➳ 𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐳𝐞𝐫𝐨 𝐞 𝐦𝐞𝐢𝐨

── NÃO! - Gritou desesperado ao ver suas presilhas sendo jogadas no lixo. Tentou se livrar do braço na sua cintura, mas ele era forte demais.
Quando chegou em casa e deu a grande notícia de seu namoro para eles, seus pais não reagiram muito bem, mas nunca passaram dos limites, nunca...até agora. Beomgyu se debatia, chorando, ao ver sua mãe jogar seus preciosos presentes fora enquanto seu pai dizia que queria ele longe de Taehyun.
── Eu sempre soube que você era defeituoso. - Sim, defeituoso, como se o pequeno garoto de agora 18 anos fosse algum tipo de máquina, que foi montada incorretamente. ── Desde pequeno, quando você chorava para não cortar o seu cabelo e esperneava para comprar coisas cor de rosa. Você é uma bichinha imunda! - O pai dizia, irritado.
── Não precisa falar assim com ele, Jion. - mamãe reclamou, mas papai não a escutava, e quando Beomgyu se debateu mais uma vez, Jion lhe deu um tapa.
── Você não vai morar com Taehyun! E vai se livrar de todas essas coisas de mulherzinha, me ouviu Choi Beomgyu!? - o Choi chorou baixinho, caído no chão. ── Me ouviu?
── Sim, senhor? - Respondeu. Tinha ouvido, mas isso não significava que iria obedecer.
Quando sua mãe e seu pai largaram de seu pé, Beomgyu saiu correndo de casa, já bem tarde da noite, com uma mochila nas costas, um rosto choroso e um cabelo castanho que já alcançava o ombro e que pretendia pintar. Quando chegou no apartamento que Taehyun havia ganhado da mãe dele, apertou o interfone com vergonha de ter chegado às duas da manhã na recém adquirida casa de seu namorado.
── Papai...Ele - Começou dizendo quando a voz suave e coberta de sono de seu namorado o respondeu.
── Amor? Você está chorando? Oh, meu bem, suba. - Disse. Beomgyu subiu os lances de escadas com dificuldade, cansado pelo peso da bolsa nas costas. Deu duas batidas na porta antes de ouvir o ranger que ela fazia quando abria.
Taehyun estava desperto, por mais que seus olhos inchados e cabelos que estava tingido de um tom de vermelho escuro indicasse que estava dormindo a minutos atrás. No chão do apartamento havia cartas de UNO jogadas, o que indicava que Kai, o melhor amigo de Taehyun havia passado alí mais cedo. Quando viu o namorado, Beomgyu o abraçou.
── Ele não deixou eu vim morar com você... - Disse, depois de um tempo, quando Taehyun o pegou no colo e sentou com ele no sofá.
── Está tudo bem, querido. Amanhã eu vou falar com ele e-
── Não, amor! Você não entende, papai sempre me tratou mal. Ele batia em mim por gostar de coisas femininas e sempre me odiou por gostar de homens. Para ele eu sou um objeto quebrado, um filho com defeito. - Beomgyu respondeu. ── Mas eu não sou, você me ensinou isso. Eu posso gostar do que eu quiser, sua mãe sempre me apoiou, sua família sempre elogiava minhas presilhas e... - Antes que terminasse de falar, sentiu sua garganta fechar de novo, enquanto colocava a mão no cabelo.
── Onde está a sua presilha, bebê? - Taehyun perguntou, Beomgyu não saia de casa sem uma, nunca. Sempre tinha pelo menos uma enfeitando sua cabeça, ainda mas agora que Taehyun comprava outra nova todo mês para ele.
── Mamãe e papai as jogaram no lixo... - Respondeu, Taehyun o apertou com mais força quando o sentiu soluçar. ── Sabe, tudo bem se o papai quissese me bater, não dói tanto mais. Eu só queria minhas presilhas de volta...
── Tudo bem, meu amor. Eu estou aqui. - Taehyun respondeu, tentando não chorar. Oh, como faria de tudo para a família de Beomgyu entender que ele é tão perfeito.
✦
No dia seguinte, Taehyun ligou para sua mãe e pediu para ela fazer companhia para Beomgyu enquanto ele saía. Quando chegou, horas depois, encontrou sua mãe e seu namorado assistindo a série Tudo bem não ser normal enquanto comiam chocolate.
── Amor, olha o que eu trouxe. - Disse e Beomgyu chorou mais uma vez quando o viu.
Taehyun tinha sua mão machucada e segurava várias presilhas, todas as presilhas de Beomgyu e mais duas malas, que o Choi sabia que eram as suas roupas. Havia ido na casa de Beomgyu, tinha dado um belo soco na cara do pai dele e vasculhou o lixo, recolhendo as presilhas. Ainda bem que, só havia elas no lixo. Antes de sair, pegou as malas de seu namorado, tacou tudo que podia dentro e foi embora para casa.
Não antes de passar numa venda e comprar mais uma presilha pro Choi. Beomgyu podia ser ruim com datas, mas sempre se lembrava quando ganhava uma presilha nova e Taehyun queria que ele lembrasse daquele dia.
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