013.
⚽️' ━ chapter thirteen ━ '⚽️
Pedro González
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SUSPIREI FUNDO ao ver o nome de Valentina aparecer na tela do meu celular. Sem pensar duas vezes, ignorei a ligação, como vinha fazendo nos últimos dias. Depois de tudo o que aconteceu, eu simplesmente não tinha vontade de falar com ela agora.
Stella, que estava parada bem à minha frente, notou meu gesto. Seus olhos desviaram da tela do meu celular para o meu rosto, carregando uma mistura de curiosidade e hesitação.
— Não vai atender? — Ela perguntou, com o tom calmo, mas claramente interessada na minha decisão. —
— Não. — Respondi, bloqueando a tela do celular e guardando-o no bolso. — Prefiro ficar na sua companhia.
Ela arqueou uma sobrancelha, um pequeno sorriso puxando os cantos de seus lábios.
— Sabe que ignorar não vai resolver nada, né?
— Sei, mas não tô pronto pra ouvir o que ela tem a dizer. — Respondi, dando de ombros. —
Stella ficou em silêncio por um momento, como se estivesse ponderando o que dizer. Então, ela cruzou os braços e me olhou com aquele olhar que só ela sabia dar.
— E acha justo me colocar no meio disso? — Perguntou, com um tom que era ao mesmo tempo brincalhão e sério. —
— Você não tá no meio de nada. — Respondi rapidamente, dando um passo mais perto dela. — E mesmo se estivesse, acho que já tá bem claro quem eu escolho, não acha?
Stella arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços enquanto me encarava.
— Certo, mas não pense que essas suas palavras bonitas me enganam. Você tem que cumprir o que me prometeu quando ela voltar.
— Eu vou cumprir, estrelinha. — Falei com firmeza, sem desviar o olhar. — Agora vamos esquecer isso. Tá tudo legal, e não é sempre que temos momentos assim, só nós dois, sem ninguém para nos interromper.
Sem esperar pela resposta dela, puxei sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim. Stella soltou um pequeno suspiro, e por um momento, tudo ficou em silêncio ao nosso redor, como se o mundo tivesse parado para nós.
— Você não vai me convencer tão fácil, Pedro. — Ela murmurou, com um sorriso de canto, tentando parecer indiferente. —
— Não? — Perguntei, inclinando a cabeça enquanto meu olhar se fixava nos olhos dela. — Então o que eu preciso fazer pra convencer você?
Ela tentou responder, mas a proximidade pareceu dificultar sua concentração. Seus olhos caíram brevemente para os meus lábios antes de voltarem para o meu rosto, e um leve rubor coloriu suas bochechas.
— Pra começar, você pode parar de achar que pode me desarmar assim. — Ela disse, tentando soar firme, mas sua voz entregava a tensão que sentia. —
— Desarmar você? — Repeti, abaixando o tom da minha voz enquanto meus dedos deslizavam suavemente pela lateral da cintura dela. — Não é culpa minha se você facilita as coisas pra mim.
— Facilito? — Stella rebateu, arqueando uma sobrancelha, tentando manter o controle da situação. —
— Facilita, sim. — Falei, aproximando meu rosto do dela até que nossas testas quase se encostassem. — Você sabe que não consegue esconder o que sente.
Ela abriu a boca para retrucar, mas antes que pudesse dizer algo, pressionei meus lábios suavemente contra os dela. No início, ela resistiu, talvez por puro orgulho, mas logo senti sua guarda baixar, e o beijo se tornou mais profundo.
Quando nos afastamos, apenas o suficiente para recuperar o fôlego, Stella ainda tentava recuperar a postura.
— Isso não prova nada, sabia? — Disse, com a voz trêmula, mas tentando parecer confiante. —
— Prova tudo. — Respondi, um sorriso se formando no meu rosto ao ver como ela tentava se manter firme. — Só você não quer admitir.
— Eu não vou admitir algo que não é verdade, Pedro. — Ela respondeu, cruzando os braços, mas o brilho nos olhos dela denunciava que ela estava jogando comigo. —
— Então você não gosta de mim? — Perguntei, arqueando uma sobrancelha, a provocação evidente na minha voz. —
— Não, nem um pouco. — Ela retrucou rapidamente, mas seu tom era desafiador, quase como se estivesse esperando minha próxima resposta. —
— Ah, é? — Inclinei-me um pouco mais, reduzindo ainda mais o espaço entre nós, até que ela foi forçada a recuar alguns passos, batendo suavemente contra a parede atrás de si. — Não parece isso quando eu beijo você.
Ela abriu a boca, provavelmente para protestar, mas não consegui segurar o sorriso ao ver como ela parecia sem palavras. A proximidade a desarmava, e ela sabia disso tanto quanto eu.
— Eu só... — Ela começou, mas hesitou quando passei meus dedos pela lateral do rosto dela, meu olhar fixo no dela. —
— Vai me dizer que também não gostou quando eu fiz isso? — Sussurrei, inclinando-me e deixando um beijo lento no canto da boca dela, apenas para vê-la prender a respiração. —
— Você é muito convencido, sabia? — Ela finalmente disse, tentando soar firme, mas a voz saiu mais baixa do que ela esperava. —
— Só porque você me dá motivos. — Respondi com um sorriso satisfeito, passando os braços ao redor da cintura dela para que ela não pudesse escapar. — Então, estrelinha, ainda vai negar?
— Talvez eu só esteja testando você. — Ela rebateu, o tom provocador voltando. —
— E eu estou passando no teste? — Perguntei, meu rosto tão próximo ao dela que nossas testas quase se tocavam. —
Ela ficou em silêncio por um momento, mas então, ao invés de responder, colocou as mãos na minha nuca e me puxou para mais perto, me beijando de forma intensa e decidida, como se fosse a resposta que eu estava esperando.
Quando nos afastamos, Stella sorriu, triunfante.
— Eu ainda não disse nada, Pedro.
— Não precisa. — Respondi com um sorriso confiante, observando cada reação dela. — Suas ações falam mais alto.
— Isso é o que você acha. — Stella rebateu, cruzando os braços como se quisesse demonstrar resistência, mas o brilho no olhar a entregava. —
Inclinei a cabeça, sem desviar os olhos dela, e dei um passo à frente, diminuindo a distância entre nós.
— Então me prova o contrário, estrelinha. — Desafiei, o tom da minha voz baixo, mas carregado de intensidade. —
Ela permaneceu imóvel por um momento, como se estivesse considerando suas opções. Mas, ao invés de recuar, soltou um suspiro, descruzando os braços.
— E se eu não quiser provar nada? — Retrucou, mantendo a postura firme, mas sua voz vacilou ligeiramente, o suficiente para que eu percebesse. —
— Nesse caso, eu continuo acreditando no que vejo. — Murmurei, aproximando-me ainda mais, até que nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância. —
Ela tentou sustentar o olhar desafiador, mas, aos poucos, a barreira começou a se desfazer. Quando dei um leve sorriso e deixei minha mão tocar a dela, senti sua resistência diminuir.
— Você sempre tem uma resposta, não é? — Ela perguntou, finalmente deixando um sorriso escapar, como se admitisse que estava perdendo o jogo. —
— Sempre que se trata de você, sim. — Respondi, antes de puxá-la delicadamente para mais perto. —
O olhar dela, fixo no meu, fez um sorriso suave surgir em seus lábios.
— Sabe, eu gosto de você, se era isso que você queria escutar. — Ela disse, com um tom sincero, mas ainda carregado de nervosismo. —
Fiquei um segundo em silêncio, processando o que tinha acabado de ouvir.
— Está falando sério? — Perguntei, a voz um pouco mais baixa, quase temendo que ela pudesse voltar atrás. —
— Estou. Não tenho por que brincar com essas coisas, Pedro. — Respondeu, olhando diretamente para mim, sem hesitação. —
Meus lábios se entreabriram, mas por um instante as palavras simplesmente não vieram. Eu estava tão acostumado a provocá-la, a tentar arrancar alguma reação, que ouvir algo tão direto me pegou de surpresa.
— Bom... eu... — Gaguejei, coçando a nuca. — Só... sei lá... pensei que... que não escutaria isso de você. Quer dizer, você sempre tenta esconder o que sente.
Stella soltou um suspiro, desviando o olhar por um momento antes de voltar a me encarar.
— Bom, porque essa situação em que estamos não é exatamente a melhor pra eu dizer que gosto de você, né? — Ela começou, a voz carregada de sinceridade. — Mas... eu passei anos tentando convencer a mim mesma de que não sentia nada. Só que depois que voltei pra cá... tudo que eu estava tentando esconder voltou. E voltou ainda mais forte.
Fiquei em silêncio, absorvendo cada palavra. Ela parecia tão vulnerável, tão exposta, e isso fazia meu peito apertar. Estendi a mão, segurando a dela com firmeza, como se quisesse dar a ela a mesma segurança que eu estava sentindo agora.
— Você não tem que se desculpar por sentir, Stella. — Falei, a voz saindo mais calma do que eu esperava. — Tudo bem se as coisas não fizeram sentido antes. O importante é agora. É o que a gente sente agora.
Ela mordeu o lábio, parecendo considerar minhas palavras. Ainda segurava minha mão, mas havia uma tensão em seu olhar, como se algo dentro dela ainda estivesse hesitando.
— E o que a gente sente agora, Pedro? — Ela perguntou, a voz baixa, mas carregada de significado. —
Fiquei quieto por um momento, encarando-a. Queria responder, mas a verdade é que nem eu sabia ao certo. Eu sentia algo, claro, mas era difícil rotular. Tudo parecia confuso, como se estivéssemos pisando em território desconhecido.
— Acho que só vamos descobrir vivendo isso. — Respondi finalmente, a honestidade pesando em cada palavra. —
Ela franziu o cenho levemente, talvez esperando uma resposta mais concreta, mas acabou soltando um suspiro como se aceitasse minha resposta.
— Você é impossível, sabia? — Disse, mas havia um tom de leveza na sua voz, algo que me fez sorrir. —
— E você é teimosa. — Retruquei, inclinando a cabeça para estudá-la. — Mas acho que é isso que me faz querer ficar por perto.
Ela abriu um sorriso pequeno, como se não quisesse admitir que estava tocada pelas minhas palavras. Ainda assim, não soltou minha mão.
— Isso parece complicado demais. — Ela murmurou, mais para si mesma do que para mim. —
— Talvez seja. — Concordei, minha voz suave. — Mas desde quando você corre de algo complicado?
Ela riu baixo, balançando a cabeça, um sorriso brincando nos lábios.
— Bom, acho que aprendi com você, não é? — Ela retrucou, o tom levemente provocativo. —
— Aprendeu o quê? — Perguntei, cruzando os braços, fingindo curiosidade. —
— A me meter em coisas que eu deveria evitar. — Respondeu, me lançando um olhar que era ao mesmo tempo desafiador e cheio de algo mais. —
Eu ri, balançando a cabeça.
— É, talvez eu seja uma péssima influência.
— Não tenho dúvidas. — Ela retrucou, mas a forma como disse deixou claro que não estava realmente reclamando. —
Antes que eu pudesse responder, uma voz feminina surgiu a poucos metros de nós.
— Stella, até que enfim te achei! Pensei que nunca mais fosse te encontrar. — Disse uma garota morena, apressando o passo na nossa direção. —
Stella deu um passo para trás de forma quase automática, ajeitando a postura e passando a mão pelos cabelos como se quisesse disfarçar o momento.
— Desculpa, tô atrapalhando? — A garota perguntou, lançando um olhar curioso de mim para Stella. —
Claro que tá atrapalhando, pensei, mas engoli o comentário e apenas cruzei os braços, observando. Pelo menos dessa vez não era o Pablo.
— Não, não tá, Bel. — Stella respondeu rapidamente, a voz carregada de um tom que eu conhecia bem: nervosismo disfarçado. —
— Bom, de qualquer forma, me desculpa. Mas eu queria te mostrar uma coisa. Pode vir comigo? — A garota insistiu, gesticulando para Stella acompanhá-la. —
— Claro, Bel. — Stella respondeu com um sorriso pequeno, já começando a se afastar. — A gente se vê depois.
Eu fiquei ali por um instante, observando as duas se afastarem, quando Pablo apareceu ao meu lado, seu sorriso irreverente já tomando conta do rosto.
— Tá perdendo a Ellinha pra rival, fica de olho, Pedrão. — Ele disse, com aquele tom provocador. —
— Da onde você tira essas ideias? — Perguntei, balançando a cabeça. — Ela é o Rodrygo, não tem nada.
— Não tô falando do Rodrygo, tem o Brahim e o resto do time do Real Madrid, e a Isabel, claro. — Pablo rebateu, o sorriso se alargando ainda mais. —
— Para de colocar as coisas na minha cabeça, Pablo. — Respondi, tentando manter a calma, mas ele só estava começando a me provocar. —
— Eu tô falando a verdade, Pedro. — Ele deu uma risadinha e deu um tapinha amigável nas minhas costas. — E claro, não esquece que tem concorrência interna com o Fermin.
— O Fermin disse pra mim que não estava mais interessado nela. — Respondi, tentando manter a calma, mas, ao mesmo tempo, um pouco cético com a insistência de Pablo. —
Ele soltou uma risada, como se não acreditasse em uma palavra do que eu tinha dito.
— Você acreditou mesmo nisso? — Pablo perguntou, com um sorriso de quem já sabia a resposta. — Com quem você acha que a Stella veio? Com o Fermin. E com quem ela ficou a maior parte da festa? O Fermin. Esse discurso dele de que não tá mais interessado nela é só conversa fiada, Pedro. E, como seu amigo, eu só tô te avisando, porque acho que você tá se distraindo com isso.
— Tá, tá, já entendi, vou ficar esperto. — Respondi, meio impaciente, mas tentando manter a calma. O que Pablo dizia começava a fazer sentido, mas eu não estava pronto para admitir totalmente. —
Ele assentiu, parecendo satisfeito por finalmente ter feito com que eu pensasse sobre tudo.
— Bom, mesmo. — Ele fez uma pausa, e eu sabia que algo mais estava por vir. — E trata de terminar com aquela bruxa da Valentina, porque você não vai conseguir manter o que tem com a Stella tão escondido por muito tempo. E, quando todo mundo souber, ela vai ser a errada da história, Pedro. Então, pensa bem no que você quer, porque, no fim, quem vai sofrer é ela.
Eu respirei fundo, tentando processar tudo o que Pablo acabara de dizer. Ele não estava errado, eu sabia disso, mas a última coisa que eu queria era causar mais dor para Stella. Ao mesmo tempo, sentia que precisava resolver as coisas com Valentina, de uma vez por todas.
— Eu sei o que eu preciso fazer, Pablo, — falei, mais sério agora. — Só que não é fácil, não vou mentir. Eu tenho que lidar com isso, mas vou encontrar uma forma de fazer as coisas certas. Não vou deixar a Stella pagar por nada disso.
Ele me olhou, com um meio sorriso.
— Eu só tô te avisando, Pedrão. Mas, boa sorte aí.
Olhei na direção em que Stella estava, e ver o sorriso dela fez uma sensação boa crescer dentro de mim. O jeito que ela parecia tão genuína, tão livre naquele momento... Era impossível não sorrir de volta. E, honestamente, o que eu menos queria era machucá-la.
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A tela do meu celular estava aberta em uma matéria que vazou na página de fofoca, uma das mais populares da Espanha. Criada por pessoas desocupadas que adoram perseguir a vida dos famosos, a matéria dizia que eu tinha traído a Valentina, em uma festa em Madrid, e trazia uma foto minha beijando a Stella. A imagem era de longe, e o rosto dela não estava claro, o que era um alívio, pelo menos isso não traria mais complicação. Mas ainda assim, eu me perguntava quem tinha tirado aquela foto, principalmente considerando que a festa foi sem celulares. Mas no fim das contas, isso era o menor dos meus problemas.
Fernando, que tinha vindo passar uns dias em casa, estava claramente bravo, puto da vida comigo por causa dessa notícia. Ele estava tentando defender a cunhada dele.
— Pedro, o que você tem na cabeça? Fala sério. Se você queria trair, tinha que ter terminado antes. Como é que eu te defendo em uma situação dessas? — Ele resmungou, claramente irritado. —
— Não defende, Fernando. Eles já sabem. A Valentina tecnicamente também me traiu, então "chifre trocado não dói" — Respondi, tentando manter a calma, mas a frustração começando a transparecer. —
— Você sabe que não é a primeira vez que você faz isso. Agora quer falar que a Valentina te traiu, quando ela já perdoou outras traições suas? Isso é o cúmulo! — Fernando não parecia querer entender meu lado. —
— Porque todo mundo quer me fazer sair como o errado da história e a Valentina como a santa? Fala sério, dá um tempo, Fernando. — Respondi com um suspiro, já cansado da conversa. —
— Você não muda esse seu jeito, né? Sempre querendo sair como o certo da história. — Fernando disse, balançando a cabeça. —
— Eu não estou querendo sair como o certo da história, mas não mereço levar a culpa de tudo se o meu relacionamento não está dando certo. E não é só culpa da Valentina, ela tem essa mania de controladora, e só está desgastando a nossa relação — Respondi, tentando manter a paciência, mas a frustração já tomando conta de mim. —
— E é por causa da outra mulher que você tá fazendo isso? — Fernando perguntou, com um tom de acusação. —
— Não, não tem nada a ver. Eu só não acho que esse namoro está funcionando mais — Eu falei, tentando me afastar da ideia de que havia algo de errado com Stella. Isso era sobre a relação com Valentina, não com qualquer outra pessoa. —
— Ok, olha, eu não vou falar mais nada. Mas o que você está fazendo com a Valentina é uma ingratidão, Pedro. Pense bem. Ao invés de tentar consertar algo, você só está complicando tudo. — Fernando disse, levantando as mãos em um gesto de rendição antes de sair da sala, deixando-me sozinho com meus pensamentos. —
O silêncio ficou pesado, mas foi interrompido pela vibração do meu celular na mesa. O nome de Valentina apareceu na tela, e por um momento eu hesitei. Queria muito ignorá-la, como já vinha fazendo desde que ela viajou para a Itália, mas sabia que não poderia continuar fugindo para sempre. O peso de tudo parecia aumentar enquanto eu olhava para o aparelho.
Respirei fundo, peguei o celular e atendi, tentando manter a voz firme.
— Oi, Valentina.
— Finalmente, Pedro! Achei que você ia continuar me ignorando pra sempre. — A voz dela era afiada, carregada de raiva e frustração. — Você pode me explicar o que é essa notícia absurda que está circulando por aí?
— Olha, eu não sei quem tirou essa foto ou como isso foi parar na mídia. A gente estava numa festa, e essa história está totalmente fora de contexto. — Respondi, tentando soar calmo, mas sabia que ela não compraria isso tão fácil. —
— Fora de contexto? — Ela praticamente gritou. — Você acha que eu sou idiota? Você me traiu, Pedro! E agora tá tentando se justificar como se nada disso fosse culpa sua!
— Valentina, calma... — Comecei, mas ela não deixou. —
— Não, Pedro. Eu tô cansada de você sempre fugindo das consequências das suas ações. Se você queria tanto terminar, por que não foi homem o suficiente pra me dizer antes de me expor assim?
— Você só ligou pra isso? Pra brigar, como sempre? — Respondi, tentando manter a calma, mas já sabendo que a conversa estava tomando o rumo de sempre. —
— Não me provoca, Pedro. — Ela retrucou, a voz cheia de frustração. — Eu ainda não sei por que perco meu tempo com você.
Fiquei em silêncio, esperando por mais um de seus discursos, mas ela pareceu respirar fundo antes de continuar.
— Quando eu voltar da Itália, a gente vai conversar. De verdade. Cansei desse joguinho.
— Ótimo. — Respondi, seco. — Finalmente uma decisão clara, Valentina.
— Não tenta virar o jogo pra cima de mim. Você é o único que não sabe o que quer. — E com isso, ela desligou, deixando apenas o som do silêncio no ambiente.
Soltei um suspiro pesado, passando a mão pelos cabelos. Era sempre a mesma coisa com a Valentina: discussões, acusações, e nenhum avanço real. Eu sabia que, quando ela voltasse, as coisas só ficariam mais complicadas. Mas, pela primeira vez, eu tinha certeza de que não queria mais continuar nesse relacionamento.
Meu celular tocou novamente, e eu revirei os olhos, já imaginando que fosse mais um problema. No entanto, ao ver o nome de Ferran na tela, atendi de imediato.
— E aí, Pedrão, como anda a vida de subcelebridade? — Ele soltou, com aquela provocação típica dele. —
— Não tem graça, Ferran. Para de zoar, eu tô ferrado. — Respondi, exasperado. —
— Nossa, conta uma novidade. Você já deveria estar acostumado, não é a primeira vez que você se mete em confusão desse tipo. — Ele continuou, com uma risada. —
— Não é por mim que eu tô assim, cara. É pela Stella. Não quero que descubram que a tal garota misteriosa é ela. — Admiti, a preocupação óbvia na minha voz. —
— Bom... vai ser meio difícil. A foto não mostra o rosto dela claramente, mas, se alguém prestar atenção nos mínimos detalhes, vai acabar reconhecendo. Eu mesmo percebi. — Ele respondeu, ainda que de forma casual. —
— Isso não ajuda em nada, Ferran! Se o Arthur descobrir, ele vai me matar. — Lamentei, sentindo a pressão aumentar. —
— Que nada! Ele vai ficar super feliz em saber que o melhor amigo tá pegando a irmã dele. — Ferran retrucou, obviamente se divertindo às minhas custas. —
— Para de brincar, Ferran. Já bastam a Valentina e o Fernando me esculachando. Não preciso do Arthur pra terminar de acabar com o meu dia. — Retruquei, passando a mão pelo rosto, frustrado. —
— Infelizmente, você sabe que, mais cedo ou mais tarde, isso ia acontecer, né? Você é um jogador famoso, sua vida tá sempre na mira das redes sociais. Queria o quê? Que ignorassem isso? — Ferran respondeu, direto, mas sem perder o tom brincalhão. —
— Não, mas eu queria saber quem tirou aquela foto. — Falei, irritado. —
— Bom, vai ser meio difícil, né? Tinha mais de cem pessoas na festa. — Ele retrucou, como se fosse óbvio. —
— Ah, jura? Eu não sabia disso, Ferran. — Revirei os olhos. — Você e o Pablo são iguais: em vez de ajudarem, só atrapalham mais.
— Mal agradecido. — Ele riu. — E não me compara com o Pablo, que eu sou muito melhor nos conselhos. Pelo menos eu sou direto.
— É, direto pra me irritar. — Retruquei, segurando a vontade de desligar na cara dele. —
Ferran suspirou do outro lado da linha.
— Olha, agora falando sério. Minha sugestão é, resolve logo isso com a Valentina. Quanto mais você enrolar, pior vai ficar. E sobre a Stella... você tem que pensar em como vai protegê-la dessa bagunça. Porque se essa história vazar, você sabe que a culpa vai cair mais nela do que em você. — Ele falou, finalmente demonstrando alguma seriedade. —
Suas palavras me atingiram em cheio. Ele tinha razão. Por mais que eu tentasse manter a situação sob controle, estava claro que, se eu não agisse rápido, tudo só ia piorar.
— Tá certo... Vou dar um jeito. Obrigado, Ferran.
— É pra isso que os amigos servem, né? — Ele brincou. — Mas sério, Pedro, resolve logo. Não deixa esse problema virar uma bola de neve.
— Vou tentar. Valeu mesmo.
Assim que desliguei a chamada, abri a conversa com Stella no meu celular. Digitei uma mensagem simples, sem rodeios, e enviei.
SEGUNDO capítulo postado, peço que votem e comentem nesse e no anterior porque se alguma das metas não baterem eu não volto, tem que cumprir as duas amores.
DESCULPA qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.
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