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23.

EMILY SAINZ
📍Miami, Estados Unidos
"Acidente."

A minha decisão de finalmente procurar Lando para tentar esclarecer tudo entre nós pesava em meus ombros. Eu não sabia se ele me escutaria ou se minha tentativa seria em vão, mas eu tinha que tentar. Sabia que o amava, ou talvez apenas demorasse a admitir isso para mim mesma. Agora que tinha clareza sobre meus sentimentos, não podia garantir que seria correspondida, mas estava disposta a arriscar.

Apenas Carlos sabia que eu estava aqui. Nem mesmo Blanca, que tinha vindo para acompanhar essa corrida, sabia da minha presença. Quanto menos pessoas soubessem, melhor seria. A carta que escrevi para Lando estava firme em minhas mãos. Não sabia se nossa conversa daria certo, mas, nesta carta, consegui colocar todas as coisas que nunca consegui dizer em voz alta.

O som de batidas na porta me tirou dos meus pensamentos, e arqueei uma sobrancelha, surpresa. Carlos não estava mais no hotel, ele havia saído cedo.

Relutante, caminhei até a porta e, ao abrir, me deparei com Magui. Ela definitivamente não era a pessoa que eu esperava ver hoje.

— Podemos conversar, Emily? — Perguntou, sua voz suave, mas carregada de tensão. —

Fiquei em silêncio por um momento, surpresa, antes de dar um leve aceno com a cabeça.

— Claro — Respondi, abrindo mais a porta para que ela pudesse entrar. —

Magui entrou devagar, seus olhos rapidamente analisando o ambiente, como se estivesse procurando por algo ou tentando entender o motivo de eu estar ali. Fechei a porta atrás de nós, e o peso da situação começou a se instalar no ar. Eu ainda segurava a carta para Lando nas mãos, mas, naquele momento, parecia distante e insignificante comparada à presença de Magui.

— Como você descobriu que eu estava aqui? — Perguntei, tentando manter a calma, embora a surpresa ainda estivesse presente na minha voz. —

Magui respirou fundo, desviando o olhar por um instante antes de responder.

— Eu não sabia, na verdade. Foi coincidência. Eu vim para conversar com o Lando, e acabei vendo você aqui no hotel. Achei que essa seria a oportunidade de esclarecer algumas coisas entre nós. — Ela explicou, calmamente. — 

— E o que exatamente você quer esclarecer? — Perguntei, cruzando os braços, tentando me preparar para o que viria a seguir. — 

— Sobre o Lando... — Magui começou, a voz carregada de tristeza. — A gente teve uma conversa séria ontem, e finalmente caiu a minha ficha. Ele te ama demais. Apesar desses meses em que eu tentei fazê-lo te esquecer, nunca tive sucesso. E, bem, eu me dei conta de que não tem como lutar contra o coração dele... porque você já é a dona dele.

As palavras dela me atingiram em cheio. Fiquei em silêncio por um momento, sentindo a pressão da situação aumentar. Magui estava sendo incrivelmente sincera, algo que eu não esperava, e isso só tornava tudo mais difícil.

— Magui... — Comecei, tentando encontrar algo para dizer, mas sem saber exatamente como responder. — 

Ela deu um pequeno sorriso triste e balançou a cabeça.

— Olha, estou sendo o mais sincera possível, e essa rivalidade que criei com você por causa dele nunca deveria ter acontecido. Até te peço desculpas por isso. Não nego que o amor me cegou ao ponto de eu não me importar com mais nada, mas hoje eu sei que errei. — Ela disse, sendo o mais sincera possível. — 

As palavras de Magui me pegaram de surpresa. Eu não esperava essa confissão, muito menos o pedido de desculpas. Havia uma sinceridade dolorosa em seus olhos, algo que deixava claro o quanto essa situação a afetava.

— Magui... — Comecei, hesitante. — Eu entendo o que você está dizendo, e eu também sinto muito por toda essa confusão. Nunca quis que as coisas chegassem a esse ponto.

Ela assentiu, cruzando os braços como se tentasse se proteger da vulnerabilidade que estava sentindo.

— Eu sei. E, sinceramente, o que importa agora é que eu percebi que não posso continuar tentando forçar algo que nunca será meu de verdade. Não com o Lando. Então, estou te dizendo que estou deixando isso para trás. Ele te ama, Emily, e eu só quero seguir em frente agora. — Magui sorriu, tentando não transparecer tanto como aquela situação estava a afetando. — 

Houve um silêncio pesado entre nós por alguns segundos, enquanto eu processava o que ela havia acabado de dizer. A maturidade com que Magui lidava com a situação era inesperada, mas também me trazia uma sensação de alívio. Eu não queria mais carregar o peso daquela rivalidade.

— Obrigada por ser honesta comigo — Respondi suavemente. — E espero que, com o tempo, tudo isso se resolva da melhor forma para todos nós.

— Vai se resolver, sim — Disse ela, com um leve sorriso. — Bom, acho que era isso que eu precisava dizer. Não vou mais te atrapalhar. Pelo jeito, você já estava indo para o paddock, né? Torce muito por ele, viu, Emily. 

Eu assenti, surpresa pela mudança repentina no tom da conversa. Ela estava se despedindo, e por mais estranho que fosse, parecia um fechamento necessário. A carta para o Lando ainda estava nas minhas mãos, mas agora a situação parecia diferente. Magui deu um último olhar, mais leve do que antes, e começou a se virar para ir embora.

— Magui... — Chamei antes que ela saísse. Ela parou, olhando para mim com curiosidade. — Obrigada de novo, de verdade. Eu não esperava que as coisas fossem assim, mas... eu também espero que você encontre o que está procurando.

Ela deu um breve aceno com a cabeça, sem dizer mais nada, e saiu pela porta. O silêncio voltou ao quarto, e eu finalmente respirei fundo, sentindo o peso da conversa se dissipar aos poucos. Agora, eu só precisava encontrar Lando.

Sentei-me na cama por um momento, tentando processar tudo o que tinha acabado de acontecer. Antes que pudesse pensar muito, meu celular começou a tocar. Olhei para o visor e vi o nome de Carlos. Estranhei, mas atendi.

— Oi, Lily. Olha, não estranha, eu só roubei o celular do Carlos para te encher a paciência — Ouvi a voz de Charles do outro lado da linha, o tom brincalhão de sempre. — 

Suspirei, rindo levemente da situação.

— Charles, você não cansa de ser inconveniente, né? — Provoquei, já me sentindo um pouco mais leve depois da conversa com Magui. — 

— Nunca! É meu talento natural — Ele respondeu, rindo. — Por que não me disse que estava aqui? Podíamos ter combinado algo, sabe que a Rosa está com saudades de você.

— Era para ser uma surpresa, Charles, não era para o Carlos sair contando — Respondi, tentando disfarçar um sorriso. — 

— Hm, entendi... ia fazer uma surpresa pro Landinho, né? — Ele provocou, com aquele tom brincalhão que só ele conseguia usar. — 

— Não é bem isso, mas claro que você ia interpretar desse jeito. Eu só queria resolver algumas coisas com ele, nada mais. — Suspirei, rindo de leve. —

— Sei, sei... — Charles continuou, claramente se divertindo com a situação. — Mas olha, seja lá o que você for resolver, tenta não deixar o cara mais ansioso do que ele já está, ok?

— Vou tentar — Respondi, com um tom um pouco mais sério, mas ainda leve. — 

— Vai ficar no motorhome da Ferrari, né? — Charles perguntou, sempre provocador. —

— Não, não... no da McLaren — Retruquei, rindo da sua insinuação. —

— Ah, não duvido nada que na próxima corrida eu já veja você no motorhome da McLaren, com uma camisa escrita "WAG do Lando Norris" — Ele brincou, rindo alto do outro lado da linha. —

Suspirei, sem conseguir evitar uma risada.

— Você é impossível, Charles. Eu só estou aqui para apoiar, nada demais. — Tentei me defender, mas a risada escandalosa dele saiu do outro lado. — 

— Ah, você acha que eu nasci ontem, é? — Ele retrucou, ainda rindo. — Eu sei de tudo já. O Lando me contou sobre ele e a Magui se afastarem, e o coitado tá tão triste por não ter ninguém com ele nessa corrida. Acho que a maior parte é porque ele tá com saudades de você, Lily.

Meu coração deu um pequeno salto ao ouvir aquilo. Eu sabia que Lando estava passando por um momento difícil, mas ouvir isso de Charles só tornava tudo mais real. Fiquei em silêncio por alguns segundos, tentando processar as palavras dele.

— Eu... — Comecei, mas não sabia exatamente o que dizer. — Eu só quero o melhor para ele. Vou conversar com ele depois da corrida, não quero que a nossa conversa afete o desempenho dele. Então, por enquanto, não quero que ele saiba de nada, entendeu, Charles?

— Tá bom, entendi. Até parece que eu sou fofoqueiro falando assim — Ele respondeu, fingindo estar ofendido. — 

— É porque você é, por isso estou avisando — Retruquei, rindo. — 

— Ai, que injustiça comigo! — Ele respondeu, rindo também. — Mas relaxa, vou manter a boca fechada. Só vê se resolve isso logo, tá? 

— Devolve o meu celular, Perceval! — Ouvi Carlos gritar ao fundo. — 

— Oi, maninha, já tá vindo? — Ele perguntou, agora claramente com o celular de volta. — 

— Estou sim, chilli — Respondi, levantando-me e pegando minha bolsa e a carta. — 

— Olha, vem com cuidado, hein, chega viva aqui! — Ele brincou. — 

Soltei uma risada enquanto saía do quarto e fechava a porta.

— Tá bom, Carlos. Eu tenho uma habilitação, ok? — Disse, ainda rindo. — Agora, preciso que você me diga onde fica o quarto do Lando. 

— Por que tá perguntando, Arabella? — Ele questionou, com um tom de suspeita. — 

— Nada, Chilli, só vou deixar uma carta para ele, nada demais — Tentei parecer casual, mas sabia que Carlos poderia perceber algo. — 

— Tá bom, vou confiar. Ele tá no quarto da frente do meu, você sabe onde é — Respondeu, simples.— 

— Obrigada, Carlitos, você é incrível. — Respondi, em um tom empolgada até demais. —

— Puxa saco! — Ouvi Charles gritar ao fundo.— 

— Manda o Percevejo ir atrás da namorada dele e parar de me encher a paciência, maninho — Brinquei, rindo. —

Carlos riu do outro lado da linha.

— Vai logo, Arabella, antes que o Charles roube o celular de novo. Boa sorte aí. — Ele pediu, rindo. — Se cuida, Lily. 

Ele encerrou a chamada. Apertei o botão do andar onde Lando estava hospedado e, assim que as portas metálicas do elevador se abriram, respirei fundo. Caminhei com passos firmes até a porta do quarto dele. Parando em frente, abaixei-me e deslizei a carta por debaixo da porta.

Espero sinceramente que, se algo der errado, ele leia essa carta.

Com isso feito, dei meia-volta e comecei a caminhar de volta, o coração acelerado. Agora, só restava esperar.

Respirei fundo ao sentir meu celular vibrando no bolso. Peguei-o e vi uma notificação, uma nova matéria, uma entrevista do Lando de algumas horas atrás. Comecei a ler, e logo a frase que causava tanta repercussão me fez engolir em seco.

"Não existe chance alguma de eu e a Emily voltarmos."

Essas palavras quebraram meu coração em mil pedaços. Era o choque de realidade que eu tentava evitar, mas que agora me atingia com força. A dor se instalou, e naquele momento eu percebi o quanto o havia magoado. Talvez, fosse tarde demais para qualquer reconciliação, e essa era a parte que mais me fazia sofrer.

Fechei o celular e tentei respirar fundo, mas a sensação de sufoco continuava. Caminhei apressada até o carro, lutando contra as lágrimas que insistiam em cair. Liguei o motor, e sem pensar muito, coloquei o pé no acelerador. A ideia de ir ao paddock e seguir com meus planos parecia mais uma fuga do que uma decisão consciente.

A estrada estava livre, mas minha mente estava um caos. As palavras da entrevista ecoavam sem parar, enquanto meu coração afundava mais a cada segundo. Minha visão começou a ficar embaçada pelas lágrimas que agora eu não conseguia mais conter.

Enquanto tentava limpar as lágrimas que me impediam de enxergar direito, tudo aconteceu rápido demais. Primeiro, o farol de um caminhão surgiu do nada, vindo na direção oposta. Meu reflexo foi puxar o volante para a direita, em uma tentativa desesperada de desviar, mas o carro já estava descontrolado. Os pneus derraparam no asfalto, o som agudo de borracha queimando contra a pista ecoava enquanto eu tentava retomar o controle, mas não havia como.

O carro girou violentamente, rodando uma, duas, três vezes. O mundo parecia estar de cabeça para baixo. Ouvi o estrondo de metal se amassando contra o guard rail, o vidro se estilhaçando ao meu redor como uma chuva de cacos brilhantes, e o som terrível do impacto reverberando nos meus ouvidos. Tudo ao redor parecia se mover em câmera lenta, enquanto eu era jogada de um lado para o outro no banco, o cinto de segurança apertando meu peito e me prendendo ao assento.

O carro parou de rodar, mas o silêncio que se seguiu foi perturbador. Um silêncio pesado, cortado apenas pelo som de metais e o zumbido distante da estrada. O cheiro de gasolina invadiu minhas narinas, junto com o odor de borracha queimada. Minha visão ficou turva, e a dor no meu corpo, principalmente no peito, era insuportável. O ar não entrava mais nos meus pulmões, cada tentativa de respirar era um esforço doloroso.

Enquanto a escuridão lentamente tomava conta, um único pensamento dominou minha mente, será que Lando saberia o quanto eu o amava? O mundo à minha volta começou a desaparecer, o som, a luz, tudo foi se apagando. E então, veio o completo vazio.

001. Pensaram que seria tão fácil, pois não divas. Eu chorei escrevendo mais vida que segue.

002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

003. Votem e comentem muito para liberação do próximo capítulo ser rápido. Bjos da Bia.

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