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➳ 𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐮𝐦

BEOMGYU BUFOU tristonho quando finalmente largou do trabalho e pôs os pés no tapete de entrada de seu apartamento com Taehyun. Estava com o cabelinho preso pelo laço que pegara mais cedo para subsistituir suas amadas presilhas que haviam magicamente evaporado de seu apartamento ―― o que era uma coisa bem difícil levando em conta que tinha umas 30.

Bateu na porta, sabendo que aquela hora Taehyun já estaria em casa e poderia abri-lá para si. Ainda assim, ninguém deu sinal de vida do lado de dentro do apartamento e por mais que Beomgyu tivesse batido outras duas vezes, o silêncio continuou o mesmo. Gyu então fez uma careta confusa, pegou as chaves reservas que ficavam debaixo do tapete de Bem-vindo e abriu meio desconfiado, a porta da frente.

── Taehyun! - Chamou, mas não houve nenhuma resposta. ── Amor! - Arriscou mais uma vez, no entanto o resultado foi o mesmo.

Estranho, Taehyun sempre estava em casa, ainda mais dia de hoje, que era sua folga. Ele saia em dias assim pra visitar seus amigos e sua mãe, mas sempre voltava logo. Beomgyu ainda curioso, balançou rapidamente a cabeça, deixando aquele assunto para lá. Talvez ele só tenha decidido ficar mais um pouco onde quer que esteja. Porém, o Choi teve que admitir ter ficado surpreso, ao ver aquelas presilhas no chão, fazendo uma trilha pela casa.

── Mas o que... ── Se agachou perto da primeira. Como não havia visto alí? Era sua, sem dúvidas. E a seguinte também com certeza, lembrava muito bem que Taehyun havia dado ela a si semana passada. Beomgyu sorriu, sem entender muito bem, mas decidiu seguir o caminho de presilhas.

Elas iam da mais nova que o Choi tinha ganhado, até a mais antiga, e em seguida parava abruptamente na porta de seu quarto com Taehyun. Beomgyu franziu o cenho respirando fundo, o que Kang Taehyun estava tramando? Pôs as mãos na maçaneta e, com o coração palpitando, a abriu.

Havia um Taehyun de cabelos avermelhados sentado na cama. Umas últimas quatro presilhas faziam o pequeno caminho até o local onde ele estava. Beomgyu as reconhecia. As três primeiras estavam organizadas, formando a frase: Quer namorar comigo?, da vez em que tinha 15 anos e Taehyun o pediu em namoro, e a última, oh a última. Beomgyu a reconheceu pelo rosa ( Se é que aquilo ainda era rosa) desgastado e surrado. A tinta já estava meio descascada, mas Beomgyu não negava que aquela, sem dúvidas, era sua preferida.

A primeira presilha que ganhou. A presilha do dia do parquinho, quando conheceu Taehyun.

── Olá, meu amor. -  O Kang cumprimentou, quebrando o silêncio que havia se instalado no apartamento.

── O que é tudo isso, Taehyun? - Beomgyu quis saber, com os olhinhos já meio marejados. Taehyun se levantou da cama e pegou a mão dele.

── Você sabe que eu te amo, não sabe? Eu te amo de manhã, quando acordo mais cedo que você e tenho uns dez minutos para admirar você sonhando sereno, com seus lábios entreabertos e seu rosto perfeito. Eu te amo de tarde, quando você deita no meu colo e pede com essa sua manha pra eu te fazer cafuné enquanto você lê um livro. - Taehyun riu, passando os dedos pelos fios escuros do cabelo do mais alto. ── Eu te amo de noite, quando você deita no meu peito, pronto para dormir e fica dando beijinhos na minha pele, falando que eu sou a coisa que você mais ama no mundo. Eu te amo a todo instante e toda hora, eu te amo sempre e sempre vou te amar.

── Eu também te amo... - Beomgyu conseguiu dizer. Já estava chorando, droga, por que Taehyun tinha que ser tão perfeito?

── Eu amo seus detalhes, meu anjo. Amo seus olhos que brilham com essa felicidade que só você têm. Amo seus lábios rosados e o jeito que eles me chamam de "Amor". Amo seu narizinho fofo, amo seu pescoço, seus cabelos, seu peitoral, amo tudo que compõe você.  - O Kang prosseguiu e retirou do bolso uma pequena caixinha. ── Exatamente há 17 anos atrás, eu te dava sua primeira presilha. - Beomgyu pôs a mão na boca, era verdade... Hoje era o dia que havia ganhado sua tão preciosa presilha pela primeira vez. ── E eu te dei um monte depois disso, então me permita, Choi Beomgyu, te dar muito mais. - E com isso, ele se ajoelhou e abriu a caixinha que tinha em mãos. Era um anel de noivado, com um quartzo rosa em formato de coração e diamantes ao redor. Beomgyu abriu a boca surpreso.

── Ah é, quase esqueci! Isso aqui também! - Taehyun se lembrou, puxando outra coisa do seu bolso. Era uma presilha linda, bem parecida com o anel. ── Choi Beomgyu, aceita ser meu mar-

── Sim! Sim! Sim!... - O Choi começou a repetir sem parar e se jogou em cima do Kang, rindo com ele.

Sabe, Choi Beomgyu amava presilhas mais do que tudo nesse mundo... Então Taehyun deveria se sentir especial, porque Beomgyu o amava mais do que amava presilhas.

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