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𓂃 𓈒 𓏸 ⊹ ֢ 🌼་ ᩠ ּ▬▬▬ 𝑪𝑯𝑨𝑷𝑻𝑬𝑹 𝙊𝙉𝙀, 𝑺𝑬𝑮𝑹𝑬𝑫𝑶 𝑫𝑨 𝑰𝑳𝑯𝑨!

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QUEM É ELA?! ▬▬▬
barbara lima x fem!oc. . . ۫ 𑁍 【 parte ˓¹˒ 】

MINHA CASA, ILHA DE TIPORA. NÃO LEMBRO A MINHA IDADE quando conheci Bárbara Lima. Eu tinha em torno de cinco ou sete anos de idade e ela também. Milo, eles são amigos também, mas nunca fui próxima dele o suficiente, porém por causa da Lima sempre nos falávamos um pouco, um "bom dia" ou um "boa tarde", às vezes alguns "tudo bem?", mas nunca passava disso, conversas curtas, educados por simpatia. Entretanto, com Barbie' nunca foi assim, desde que nos conhecemos naquela praia, nossas conversas sempre possuíam um ar profundo, ainda assim leve. Todas as tardes vamos juntas à praia, deitamos na areia por cima de uma toalha de piquenique, olhando fixamente para cima, jogando conversa fora ou desabafando enquanto acompanhamos anoitecer. Bárbara sempre falava como sua mãe era difícil, complicada e agressiva, mas que ela ainda a amava, também falava de Miguel. Ela me abraçava e chorava a cada palavra, eu sempre a consolei o máximo que pude, vê-la chorar me trazia uma vontade imensa de chorar também. Nunca fui de falar dos meus problemas, nunca tive problemas de verdade, como os de Barbie'.

Não tenho pais, eles morreram afogados, vivo com meus avós, mas jamais senti a falta de uma mãe ou de um pai, eles se afogaram uma semana depois do meu nascimento, e mesmo que isso possa ser considerado um trauma, para mim não, não parece importante para mim. Isso pode soar cruel, mas com as histórias de Barbie' e Milo com seus, me faz agradecer por nunca ter tido pais. Meus avós sempre foram carinhosos, atenciosos e amorosos, além de compreensivos. Talvez, meus pais fossem como eles, mas talvez não, e sinceramente? Eu não desejo pagar pra ver.

No entanto, nosso tempo juntas fortaleceu nossa amizade. Haviam poucas garotas jovens como nós na Ilha, tinha Helena, mas ela era tão esquisita perto de nós, ou eu somente não gostava do jeito dela de agir perto de Barbie'. Nervosa e suada, como se estivesse escondendo alguma coisa de forma desesperada. E, por mais que eu odiasse admitir na época, eu sentia ciúmes, muito ciúmes e Barbie' sabia, ela sempre dizia: "Isso é fofo, Kate!" e me tranquilizava um pouco, principalmente seu sorriso, um belíssimo sorriso, junto de seus cabelos cacheados e dourados, a mesma cor do sol e das estrelas.

Nós nos aproximamos mais por causa da mesma paixão. Flores. Meu jardim de papoulas completava o jardim de margaridas de Bárbara. Ela me ajudava a cuidar das minhas flores e eu a ajudava com as suas flores. Passávamos horas trocando conhecimento.

Todavia, um par de irmãos desembarcou na ilha, os irmãos Florence. Bárbara me chamou para ir com ela e Milo, aceitei prontamente, qualquer momento que envolvesse eu e ela passando mais tempo juntas me agradava.

Amelie e Oliver Florence, sequer pareciam realmente irmãos de sangue, seus pais também tão diferentes. A garota tinha o cabelo pintado! E o garoto parecia que estava a todo minuto querendo chorar. Mas, eles quatro estavam se dando bem, conversando tão bem, interagindo tão bem, socializando tão bem, eles estavam tão bem, Bárbara estava tão bem, tão feliz, seu sorriso parecia maior e mais brilhante do que o normal, não pensei que isso fosse possível, porém foi. Ela e Amelie falavam tanto entre si que pareciam se conhecer a anos, mesmo que a garota de cabelo colorido tivesse um sotaque muito estranho, com ideias estranhas e uma boca suja que minha avó a repreenderia se estivesse lá. A garota não conseguia acertar o nome de Barbie', era engraçado, mas confesso que senti uma pontada estranha no peito, uma sensação que jamais experimentei antes. Inveja. Um ciúmes que me fez agarrar a mão de Lima o dia inteiro e manter-me alerta com Amelie. Ainda assim, os Florence me pareciam extremamente familiares.

Entanto, chegamos na Mansão Dos Moretti, um lugar que deu o cenário de meus pesadelos noturnos desde criança e as histórias fantasmagóricas de meu avô, sobre nossa família e a família Moretti. Amelie fez algumas brincadeiras sobre o quadro a noiva, aquele quadro assustador e horrendo.

── Dizem que esse quadro é amaldiçoado. ── comentei.

── E meu quarto é diferente pro portal do capeta?! ── Amelie falou escandalosamente.

── Quem sabe você não faz amizade com ele, Amelie? ── Oliver disse brincando com um sorriso de lado, eu ri baixinho.

── Vai se fuder, vai, Oliver! ── Amelie cruzou os braços.

Depois de alguns minutos nos separamos, nos perdendo na verdade, Amélie era tão agitada que Oliver tinha que seguir ela e puxá-la como um cachorro para perto, e no fim acabamos nos perdendo deles dois, enquanto eu ainda tentava me lembrar de onde vinha aquela estranha sensação de familiaridade com os irmãos.

Entretanto, qualquer pensamento foi abafado ao ouvir o grito estridente de Amelie e um som ensurdecedor de lanterna quebrando. Corremos em direção ao som e acabamos de nos encontrar com Oliver no caminho, quando chegamos em, a Florence estava no chão chorando e o quadro derrubado no chão, Oliver correu até a irmã e a abraçou dizendo algumas palavras de conforto, e meu cérebro começou a vibrar, tendo uma espécie de déjà vu em relação aquele cenário. Devagar eu peguei o quadro e coloquei de volta na parede, ele parecia está olhando fixamente pra mim e antes que eu retribuísse o olhar Amelie me puxou.

── Não olhe! ── disse preocupada. ── Porra. Acho que eu tô com sono! Ou fumei alguma coisa pra tá alucinando assim!

── Talvez. ── murmurei. ── Eu tenho que ir.

Ao terminar de falar, me despedi deles e pude jurar ouvir Amelie dizer: "Que garota esquisita!", mas já saindo da Mansão pro vilarejo, senti meu braço sendo puxado de novo, porém desta vez por Bárbara, que me parou em frente a Mansão com uma expressão preocupada.

── Ocê' tá' bem, Kate? ── perguntou soltando meu pulso e pegando minha mão.

── Eu tô' sim. ── respondi. ── Só acho que eu vou ter que trocar uma prosa' com meu vô'. ── disse coçando a nuca, levantando mais meus fios cacheados.

── Ué, por que? Dono Zé sabe alguma coisa de quadros atacando pessoas? ── perguntou brincando.

── Talvez ele saiba de muita coisa que não sabemos, Barbie'. ── respondi, mas não de forma tão humorada.

── Óia... ── Bárbara tirou a margarida do ouvido e colocou no meu ouvido esquerdo. ── Toma essa fror' pra ocê', pra da sorte!

── Barbie'... ── sussurrei, tirando a minha papoula da orelha direita e colocando-a na dela. ── Pra sorte.

Bárbara pegou nas minhas duas mãos e sorriu, ficando na ponta dos pés, fechando os olhos e rapidamente depositando um beijo demorado na minha bochecha. Quando ela se afastou dando tchauzinho com aquele sorriso branco, entrando na Mansão Moretti, senti minha bochecha formigar, meu estômago encher de borboletas e meus olhos lacrimejarem de repente, isso sempre acontecia com esses beijos no rosto.

Voltei a minha missão inicial ao sair da Mansão, corri para casa e vi meu avô com minha avó na varanda, olhando as pessoas passarem, o tempo passar enquanto comiam biscoitos e bolachas com café puro. Suspirando fundo, sentei-me no meio dos dois, de frente para a mesinha deles.

── Vovô.

── Katelyn! ── ele sorriu bobo. ── Então, aconteceu, não aconteceu?

── Aconteceu! ── respondi. ── Mas, não sei exatamente o que aconteceu!

── Você vai saber quando acontecer de novo.

── De novo?!

── Eu disse que você tinha o dom da sua mainha. ── ele ajeitou-se na cadeira de balanço verde feita de plástico. ── Ver o futuro nos sonhos desde pequenina.

── Então... Os pesadelos vão se tornar realidade?! ── perguntei nervosa me levantando da cadeira.

── Hum... Não! Ahaha! ── ele riu. ── Eles já são reais.

── Vovó! ── chamei a mulher que até então somente comia.

── Seu avô é louco! Não dê ouvidos a ele. ── reclamou.

── Mas, sua mainha' disse um dia antes de morrer que viu nos sonhos que ia se afogar. ── vovô interrompeu. ── Desde pequena ocê' tem esses "pesadelos" com o Padre, com a Noiva, com o Noivo, com o Barnabé e com duas pessoas desconhecidas, incluindo seus amigos e sua namoradinha, Bárbara. ── ele riu, como se fosse muito engraçado.

── A Bárbara não é minha namorada, vovô! ── resmunguei cruzando os braços. ── E-e... Eu sonhei com a Amora também! Como posso ter sonhado com alguém que ainda não havia nascido?!

── Por que ocê' vê o futuro, não o presente, burrinha! ── gargalhou batendo de leve na própria cabeça.

── Dá pra levar isso a sério, vovô?!

── Mas eu tô levando a sério! Porém, já me acostumei.

── Não, vovô! ── agachei-me na frente dele. ── Nos meus sonhos... ── engoli em seco, colocando as duas mãos nos lados da boca. ── Todo mundo... ── tossi, lambendo para lábios nervosa e sussurrando. ── Morria.

── Então... ── aproximou-se. ── Melhor... se declarar logo pra essa jardineira!

── VOVÔ!

Senhor José me enlouquecia, mas eu ainda o amava, mesmo com todas suas loucuras. Entanto, ele não estava errado, pareciam ser previsões, mas não boas previsões, eu precisava fazer algo sobre isso urgentemente.

Encontrei Bárbara na praia novamente no final da tarde, deitada na toalha de piquenique, ficava aliviada por sua mãe ter deixado ela ficar sempre até mais tarde, principalmente por confiar em mim. Caminhei rapidamente até ela e sentei-me de joelhos ao seu lado, deixando meus sapatos marrons de salto alto no canto. Eu vestia um vestido longo e vermelho escuro, por cima um espartilho verde e um avental preto, sempre usando meus fiéis cachos soltos.

── Ocê' tá bem? ── Barbie' perguntou preocupada, deitando sua cabeça em meu colo.

── Ah... Eu num' sei. ── respondi desanimada. ── Sabe aqueles pesadelos que eu comentei com você uma vez?

── As pessoas desconhecidas engolidas por uma lama rosa? ── questiono a loira.

── É... Tem mais desses pesadelos... São muito abstratos! Sempre de um jeito diferente, mas eu ainda consigo saber quem são as pessoas dos meus pesadelos. ── disse passando os dedos entre os fios dourados de Lima.

── Outros pesadelos? Quais? Como?! ── perguntou realmente curiosa, ela sempre foi assim.

── O primeiro pesadelo que eu tive foi aos seis anos. Era com o quadro da Mansão, ele se mexia até explodir em uma tinta preta e formar uma espécie de... Bom, parecia a morte. Encapuzado e assustador. ── suspirei fundo ao lembrar, ainda me causava calafrios. ── Depois disso, comecei a sonhar com outras coisas. ── comecei, deitando-me ao lado de Bárbara agora, olhando pro céu laranja e azul escuro estrelado. ── Um segundo pesadelo foi no mar. Duas lulas pequenas e negras estavam fugindo de alguma coisa grande, até que um craquem gigante devorava os dois. ── coloquei as mãos em cima da barriga. ── O terceiro foi rápido, mas auto-explicativo, uma margarida coberta de tinta preta e devagar ela ia murchando até morrer... ── mordi os lábios nervosa. ── O quarto, era em um navio, cheio de pessoas, que ia afundando desesperadamente, todas as pessoas morreram afogadas, tirando duas delas que pegaram um bote-salva-vidas. Também tem outros, em que um cachecol branco se enrola em uma cruz e depois rasga. Outro em que um peixe é comido vivo. E... um onde meu jardim de papoulas é morto por uma infestação de javalis. ── virei-me para Bárbara, colocando minhas mãos embaixo da minha cabeça. ── Você, Milo, Amora, Barnabé e o Padre estavam em todos os sonhos. Meu avó disse que é o significado que vocês vão morrer, que eu vejo o futuro na ilha inteira através dos sonhos. Minha bisa tinha o dom e minha mãe também, agora eu. Só pode ser maldição! ── fechei os olhos com força, segurando o choro e minhas lágrimas, mas o toque frio da mão de Lima me fez abrir os olhos e deixar as lágrimas escaparem.

── Ocê' sabe que Seu Zé é doidinho da cabeça. ── riu. ── Não acho que seja verdade não, tudo balela dele. São só sonhos e ter a gente nesses sonhos é comum, você conhece a gente a tanto tempo! ── sorriu e disse tudo aquilo para me tranquilizar, não estava funcionando.

── Barbie'... ── chamei-a. ── Eu sonho com a Amora antes dela nascer! ── deu pra ver o espanto nos olhos da Lima. ── As pessoas desconhecidas no sonho e as duas pessoas que sobreviveram no navio eram os Florence! Eu... eu tenho quase certeza! ── gaguejei, realmente tremendo de medo e chorando.

── Kate! ── a loira me abraçou fortemente, rindo de um jeito bobo, mas acalmador. ── Não liga pra isso não, tenho que são só pesadelos bobos. Não tem nada de errado e... Qualquer coisa, eu tô' aqui com ocê'! ── disse com um sorriso enorme.

Katelyn abriu a boca, mas fechou assim que ouviu alguém gritando o nome dela e da loira. A voz feminina e também o cachecol branco, ela descia a areia correndo e pulando diretamente para nós duas sorridente.

── Oh, Katelyn! ── Amora gritou, já perto sentou-se no meio das duas e balançou um papel, entregando-o a mim.

── O que isso, Amorinha? ── Barbie' perguntou fazendo carinho nos cabelos castanhos de Amora.

── Vocês! Minhas melhores amigas! ── respondeu a garotinha.

Um desenho feito em. Uma folha meio amassada e amarelada. Eu estava do lado esquerdo, Bárbara do lado direito e Amora no meio pegando em nossas mãos, no topo do desenho havia escrito: "Minhas melhores amigas!".

── Posso ficar com ele, Amorinha? ── perguntei pegando o desenho.

── Pode, claro! ── respondeu alegremente, agarrando minha cintura e abraçando-me com força.

A muitos segredos na ilha. E um deles, sou eu.

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