
𝖢𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈 𝟥 - 𝖠 𝖨𝗇𝗌𝗂𝗌𝗍𝖾̂𝗇𝖼𝗂𝖺🏹
𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟹
- ᶜᵃᵐᶦⁿʰᵒ ᵈᵘᵖˡᵒ
✒ Caro leitor, as duas garotas se viraram paralisadas. A loira se estremeceu, mas tinha que corrigir a própria postura na frente do pai que olhava bem firme para elas, pois não seria nenhuma novidade que as duas poderiam estar aprontando algo sério quando se tratava delas. O segundo líder de Damasco, Freddy Carter, se perdeu nas lembranças e pode ver as duas garotas tão pequenas e mesmo assim resolveram atravessar o riacho da aldeia em cima de um tronco que havia caído na travessia, por conta das tempestades, coisa que não deu certo por conta dos ventos fortes. E graças ao corajoso garoto Nicolas, as duas aventureiras foram salvas de imediato.
"Obrigado!" Freddy olhou para o céu nublado e agradeceu. "Muito obrigado".
Com o passar do tempo, as duas jovens pararam de fazer coisas imaturas. Mesmo assim continuavam a incomodar quando se tratava dos assuntos de sua querida aldeia. Freddy lembrou de como sua pequena filha chegou em seus braços, de como ter uma filha parecia insignificante para a sua linhagem. Ele nunca se importou por ter uma filha considerada primogênita, e lembrou-se de como teve o apoio de seu grande amigo, Otto Smith, naquele passo tão importante de sua vida.
"Quem é amigo de verdade está do seu lado nos perrengues e nas vitórias" -ele agradeceu com um abraço.
O homem de cabelos compridos e amarrado por uma tira de couro vermelho continuou olhando para elas. Freddy sorriu pois era quase difícil ficar sério naquele momento. Ter visto as duas garotas crescendo juntas, rendeu uma linda história de amizade e parceria em todos os tipos de ocasião. Por isso não era tão difícil suspeitar que elas estavam fazendo paradas no meio do caminho. Freddy sabia muito bem e tinha suas próprias dúvidas sobre o que realmente estava acontecendo ali.
― Papai, o que o senhor está fazendo aqui? ― a loira deu um passo para frente. ― Escutei a mamãe dizendo hoje cedo que não era para o senhor sair de casa.
― Oi, tio Carter. ― Alice acenou, sorrindo.
― As senhoritas ainda não responderam a minha pergunta, hein? ― o homem coçou a pequena barba mal feita. ― Estou esperando as suas explicações.
― Estamos indo para a escola. ― Francielly respondeu olhando para a amiga.
― E por que mudaram o percurso?
― Pai, a gente não mudamos o percurso.
― Não mudaram? ― Freddy sorriu. ― Que estranho, eu tive uma leve sensação que as duas estavam indo para outro lugar.
― Que outro lugar, tio? ― Alice olhou para a loira esperando que uma ótima desculpa surgisse. ― Nós estávamos indo para a escola, mas o senhor apareceu e...
― Por causa disso, vamos chegar atrasadas. O senhor sabe que a gente não gosta de chegar atrasado, né? ― Francielly segurou a mão da amiga e as duas se viraram para o outro lado. ― Acho que a minha bússola está com problemas. ― ela riu.
― Agora estamos no caminho certo. ― Alice assentiu. ― Tio, o senhor já pode continuar com a sua viagem, ok?
Freddy deu uma boa gargalhada percebendo que as duas garotas estariam dispostas a se protegerem em qualquer tipo de situação, e isso era bom.
― Se eu soubesse que as duas não estariam aprontando algo, eu não teria saído de casa. Parece que o Jonas se enganou muito com vocês hoje. ― ele se virou parando ao lado de sua filha. ― Não querem saber o que ele me contou? Aquele garoto me fez sair de casa tão cedo...
― Pai, o que foi que o Jonas te disse?
― O seu irmãozinho começou com uma desculpa dizendo que eu deveria vir para reunião mesmo tendo conversado com o Otto sobre ficar em casa hoje. ― Freddy segurou a risada. ― E terminou dizendo que teria uma surpresa no meio do caminho... Que surpresa seria essa, hein?
― Mais que traidor! ― a loira gritou sem perceber direito, em seguida observou a reação dos dois. ― E que ele...
― Vou acompanhar as duas até a escola. ― o homem respondeu sério, dando alguns passos para frente, deixando as duas para trás. ― Adiante os passos para que não cheguem atrasadas na aula.
― Já estamos atrasadas. ― Alice resmungou, obedecendo ao líder da aldeia. ― Ei, porque não me disse que também queria espiar a reunião?
― Perdi o meu foco com os bolinhos da Penélope. ― Francielly balançou a cabeça.
― Aff! ― a ruiva ajeitou os cabelos antes de jogá-los para trás, irritada. ― Qual a chance do seu pai nos acompanhar se sairmos escorrendo? ― ela gargalhou alto.
― Melhor nem tentarmos. ― ela respondeu, sussurrando praticamente. ― As coisas teriam sido melhores se tivéssemos pegado o caminho secreto.
― Tudo culpa daquele pequenino! ― Alice parou de andar e olhou para o caminho que desejava percorrer. ― o Jonas tem muita sorte por ser o seu irmão, Franci.
Freddy era esperto demais para saber que deixar as duas garotas para trás, era quase o plano perfeito para uma fuga. Ele sabia que as duas conheciam muito bem os caminhos e atalhos, sabia que qualquer pessoa da aldeia ajudaria as duas com facilidade, todos amavam demais elas. E aos poucos ele chegou à conclusão que não deveria ter deixado elas para trás e por isso o barbudo se virou rapidamente.
― Não tentem fugir. ― ele deu um sorriso amarelo. ― As duas senhoritas vão direto para escola, me ouviram?
― Papai nós não vamos fugir.
― Nós pensamos, mas não vamos. ― Alice retribuiu o sorriso amarelo. ― Tio, não precisa ficar preocupado.
Freddy esperou as duas se aproximarem.
― Eu não estou preocupado. ― assenti. ― Apenas vou levá-las em segurança.
🎯
❝𝗢𝘀 𝘃𝗲𝗹𝗵𝗼𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗳𝗶𝗮𝗺 𝗮 𝘁𝗿𝗮𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗷𝗮́ 𝗳𝗼𝗿𝗮𝗺 𝗷𝗼𝘃𝗲𝗻𝘀❞
𝗣𝗥𝗢́𝗫𝗜𝗠𝗢 𝗔̀ 𝗘𝗦𝗖𝗢𝗟𝗔 - 𝙰𝚕𝚍𝚎𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝙳𝚊𝚖𝚊𝚜𝚌𝚘.
🎯
✒ 𝘈𝘓𝘐𝘊𝘌 estava admirada com a beleza do dia. Ficou encantada de como o sol havia aparecido com força total depois de ter amanhecido um pouco nublado, e frio. Enquanto caminhava em direção à escola e acompanhada de sua melhor amiga e do pai dela, Alice olhava atentamente para as pessoas que com um simples gesto de cabeça, cumprimentavam o segundo líder da aldeia. A jovem ruiva sonhava com aquele momento em que receberia tamanho privilégio quando crescesse. Era um passo atrás do outro, sentindo seu coração aquecer com cada elogio e cumprimentos, sonhos que se realizaria.
"Serei uma grande líder e ninguém poderá me impedir de alcançar o meu propósito"
As duas melhores amigas resolveram percorrer o caminho até a escola em silêncio enquanto suas mentes trabalhavam e trabalhavam em pensamentos. A escola não era um ambiente fechado, ela era grande e dividida em classificações de idade. Apenas em certas matérias os garotos podiam estudar junto das meninas, e havia também as matérias, especialmente, para os garotos em que as meninas não podiam praticar em hipótese alguma, e por isso Alice queria mudar essas regras.
― Ainda bem que vocês chegaram. Eu já estava perdendo as minhas esperanças. ― Nicolas comentou ao ver eles se aproximando, em seguida fez uma longa reverência. ― Senhor Carter não me diga que elas estavam fugindo?
― Claro que não. ― Francielly sorriu.
― Até parece que iremos fazer isso. ― Alice concluiu com um sorriso fingido.
― Muito bem meninas, as senhoritas não chegaram tão atrasadas como imaginamos não é? Mas posso dizer que vou chegar atrasado na reunião. ― Freddy olhou para eles e deu um sorriso.
― Obrigada tio Carter, eu já vou indo.
― Obrigado papai, eu também já estou indo. ― a loira acenou entrando na escola.
― Elas foram pegas no flagra? ― Nicolas perguntou percebendo a reação de Freddy que não se aguentou muito e deu uma boa risada.― Não foi dessa vez...
― Elas são ótimas. ― Freddy respondeu, dando um tapinha de leve no ombro do garoto. ― Só estão se preocupando cedo demais...
As duas entraram mesmo não querendo estar na escola e naquele momento estava fora de cogitação pensar em uma folga. As duas se conformaram indo em direção aos armários para pegar os materiais que precisam para a aula.
― Como vamos saber das novidades? ― a loira perguntou, pegando a bolsa de couro.
― Nós ainda temos o Snow.
― Alice, você sabe muito bem que ele não está na reunião, e sim na guarda. ― Francielly indicou o caminho para a sala onde ocorriam as matérias. ― E agora?
― Verdade. ― Alice assobiou antes de pensar em alguém. ― Já sei!
― Diz.
― Ainda podemos subornar o Bruce assim que ele chegar de sua viagem. ― as duas garotas riram, chegando na porta.
🗡️🖤✨
✒ 𝘍𝘙𝘈𝘕𝘊𝘐𝘌𝘓𝘓𝘠 foi a primeira a entrar na sala sem muitas expectativas. A loira de cabelos lisos estava com esperança de que naquele momento, era para estar escondida na tenda e escutando toda a reunião, mas os planos foram frustrados. Enquanto a ruiva desfez seu lindo sorriso assim que entrou na sala e avistou uma pessoa sentada ao lado de sua carteira.
― O que ela está fazendo aqui?
― Ela quem? ― Francielly olhou ainda tentando entender a reação da amiga.
― Ela. ― Alice apontou para a estrangeira. ― Ela não deveria estar aqui! Essa daí não deveria nem ter entrado na nossa aldeia!
― Algum problema? ― a doce professora Oriana perguntou assim que se aproximou enquanto suas mãos estavam ocupadas.
― Professora, deixe-me te ajudar. ― Dário foi o primeiro a se aproximar. ― Onde posso colocar os papéis?
― Pode distribuir para os seus colegas.
― Certo. ― o jovem garoto sorriu. ― Pessoal fiquem em seus lugares que eu irei distribuir para cada um de vocês.
A professora Oriana conhecia muito bem cada um de seus alunos, e em particular a ruiva que continuava encarando a estrangeira. Ela sabia muito bem o assunto que percorria por toda aldeia assim que os estrangeiros chegaram.
― Senhorita Smith, algum problema? Veja o que a senhorita já está bem melhor. Fico muito feliz por vê-la na nossa aula de hoje.
― Ela é o problema. ― Alice continuava apontando para a garota que estava com os cabelos amarrados em duas tranças.
― Lice não precisa falar desse jeito. ― Francielly deu uma piscada para amiga. ― Vem, vamos nos sentar e começar a aula.
― Não.
― Por que não?
Alice caminhou em direção a estrangeira que expressava medo em seu rosto, e se ela pudesse sentir o que realmente Rayane estava sentindo ali, com certeza a ruiva passaria o dia todo refletindo sobre suas ações. A jovem garota mal suspeitaria o real motivo dos estrangeiros ali.
― O que está fazendo aqui? ― ela bateu com força na carteira de madeira. ― O que você e o seu pai vieram fazer aqui? Primeiro conseguiram se estabelecer na aldeia e agora isso? Até na minha escola?
― Alice, minha querida, por que está agindo desse jeito? ― disse a professora Oriana ao se aproximar das carteiras. ― Ainda não notou aonde estamos? Que tipo de jeito é esse... Você está bem mesmo?
― Que jeito? ― e com uma simples observação, ela olhou em sua volta e avistou os semblantes de cada colega. ― Pedrão... Eu sinto muito! Eu não deveria reagir assim... ― Alice olhou para a professora fazendo uma longa reverência.
"Que a verdade seja dita; Alice Smith não estava arrependida..."
― O que foi dessa vez, senhorita Smith? ― uma voz se destacou entre o ambiente do lado de fora da sala. ― Que eu saiba você deveria pedir desculpas para nossa nova colega e não para a nossa professora Oriana. ― em meio ao silêncio ele gargalhou ao entrar na sala. ― Não é?
✒ 𝘞𝘐𝘓𝘓𝘐𝘈𝘔𝘚 Parker entrou delicadamente, talvez querendo chamar atenção de todas as garotas que estavam presentes na sala de aula. O jovem aprendiz era o filho mais velho do Comandante Áquilla, do exército real, e fez com que todos, exceto Alice, fizessem uma longa reverência para ele.
― Não me diga que a sua lista extensa de supostamente rebeldes foi atualizada? ― Williams fez uma careta para ela. ― Boba.
"Que a verdade seja dita; esses dois é a inimizade em pessoa... Improváveis"
― Que ótimo. ― Alice sussurrou, revirando os olhos com a chegada dele. ― Outro que não deveria estar aqui... Vai embora!
A situação já estava ficando sem controle quando a professora usou de sabedoria indo até a frente da classe, usando um instrumento para fazer mais barulho, pediu silêncio e deu certo.
Oriana Stewart se sentia orgulhosa por ensinar alunos que teriam futuros brilhantes.
― Silêncio! ― o ambiente ficou pesado.
Ela sabia de todos os desafios que enfrentaria.
― Quero deixar bem claro que se a senhorita Reymond e o senhor Parker estão, e fazem parte da nossa aldeia é porque receberam autorização dos nossos líderes. Já chega com essas ousadias e suspeitas... Não podemos tirar falsas especulações sobre alguém que não conhecemos. ― ela olhou para Alice. ― Senhorita Smith, por favor, se comporte para que eu não relate os acontecimentos de hoje ao seu pai.
― Perdão. ― a ruiva fez uma reverência. ― Eu realmente sinto muito, professora.
― Deveria pedir desculpas para a senhorita Reymond. ― Williams implicou.
― Cala a sua boca. ― Nicolas fuzilou ele com os olhos. ― Seu desbotado metido.
― Eita...
― Parem com isso! ― enfim, a ruiva fez uma reverência para a estrangeira. ― Pedrão pelas minhas suspeitas.
― Alice, você deveria parar de ler os arquivos de guerra do seu pai. ― Williams fez alguns colegas rirem da futura líder. ― Isso é feio.
― Silêncio! ― a paciência da professora Oriana se esvaziou como o ar de um pneu de carroça que furou. ― Esse será o meu último aviso para vocês dois, ou não, vocês terão que acampar de noite nas campinas de Odin!
― Professora, por favor, não precisa fazer isso com eles. ― a voz fraca de Rayane fez todos olharem para ela. ― Eu entendo o motivo de cada um de vocês. Perdão pelo incômodo que eu e o meu pai estamos fazendo a cada um de vocês. ― seu olhar triste deu pena. ― O problema é que não temos para onde ir.
― Está tudo bem. ― Dário disse, pois queria que ela parasse de falar. ― Não precisa continuar com esse lamento.
― Seja bem-vinda! ― Nicolas foi o primeiro a se aproximar da estrangeira com um sorriso no rosto. ― Meu nome é Nicolas, é um prazer!
― Obrigada. ― ela sorriu para ele, e quis segurar em sua mão. ― Eu sou a Rayane, também é um prazer!
― Oi, eu sou a Francielly. ― a loira acenou para ela. ― Você pode me chamar de Franci se preferir.
― Que lindinho... ― Alice murmurou, observando a cena bem diante dos seus olhos. ― Se ela pensa que vai conseguir me enganar, está muito enganada...
― O que você está falando? ― a loira se aproximou da amiga. ― Lice, você ainda está suspeitando depois de tudo que a professora disse? Ela é uma boa garota.
― Ela não é a única de quem eu suspeito. ― ela cruzou os braços olhando para Williams. ― E eu não vou desistir deles. Eu vou ficar na vigilância.
🍎''
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro