capitulo dez
Votos e comentários são muito importantes para a continuação da história.
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"Aqui está o que percebi sobre os momentos: você não pode planeja-los. Os melhores são sempre os que te surpreendem. -- the best laid plans"
O rosto de Onã estava enterrado na curva do pescoço de Stanley, esse que não conseguia dormir por conta do enorme barulho das baterias, gritos, e guitarras, era mais uma noite de show e sua mãe, depois do garoto falar todos os podres de Alice e como Onã tinha o defendido, havia aceitado a menina como uma parte da família disfuncional, era um pouco louca também e barulhenta, mas Onã gostava daquele barulho, era aconchegante e, de um modo diferente, confortável. Stanley tentou virar no sofá, mas Onã passou o braço ao redor de sua cintura o fazendo suspirar, fechando os olhos ele pensou em coisas felizes e calmantes, com mais um suspiro ele passou o braço ao redor dos ombros da garota em um abraço desajeitado.
Dormir no meio do barulho era algo familiar para Onã, ela cresceu ouvindo seus pais brigando e os vizinhos com uma música escocesa ridícula que tocava a noite toda repetidas vezes até o amanhecer. Por isso dormir ali foi como estar em casa, era aconchegante, barulhento, fedia e, apesar dos lados negativos, ela tinha a companhia de Stanley.
O Stanley pateta que falava e fazia coisas sem pensar.
O Stanley tonto que fabricava bombas com cano e que a ensinava, sem o mínimo de paciência, mas que não reclamava.
O mesmo Stanley que era péssimo em carate, mas que praticava todos os dias com o vento.
O Stanley que sempre esquecia os seus medicamentos, mas sempre tinha duas bombas reservas no bolso de sua calça.
O seu melhor amigo Stanley, esse que ela gostava mais de que um amigo, e mesmo assim ela nunca, em nem uma vez se quer, falaria para ele.
Acorda era a maior dificuldade para Onã, Stanley já estava tomando café e a garota ainda dormia na cama do garoto. Marthin havia viajado e deixado a menina na família de Stanley, algo que todos foram de acordo. Lila sentou na mesa para tomar café com o garoto, esse que estava bem acordado.
-- Onde está sua mãe? __ questionou sonolenta.
-- Ela foi com um cara da banda pra uma viagem __ deu de ombros. -- Ela sempre fez isso, na última vez ela fugiu com um baterista para Atlanta. Você pode ir embora se quiser, eu vou ficar bem. Sabe, Onã vai estar aqui.
-- Mães são umas merdas. __ Lila descansou a cabeça em sua mão. -- Hey! O que acha de irmos visitar um amigo nos Estados Unidos?
-- Onã pode ir? __ se arrumou no local. -- Só vou se ela for.
-- Acorde a garota e faça as malas. __ Lila se levantou, Stanley sorriu e se levantou, em passos rápidos ele foi até o quarto, pulando na cama ele puxou o cobertor do rosto da amiga.
-- Onã, acorda! __ falou pulando na cama.
-- Por que? __ resmungou, Stanley pulou sobre ela e sorriu quando ela abriu os olhos.
-- Vamos fazer uma viagem, Lila você e eu. __ murmurou. -- Quer conhecer os Estados Unidos comigo?
-- Mesmo? __ sorriu para o garoto.
-- Mesmo!
-- Sai de cima de mim! __ Onã o empurrou, Stanley riu ao cair ao lado. -- Está esperando o que? Vai se arrumar e fazer suas malas. Estamos indo para os Estados Unidos, baby.
Ainda deitado na cama Stanley a viu andar de um lado ao outro pelo quarto, um sorriso nos lábios, Onã se virou para o amigo.
-- STANLEY! __ o repreendeu, o garoto se levantou.
-- Estou indo!
QUEBRA DE TEMPO
A mala mágica, nome dado por Onã quando Lila falou sua história para os jovens, os levaria para o futuro onde Diego, o homem que Stanley teria que passar por filho, estava vivendo.
Como ela sabia onde o encontrar? Eles não tinham ideia. Mas ela o encontraria.
-- Ok! __ Lila parou entre os dois jovens. -- Qual o plano?
-- Nós vamos para os Estados Unidos, encontramos o tal Diego e Stanley se passa por filho dele. __ Onã falou, Lila sorriu.
-- Onde Onã entra nesse plano? __ Stanley os encarou divertido.
-- Eu sou sua pedra no sapato! __ Onã segurou a mão do garoto, esse que apertou a sua mão.
-- Prontos? __ Lila questionou.
-- Prontos! __ falaram juntos.
Pular no tempo era algo que Onã amava, e, ao mesmo tempo, odiava, era uma sensação estranha e doentia, algo que fazia ela ficar enjoada, mas que a fez ter o melhor momento de sua vida. Os três pararam em uma sorveteria para rever o plano e logo depois foram até o hotel, esse que eles entraram de um modo furtivo.
-- Vocês ficam aqui! __ Lila apontou. -- Eu volto logo.
-- Acha que ele é legal? __ Onã questionou ao lado de Stanley, esse que deu de ombros.
-- Estou com fome! __ o garoto murmurou passando a mão na barriga. -- Acha que eles tem comida?
-- É um hotel cinco estrelas. __ Onã sentou na curva de uma porta. -- Devem ter comida aqui.
-- Ele está vindo! __ Lila apareceu no local, isso fez Onã se levantar e ficar atrás do amigo.
-- Lila! __ a voz do homem soou pelo local. -- Você está aqui.
-- Oi! __ a mulher sorriu. -- Eu vim fazer uma visita rápida e lhe entregar algo. __ se afastou revelando o homem. -- Diego, esse é Stanley... o nosso filho.
-- O que? __ o rosto de choque do homem fez Onã dar um leve sorriso.
-- Doga oi, Stanley! __ Lila falou dando um leve tapa no garoto, esse que bufou em impaciência.
-- Oi Stanley!
-- Bem __ Lila pegou a mala. -- estão entregues! Sejam bonzinhos.
-- Espere! __ Diego exclamou. -- Quem é a garota? __ apontou para Onã.
-- Sou Onã. __ sorriu para o homem, um sorriso que fez Diego estremecer. -- Não sou sua filha... o que é bom pra você.
-- Por que?
-- Eu vou __ Stanley passou o braço ao redor dos ombros da amiga. -- ela vai! É a ordem. Agora, você tem comida?
-- Ai meu Deus. __ o homem sussurrou em pânico. -- Pai?
-- Bem vindo ao grupo.
Os dois jovens sentaram em uma mesa do hall do hotel, Stanley com um prato de doces e Onã com um de salgados, ambos rindo e conversando enquanto Diego, que estava junto dos irmãos em outra mesa, os observava, ele ainda estava estático, assim como os outros.
-- Eu gostei da garota. __ Klaus apontou.
-- Ela é assustadora. __ Diego sussurrou. -- Ambos são assustadores.
-- São crianças! __ Five falou. -- Só... crianças.
-- Fico feliz que esteja aqui. __ Stanley sorriu para Onã, essa que retribuiu o gesto.
-- Obrigada por me convidar.
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