➯˚₊☁️↳ 𝐒 / 𝐧 𝐃𝐚𝐫𝐥𝐢𝐧𝐠 𝐏𝐨𝐯'𝐬

Depois que cheguei, não quis saber de mais ninguém.

Fiquei enfurnada em meu quarto o dia inteiro. Já se passou três dias e me encontro ainda nessa situação. Chorei, sentindo o meu coração doer e despedaçar de dor. Me perguntei muitas vezes do porquê de eu estar passando por tudo isso. Talvez o destino queira me testar, para saber se sou forte quanto pareço ser. Mas quando realmente me magoam, eu sou fraca e indefesa. 

Estou olhando para o teto de meu quarto, enquanto lágrimas brotavam em meus olhos desolados. Mordi o lábio inferior com força antes de desabar no choro outra vez. Me fodi só por ter me deixado levar por aquele garoto idiota. Nunca mais irei me apaixonar de novo. Sei que poderia ser impossível não se apaixonar outra vez, mas vou tentar ao máximo só pensar em mim mesma em primeiro lugar.

Me sentei na cama, linpando as lágrimas. Olhei tudo ao meu redor. O meu quarto está um horror. Todo bagunçado porque não me dei ao trabalho de arrumar. Estava tão abafado. Eu não abri mais a janela nem se quer uma vez.

Abri a porta do quarto sem me importar se alguém escutaria. Desci as escadas e fui para a lavanderia, onde ficava os produtos de limpeza. Vou arrumar meu quarto para que eu me destraia.

Peguei meus fones de ouvido enquanto subia novamente para meu quarto. Antes de eu entrar em meu aposento, Alice apareceu na porta, coçando os olhinhos pelo sono.

— S/a?  — perguntou ela sonolenta. — Finalmente saiu do quarto, maninha!

Ela correu em minha direção me fazendo tropeçar e cair no chão. Sorri para ela e alisei seus cabelos ruivos vibrantes.

— Eu teria que sair da toca alguma hora não é? — sorri fraco, enquanto me levantava.

— Estava chorando outra vez?

— Não. Por quê?

— Seu rosto tá vermelhinho. E seus olhos estão cheio de água.

Sorri pelo modo que minha irmã mais nova falava. Ela falava tão docemente que dava vontade de chorar por ser tão fofo.

— Você é tão fofa Alice. — apertei sua bochecha enquanto me virava em direção ao meu quarto, entrando nele. — Venha. Você pode se sentar perto da janela e contemplar o vento.

Eu abri a janela, o sol radiando em meu rosto. Me virei para Alice que sentou no sofá que estava encostado a janela.

— Me conte as novidades, Alice. — comecei a tirar algumas roupas e objetos que estavam no chão. — Nunca mais tivemos nosso momento de fofoca.

Alice sorriu e se ajeitou alegremente no sofá. Ela amava quando conversávamos sobre seu dia e os acontecimentos em sua escolinha.

— Houve uma confusão minha acredita? — a menina perguntou enquanto eu pegava a vassoura.

Arregalei os olhos e olhei para a menor. Alice nunca se meteu em algum problema. O que foi agora?

— O que você fez mulher?

— Havia tocado para o recreio. Eu tinha comido o meu lanche e fui para o parquinho. Vi alguns meninos jogando bola e decidi entrar na brincadeira também, mas um garoto me parou dizendo que garotas não podiam jogar bola porque era esporte só para meninos.

— E aí?

— E aí, eu falei na cara dele que as meninas tinham o direito de brincarem do que quiserem. E chamei ele de machista. Ele me chamou de pirralha.  Eu não gostei e dei um soco no nariz dele.

Abri a boca pasma e comecei a rir. Alice sendo agressiva? Nunca vi. Mas acho que ela aprendeu comigo. Quando eu era mais nova, eu também praticava meus punhos nos rostos dos idiotas. Me aproximei e apertei sua bochecha outra vez.

— Essa é a minha garota! — sorri para ela. — Mas não fala para a mamãe que eu disse isso.

Ela riu e começou a falar sobre seu dia enquanto eu arrumava o quarto. Depois de um tempo já estava tudo pronto. Antes de eu debruçar na cama, decidi tomar um banho relaxante. Conversar com Alice fez bem para meu estado de espírito. Me sinto um pouco melhor. Me sinto mais eu mesma.

Alice desceu para sala quando mamãe havia chegado do trabalho. Sadie havia saído para a casa de uma amiga e havia chegado na mesma hora. Fechei a porta do quarto e fui para o banheiro tomar meu banho.

Deixei que a água morna relaxasse meu corpo lentamente. Fechei os olhos sentindo a água lavar meu rosto por completo, fazendo-me sentir suave e calma. Sorri sem mostrar os dentes por sentir o relaxamento e me sequei com a toalha. Penteei meu cabelo e coloquei meu pijama.

Saí do banheiro e fui até  o closet, onde estava meus hidratantes corporais. Passei pelo corpo. Antes que eu tampasse meu hidratante, escutei um barulho em meu quarto, fazendo meu coração acelerar.

Será que é ele? Uma faca invisível em meu peito foi cravada. Puta merda, eu esqueci de fechar a janela.

— Você não perde uma oportunidade não é? — perguntei sem me virar. — É só ver uma janela aberta que entra sem ser convidado.

— Velhos hábitos nunca mudam não é? — a voz dele ecoou pelo quarto.

Me virei para encarar o ser que amo mais que tudo mas que também me quebrou de um jeito inexplicável. Cruzei os braços e levantei a cabeça, como se fosse uma megera de filme.

— O que você quer? — perguntei rudemente, enquanto o encarava de cima a baixo.

Eu me segurava para não desmoronar em seus braços e chorar até dormir em seu abraço caloroso. Mas minha mente me lembrava de que ele me traiu.

— Eu quero me redimir com você amor...

— Não me chame assim! — exclamei antes que eu me rendesse. — Você é muito cara de pau Louis!

Ele arqueou uma sobrancelha e deu um passo a frente. Eu o parei com a mão. Me aproximei, ainda tentando ficar séria.

— Você age como se nada tivesse acontecido! Imbecil!

— Eu só estou querendo não ser o Peter. Eu quero conversar com você com calma S/n. Quero que você me escute...

— Eu não quero escutar mais nenhuma palavra sua. Eu não quero que você me manipule como da última vez que esteve aqui!

Ele ficou calado, porque ele se lembrava de que queria me levar para Neverland para outra coisa. Então sim, ele me manipulou por um momento.

— S/n por favor. Não é o que parece. Eu nunca quis Cassandra! Eu já te disse muitas vezes!

— CALA A BOCA! — exclamei com as lágrimas escorrendo. — Não foi o que pareceu na festa. Você a beijou como se estivesse me beijando. Eu vi seus olhos brilharem ao olhar para ela. Você olhou para ela como olhou para mim pela primeira vez. Você a queria tanto quanto ela queria você. Não negue!

— VOCÊ É BURRA PORRA? — ele gritou enquanto se virava para a frente da janela. — Não percebe que aquele não era eu? Eu estava fora de mim! Ela me drogou!

— Eu não acredito mais em você. Você destruiu o que restou da minha confiança.

— Por favor S/a... Acredite em mim. — ele se ajoelhou aos meus pés. — Eu juro que eu nunca nem se quer transei ou a beijei porque eu quis. — as lágrimas escorreram de seus olhos castanhos.

— Ora ora. — murmurrei, rindo sarcástica. — Eu já vi essa cena antes? Ah eu vi, quando você implorava para que eu o perdoasse pelo que ia fazer comigo. E eu acreditei como uma burra nas suas manipulações. Mas dessa vez Louis Partridge, vai ser diferente. Eu nunca irei perdoar você.

— Não diz isso... por favor.

— Você me traiu. Outra vez. — as lágrimas finalmente escorreram. — Você não faz ideia do que estou sentindo? É claro que não! Você nunca foi traido na vida.

— Esqueceu que você também ia me matar S/nzinha? — ele se levantou, enquanto limpava as lágrimas.

— Você quer realmente comparar? — dei uma risada amarga. — VOCÊ IRIA ROUBAR MINHA ALMA! Eu iria te matar, mas escolhi a coisa certa que foi te contar. Já você, não concluiu seu propósito porque eu sou uma Darling. Você amou todas nós como se fôssemos só uma garota.

— Do que está falando?

— Você não me matou por eu ser bonita para você. Você não me matou por sentir o que sentiu pela minha mãe!

— Não é verdade!

— Ah Cala a boca imbecil. Não sei como me apaixonei por um moleque tão hipócrita como você. Eu nunca deveria ter acreditado nas suas mentiras. Na suas promessas. Eu fui tão idiota! Eu me arrependo amargamente por ter te conhecido! Por ter deixado você destruir meu coração!

Louis olhou para mim com lágrimas nos olhos. Ele enclinou a cabeça, pasmo.

— Agora é você que está destruindo meu coração.

— Olha quer saber? Eu não quero mais te ver. Eu quero que vá embora e não volte mais. Não aguento mais olhar pra sua cara. Eu não aguento mais me lembrar de todos os momentos de mentirars que passamos juntos. Acabou.

— NÃO! — ele gritou raivoso. — NÃO ACABOU!

— S/n? — perguntou minha mãe do outro lado da porta. — Está tudo bem?

— Acabou sim. Acabou quando você beijou a Cassandra na minha frente como um maldito filho da puta! VAI EMBORA! SOME PORRA.

— Está bem. — ele murmurrou me encarando. — Mas eu lhe digo uma coisa antes de ir. Quando descobrir a verdade, será tarde demais.

— Vai logo e some. Aproveita e volta pra Neverland e se torne o que sempre foi. Um assassino e psicopata de merda!

Ele fechou a janela com tudo, me fazendo desabar no chão e chorar. Quando volto em si, Finn está me levantando do chão. Ele havia arrombado a porta enquanto eu ainda estava caída no chão.

— Finn... — solucei enquanto ele me deitava na cama.

Pude ver minhas irmãs e minha mãe, me observando tristes na porta. Olhei para Finn que me olhava da mesma maneira.

— Não chore. — diz Finn me abraçando. — Ele não merece suas lágrimas.

O encarei desentendida.

— Você não acredita nele? Eu pensei que...

— Ele traiu você S/n. Então ele traiu a nós também.

Pude ver Caleb abraçado com Sadie, enquanto Noah e Gaten me encaravam preocupados. Mais lágrimas escorreram.

— Eu não queria colocar vocês contra ele.

— E não colocou. O que ele fez não tem perdão. Isso é coisa de gente imbecil. Como ele pôde trair uma pessoa tão incrível como você?

Sorri sem mostrar os dentes.

— Agora em diante irei proteger você. Irei cuidar e zelar por você. Estarei com você a todo momento.

— Não vai se importar com que os outros vão pensar?

— Ah me poupe. Estou pouco me ferrando pro que vão pensar S/n. — ele revirou os olhos. — Eu estarei honrado se pensarem que eu sou namorado de uma garota tão perfeita.

— Vai me fazer chorar mais ainda? — dei uma risadinha junto com ele.

— Desculpe. Não é a intenção.

Ele me encarou por alguns minutos até que eu me acalmasse. Fechei os olhos e senti a escuridão me inundar. Mas antes de apagar, eu escutei Finn murmurar:

— Queria poder te olhar com outros olhos S/a. Assim eu cumpriria todas as promessas que o outro não fez.

— Eu te amo Finn... — sussurrei enquanto me virava para dormir.

— Eu te amo maninha.

E então, perdi todos os sentidos em meio a escuridão.

NOTES

— Finalmente atualizei galera. Ouvi um amém??

— Como cês tão amorecos? Bem?

— Saibam que durante essa semana irei terminar finalmente Neverland.🥺

— Amo muito vocês e espero que tenham gostado<3

— Amo vocês🤍

xoxo, nih💐