P.O.V Narradora

Dois dias haviam se passado desde que a família Cullen decidiu partir para Nova Orleans. A atmosfera estava carregada de incerteza, especialmente porque Edward ainda precisava resolver as coisas com Bella antes de se reunir com o restante da família. O clima entre eles estava distante, mas para Lizzie, algo mais profundo a incomodava.

Ela estava sentada no Jeep ao lado de Emmett, que dirigia atrás do carro de Rosalie. O motor roncava suavemente enquanto eles seguiam pela estrada, mas Lizzie não conseguia se concentrar. Seus pensamentos estavam inquietos, e isso não passou despercebido por Emmett. Ele olhou para ela de relance, notando como ela mexia as mãos e parecia perdida em seus pensamentos.

Sem dizer nada, Emmett colocou sua mão grande e firme sobre a coxa de Lizzie, traçando círculos suaves como ele sempre fazia quando queria acalmá-la.

— Tá tudo bem? — ele perguntou, sua voz baixa, mas cheia de preocupação.

Lizzie soltou um suspiro, voltando-se para ele com um sorriso fraco. Ela queria tranquilizá-lo, mas a sensação de desconforto que sentia desde que ouviram falar de Nova Orleans ainda estava lá, presa em sua mente como uma sombra.

— Não sei... — ela disse finalmente, desviando o olhar para a janela. — Tenho uma sensação estranha sobre Nova Orleans. Como se algo estivesse... errado.

Emmett franziu as sobrancelhas, apertando suavemente a perna dela como um gesto de apoio.

— Vai ficar tudo bem — ele disse, tentando soar otimista. — Seja o que for, estamos juntos nisso. E você sabe, sempre podemos lidar com o que vier.

Lizzie soltou uma risada baixa, embora seu coração ainda estivesse apertado. Ela sabia que Emmett falava sério, que faria de tudo para protegê-la. Mas a sensação persistia, uma corrente fria que a deixava inquieta, como se algo sombrio os esperasse naquela cidade.

— Espero que você esteja certo — murmurou ela, encostando a cabeça no ombro dele por um momento, buscando conforto.

Emmett sorriu, e se aproximou dela
beijando levemente o topo de sua cabeça antes de voltar sua atenção para a estrada.

(...)

Após horas na estrada, finalmente haviam chegado a Nova Orleans. Carlisle conseguiu uma casa afastada da agitação da cidade, cercada por árvores altas e misteriosas. A arquitetura lembrava um pouco a casa que tinham em Forks, mas havia algo diferente, algo que transmitia uma aura antiga e carregada de história.

Todos desceram dos carros, esticando as pernas e observando a casa à frente. Emmett, como sempre, foi o primeiro a se aproximar de Lizzie, puxando-a para um abraço lateral, segurando sua cintura enquanto observavam o novo lar. Ele lhe deu um beijo suave no topo da cabeça, tentando aliviar a tensão que ela ainda carregava desde a viagem.

Carlisle, com sua postura calma e autoritária, se adiantou e sugeriu que todos entrassem para se acomodar.

— Acho melhor começarmos a arrumar as coisas — disse Carlisle, olhando para todos, o rosto sereno como sempre.

Lizzie, ainda inquieta, olhou para o pai e fez sua pergunta quase sem pensar.

— Posso ir até a cidade comprar algumas coisas? — ela perguntou, os olhos atentos nele. — Comida e outras coisas que vamos precisar.

Antes que Carlisle pudesse responder, Izzy já estava se adiantando com um sorriso travesso no rosto.

— Eu vou com você! — disse Izzy animada, puxando Lizzie pelo braço antes que ela pudesse protestar. — Vai ser divertido! Vamos dar uma olhada no que a cidade.

— Izzy! — Lizzie resmungou, meio rindo, meio contrariada, enquanto era arrastada em direção ao carro. — Eu só queria ir fazer compras...

— E a gente vai! — interrompeu Izzy, abrindo a porta do carro com entusiasmo. — Mas com estilo! Quem sabe não encontramos alguma loja interessante? Ou melhor, um café local. Aposto que tem uns lugares incríveis por aqui.

Carlisle, assistindo à cena com um sorriso paciente, apenas assentiu para Lizzie.

— Tudo bem, mas voltem logo. Ainda temos muito o que organizar — disse Carlisle, a voz tranquila. Ele sabia que Izzy e Lizzie iriam se divertir, mas também queria manter todos por perto até que estivessem estabelecidos.

— Claro, papai! — respondeu Lizzie, já sendo empurrada para dentro do carro por Izzy.

Enquanto Izzy ligava o carro e acelerava com um sorriso no rosto, Lizzie olhou para trás e viu Emmett acenando para ela. Ele balançou a cabeça, rindo da maneira como ela foi "raptada" pela irmã. Lizzie acenou de volta, sorrindo levemente, mas o mesmo arrepio que sentiu mais cedo ainda persistia no fundo da sua mente.

(...)

Depois de saírem do supermercado, Izzy e Lizzie carregavam sete sacolas abarrotadas. Izzy, sempre rápida, abriu o porta-malas do carro com um gesto ágil.

— Não sei como conseguimos carregar tudo isso — comentou Lizzie, rindo enquanto ajudava a colocar as sacolas no carro.

— Sabe que somos boas nisso — brincou Izzy, fechando o porta-malas com um estalo.

Enquanto Izzy trancava o carro, Lizzie olhou em volta, o cheiro da cidade e o murmúrio distante de conversas no ar. Ela sentiu uma vontade repentina de tomar café.

— O que acha de irmos até uma cafeteria? Eu preciso de um café — sugeriu Lizzie, dando um sorriso,Izzy olhou para a irmã com um brilho de animação nos olhos.

— Claro! — respondeu Izzy.

Pouco depois, as duas estavam saindo de uma aconchegante cafeteria local. Lizzie segurava seu copo de café com as duas mãos, deixando o vapor quente aquecer seus dedos, enquanto Izzy caminhava ao lado dela, distraída, comentando sobre os preços das lojas na cidade.

Quando se aproximavam do carro, Lizzie esbarrou de repente em um homem alto que vinha na direção oposta. O choque do impacto foi suave, mas o suficiente para fazê-la dar um passo para trás. Os dois se encararam por um momento.

— Desculpa! — disse Lizzie rapidamente, um pouco envergonhada.

O homem, no entanto, olhou para ela com uma expressão de choque. Seus olhos a fitaram como se estivesse reconhecendo algo, mas ao mesmo tempo confuso. Sem dizer nada, ele simplesmente se afastou apressadamente, quase como se quisesse fugir daquela interação.

Lizzie e Izzy trocaram olhares intrigados.

— O que foi isso? — murmurou Lizzie, franzindo a testa enquanto o homem desaparecia na esquina.

— Quem sabe?—Izzy deu de ombros, despreocupada— As pessoas aqui parecem ser... intensas — brincou, abrindo a porta do carro. — Vamos, vamos embora antes que esbarremos em outro estranho.

Lizzie ainda olhou na direção em que o homem havia desaparecido, um arrepio subindo pela sua espinha. Mas logo sacudiu a cabeça, entrou no carro e seguiu Izzy.

— Estranho mesmo... — ela sussurrou, mas deixou o pensamento de lado.

Mais um capítulo amores espero que gostem ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

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Até o próximo capítulo amores ♥️ 🥰 ♥️ 🥰