- Do que você está falando Caro? - Karol perguntou. Estava confusa.

- Isso mesmo que você ouviu, somos primas Ka - Carolina se levantou e puxou o braço da garota fazendo-a se levantar também. - Venha comigo.

Caro disparou em direção a porta, Chiara foi logo em seguida acompanhando as garotas e Ruggero revirou os olhos ao perceber que ficou sobrando e teria que pagar a conta. - Calma Caro - Karol resmungou quando a morena a empurrou dentro do carro.

- Vamos logo - ligou o carro e acelerou. Queria chegar o mais rápido possível em casa.

- Ué, cadê elas? - Ruggero perguntou para Chiara ao sair.

- Foram embora e me deixaram - a loira bufou. - Você me dá uma carona até lá? Meu carro ficou na casa da Caro.

- Tudo bem, entra aí.

- O que você quer tanto me mostrar? - Karol perguntou para a morena ao entrarem na casa.

- Você verá - foi até a sala e abriu a gaveta onde ficavam os álbuns da família, tirou de lá um grande e pesado. Karol lhe ajudou. Folheou o álbum a procura da foto certa, após achar, virou-se para Ka apontando para a foto.

- Você reconhece esse casal? - Caro perguntou.

- Claro, são meus pais verdadeiros - respondeu.

- E eles são meus tios - disse. - Ou seja, você é minha prima mesmo.

...

Logo a notícia se espalhou para todos os lados deixando todos surpresos por Karol ser prima de Carolina. A mãe de Carolina ficou muito feliz ao reencontrar a sobrinha, achava que havia perdido ela no incêndio junto com a irmã. Uma festa para comemorar a boa notícia foi feita e Caro chamou praticamente todos do colégio, e mesmo com os olhares estranhos dos adolescentes, Karol aproveitava a festa ao lado do seu amado, Ruggero.

O final do ano chegou mais rápido do que o imaginado. Todos comemoravam as férias e Rugge estava ainda mais feliz por ser seu último ano, agora as responsabilidades eram maiores. Conseguiu passar na faculdade e cursaria administração, a única notícia ruim era que a faculdade ficava em uma cidade muito longe de onde morava, mas era seu sonho e seus pais fizeram de tudo para que desse certo.

Sua preocupação na verdade era deixar Karol para trás, sempre foi tão apegado a ela, nunca ficou tanto tempo fora. Depois da formatura, deixou suas coisas prontas para a viagem.

- Eu venho em todos os feriados, eu prometo - ele disse para a garota. Ela sorriu e o abraçou com força.

- Está na hora meu filho - Antonella alertou quando o voo de Ruggero foi anunciado.

- Se comporte - Karol sussurrou e beijou rapidamente seu amado. Depois que se despediu de todos, foi embora.

Ao chegar em seu novo lar, a faculdade. Ruggero conheceu seu colega de quarto e fez novas amizades. Já Karol estava finalmente em seu último ano escolar, mudou para um colégio próximo a sua casa, a verdade é que ela queria se livrar dos olhares tortos que ainda lhe incomodavam bastante, suas amigas também a acompanharam para o novo colégio. Foi um ano inesquecível, cheio de novas amizades e momentos incríveis. Ela estava morrendo de saudades de Ruggero, ele não pode estar presente no último feriado.

Karol tinha medo dele encontrar outra garota e se apaixonar, assim como ele tinha medo disso acontecer com ela. Falavam-se quase todos os dias pelo celular.

- Eu estou tão ansiosa, finalmente você está chegando! - Karol disse animada. Era natal e Ruggero prometeu que passaria com eles.

- Eu sei amor, quero muito te ver - ele disse imaginando suas mãos tocando o corpo de Karol novamente. - O avião vai decolar agora, tenho que desligar.

- Até mais - ela suspirou.

Faltava meia hora para o voo de Ruggero chegar quando Karol foi para o aeroporto com seus pais, ela insistiu tanto que eles acabaram cedendo. Seu coração acelerou e suas pernas tremeram quando o avistou chegando, correu até o garoto recebendo-lhe com um beijo.

Agora eles estavam no quarto de Karol, depois de matar as saudades da família e dos amigos, Ruggero finalmente podia aproveitar um tempo sozinho com sua garota.

- Você está ainda mais gostosa do que antes - ele murmurou no ouvido de Karol, ela riu e o abraçou. Subiu em cima do garoto sentando-se no colo dele.

- Eu senti tanto sua falta - murmurou e beijou o pescoço dele, seu quadril rebolava contra o de Ruggero. Ele apertou a cintura da morena e deslizou suas mãos para dentro da camisa que ela vestia.

- Não me provoca assim - disse entredentes quando Karol mordiscou sua nuca e sugou deixando ali uma futura marca.

- Você se comportou? - ela perguntou em seu ouvido enquanto rebolava devagar para provocar o namorado.

- Só pensei em você durante esses longos meses - respondeu Ruggero recebendo um sorriso satisfeito de Karol.

- Ótimo - mordeu os lábios enquanto desabotoava sua camisa. Assim feito deslizou seus dedos pela pele lisa do peitoral de Ruggero e desceu suas mãos pelo abdômen provocando arrepios ao garoto. - Pelo visto sentiu minha falta também.

Karol disse ao sentir a excitação de Ruggero, ele estava tão desesperado que não se aguentou e arrancou a blusa da garota, fez o mesmo com o sutiã que ela vestia e puxou o corpo de Karol abocanhando o seio esquerdo da garota. Ela gemeu e continuou rebolando seu quadril contra o dele, seus movimentos ficavam cada vez mais rápido. Rugge abocanhou o outro seio e sugou o bico, mordendo em seguida chupando com força.

Enquanto mordiscava o bico do seio de Karol, deslizou as mãos por dentro de sua saia e puxou sua calcinha para cima, apalpou com força suas nádegas fazendo Karol gemer em resposta. Ela continuou a provoca-lo rebolando lentamente, mas Ruggero a jogou sobre a cama e arrancou a calcinha que ela vestia. Fez o mesmo com suas calças, seu membro estava nitidamente duro por trás da cueca boxer, Karol gemeu ao olhar.

Sem paciência para mais provocações, ele puxou sua cueca para baixo e agarrou as pernas de Karol, encaixando suas intimidades. Ele gemeu ao sentir o quanto ela estava apertada, se movimentou devagar observando a careta que ela fez ao sentir uma leve dor. Havia tanto tempo que não transava com Ruggero que seu corpo se desacostumou. Com mais alguns movimentos, Karol sentiu o prazer percorrer pelo seu corpo, agarrou-se ao corpo de Rugge sentindo o coração acelerado.

Ruggero agarrou as pernas de Karol e intensificou seus movimentos levando ambos a loucura. Ele amava tanto Karol, amava cada detalhe que pertencia a garota.

...

O natal em família foi tranquilo, o ambiente era muito agradável e Ruggero não queria sair dali nunca mais. A faculdade tirava todo o seu sossego deixando-o perdido, mas mesmo assim ele sabia que valeria a pena seu esforço, ele pretende continuar com Karol no seu futuro e quer dar o melhor para ela.

Logo o ano novo chegou, agora era a vez de Karol de partir, seguir seus sonhos. Passou para a faculdade de design, sua maior paixão era desenhar. Depois que Karol partiu para sua nova vida, que ficava bem mais perto do que a de Ruggero. Assim que se despediram, Antonella começou a chorar e Bruno a consolava com um sorriso orgulhoso no rosto, ambos estavam muito felizes em ver que seus filhos cresceram e estavam seguindo seus caminhos.

Assim como Karol, suas amigas também compartilhavam a mesma felicidade. Valentina passara para faculdade de jornalismo, Caro para arquitetura, a arte corria no sangue das primas, Chiara passou para direito. Enquanto todas estavam felizes seguindo seus sonhos, Lionel havia saído da clínica de reabilitação, agora estava na cadeia onde ficaria por longos anos.

Colhemos aquilo que plantamos, a vida nos proporciona muitas opções e cabe a si escolher a certa, o caminho certo. Não necessariamente precisa ser uma pessoa que só faz coisas boas e que vive seguindo os padrões da sociedade, errar faz parte, errar é humano e saber reconhecer é mais certo ainda. Devemos seguir com aquilo que nos faz feliz, sem medo de se arrepender, é preciso arriscar.

Assim como Ruggero, desobedeceu as leis se apaixonando pela própria irmã, mas ele insistiu por essa paixão, se arriscou por ela e lutou pelo certo, o amor dos dois. No fim, a vida sempre nos surpreende, assim como o casal foi surpreendido ao descobrirem que não eram irmãos de sangue.

Então se você tem algo na vida que vale apena lutar, arrisque sem medo.

Seis anos depois.

Karol estava nervosa, aguardava em uma sala a hora de ser chamada. Segurava seu currículo nas mãos, logo foi chamada pela assistente que estava encarregada em entrevista-la.

Ruggero estava em seu escritório. Após terminar a faculdade, seus pais o ajudaram a montar uma empresa sobre editora de livros. O negócio foi crescendo e os livros feitos pela sua editora estavam entre os mais vendidos. Com um tempo, a empresa foi aumentando e ele se orgulhava, com o currículo de Karol nas mãos, ele sorria ao imaginar sua mulher trabalhando na mesma empresa.

Karol depois que terminou seu curso, conseguiu um emprego em uma editora de revista, mas Ruggero lhe insistia todos os dias para trabalhar em sua empresa, já que ele estava querendo renovar o design que era feito nos livros e sabia que Karol era uma excelente profissional.

Eles se encontravam muito pouco, Ruggero quando terminou a faculdade permaneceu na mesma cidade, e Karol também, por isso eles não tinham muito contato. Pela saudade do seu amor, ela acabou aceitando a proposta dele e foi para a empresa de surpresa.

No dia seguinte Karol recebeu uma ligação sendo informada que conseguiu o emprego e que começaria na próxima semana.

Ruggero levara seus pais para morar com ele, mas ao descobrir que Karol havia aceitado e agora trabalharia com ele, comprou uma casa para os dois, queria seguir sua vida ao lado da mulher que amava. Já planejava ter muitos filhos, eles falavam sobre isso pelo celular sempre.

- É meu amor, eu comprei uma casa só pra nós - Ruggero disse ao celular. Karol estava ajeitando suas coisas para viajar.

- Eu estou tão feliz Rugge.

- Eu também Ka, vou te passar o endereço por email, infelizmente não poderei ir te pegar porque tenho uma viajem para fazer, provavelmente te encontrarei na empresa, estou ansioso para te ver.

- Tudo bem meu amor, tenho que desligar agora, o táxi chegou.

Após Karol chegar na sua nova casa, que era bem grande. Colocou suas coisas no quarto de Ruggero, que agora era seu também e foi se arrumar, era de manhã bem cedo e seu trabalho começaria hoje. Karol se despediu da mãe com um abraço apertado, Bruno a levou para a empresa.

- Obrigada - agradeceu.

- De nada, boa sorte - Bruno respondeu sorrindo.

A assistente de Ruggero conduziu Karol até sua nova sala, assim que entrou ficou admirada com a decoração. A empresa era realmente muito bonita.

Estava arrumando suas coisas na mesa quando alguém lhe agarrou por trás.

- Eu senti tanto sua falta - Ruggero murmurou no ouvido de Karol fazendo-a se arrepiar toda.

- Amor! - o abraçou com força e se beijaram. Assim que ele chegou da viagem, foi direto para a empresa encontrar sua mulher.

- Você está ainda mais linda e gostosa - Ruggero falou enquanto observava o corpo de Karol, mordeu os lábios e a colocou sobre a mesa ficando entre as pernas dela. Distribuiu beijos pelo pescoço dela enquanto suas mãos apertavam os seios da mulher.

- Rugge, alguém pode ver - Karol arfou tentando recuperar sua sanidade, mas ficava difícil com ele lhe agarrando dessa maneira.

- Fica tranquila, eu me preparei e troquei os horários, a essa hora não tem ninguém aqui em cima, estão trabalhando lá em baixo, temos meia hora - ele disse rápido e voltou a beijar Karol com desejo.

Ela sorriu, Ruggero continuava o mesmo safado de sempre, só que ainda mais gostoso usando roupa social.

- E se alguém descobrir? - Karol perguntou enquanto se deliciava com as mordidas que ele distribuía em seu pescoço.

- Ei - segurou o rosto dela fazendo seus olhares se cruzarem. - Esse será o nosso segredinho.

                               
                                FIM.