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𝙀u estava tão perto de concluir as investigações do lote 38, sobre as corridas ilegais no centro de Las Vegas. Eu estava tão perto de capturar o famoso 'Leopardo' que infringe todas as regras, e causa alvoroço na população com rachas e carros barulhentos. Nesse momento, estar tão perto dele, e longe da minha filha, não significa nada.
― É hoje que vamos pegar ele! ― Sam exclamou, olhando para o relógio. ― Será que vamos ter as merecidas férias depois de capturar o Leopardo?
― Não sei, apenas quero capturar ele primeiro.
― Calma aí mero policial do departamento de investigação de Las Vegas. ― ele sorriu. ― A gente trabalhou muito nesse caso e estamos tão perto… É tão boa essa sensação.
Seria uma mentira dizer que não. Eu me sacrifiquei muito e tive que tomar algumas decisões arriscadas para o bem da minha filha.
― Quando me falaram que eu iria trabalhar com você, não me disseram que você era tão caladão. ― Sam voltou a olhar para o relógio. ― Não está confiante? Cara, amanhã em todos os jornais do país os nossos nomes vão estar estampados nos telões como os policiais que conseguiram capturar o Leopardo das corridas de (LAS)!
― Legal.
― Legal? ― ele riu. ― Você é tão comédia.
― Acredito que você, policial Samuel, saiba muito bem que não podemos baixar a guarda antes de capturar o indivíduo.
― Cara, você me chamou pelo nome? Isso é tão... Nós vamos capturar o Leopardo! ― ele deu um tapa na porta do carro, parecendo está indignado e ao mesmo tempo debochando. ― Policial Joonho, não tem nada que vai nos impedir de dar um basta nessas rachas.
― Não mesmo. ― assento. ― Nós vamos comemorar com uma festa na casa do Martinez.
Ainda não sabemos a verdadeira identidade do Leopardo, mas sabemos sua localização de hoje e isso é muito importante.
𝙏irei a carteira do meu bolso onde estava meu distintivo e uma foto da minha pequena filha. Eu sabia que ser policial era algo muito arriscado, mas estar nessa profissão de algum modo me satisfaz, principalmente para cuidar da minha Aurora.
A única coisa que consigo pensar é nela. A minha doce e frágil Aurora, a minha pequena filha que tem um sorriso encantador, principalmente quando ela tinha uma janelinha.
― Eu só queria receber agora uma massaginha nas costas. ― Sam disse olhando atentamente para janela, esperando o sinal que mudaria a nossa investigação. ― É impressão minha ou eles estão demorando? Da outra vez...
O meu celular tocou tirando as nossas atenções.
― Psiu. ― olhei para o meu parceiro pedindo silêncio. ― Alô, quem fala? Aqui é o policial...
Eu só queria receber um sinal que o Leopardo estava vindo em nossa direção, mas o que eu recebi não era nada do que eu queria.
― Sam! ― gritei ligando o carro urgentemente. ― Ligue para o Tenente Martinez e manda ele ordenar que outros policiais fiquem na nossa posição atual. ― acelerei o carro. ― É urgente!
― Joonho, o que está acontecendo? ― ele me olhou sem entender nada. ― Quem era na ligação? Recebeu mais alguma informação sobre o Leopardo? Joonho diz alguma coisa!
― A minha... Filha... Desapareceu!
― O quê? ― ele colocou o cinto de segurança assim que percebeu a velocidade do carro. ― Joonho, você já reportou a renúncia do caso para o Tenente Martinez? É o nosso caso mais importante! É o Leopardo!
― Dane-se isso! ― gritei passando direto pelo sinal vermelho do semáforo. ― Dane-se o caso! Eu só quero chegar em casa.
― Cara, tenha calma, por favor! ― Sam tentou me acalmar de algum modo, mas não estava conseguindo. ― Deve ser uma mentira.
Eu só queria chegar em casa e encontrar a minha pequena Aurora em segurança, e com a pessoa que ficou cuidando dela. Eu não me importava com mais nada, eu só queria saber que tudo aquilo que haviam me contado na ligação sobre a minha filha fosse uma mentira, uma mentira proporcional.
― Filha... O papai está chegando.
Um carro roxo com listras verdes em alta velocidade passou ao nosso lado e tive a certeza de que se tratava do Leopardo. Eu queria dar a volta e persegui-lo, e o Samuel me olhou indicando o caminho contrário, mas eu queria ter a certeza primeiro que a informação dada pela ligação fosse mentira, e por isso pedi para que ele ligasse para a responsável pela Aurora.
― Ninguém está atendendo a ligação. ― ele me olhou com um olhar triste. ― Não se preocupe, ela está bem…
― Eu sei. ― sorrio acelerando ainda mais o carro.
𝙀stacionei o carro há alguns metros da minha casa. Já havia um carro de polícia na frente e eu e o Samuel estávamos usando um carro diferente para não ficar evidente que éramos policiais na rua principal das rachas, corridas de carros. Mesmo antes deu sair do carro, pude ver o desespero no rosto da minha colega, Agatha, que também é policial. Ela estava de folga e por isso havia se oferecido para cuidar da minha filha pela tarde, pois sabia que o caso exigia muito de mim e do meu parceiro. Ela não queria deixar que a minha Aurora ficasse sozinha em casa.
― O que está acontecendo aqui?
Samuel tocou no meu ombro me dando força e pelo seu olhar pedia para que eu me controlasse. Ele era o único que me conhecia muito bem no departamento de polícia, sabia o quanto a investigação havia cobrado de mim, ao ponto de deixar a minha filha sozinha em casa.
― Sam, ligue para o Tenente Martinez e pergunte sobre a abordagem dos outros policiais. ― coloquei a minha mão na porta do carro. ― Espero receber boas notícias. Vai dar certo.
― Ei, cara, por que você vive me dando ordem? Parece até que é meu superior. ― ele riu, talvez, querendo fazer com que eu me aliviasse. ― Não entre em desespero, ok? Ela está bem...
― Joonho! ― Agatha gritou batendo no vidro do carro. ― Joonho, a Aurora desapareceu! Ela desapareceu...
Aquela não era a afirmação que eu queria ouvir. Agatha Castilho era a minha colega de trabalho e estava chorando apenas comprovando que as informações sobre a minha filha não eram mentirosas. Algo tomou conta de mim, totalmente. Muita tristeza.
― Como assim? ― eu saí do carro. ― Como foi que você permitiu isso?
― Joonho tenha calma, por favor! ― Sam saiu do carro logo em seguida. ― Vamos encontrá-la.
― Como? ― me aproximei da loira. ― Agatha, como foi que a minha Aurora desapareceu?
― Joonho se acalma primeiro. ― Sam ficou ao meu lado. ― Agatha pode nos explicar como aconteceu? Onde as duas estavam?
― Estávamos brincando na praça... Quando uma mulher... Me chamou para pedir algumas informações... ― ela disse enquanto soluçava. ― Aurora estava brincando no balanço... Ela estava tão feliz enquanto comia o algodão doce que eu comprei para ela... Quando voltei a olhar para ela pela segunda vez, Aurora tinha desaparecido!
O meu chão caiu com aquela notícia. O que deveria fazer agora? Olhei para a frente da minha casa onde dois dos meus colegas da delegacia estavam investigando, e eu não sabia por onde começar naquele momento.
Agatha estava chorando demais e o Samuel tentou acalmá-la. Eu me dirigi até a praça onde as duas estavam antes do ocorrido, ela era perto de casa e por isso sempre que eu podia, levava a minha filha para passear pela noite.
― Aurora? ― gritei perto do balanço que ela sempre brincava quando íamos lá. ― Aurora? Minha filha, cadê você... Aurora, por favor! Aparece.
A minha filha desapareceu no mesmo dia que iríamos acabar com as investigações do caso.
𝔸𝕄𝔼𝕀 𝔼𝕊𝕊𝔸 ℂ𝔸ℙ𝔸 🧸🩷
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