── VOCÊ VIU minha presilha, amor? -  Beomgyu perguntou, pela terceira vez, após andar para lá e para cá afoito.

── Não, gyu. - Taehyun respondeu, colocando a colher na boca. Estava tomando café da manhã na mesa enquanto lia um livro e via Beomgyu revirar a casa de cabeça para baixo.

Bemgyu amava presilhas e havia dezenas dela. Desde que conheceu Taehyun, há anos atrás, o Kang lhe deu sua primeira presilha e sempre lhe dava mais outra. O Choi amava cada uma dela e não passava um dia sem usar uma.

Mas por qual motivo, parecia que todas haviam sumido.

── Onde estão, Taehyun!? Eu não consigo achar nenhuma, nem a que você comprou semana passada! -  Beomgyu gritou desesperado jogando as almofadas do sofá no chão, a procura dos objetos.

── E elas vão continuar sumidas se você gritar mais alto - Taehyun disse, achando graça do desespero do namorado.

── Kang Taehyun, eu falo sério, onde está? - Beomgyu perguntou mais uma vez, revirando tudo que via pela frente. Desistindo, sentou no sofá. ── Amor, eu perdi...  - Disse e Taehyun se levantou para abraçar o namorado, sabendo que ele choraria em seguida.

── Ei, não chore por causa disso, okay? Eu te compro outra depois, bebê. - O Kang disse, acariciando os cabelos escuros com mechas loiras do namorado.

── Eu não quero outras, Hyun! Eu quero aquelas! - Fungou, passando o braço no nariz. Taehyun deu um beijo em sua cabeça.

── Você pode ir com o cabelinho preso hoje, meu bem. Você gosta, não é? Põe aquelas fita, você fica lindo. - Taehyun ofereceu. Beomgyu faz que sim com a cabeça, meio cabisbaixo. ── Eu vou procurar suas presilhas, tá bem, amor? Agora você tem que ir. Está atrasado. ―― disse e Beomgyu assentiu ainda fungando um pouquinho.

― Hyunnie... Você me acha infantil por ainda usá-las? - Beomgyu perguntou, preocupado. Taehyun o soltou do abraço para poder olha-lo nos olhos.

Acontece que a última briga de Beomgyu com a família dele fez muito mal ao moreno. Beomgyu agora sempre se culpava por usar acessórios dados como femininos e até tinha pensado em cortar o cabelo por estar muito grande. Mas Taehyun sempre dizia que se ele se sentia bem daquele jeito, então não devia se importar com opiniões alheias.

── Claro que não, meu amor! Eu amo te ver usando elas. Elas ficam perfeitas em você, ursinho. Você é a pessoa mais linda desse mundo, okay? Eu te amo, meu hyung. ―― respondeu, fazendo um carinho nos cabelos de Beomgyu. O Choi assentiu, dando um sorrisinho.

── Sabe, me perdoa, amor. É que eu realmente não queria perder elas. Você que deu elas pra mim. Elas são o meu jeito de sempre guardar seu amor comigo,  explicou. Choi Beomgyu já tinha 23 anos agora, mas Taehyun ainda o via como o garotinho de cinco anos que apanhou na escola.

── Você não precisa delas pra isso, Beomgyu. Eu te amo, okay? Eu te amo todo dia, toda hora, todo instante. Você não precisa das presilhas para saber disso. Eu sempre vou estar aqui. ―― sorriu. O Choi deu um beijinho nos lábios de Taehyun antes de se levantar. Pôs a fita em seu cabelos, pegou a sua bolsa e saiu de casa para ir ao seu trabalho.

E enfim, Taehyun ficou sozinho no apartamento. Tateou o bolso. Seu plano estava dando