P.O.V Narradora

Lizzie estava sentada confortavelmente no sofá da sala, com um livro entre as mãos, completamente absorta na leitura. A casa estava em sua típica calma. Carlisle estava em seu escritório; Izzy e Rosalie, no quarto, assim como Jasper e Alice. Esme estava na cozinha, organizando as coisas após o café da manhã.

O silêncio foi interrompido pelo som de passos firmes descendo as escadas. Era Emmett, segurando um envelope em mãos. Ele entrou na sala com um sorriso travesso no rosto, balançando a carta no ar. 

— Olha só o que chegou — anunciou ele, parando em frente a Lizzie. — É pra você, amor. 

Lizzie ergueu os olhos do livro, encarando-o com curiosidade. Emmett fingiu começar a abrir a carta, levantando uma sobrancelha para provocá-la. 

— Eu deveria abrir? — ele provocou, um sorriso malicioso brincando em seus lábios. 

— Emmett... — Lizzie alertou, estreitando os olhos. 

— Tá bem, tá bem.—rindo, ele se jogou no sofá à frente dela e entregou o envelope—Aqui está. 

Lizzie pegou a carta com tranquilidade, mantendo a expressão neutra, mas percebeu que Emmett estava curioso. Ele a observava atentamente, como se tentasse ler algo além do que via. Enquanto ela abria o envelope com calma, Emmett cruzou os braços, inclinando-se para frente. 

— Quem será que mandou isso? — perguntou ele, casualmente, mas com um tom que entregava sua suspeita. — É do Edward, por acaso? 

Lizzie balançou a cabeça, sem se dar ao trabalho de responder. Ela desdobrou o papel e leu a mensagem, mantendo a expressão serena, mesmo enquanto as palavras causavam uma inquietação dentro dela: 

"A verdade sobre sua família está cada vez mais próxima de ser descoberta. Você é a chave, a salvação de todos nós."

"Me encontra na cafeteira ainda hoje."

Lizzie abaixou a carta devagar, tentando processar o significado das palavras. Ela manteve o rosto impassível, mas Emmett a conhecia bem demais para ser enganado. Ele inclinou a cabeça, estreitando os olhos. 

— O que diz aí? — perguntou ele, sua voz agora mais séria. 

— Nada importante — respondeu Lizzie rapidamente, dobrando o papel e escondendo-o no livro que estava lendo. 

— Nada importante?—Emmett franziu a testa, claramente não convencido.— Lizzie, eu posso ver que você está tentando esconder algo. 

— É só algo sem importância.— ela deu de ombros, desviando o olhar.—Não precisa se preocupar. 

— Lizzie... — Emmett a chamou, sua voz carregada de preocupação. Ele a encarava, tentando decifrar o que ela estava pensando. — Amor, você sabe que pode me contar qualquer coisa, certo? 

— Eu sei, Emmett.—Lizzie levantou os olhos para ele, dando um sorriso forçado—Mas, por favor, confie em mim. Está tudo bem. 

Mesmo assim, Emmett não conseguiu se livrar da sensação de que algo estava errado. Ele decidiu não pressioná-la naquele momento, mas sua preocupação ficou evidente enquanto a observava se fechar em silêncio novamente. Algo naquela carta a tinha abalado mais do que ela queria admitir, e ele sabia que não iria descansar até descobrir o que era. 

Lizzie levantou-se, caminhando até Emmett. Ele ainda estava sentado no sofá, olhando para ela com uma expressão de desconfiança. Quando chegou perto, ela segurou o rosto dele com as mãos e depositou um beijo suave em seus lábios. 

— Você não precisa se preocupar, meu amor — murmurou Lizzie, sorrindo para ele. 

— Não preciso?—Emmett arqueou uma sobrancelha, claramente não satisfeito com a resposta.—Então, por que você tá escondendo isso de mim? 

— É só uma carta do Edward.—Lizzie soltou uma risadinha, recuando um pouco

— Carta do Edward, é?—Emmett cruzou os braços, desconfiado.— Então por que eu não posso ler? 

— Coisa de irmãos, Emmett.— ela riu de novo, balançando a cabeça—Não tem nada demais. 

Lizzie se inclinou e beijou-o novamente, tentando dissipar qualquer dúvida. Emmett, no entanto, continuou observando-a enquanto ela se afastava, os braços ainda cruzados, sem se convencer completamente. 

Lizzie subiu para o quarto, fechando a porta atrás de si. O sorriso que ela havia usado para tranquilizar Emmett desapareceu rapidamente, substituído por uma expressão tensa. Assim que se sentou na beira da cama, os flashbacks do sonho da noite anterior começaram a invadir sua mente outra vez: os rostos desconhecidos, as palavras ditas por Aro, e a ameaça iminente que parecia cercar sua existência. 

Com as mãos trêmulas, ela pegou novamente a carta que havia escondido no livro. Olhou para aquelas palavras, lendo e relendo, como se tentasse encontrar alguma pista que não estivesse visível à primeira vista: 

"A verdade sobre sua família está cada vez mais próxima de ser descoberta. Você é a chave, a salvação de todos nós."

"Me encontra na cafeteira ainda hoje."

Lizzie suspirou pesadamente, apertando o papel contra o peito enquanto seu coração batia rápido. Quem havia enviado aquilo? E, mais importante, o que exatamente esperavam dela?

(...)

Lizzie estava sentada na cama, ainda segurando a carta, quando a porta do quarto se abriu bruscamente. Ela ergueu os olhos e viu Alice parada na entrada, com uma expressão preocupada que não era comum para ela. 

— O que aconteceu? — Lizzie perguntou, erguendo uma sobrancelha enquanto se sentava. 

— Tive uma visão… Bella se jogando de um penhasco.—Alice entrou no quarto rapidamente, fechando a porta atrás de si. 

Lizzie ficou em silêncio por um instante, processando as palavras, antes de dar de ombros e se jogar novamente na cama com indiferença. 

— Oh, vai tarde.— munurrou a loira.

— Eu falei isso em voz alta, e Rosalie ligou para Edward.—Alice arregalou os olhos e começou a andar de um lado para o outro. 

— Tá, e daí? —Lizzie olhou para ela, agora interessada. 

— Minhas visões nunca são 100% certas, Lizzie! — Alice disparou, quase surtando. — Se Bella estiver viva, Edward vai cometer uma loucura pensando que ela morreu. 

— Que tipo de loucura você está falando?—Lizzie se levantou num pulo, alarmada pela última frase

— Ele está indo para Volterra.—Alice parou e respirou fundo antes de responder

O silêncio no quarto era tenso. Lizzie estreitou os olhos, já imaginando o caos que aquilo significava. 

(...)

Pouco depois, todos estavam reunidos na sala. Lizzie, de braços cruzados, observava com impaciência enquanto suas malas e as dos outros membros da família eram trazidas rapidamente por ela usando seus poderes.

— Vocês voltam para Forks — Alice explicou, ajustando um lenço no pescoço. — Eu vou atrás de Bella para confirmar se ela está viva. Se estiver, vamos diretamente para Edward. 

Lizzie e Rosalie reviraram os olhos ao mesmo tempo.

— Pelo menos vamos voltar para Forks — Emmett murmurou, olhando para Lizzie, que retribuiu o olhar sem muita paciência. 

Alice deu um beijo rápido em Jasper antes de sair da casa. 

— Certo.—Carlisle pigarreou para atrair a atenção de todos.—Arrumem suas coisas logo. Partiremos em três horas. 

— Eu vou na cidade antes.— Lizzie deu de ombros e virou-se em direção à porta.  —Preciso de café antes de partir. 

— Vou com você, ursinha.—Emmett deu um passo em direção a ela
 
— Não. Vou sozinha.—Lizzie parou e se virou para encará-lo com firmeza

A surpresa de Emmett foi evidente; ele abriu e fechou a boca algumas vezes, mas não conseguiu dizer nada. Antes que pudesse insistir, Lizzie usou sua velocidade e desapareceu pela porta, deixando todos olhando confusos. 

— O que deu nela? —Esme franziu a testa, preocupada

— Ah, chega disso!—Emmett olhou para onde Lizzie havia desaparecido, mas logo sua expressão mudou para determinação.— Eu vou ler aquela carta agora! 

Antes que alguém pudesse questioná-lo, Emmett subiu as escadas com sua velocidade vampírica. Ele entrou no quarto, vasculhando rapidamente até encontrar o livro que Lizzie sempre mantinha por perto. 

— Aí está você — murmurou, puxando o livro. 

Emmett folheou as páginas até encontrar a carta. Sem hesitar, abriu-a e começou a ler. Conforme seus olhos percorreram o texto, sua expressão mudou de confusão para preocupação profunda. 

— "A verdade sobre sua família está cada vez mais próxima de ser descoberta. Você é a chave, a salvação de todos nós."  "Me encontra na cafeteira ainda hoje."— ele apertou a carta entre os dedos, cerrando o maxilar. — O que diabos isso significa, Lizzie? — murmurou para si mesmo.

Mais um capítulo amores espero que gostem ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

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Até o próximo capítulo amores ♥️ 🥰 ♥️ 🥰