𝟬.𝟬𝟮 ✧°📙❥━━━━━━ 𝖬𝗂𝗇𝗁𝖺 𝗉𝗎𝗇𝗂𝖼̧𝖺̃𝗈.
📌 Los Angeles.
𝗔𝗶𝗱𝗮𝗻 𝗥𝘆𝗮𝗻 𝗚𝗮𝗹𝗹𝗮𝗴𝗵𝗲𝗿 ― 𝖯𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐.
𝘼 𝙨𝙖𝙡𝙖 parecia pequena e apertada ao ponto do jovem Aidan Gallagher sentir calafrios e de não dar a mínima atenção para as palavras da professora de inglês, Dora Mendes. Mesmo que tentasse repreender o jovem imaturo, a senhorita Mendes sabia que poderia perder o emprego temporário por causa daquilo.
― Suborno? ― a professora Mendes, fez uma expressão de desapontamento e tristeza. ― Aidan, por favor, de novo não. Eu não acredito que foi você quem colocou o envelope com o dinheiro na minha mesa para me subornar?
― O quê? ― o jovem se espantou fingidamente ao se levantar do banco aconchegante que tinha na sala. ― A senhorita falou de suborno? Professora Mendes, minha querida, eu acredito que saiba que dizer uma falsa acusação contra alguém da família Gallagher é terrível... Sabe, ou não sabe?
― Ryan, eu sei...
― Ryan? ― Aidan se aproximou da professora sem nenhum respeito por ela. ― Quem a senhorita pensa que é para me chamar desse jeito? Apenas pessoas de classe alta podem me chamar assim... Só os meus amigos mais próximos!
― Ah, perdão, jovem Gallagher. ― ela fez uma reverência que durou 30 segundos. ― Aidan, seu rapazinho galanteador. Eu sei muito bem que foi você quem colocou o envelope com dinheiro na minha mesa com um simples intuito. Quer que as suas notas em inglês nesse bimestre venham a melhorar, não é? ― Dora analisou o jovem sem expressões. ― Já que não presta muita atenção nas minhas aulas e sim nas garotas de saias curtas.
Aidan não deixou de rir com o final da fala da professora. Ele estava gostando daquele momento, mesmo sendo repreendido pela professora que menos gostava.
― Professora, a senhorita deveria ter muito cuidado com o que anda falando por aí... Sabe muito bem que as paredes desse Instituto têm ouvidos, certo? ― ele sorriu de um modo provocativo. ― Ah, que pena que a senhorita não vai poder terminar esse bimestre com a gente... Eu vou sentir tanta saudades. ― debochou.
― Senhor Aidan é melhor você parar o que está fazendo agora. ― ela ficou brava.
― Eu não estou fazendo nada professora. ― ele olhou em direção à porta esperando pelo seu plano final. ― Eu sei que precisa muito desse emprego, mas terá que fazer uma escolha... A vida é assim. Aquela porta vai abrir em 5 segundos e a senhorita só vai precisar dizer que estava enganada em relação ao envelope que encontrou. ― deu três toques na mesa.
― Jovem Aidan...
― Eu não posso fazer nada pela senhorita, mas lembre-se que existem várias pessoas querendo um emprego mesmo sendo temporário nesse Instituto altamente qualificado. ― ele descascou uma bala de gomo, jogando a embalagem no chão de propósito. ― Ops! Então a professora já fez a sua escolha? Estou ansioso para saber sua resposta...
O jovem Aidan Gallagher escorou no banco esperando por uma resposta sensata. Sendo ele filho único de Roberto Aguiar Gallagher, proprietário do Instituto Gallagher e um dos empresários mais bem-sucedidos do país. Aidan desprezava todos ao seu redor por ter uma classe social alta, e agora, ele estava disposto a fazer qualquer coisa para ter notas excelentes em inglês. Começar o bimestre com notas tão fracas era terrível.
― O seu silêncio já disse a sua resposta.
Como simples giro da maçaneta, a porta da sala se abriu e uma diretora furiosa entrou com algumas pastas em mãos, fazendo a professora Mendes se curvar.
― Professora Dora Mendes, como pode reportar uma coisa tão séria antes de relatar o assunto comigo? ― Inês Arango, encarou a mulher que ainda estava curvada, enquanto sussurrava um "perdão" para o jovem Gallagher. ― Por acaso, não sou mais a sua superior? Como pode fazer isso! Ai, sabe o tamanho da confusão que pode dar quando o senhor Roberto Aguiar Gallagher souber?
Houve um silêncio perturbador na pequena sala de repreensões.
― É, pelo visto, as senhoritas precisam conversar em particular sem a minha presença. ― Aidan sorriu tocando na professora Mendes para que ela voltasse a sua posição corretamente. ― Hum, eu estou com fome... Vou querer comer frango frito! Querida diretora Inês, será que vamos ter frango frito no cardápio de hoje? Que tal uma pizza de calabresa?
― Sim, mas é claro. ― a diretora sorriu, abrindo a porta para ele. ― Aidan, você acha mesmo que vai sair assim? As crianças de hoje em dia não tem jeito...
― O que quer dizer com isso? ― ele cruzou os braços olhando primeiramente para a professora, e depois para a diretora Inês. ― Eu não fiz nada... O que foi agora?
― O que foi agora? Eu deveria te bater seu garoto abusado! ― Inês deu-lhe um puxão de orelha como se fosse uma avó zangada, repreendendo seu neto querido. ― Como pode aprontar todos os anos? Não acha que está cedo demais para começar com mais aventuras? Ano retrasado a confusão com os Valência, e agora com a professora Dora? Aidan, você precisa mudar esse seu jeitinho!
― Poxa Inês, só falta chamar minha mãe.
― Dona Margarita está ocupada demais para tentar lidar com seus problemas de malcriação. ― Inês jogou as pastas na mesa com força. ― Você precisa crescer!
― Mas eu não cresci?
― Precisa amadurecer!
― Eu não sou uma fruta.
― Aidan Gallagher! ― a senhora fez um gesto para que a professora Dora se retirasse da sala, e assim ela foi embora. ― O seu Roberto não ficará muito satisfeito ao descobrir o que você anda fazendo em menos de uma semana de aula no Instituto! Por que você não muda?
― É só não falar para ele. ― Aidan riu.
― O jovem está precisando de uma lição. ― ela pegou uma pasta azul, das que havia trazido, e retirou algumas folhas. ― Acredito que essa brincadeira de mau gosto com o envelope de dinheiro não tenha sido praticada apenas por você.
― O que quer dizer com isso? ― ele se inclinou. ― Eu não fiz nada querida Inês.
― O seu amiguinho Mário Calderón deve ter te ajudado como sempre tem feito durante esses anos estudando aqui.
― O Calderón? Por Deus, ele não teria coragem. O Mário não é desses...
― Sei, claro que sei. ― ela assentiu. ― Vocês dois juntos são o Batman e o Robin tentando salvar Dakota.
― Batman e Robin? hahahah! ― Aidan gargalhou.
― Aidan eu vou te dar a última chance de redenção. Como te conheço desde pequeno e tenho uma certa consideração pelos seus pais... Eu não deveria ter por sua causa, mas tenho. ― Inês mostrou os dois papéis para ele. ― Vou esquecer o que rapazinho fez durante essa semana de aula no primeiro bimestre, mas com uma simples condição.
― Qual? ― ele deu um sorriso encantador. ― Mesmo sabendo que eu não fiz nada.
― Você e o seu amiguinho Mário terão de recepcionar as novatas durante uma semana e mostrar todo o Instituto para elas. ― Inês entregou os papéis para ele.
― Simples assim? ― ele sorriu. ― Não irá contar nada para o meu pai se eu fizer isso? Inezita sabe que não pode mentir, né? Isso está muito fácil.
― O problema com o envelope será resolvido e espero que nunca mais aconteça. Sua condição é apenas recepcionar uma das novatas.
― Durante uma semana?
― Isso.
― Quer que eu seja a babá dela?
― Não. ― Inês sorriu, ajeitando o seu blazer preto e chamativo. ― Apenas seja o guia dela durante uma semana. Não será nada difícil Aidan... Ficarei de olho em vocês dois.
― Tá bom, vou ser a babá dela. ― ele riu encarando os papéis. ― Por que não tem nenhuma foto delas? Como vou saber se elas são bonitas? Deveria ter colocado uma fotinha.
𝙊 𝙄𝙣𝙨𝙩𝙞𝙩𝙪𝙩𝙤 Gallagher era grande e havia várias salas ocupadas e alguns disponíveis. O lugar era agradável para todos, para todos que tivessem dinheiro. Aidan conhecia muito bem cada canto desde os seus sete anos de idade, para ele aquele lugar havia se tornado o seu Internato particular, poucas vezes tinha o privilégio de ver os pais pessoalmente.
Enquanto caminhava em direção a sala onde teria que receber a garota nova, ele parou em seu armário com o intuito de se arrumar, como de costume. Aidan ajeitou o cabelo abrindo ao meio, pois sabia o quanto deixava as garotas delirando com aquilo. Ele gostava da fama que tinha no Instituto, e aproveitou para passar seu perfume favorito. Deixando claro, que o galanteador estava na área.
― Don Aidan está indo para um encontro? ― uma voz sussurrou ao lado da porta do armário. ― Diga quem é ela.
― Calderón! ― ele gritou ao deixar o livro de história cair ao se assustar com o amigo. ― Quantas vezes te disse para não chegar assim de fininho? Eu odeio!
― Calma aí, Aidan. ― Mário sorriu. ― Antes de me dizer com quem vai sair... Como foi com a bruxa da Inês, hein?
― CALDERÓN!
― Ah, perdão. ― ele deu um passo para trás. ― Me perdoa por chamar ela assim...
― Ok. ― Aidan se abaixou para pegar o livro de história, em seguida olhou para o amigo. ― Ela foi sábia ao me perdoar.
― Ela te perdoou? Caramba, Gallagher! ― Mário se apoiou no amigo. ― Aquela velhinha é mais sábia do que a Marcela. O que anda fazendo, acredita que ela me interrogou outra vez sobre você? Tédio.
― Mário, você não disse nada para ela, né? ― sua voz saiu como um sussurro.
― O que você acha? Eu nunca iria dedurar o meu irmãozinho. ― Mário assentiu. ― Ei, o que são esses papéis? Epa, não me diga que passaram uma prova surpresa para você.
― É para nós dois.
― NÃO!
― Calma Calderón. ― Aidan sorriu, entregando um dos papéis para ele. ― A diretora Inezita nos deixou responsáveis pela recepção de duas alunas novas.
― Novatas?
― Sim, é o que parece. ― ele deu uma boa olhada no corredor. ― E ficaremos uma semana inteira apresentando o Instituto para elas.
― Uma minha e a outra sua?
― Claro, meu amigo Calderón.
― Quais as opções? ― ele se aproximou, animado. ― Alguma loira perfeita? Esculpida por deuses?
― Eu não sei, Calderón. ― Aidan deu um sorrisinho amarelo. ― Pode ser quem for, eu já estou preparado... Imagina se fosse uma deusa?
― Diana?
― Essa já está no passado.
― Nem aquele jogador da seleção brasileira é mais atacante que você. ― Mário sorriu enquanto analisava o papel que havia ganhado do amigo. ― Então eu ficarei com a belezura da Fernandes? Espera, porque não tem nenhuma foto dela aqui? Como vou saber se é bonita?
― Eu também não sei irmão.
― E você ficou com quem?
― Beatriz Pinzón Solano.
― Que sobrenome esquisito é esse? ― Mário balançou a cabeça. ― Será que ela é mais bonita que a minha Fernandes?
― Eu nunca fiquei com nenhuma Beatriz. ― Aidan argumentou em pensamentos altos. ― Será que essa é a minha oportunidade? Vou aproveitar.
―
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