enquanto caminhava pelos corredores movimentados do paddock, minha mente estava focada na mensagem de Lando. Ele não tinha dado detalhes, o que, vindo dele, podia significar qualquer coisa, desde algo sério até uma pequena crise de impaciência.

Estava tão distraída que, ao virar uma esquina, esbarrei em uma garota. Todas as folhas que ela segurava voaram para o chão, espalhando-se em um pequeno caos.

— Ah, meu Deus! Me desculpa! — Falei rapidamente, abaixando-me para ajudá-la a recolher os papéis. —

— Não preciso da sua ajuda. — A garota respondeu com um tom frio e rude, olhando para mim de maneira impaciente. —

Surpresa com a resposta, fiquei paralisada por um segundo. Mesmo assim, tentei manter a compostura.

— Sério, foi minha culpa. Deixa eu te ajudar a recolher — Tentei continuar, mais fui interrompida. —

— Eu disse que não precisa! — Ela cortou, pegando os papéis rapidamente sozinha, enquanto ignorava minha tentativa de me desculpar. —

Quando ela se levantou e saiu apressada, carregando os papéis de volta nos braços, notei a camisa que ela usava. Era uma camisa da McLaren, o que me fez franzir a testa. Não me lembrava de já tê-la visto antes, mas talvez fosse uma nova funcionária ou alguém do setor técnico.

Suspirei, decidindo não levar a grosseria para o lado pessoal. Continuei meu caminho, tentando afastar o desconforto do encontro. Seja lá quem ela fosse, com certeza não estava em um dos seus melhores dias.

Cheguei à hospitalidade da McLaren e logo avistei Lando, sentado em uma das mesas perto da janela. Ele estava distraído, mexendo no celular, mas levantou a cabeça assim que me viu. Seu sorriso instantâneo iluminou o ambiente, e não pude evitar sorrir de volta.

— Pronto, estou aqui. O que era tão urgente assim? — Perguntei, parando em frente a ele e cruzando os braços, fingindo estar séria. — 

Lando deu de ombros, com uma expressão inocente.

— Nada demais, na verdade. Eu só estava com saudades. — Ele respondeu, o tom casual, mas o olhar sincero. —

Soltei uma risada baixa, balançando a cabeça.

— Sério, Lando? Você me fez vir correndo só por isso? — Questionei, embora meu tom fosse mais divertido do que irritado. —

— Claro! Não é motivo suficiente? — Ele disse, apoiando o queixo na mão e me olhando como se fosse óbvio. —

— Não, não é! Eu estava conversando com Carlos e Charles sobre o término do Oscar e da Seraphina. — Respondi, levantando uma sobrancelha. —

Lando soltou uma risada curta e balançou a cabeça.

— Ah, claro. Tinha que ser eles para te contar. — Ele disse, inclinando-se na cadeira. — Mas vou te dizer, o Oscar tá insuportável. Pior do que quando terminou com a Lily.

— Sério? — Perguntei, surpresa. — Mas ele parecia estar bem melhor com a Seraphina do que com a Lily.

— Sim, mas acho que foi exatamente por isso que está mais difícil agora. Eles realmente estavam bem juntos, sabe? Acho que ele não esperava que terminassem, ainda mais desse jeito. — Ele explicou, em um tom casual. —

— Então foi isso? Ela não queria se comprometer mais? — Perguntei, tentando entender melhor. —

— É, basicamente. Ela está em um momento muito bom da carreira e não queria dividir o foco. Oscar não conseguiu lidar com isso, e aí tudo desmoronou. — Lando falou, dando de ombros. — 

— Que complicado. Espero que ele consiga superar logo. — Suspirei, balançando a cabeça. —

— É, vamos torcer. Porque, se ele continuar assim, vai acabar irritando todo mundo no paddock. — Lando disse, com um meio sorriso. —

Lando olhou para o celular que vibrou na mesa e pegou o aparelho, lendo rapidamente a mensagem.

— Tenho que ir. Precisam de mim agora. Nos vemos depois da qualificação, tá? — Ele disse, levantando-se da cadeira. — 

— Boa sorte, Lan. — Respondi com um sorriso sincero. — 

Ele sorriu de volta e, antes de sair, inclinou-se para me dar um beijo rápido na boca, que me pegou de surpresa, mas me fez sorrir ainda mais.

— Até mais. Com você me desejando sorte, tenho certeza de que vai dar tudo certo. — Ele piscou, se afastando em direção a saida. — Te vejo depois, Emy.

Observei enquanto ele desaparecia pelo corredor, o coração batendo mais rápido. Ele sempre sabia como transformar até os momentos mais simples em algo especial.

¤¤ 🇪🇸 ¤¤




Estava ansiosa, muito ansiosa, para o jantar na casa dos pais do Lando. Não era como se fosse a primeira vez que eu fosse lá, eu tinha uma ótima relação com eles. Mas hoje não era um jantar qualquer. Era o dia em que anunciaríamos que estávamos namorando. Acho que agora eu entendia o nervosismo do Lando quando contamos para os meus pais.

— Para de me apressar, Lando! — Reclamei, enquanto ajustava o vestido em frente ao espelho do quarto de hotel onde eu estava hospedada. — 

— Amor, desculpa, mas você tá há duas horas se arrumando. Ainda não terminou? — Ele perguntou, encostado na porta do quarto, com os braços cruzados e um sorriso contido, como se tentasse não demonstrar sua impaciência. — 

— Beleza leva tempo, senhor Norris. — Respondi, lançando um olhar rápido para ele no espelho. — Além disso, você quer que eu esteja apresentável ou não?

Ele soltou uma risada baixa, aproximando-se de mim.

— Você fica linda até de pijama, então acho que isso nem conta. — Disse, segurando meus ombros e me olhando pelo reflexo no espelho. —

Eu revirei os olhos, mas não consegui segurar um sorriso.

— Você só quer me fazer terminar mais rápido, mas não vai funcionar. — Retruquei, divertida. —

— Ok, ok, vou parar. — Ele disse, levantando as mãos em rendição. — Mas, sério, já estamos quase atrasados. Meus pais provavelmente acham que você fugiu do compromisso.

Eu ri, pegando os últimos acessórios e colocando-os rapidamente.

— Pronto, satisfeito? Estou pronta. — Anunciei, virando-me para ele e fazendo uma pequena pose. —

Ele me olhou de cima a baixo e sorriu.

— Satisfeitíssimo. Mas, olha, com essa demora toda, espero que meus pais não achem que fui eu quem te fez esperar. — Disse, brincando, enquanto me estendia a mão. — Vamos?

— Vamos. E, só para constar, eles sabem que você seria incapaz de fazer alguém esperar. — Respondi, rindo, enquanto entrelaçava nossos dedos e saíamos juntos do quarto. —

O frio na barriga crescia conforme o elevador nos levava até a recepção, e tudo o que eu conseguia pensar era em como essa noite poderia mudar tudo.

— Relaxa, amor. Vai por mim, eles vão adorar. Principalmente minha mãe, que te trata mais como filha do que a mim, que sou o próprio filho. — Lando disse, rindo. —

— Isso não ajuda muito, sabia? — Respondi, tentando parecer confiante, mas ele percebeu o nervosismo na minha voz. —

— Tá brincando? Ela já gosta mais de você do que de mim. Eu estou é com medo de ser trocado nessa relação. — Ele retrucou, fingindo indignação, enquanto me puxava pela mão quando saímos do elevador. —

Eu ri, finalmente relaxando um pouco.

— Não exagera. Ela só gosta de mim porque eu sou educada e não fico atrasando ela nos horários. — Respondi, provocando, o que o fez revirar os olhos. —

— Ah, claro. Isso vindo de quem demorou duas horas para se arrumar hoje. — Ele rebateu, com um sorriso divertido. —

— Um toque de classe nunca fez mal a ninguém, Norris. — Retruquei, enquanto ele abria a porta do carro para mim. — Além do mais, você precisa parar de descombinar as roupas sempre que vai sair comigo.

Ele riu alto, fechando a porta assim que eu entrei no carro.

— Descombinar? Amor, isso é estilo. Você que ainda não entendeu. — Disse, entrando no lado do motorista. —

— Sério que você quer mesmo falar isso para uma estilista? — Retruquei, cruzando os braços e levantando uma sobrancelha. — 

Lando soltou uma gargalhada enquanto ligava o carro.

— Justamente por isso. Quem melhor para reconhecer um look inovador? — Ele disse, me lançando um olhar divertido. —

— Inovador? Querido, tem uma linha muito tênue entre inovador e desleixado, e você pisa nela o tempo todo. — Respondi, rindo. —

— Tudo bem, então. Na próxima vez, você escolhe o que eu visto. Mas se eu virar a capa de alguma revista com um look duvidoso, a culpa é toda sua. — Ele brincou, piscando. —

— Não vou te deixar sair de casa parecendo uma paleta de cores em guerra, então pode relaxar. — Retruquei, com um sorriso. —

— Você gosta de me humilhar mesmo me amando, né? — Lando disse, colocando uma mão dramática no peito, como se estivesse profundamente ofendido. —

Eu ri, balançando a cabeça.

— Não é humilhação, amor. É um serviço público. Eu só quero garantir que você continue sendo o "piloto mais estiloso do paddock" depois do Lewis obviamente. — Respondi, com um toque de ironia. —

— Ah, claro. Porque ninguém repararia nas minhas roupas se você não estivesse por perto para me salvar. — Ele rebateu, fingindo indignação enquanto ligava o carro. —

— Alguém precisa fazer esse trabalho, Norris. E, por sorte, você tem a melhor do ramo ao seu lado. — Falei, piscando para ele. —

Ele riu, sacudindo a cabeça enquanto saíamos do estacionamento.

— Tá vendo? É por isso que eu te amo. Você me mantém humilde. — Disse, me lançando um sorriso de canto. —

— E você me mantém ocupada, porque, sério, sua ideia de "estilo" às vezes me dá dor de cabeça. — Brinquei, e ele apenas riu mais. —

O caminho até a casa dos pais dele foi tranquilo. Lando, como sempre, tentava me fazer rir com suas piadas e provocações, tentando aliviar a tensão que eu sentia. Ele sempre tinha esse jeito descontraído, que me fazia esquecer um pouco a ansiedade.

— Está pronta? — Ele perguntou, olhando rapidamente para mim, com um sorriso travesso no rosto. —

Eu sorri e respirei fundo, sentindo que a ansiedade começava a diminuir.

— Sim, estou pronta. — Respondi, tentando passar confiança, embora ainda sentisse o friozinho na barriga. —

Lando sorriu, visivelmente aliviado.

— Isso aí! — Ele disse, dando um tapinha leve no volante antes de estacionar o carro. — Agora é só aproveitar o jantar e deixar que tudo flua. 

Eu ri, sentindo a tensão diminuir mais um pouco.

— É, vamos ver o que vai acontecer. — Falei, já começando a relaxar com o otimismo dele. —

Lando me lançou um olhar cúmplice antes de abrir a porta do carro.

— Vamos lá, vai dar tudo certo. — Ele disse, estendendo a mão para mim. —

Lando tocou a campainha e, antes que eu tivesse tempo de me preparar, a porta se abriu, revelando Cisca, a irmã de Lando, com um sorriso enorme no rosto.

— Vocês chegaram! Eu pensei que essa era só mais uma daquelas histórias do Lando para me convencer de que você viria, Lily. — Cisca disse, rindo enquanto me dava um abraço caloroso. —

Eu sorri, um pouco sem jeito, mas aliviada com a recepção dela.

— Eu sei, eu sei, ele tem essas histórias incríveis, mas estou aqui de verdade. — Respondi, rindo, ao me afastar do abraço. —

Lando olhou para Cisca com uma expressão fingida de indignação.

— Ei, não precisa falar assim de mim na frente dela. Eu sou completamente confiável, você sabe disso. — Ele brincou, colocando a mão no peito dramaticamente. —

Cisca olhou para ele com um sorriso travesso e então se virou para mim.

— É ótimo ter você de volta, Lily. E estou muito feliz por ver vocês dois juntos. — Ela disse, me conduzindo para dentro da casa. —

— Mas a gente nem disse que tá junto ainda. — Lando retrucou, cruzando os braços e estreitando os olhos para a irmã. —

— Essa sua cara de bobo apaixonado não me engana, irmãozinho. — Cisca respondeu, rindo e dando um leve empurrão no ombro dele. —

Eu ri, sentindo minhas bochechas esquentarem, mas decidi entrar na brincadeira.

— Acho que você é uma detetive melhor do que aparenta, Cis. — Brinquei, olhando para Lando, que agora tentava disfarçar um sorriso. —

— Bom, alguém tem que ser, já que meu irmão é péssimo em guardar segredos. — Ela rebateu, piscando para mim. —

— Eu não sou péssimo! Só... transparente. — Lando respondeu, abrindo os braços como se fosse inocente. —

— Tá bom, transparente. E esse sorriso aí? É transparente ou só entrega tudo mesmo? — Cisca provocou, o que me fez rir ainda mais. —

Lando revirou os olhos, mas acabou rindo também.

— Ok, ok, vocês ganharam. Mas eu vou contar para a mamãe, e não quero vocês estragando minha grande revelação, hein! — Ele disse, apontando o dedo para Cisca. —

— Ah, relaxa, eu só estou aquecendo. — Ela respondeu, rindo e nos guiando até a sala, onde o restante da família já estava esperando. —

O nervosismo que senti antes parecia ter desaparecido completamente. A leveza de Cisca e o jeito descontraído de Lando tornaram tudo mais fácil.

Assim que entramos na sala, a mãe de Lando se levantou, com um sorriso caloroso no rosto, e veio até mim.

— Lily, querida, que bom vê-la novamente! — Disse, me puxando para um abraço acolhedor. — Você está ainda mais bonita, minha querida. Parece que a vida tem te feito muito bem.

— Obrigada, senhora Norris. — Respondi, sorrindo e tentando não parecer tão envergonhada. — E é sempre um prazer estar aqui.

— Ah, nada de "senhora Norris", por favor. Me chame de Cisca, como sempre. — Ela corrigiu, com uma piscadela, antes de se virar para Lando. — E você, filho, demorou para trazer a Lily de novo aqui.

— Bom, eu demorei mesmo, mas olha, pelo menos eu trouxe ela com uma ótima notícia. — Lando sorriu, passando o braço ao meu redor. — Estamos namorando.

Cisca arregalou os olhos por um breve segundo, mas logo abriu um enorme sorriso, claramente animada com a revelação.

— Eu sempre soube! Apesar de vocês terem demorado para anunciar isso, eu tinha certeza de que acabariam juntos. Sempre soube! — Disse a mãe de Lando, com um sorriso largo e um brilho orgulhoso nos olhos. —

— Então quer dizer que estávamos sendo previsíveis? — Lando perguntou, fingindo estar ofendido, enquanto eu soltava uma risada baixa ao seu lado. —

— Não é questão de ser previsível, querido, mas de ser óbvio. Vocês dois sempre tiveram uma conexão especial. — Ela deu um passo à frente, segurando minhas mãos gentilmente. — Lily, seja bem-vinda oficialmente à nossa família.

— Obrigada, senhora Norris. Quer dizer, Cisca. — Respondi, corrigindo-me rapidamente com um sorriso, sentindo-me acolhida. —

— Isso mesmo! Aqui você não é só namorada do meu filho, é parte da família agora. — Disse ela, olhando de Lando para mim com ternura. —

— E, claro, agora você tem mais uma pessoa para ajudar a controlar o caos dele. — Acrescentei, apontando para Lando, que imediatamente ergueu as mãos em rendição. —

— Ei, isso não é justo! — Lando protestou, fingindo estar ofendido, enquanto sua mãe soltava uma gargalhada. —

— Ah, meu filho, você bem que merece. — Cisca respondeu, ainda rindo, antes de nos puxar para um abraço caloroso. —

— Pai, me dá uma ajuda aqui! — Lando chamou, fingindo desespero, enquanto olhava para o pai, que estava sentado no sofá assistindo à cena com um sorriso divertido. —

O Sr. Norris se levantou lentamente, cruzando os braços e olhando para o filho com uma expressão pensativa.

— Hmm, não sei, Lando. Parece que você está lidando bem sozinho. — Ele brincou, piscando para mim. —

— Traído pela própria família. — Lando suspirou, colocando a mão no peito como se estivesse profundamente ofendido, arrancando risadas de todos na sala. —

— Não reclama, meu filho. Se não fosse por nós, você nem teria coragem de assumir esse namoro. — A mãe dele provocou, rindo enquanto bagunçava o cabelo de Lando. —

Eu observei a interação com um sorriso no rosto, sentindo-me mais leve. Apesar do nervosismo inicial, a energia calorosa da família de Lando me fazia sentir como se estivesse no lugar certo.

— Tudo bem, tudo bem, vou aceitar o bullying coletivo. Mas só porque a Lily está aqui para me defender. — Lando falou, olhando para mim com um sorriso esperançoso. —

— Desculpa, amor, mas dessa vez estou do lado deles. — Respondi, dando de ombros e provocando mais uma onda de risadas. —

O pai de Lando finalmente veio até nós e me deu um abraço amigável.

— É bom ter você aqui, Lily. E não se preocupe, estamos todos felizes por vocês. — Ele falou, com um sorriso carinhoso. — 

— Obrigada, Adam. — Respondi, em um tom agradecida. — 

Eu não achei que seria tão bem tratada, embora, pensando bem, isso era exatamente o que se esperava da família do Lando. Enquanto estávamos à mesa, conversando e rindo, acabei sendo envolvida em uma enxurrada de perguntas. Tive que contar todos os detalhes de como o Lando e eu começamos a namorar, algo que tanto minha sogra quanto minha cunhada que ouviram atenciosamente.

A noite seguiu leve e descontraída, com mais histórias sendo contadas, e eu me sentindo cada vez mais parte daquela família calorosa e acolhedora.

¤¤ 🇪🇸 ¤¤

O domingo de corrida finalmente havia chegado. Eu decidi chegar um pouco mais tarde, porque fui inventar de esperar o Carlos, que parecia mais enrolado do que nunca. Ele conseguia ser mais vaidoso que qualquer mulher. Agora, enquanto caminhava pelo paddock, sabia que Lando já deveria estar se preparando para a corrida, que começaria em poucos minutos.

Eu estava distraída com as pessoas passando apressadas, os barulhos familiares dos motores ao fundo e os fãs reunidos, quando ouvi uma voz familiar se aproximando.

— Até que enfim te achei, Lily! — Arthur chamou, surgindo do meio da multidão com um sorriso de alívio. —

Olhei para ele, sorrindo de volta, divertida pela situação.

— Arthur? Tá perdido ou só veio me salvar de me perder? — Perguntei, cruzando os braços, com um tom brincalhão. —

Ele revirou os olhos, mas riu.

— Quase isso. Você anda rápido demais ou eu que sou ruim de achar as pessoas nesse lugar. — Ele comentou, tentando recuperar o fôlego. —

— E o que exatamente você tá me procurando pra fazer? — Questionei, inclinando a cabeça curiosa. —

— Só queria garantir que você não tava muito ocupada tirando sarro de alguém antes da corrida. Além disso, achei que você poderia estar precisando de ajuda. — 
Ele deu de ombros, ajeitando o boné na cabeça. —

Soltei uma risada curta, balançando a cabeça.

— Por enquanto, tô comportada. Mas, já que você é tão desocupado quanto seu irmão, faz companhia pra mim? — Respondi, com um sorriso travesso. — 

— Ei, eu não sou desocupado! Só sou bom em otimizar meu tempo. — Arthur arqueou uma sobrancelha, fingindo ofensa. —

— Claro, otimizar o tempo pra ficar perambulando pelo paddock procurando alguém pra te salvar do tédio, né? — Brinquei, enquanto começávamos a caminhar juntos. —

— Você sabe que eu sempre escolho bem minhas companhias. Além disso, é um privilégio te acompanhar. — Ele retrucou, com um sorriso brincalhão. —

— Vou fingir que acredito, só porque tô de bom humor hoje. — Respondi, rindo. —

— E essa aliança no dedo... tá namorando, é? — Arthur perguntou, apontando para minha mão com um sorriso provocador. —

Antes que eu respondesse, uma voz conhecida surgiu por trás dele.

— E aí, Leclerdo mais novo. — Lando apareceu, já se aproximando com aquele sorriso que sempre me fazia esquecer tudo ao redor. — 

Arthur virou para encará-lo, os dois trocaram um rápido cumprimento com um aperto de mão, mas Lando estava com pressa.

— Tenho que ser rápido, mas vim atrás do meu beijo da sorte. — Lando disse, aproximando-se e me puxando pela cintura com naturalidade, ignorando completamente Arthur. —

— Beijo da sorte, é? — Perguntei, erguendo uma sobrancelha, mas já sorrindo. —

— Claro. Não dá pra correr sem o incentivo da melhor pessoa do paddock. — Ele respondeu, como se fosse óbvio, antes de selar nossos lábios em um beijo breve, mas cheio de carinho. —

Quando nos afastamos, Lando piscou para mim.

— Agora sim, vou fazer bonito hoje, por você. — Ele falou, sorrindo. — Até depois, Lily.

Meu coração deu um salto, e eu apenas sorri enquanto ele se afastava em direção à garagem, sem se importar com os olhares ao redor.

Ao meu lado, Arthur ficou parado, claramente surpreso com a cena, sem dizer uma palavra. Quando percebi sua expressão, soltei uma risada.

— Vai ficar aí plantado ou vai me acompanhar? — Perguntei, divertida. —

Arthur, por outro lado, ficou me encarando com uma expressão incrédula.

— Eu sabia! Sabia que aquele ódio todo era só tesão acumulado! — Ele exclamou, jogando as mãos para o alto como se tivesse acabado de resolver um mistério. —

— Ah, por favor, Arthur! — Respondi, rindo enquanto sacudia a cabeça. — E anda logo, vamos logo pro motorhome da Ferrari antes que eu me arrependa de ter te encontrado. 

— Encontrado? Quem te encontrou fui eu! Mas, sério, não acredito que você se apaixonou pelo Norris. — Ele provocou, ainda se divertindo. —

— E eu não acredito que você ainda tá falando disso. — Retruquei, empurrando de leve o ombro dele enquanto começávamos a andar pelo paddock. —

Arthur riu da minha reação, claramente adorando me provocar enquanto caminhávamos pelo paddock.

— Só tô tentando entender como você e o Norris passaram de implicância pura para isso aí. — Ele comentou, gesticulando para mim com um sorriso divertido. —

— Talvez porque ele seja mais encantador do que você imagina. — Respondi, arqueando uma sobrancelha, tentando manter um tom casual. —

— Encantador? Tá, se você diz... — Ele disse, dando de ombros, mas o sorriso de leve surpresa não escapou. —

— E você? Tá com ciúmes ou só tentando entender a mágica? — Perguntei, cruzando os braços enquanto o olhava. —

— Nem um nem outro, só curioso mesmo. Mas confesso que vendo vocês juntos agora faz mais sentido. — Ele admitiu, finalmente parando com as provocações. —

— Que bom, porque, pra variar, o Lando não é tão insuportável quanto parece. — Falei, sorrindo, enquanto continuávamos em direção ao motorhome da Ferrari. —

Arthur apenas deu um pequeno sorriso, optando por não responder, e seguimos caminhando em silêncio confortável.

Chegamos à entrada do motorhome da Ferrari, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, uma voz animada chamou minha atenção.

— Passou pela minha cabeça que não te encontraria, cunhada! — Cisca apareceu com um sorriso largo, vindo em nossa direção. — 

Eu sorri de volta, surpresa, enquanto Arthur apenas observava a cena, visivelmente curioso.

— Ah, Cisca, oi! Eu tava dando umas voltas com o Arthur, mas já tô aqui. — Respondi, com um sorriso. — 

— Ótimo, porque eu preciso de você no motorhome da McLaren agora. — Ela falou com entusiasmo, já me puxando pelo braço. —

— No motorhome da McLaren? — Perguntei, hesitando por um instante, olhando para Arthur, que deu de ombros com uma expressão divertida. —

— Por mim, pode ir. Não aguento gente chata e, sinceramente, não piso naquele lugar nem morto. — Ele disse com uma careta exagerada, arrancando uma risada minha e de Cisca. —

— Você não tem jeito mesmo, Arthur. — Retruquei, balançando a cabeça, tentando conter o riso. —

— E você tá mais do que acostumada com gente sem jeito, pelo visto. — Ele rebateu, dando um meio sorriso antes de se afastar. — Boa sorte com o pessoal da McLaren, Lily. Não se perca com as confusões do Norris!

— Vamos logo antes que o Lando ache que eu não fiz meu trabalho direito. Ele tava contando com você lá. — Cisca riu e me puxou de vez. — 

— Seu irmão não tem jeito. Eu sabia que essa ideia era dele, te usando para conseguir o que quer. — Retruquei, rindo e balançando a cabeça enquanto ela me puxava pelo braço. —

— Claro que era ideia dele! Você acha que eu faria todo esse esforço sozinha? Mas confesso que foi divertido participar da missão. — Cisca respondeu, piscando para mim. —

— Tá vendo? Agora vocês dois estão contra mim. — Brinquei, suspirando, mas ainda sorrindo. —

Assim que entramos no motorhome, o ambiente estava agitado, com a equipe e familiares se preparando para a corrida. O motorhome da McLaren é espaçoso, com um ambiente confortável e uma área interna onde se pode assistir à corrida com toda a atenção.

Cisca me conduziu até os assentos reservados para a família de Lando, localizados perto de uma grande tela onde a corrida seria transmitida. A tela estava montada de forma que todos tinham uma boa visão da pista, mesmo estando dentro do motorhome, protegido dos barulhos e da agitação do paddock.

Enquanto me acomodava, notei que os pais de Lando estavam lá, conversando com algumas pessoas próximas. Quando me viram, logo se aproximaram, sorrindo calorosamente.

— Lily, que bom te ver por aqui! — A mãe de Lando exclamou, me recebendo com um abraço amigável. — Lando vai adorar ter você aqui hoje.

— Estávamos ansiosos para te ver. — O pai de Lando se aproximou, cumprimentando-me com um sorriso e um aperto de mão firme. — Ele vai dar o seu melhor hoje, com certeza.

Eu sorri, sentindo o calor e o carinho da família de Lando. A energia deles era contagiante, e logo me sentei ao lado de Cisca, sentindo-me à vontade.

— Faltam poucos minutos para começar! — Disse Cisca, olhando para a tela, onde a contagem regressiva começava. —

— Muito obrigada por me deixarem ficar com vocês aqui. Estou muito feliz de estar ao lado de todos. — Eu sorri e olhei para o pai e a mãe de Lando. —

— O prazer é nosso, querida! — A mãe de Lando respondeu com um sorriso acolhedor. — Vai ser ótimo ter você aqui durante a corrida.

À medida que a contagem regressiva avançava, a tensão começou a crescer. Todos se concentraram na tela, esperando o início da corrida. No motorhome, a vibração estava no ar, e eu não pude deixar de me sentir parte de algo ainda maior, compartilhando aquele momento com a família de Lando.

Quando as luzes se apagaram e os carros começaram a acelerar na pista, todos se levantaram um pouco, os olhares fixos no monitor, acompanhando cada movimento dos carros. Eu, como os outros, estava completamente imersa na corrida, torcendo silenciosamente para que Lando se saísse bem.

Era um momento emocionante, e, ali, com a família dele, me senti muito mais conectada ao que realmente importava, a paixão e o apoio que cercam o mundo das corridas.

Mas isso não me impedia de matá-lo depois da corrida por me tirar do motorhome da Ferrari.

¤¤ 🇪🇸 ¤¤

A corrida tinha sido incrível. Fiquei tão feliz por Lando terminar em terceiro e Carlos em quinto, embora achasse que meu irmão merecesse estar no pódio. Ainda assim, valeu a pena estar aqui apoiando os dois e vendo eles terminarem a corrida em ótimas posições. Enquanto assistia à corrida com a família de Lando, me senti ainda mais acolhida por eles.

Agora, eu encarava a tela do meu celular pela milésima vez, esperando que Lando aparecesse logo pela porta da sala de descanso. Eu estava ansiosa para irmos embora, mas ainda não tinha superado o fato de ele ter jogado champanhe exatamente onde eu estava durante a comemoração no pódio. A consequência? Tive que pegar uma camisa da McLaren emprestada dele. E sabia que ele faria algum comentário assim que me visse.

Finalmente, a porta se abriu, e Lando entrou com o típico sorriso travesso estampado no rosto.

— Aí está minha garota! — Ele falou, mas logo olhou para mim e começou a rir. — Não acredito que você pegou minha camisa.

— Não tinha outra opção, Lando. Você me encharcou de champanhe! — Retruquei, cruzando os braços e tentando manter a expressão séria, mas falhando miseravelmente. —

— Ficou ótima em você, pra ser honesto. — Ele respondeu com um sorriso, se aproximando e me puxando para um abraço rápido. — E além do mais, foi merecido.

— Merecido? — Perguntei, arqueando uma sobrancelha. —

— Claro! Minha vitória parcial, minha comemoração. Você estava no lugar errado, na hora errada. — Ele respondeu, rindo de novo, enquanto eu balançava a cabeça, derrotada. —

— Você vai ter que me compensar. — Declarei, apontando um dedo para ele. —

— Claro, amor, é só você falar o que quer que eu faça agora mesmo, se for possível. — Lando disse, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha, como se estivesse pronto para qualquer coisa. —

Eu o encarei, um sorriso desafiador surgindo no meu rosto.

— Quero que você dirija devagar pela cidade. Nada de acelerar, nada de testar limites. Só você, eu e uma direção tranquila, como se você fosse... uma pessoa normal. Será que consegue? — Provoquei, cruzando os braços. —

Lando arregalou os olhos, como se eu tivesse pedido algo impossível.

— Dirigir devagar? Eu? Isso é praticamente contra minha natureza. — Ele respondeu, dramatizando a situação. — 

— Ah, não vai me dizer que o grande Lando Norris não consegue dirigir como uma pessoa comum. Achei que você fosse um piloto incrível, mas parece que estou enganada. — Continuei, aumentando a provocação. —

Ele estreitou os olhos para mim, o sorriso travesso começando a aparecer.

— Tudo bem. Vou te provar que consigo. Mas, quando eu ganhar, quero que você admita que eu sou o melhor piloto que você conhece. — Ele rebateu, segurando minha mão. —

— Veremos, Norris. Vamos logo antes que você comece a inventar desculpas. — Respondi, rindo, enquanto ele pegava as chaves e a mochila, e me puxava para fora da sala. —

Eu sabia que ele faria de tudo para transformar até mesmo o desafio mais simples em algo divertido e competitivo.

Saímos pelos corredores do motorhome, com Lando caminhando ao meu lado, as chaves do carro girando entre os dedos. Enquanto andávamos, percebi Oscar parado perto da saída, mexendo no celular com uma expressão distraída.

— Tchau, Oscar! — Falei em um tom descontraído, acenando para ele. —

Ele levantou os olhos, surpreso por um instante, mas logo abriu um sorriso caloroso.

— Ah, tchau, Lily! — Ele respondeu, devolvendo o aceno. — E vê se cuida bem do Norris aí.

— Sempre, Oscar. Ele precisa de toda ajuda que puder. — Respondi, lançando um olhar divertido para Lando, que balançou a cabeça em um misto de exasperação e diversão. —

— Por que todo mundo acha que eu preciso ser cuidado? — Lando perguntou, franzindo as sobrancelhas, mas sem conseguir conter o sorriso. —

— Talvez porque você seja o Lando Norris. Isso já diz tudo. — Retruquei, piscando para ele. —

Oscar soltou uma risada baixa e voltou ao celular, enquanto Lando me puxava pela mão.

— Vamos logo, antes que você me coloque em mais situações embaraçosas. — Ele murmurou, mas havia um pouco de diversão em sua voz. —

Eu ri, seguindo-o em direção ao carro. Mesmo que ele reclamasse, eu sabia que ele gostava das provocações tanto quanto eu. Essa dinâmica entre nós era parte do que tornava tudo tão especial.

Caminhamos em direção ao carro, e eu não conseguia resistir a provocá-lo mais um pouco.

— Situações embaraçosas? Você tá falando como se eu tivesse te jogado champanhe na cara ou algo assim. — Falei com um sorriso travesso, apertando de leve a mão dele. —

Lando me lançou um olhar de lado, fingindo indignação.

— Primeiro, eu nunca faria isso. Segundo, quem tava encharcado mesmo? — Ele rebateu, abrindo a porta do carro para mim. —

Eu entrei, mas não deixei passar.

— Tá bom, Norris. Continua nessa ilusão de que você é o inocente da história. Só não esquece que quem vai ter que dirigir como um cidadão comum agora é você. — Cruzei os braços, apoiando-me no banco com um sorriso vitorioso. —

Ele deu a volta no carro, entrando no lado do motorista com um suspiro exagerado.

— Você gosta de me testar, né? — Ele disse, ligando o motor e me lançando um olhar conspirador. —

— Sempre. É mais divertido do que te deixar ganhar fácil. — Respondi, desafiadora. —

Lando riu, balançando a cabeça enquanto colocava o cinto de segurança.

— Tudo bem, Lily. Vou te mostrar que consigo ser o cara mais paciente e controlado do mundo. Mas não reclame se eu for tão devagar que a gente chegue amanhã. — Ele avisou, sorrindo. —

— Vamos ver, Norris. Só espero que o “cara mais controlado do mundo” consiga evitar a tentação de acelerar. — Eu ri alto, sabendo que ele estava determinado a transformar isso em um jogo. —

— Ah, você vai se surpreender. — Ele respondeu, sorrindo, antes de começarmos a deixar o circuito para trás. —

Lando mantinha o carro em uma velocidade tão baixa que parecia estar em câmera lenta. Segurei uma risada.

— Você tá dirigindo ou passeando com uma bicicleta? Acho que até um carrinho de golfe seria mais rápido. — Comentei, não conseguindo me segurar. —

— Você pediu para eu dirigir devagar, então estou cumprindo sua exigência. Só estou me certificando de que não vou ultrapassar nenhum limite... nem de uma tartaruga. — Ele me lançou um olhar de canto, tentando esconder o sorriso. — 

— Lando, eu só disse para não correr. Não precisava exagerar. Acho que até a gente voltar pra casa, o Carlos já vai estar na próxima corrida. — Eu gargalhei, balançando a cabeça. —

— Tá bom, tá bom. Vou aumentar um pouco o ritmo, mas só porque não quero que você durma no caminho. — Ele riu, acelerando um pouco, mas ainda mantendo uma condução incrivelmente controlada. —

— Melhor assim. Eu sabia que você não ia aguentar o desafio por muito tempo. — Cruzei os braços, fingindo descontentamento. —

— Não subestime meu autocontrole, amor. Mas admito que você me distrai com tanta provocação. — Ele respondeu com um sorriso travesso, me fazendo revirar os olhos. —

O resto do caminho seguiu em um clima leve, com nós dois rindo e aproveitando o momento. Mesmo com todas as provocações, era impossível negar como estar ao lado dele me fazia bem.

Quando estavamos quase chegamos ao hotel onde eu estava hospedada, Lando não parava de falar, e sinceramente, eu gostava dessas nossas conversas aleatórias.

— Ei... você deixaria eu dormir com você hoje? — Ele perguntou casualmente, mas o sorriso que acompanhava suas palavras entregava o tom de brincadeira. —

Olhei para ele de canto, tentando entender se ele estava falando sério ou apenas brincando.

— Por quê? Esqueceu onde mora ou só quer aproveitar a champanhe que você mesmo jogou em mim como desculpa? — Provoquei, arqueando uma sobrancelha. —

— Primeiro, eu só queria garantir que você não ficaria sozinha. Segundo, acho que ainda preciso garantir que você não vá me matar de verdade pelo que aconteceu no pódio. — Ele riu, colocando uma mão no volante e outra no peito, como se estivesse ofendido. —

— Hmm, não sei... isso parece mais uma desculpa para você evitar a culpa e ainda ganhar um pouco mais de atenção. — Cruzei os braços, fingindo pensar enquanto um sorriso começava a se formar no meu rosto. —

— Você não tá errada. Mas, sinceramente, eu só quero estar perto de você hoje. — Ele falou, e o tom de brincadeira desapareceu por um momento, dando lugar a uma sinceridade que me pegou de surpresa. —

Respirei fundo, tentando disfarçar o impacto que aquelas palavras tiveram.

— Tá bom. Mas, se você roncar ou ocupar mais da metade da cama, eu te expulso sem dó. — Respondi, rindo para quebrar a tensão. —

— Prometo me comportar. — Ele respondeu com um sorriso satisfeito enquanto estacionava o carro. —

Saímos do carro e, como sempre, Lando foi à frente para me acompanhar até a entrada do hotel. Como já tinha a chave do meu quarto, não precisei parar na recepção.

— Tá, vou te dar um voto de confiança, Lan. Mas, se você tentar fazer bagunça no meu espaço, você vai ver... — Brinquei, sorrindo enquanto caminhávamos pelo corredor. —

— Você sabe que me comportar não é exatamente meu ponto forte, mas por você, faço um esforço. — Ele respondeu com um sorriso travesso. —

— Você sabe que está arriscando, né? — Brinquei, olhando para ele. — Dormir comigo significa lidar com meu mau humor matinal. 

— Não tenho medo, eu sou um piloto, lido com pressões diárias. — Ele respondeu com confiança, sorrindo. —

Eu olhei para ele de canto, sabendo que ele estava tentando ser engraçado, mas meu olhar era sério.

— Ah, é? Então, você vai encarar meu humor antes do café, sem escape? — Perguntei, desafiadora. —

— Vou sobreviver, prometo. — Ele riu, com uma confiança inabalável. —

Chegamos ao meu quarto e, como já estava acostumada, usei a chave para abrir a porta. Quando entrei, Lando já estava fazendo uma careta, fingindo estar cansado da caminhada até o quarto.

— Uau, o quarto é... simples. Não tem um tapete vermelho, nem uma cama de ouro? — Ele brincou, olhando ao redor. —

— Acho que você vai ter que se contentar com o básico, Norris. — Respondi, rindo e indo até a cama, me jogando nela. —

Ele me seguiu, se jogando na cama, e me olhou com um sorriso, como se já estivesse se sentindo em casa.

— Esse lugar é perfeito. Vou ter que te convencer a ficar em todos os hotéis que eu ficar agora. — Ele falou com uma expressão de contentamento. —

— Só se você prometer que vai ser um bom menino e me deixar dormir. — Respondi, com um sorriso. —

— Eu prometo, desde que você não me expulse da cama no meio da noite. — Ele brincou, se acomodando de maneira exagerada, como se já estivesse pronto para dominar todo o espaço. —

— Não se preocupa com isso, Norris. Eu vou dar um tempo na sua bagunça, mas só por hoje. — Ri, me levantando da cama. — Vou tomar um banho, e já volto. E, por favor, não apronte nada enquanto eu estiver fora. 

— Prometo me comportar... ou pelo menos tentar. — Ele respondeu, fingindo um tom dramático, e se deitou completamente na cama, como se tivesse se tornado parte dela. —

Antes de sair do quarto, dei um olhar desconfiado para ele, só para garantir que ele não estava planejando nada.

— Não tente me enganar. — Falei de forma divertida. — Eu te conheço, Lando. Não sou tão ingênua assim.

— Eu sou um homem de palavra... mais ou menos. — Ele sorriu, fazendo um gesto como se estivesse se rendendo. —

Entrei no banheiro, rindo para mim mesma, mas ao mesmo tempo sentindo uma leve sensação de conforto por estar com ele. O som da água caindo sobre a pele me relaxou, e por alguns minutos, deixei que meus pensamentos se dissipassem. Foi bom ter aquele tempo para mim, para me desligar um pouco da correria e das tensões dos últimos dias.

Após o banho, me enrolei na toalha e voltei para o quarto. O cheiro suave dos produtos de banho ainda estava na minha pele, e a sensação de estar em um lugar tranquilo me fazia querer aproveitar cada segundo.

Quando entrei, encontrei Lando ainda deitado na cama, mas agora com os olhos fechados, fingindo estar dormindo. Sorrindo discretamente, me aproximei dele, decidindo não dizer nada, apenas observando seu rosto calmo, o que era um contraste com a energia que ele sempre demonstrava.

Dei uma risada baixa, interrompendo o silêncio.

— Vai ficar aí fingindo que está dormindo? — Perguntei, me sentando na beira da cama. Ele abriu um olho, sorrindo de maneira travessa. —

— Eu estava esperando você voltar. Estava quase dormindo, mas você me distraí. — Ele respondeu, se mexendo para se acomodar melhor. —

A visão de mim só de toalha pareceu não passar despercebida para ele, pois logo ele se ajeitou na cama, com um sorriso um tanto provocador.

— Sério, você vai ficar assim? Só de toalha? Está me fazendo pensar em coisas... — Ele disse, com um tom divertido, mas com uma pontada de desejo nos olhos. —

Eu arqueei uma sobrancelha, sentindo uma mistura de diversão e desafio.

— O que você quer, Lan? Que eu pare de te provocar ou que eu continue? — Perguntei, com um sorriso travesso. —

Ele deu uma risada baixa, se esticando na cama e me olhando com mais intensidade.

— Não precisa parar, mas pode dar um tempo, né? Estou tentando me comportar. Só que, se você continuar assim... vai ser difícil. — Ele respondeu, com um olhar divertido, mas também com um toque de seriedade. —

Eu sorri, sentindo a leveza do momento.

— Ah, Lando, você sempre tão comportado, né? — Falei, brincando, enquanto me aproximava mais um pouco dele. — Eu entendo, de verdade. Não é fácil resistir quando você está com essa cara de "bom moço", mas vai ter que me dar um tempo também, se não vai ser difícil para mim.

Ele sorriu, me observando com um olhar carinhoso.

— Ah, então você me entende, né? — Ele respondeu, com um tom divertido, antes de me puxar um pouco mais para perto, me abraçando. — Você é uma verdadeira tentação, sabia disso?

— Eu sei, Norris. Eu sei. — Respondi, rindo baixinho enquanto me acomodava ao lado dele. — Só precisa aprender a controlar esse lado travesso.

Ele me puxou ainda mais perto, seu olhar fixo no meu, o sorriso travesso desaparecendo para dar lugar a algo mais intenso. Eu podia sentir a tensão no ar, aquela mistura de desejo e diversão que sempre existia entre nós, mas agora parecia mais palpável.

— Você realmente gosta de brincar com fogo, não é? — Lando murmurou, a voz rouca, como se tentasse se controlar, mas o calor nos seus olhos dizia o contrário. —

Eu sorri, me aproximando ainda mais, os lábios quase tocando os dele.

— Se você não sabe controlar isso, Lando, então é melhor parar de tentar me provocar. — Falei suavemente, mas com uma dose de desafio. —

Ele se inclinou para frente, seu rosto agora tão próximo do meu que quase pude sentir a respiração dele em minha pele. Os dedos dele roçaram minha cintura, fazendo uma corrente elétrica percorrer meu corpo.

— Acho que você gosta de me ver assim. — Ele sussurrou, a voz carregada de desejo, antes de dar um pequeno sorriso de canto. — Mas você vai ter que se controlar também, porque se continuar assim, não vou conseguir ficar parado.

Eu o encarei por um momento, meus lábios quase tocando os dele, e então, em um impulso, me aproximei ainda mais, sentindo a tensão crescente entre nós.

— Eu não sou a única que precisa se controlar, Amorzinho. — Respondi, minha voz agora mais baixa, mais envolvente. — 

Ele fechou os olhos por um momento, claramente lutando contra o desejo, mas quando os abriu novamente, havia algo nos seus olhos que me dizia que não haveria mais volta.

— Não sei se quero me controlar. — Ele murmurou, suas mãos agora segurando firmemente minha cintura, puxando-me para mais perto dele. —

O momento de tensão entre nós dois estava prestes a tomar outro rumo quando, de repente, ouviu-se uma batida na porta. Ambos congelamos por um segundo, e o ambiente que antes estava carregado de um desejo crescente, agora ficou envolto em uma sensação de desconforto e urgência.

Eu ainda sentindo o calor da nossa proximidade, me afastei lentamente, sentindo o clima mudar. Eu me levantei da cama, os pés tocando o chão com suavidade, e então olhei para Lando. 

— Acho que é melhor eu me vestir antes que seja tarde demais. — Eu disse, já me dirigindo para a cadeira onde havia jogado minhas roupas. — Vai lá abrir a porta, Lan.

Eu terminei de me vestir e me virei para observar Lando abrir a porta. A batida tinha interrompido completamente o clima, e quando ele a abriu, me vi encarando Carlos, que entrou com aquele sorriso bobo e os olhos levemente vidrados. Ele estava claramente bêbado, o que me fez revirar os olhos internamente.

— Carlos, você está bem? — Perguntei, tentando esconder a frustração em minha voz, mas ao mesmo tempo, não consegui evitar o sorriso que escapou ao ver o estado dele. —

Carlos parecia estar em outro mundo, e quando me viu, deu um grande sorriso.

— E aí, Lily! Você não vai acreditar no que rolou na festa! — Ele disse, praticamente tropeçando ao tentar entrar no quarto. — Foi demais, cara! Cerveja, dança... vocês têm que ir na próxima!

Lando estava visivelmente tentando manter a compostura, olhando para Carlos como se estivesse em uma luta interna para não rir ou ficar irritado. Ele olhou para mim, e eu podia ver a tensão na expressão dele.

— Carlos, talvez seja hora de você voltar para o seu quarto, não acha? — Lando sugeriu, tentando ser firme, mas com um sorriso nervoso, como se estivesse fazendo o possível para não perder a paciência. —

— Ah, vou dormir aqui hoje, não vou embora não... — Carlos disse, com um sorriso bobo no rosto, já se ajeitando como se estivesse em sua própria cama. — E aí, Lando, o que vamos fazer agora?

Lando olhou para ele, uma mistura de incredulidade e paciência estampada no rosto. Ele se aproximou, ajudando Carlos a se deitar de forma mais confortável.

— Eu nada, e é melhor você dormir, porque você não tá bem. — Lando respondeu, tentando manter a calma. — Pelo jeito, vou ter que dormir no meu quarto agora, já que ele roubou o meu lugar.

Eu não pude evitar uma risadinha diante daquela cena. O que mais poderia acontecer naquela noite? Olhei para Lando, que parecia tão perdido quanto eu, e dei um sorriso cúmplice.

— Parece que sim, o quarto agora é do Carlos, hein? — Eu disse, ainda rindo. Lando olhou para mim, fazendo uma careta, mas logo se aproximou. O sorriso dele voltou, mesmo com a situação estranha. Ele me olhou com carinho, e foi como se a tensão da noite começasse a desaparecer. —

Me aproximei dele e o beijei suavemente, sentindo a paz que sua presença trazia. Quando me afastei um pouco, nossos olhos se encontraram.

— Eu te amo. Boa noite, amor. — Aquelas palavras saíram de mim como uma verdade absoluta. Ele me beijou de novo, dessa vez com mais intensidade, e eu me senti segura, como sempre me sinto quando estou com ele. —

Lando sorriu de volta, seus olhos suavizando enquanto ele acariciava meu rosto.

— Boa noite, Lilian. Eu também te amo. — Ele respondeu, com um sorriso travesso. — Boa sorte em aguentar o Carlos.

— Pô, eu tô escutando, né? Será que dá pra parar de tanto romantismo perto de mim? — Carlos disse, fazendo um esforço para abrir os olhos, ainda claramente bêbado, mas já começando a se incomodar com a situação. —

Lando soltou um suspiro divertido e revirou os olhos.

— Que pena que você não tem noção de privacidade, Carlos. — Lando murmurou, mas seu tom estava mais divertido do que irritado. — Estou indo, até amanhã.

Ele então se levantou e saiu do quarto, deixando a porta se fechar com um leve estalo. Eu a tranquei e olhei para Carlos, que já estava profundamente adormecido na cama. O som da respiração dele estava leve, e sua postura parecia mais relaxada, como se o peso do dia tivesse finalmente caído sobre ele, que caos que tinha sido hoje.

001. Ok, estou orgulhosa de mim mesma por esse capítulo que tem quase dez mil palavras, acho que isso só conseguiu me mostrar o quanto sou apegada a esses dois, nunca na minha vida consegui escrever tanto com um casal como fiz com eles, Lily e Lando são os donos do meu coração. Então peço que votem e comentem para que eu posso voltar com mais um capítulo amanhã.

002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro