➯˚₊☁️↳ 𝐒/𝐧 𝐃𝐚𝐫𝐥𝐢𝐧𝐠 𝐏𝐨𝐯'𝐬

A tarde se dissipou como um trem andando no trilho. Eu havia acabado de tomar um banho e colocar meu pijama. Me sentei na cama e suspirei de cansaço, me lembrando do que eu havia passado hoje. Do dia mais louco e feliz ao mesmo tempo de toda a minha vida.

Minha mãe e Louis se deram muito bem. Acho que a relação deles ficou igual como antigamente entre conversas e risos. Melhor assim. Não queria que minha mãe ficasse de sisma com ele.

Olhei pela janela. Lá fora estava escuro pela noite. Havia estrelas brilhantes em alguns lugares. Nada se compara ao céu de Neverland. Vou sentir falta de lá. Não sei se voltaremos pra lá, mas espero que algum dia sim.

Logo a porta foi aberta por Sadie, Millie e Emma. Não saí de onde estava. Me deitei na cama com tédio.

—  O que está fazendo de pijama? — perguntou Sadie de braços cruzados.

— Eu vou dormir né — dei de ombros.

Sadie bufou e colocou a mão na testa, negando com a cabeça.

— Não lembra S/n que a gente ia no shopping comprar as fantasias pra amanhã? — perguntou Emma, se sentando na minha cama.

Agora foi a minha vez de colocar a mão na testa. Estou tão aérea que nem me lembrei disso.

— Não me lembrei.

— S/n sempre se esquece das coisas.— disse Sadie revirando os olhos. — Mas do Louis nunca esquece.

Abri a boca pasma e joguei um dos meus travesseiros nela, a fazendo rir.

— Eu menti? Não né? — disse a ruiva novamente, se encostando na minha porta aberta. — Bora, levanta!

Fiz uma careta e gemi de frustração. Eu não quero sair de casa. Quero ficar aqui, sozinha no meu quarto, enrolada em um edredom e dormir.

— Não quero sair de casa.

— Vamos S/n! Você tem que comprar sua fantasia!

Continuei deitada e me virei de costas para as mesmas.

— Emma, pega meu celular em cima da bancada por favor. — disse Sadie.

— Pra quê? — perguntou Emma.

— Vou ligar pro Louis. Ele vai com a gente pro shopping. Vamos meninas, a S/n não quer ir.

Me virei novamente para elas, ainda com o rosto inexpressivo.  Sorri de lado olhando para Sadie.

— Sei da sua tática — confessei, me deitando de barriga pra baixo e apoiando meu rosto nas duas mãos. —, eu não vou pro shopping agora por causa do Louis. Não mesmo.

Sadie se ajoelhou onde eu estava e implorou umas mil vezes para que eu me levantasse e me vestisse. Por fim, eu aceitei, ainda preguiçosa.

— Vai tirar esse pijama. Você tá horrível com essa cara.

Millie deu uma risadinha e estendeu a mão em minha direção. Logo peguei e ela me  girou, como se estivéssemos em uma dança.

— Para de blefar Sadie — disse ela agarrando meus ombros. — Ela é linda de todo jeito. Se ela não fosse do Louis, eu beijava.

Arregalei os olhos e olhei para a mesma que me olhava sorrindo sem mostrar os dentes. Emma abriu a boca pasma e a Sadie sorriu e colocou as mãos na cintura.

— Eu sabia que você era Bi — disse ela olhando para as próprias unhas.

— Ela sabe o que é isso? — perguntou Emma se levantando da cama.

— Sabe, eu expliquei pra ela. Mas ela não me disse quem ela era. Agora ela revelou.

— É eu sou bi. Agora vai se arrumar S/n — disse Millie me empurrando para meu closet.

[...]

Estávamos de frente a um casarão enorme. Ela era branca, com várias janelas embaixo. Havia um jardim depois do muro que cercava a casa. A casa tinha um primeiro andar com uma varanda enorme em cima, deve ser a área de lazer. A casa tinha várias janelas de vidro.Fiquei olhando para o casarão de olhos arregalados.

Aonde Louis arrumou tanto dinheiro pra ficar com isso? Impressionante.

— O Louis vendeu um rim pra conseguir isso tudo? — perguntei, já sabendo que ele não faria uma coisas dessas pra conseguir luxo.

— Não. — disse Millie ao meu lado. — Era da herança da mãe dele. Ela virou milionária depois que abandonou o Louis. Ela iria buscá-lo, mas morreu antes disso acontecer.

Abaixei a cabeça, olhando os meus próprios pés. Eu sinto muita pena do Louis pelo seu passado. Ele sofreu demais nos tempos passados.

— Mas não importa. Ele conseguiu a casa e estamos morando aqui.

Assenti e entramos na casa, que havia uma enorme sala. A primeira coisa que eu vi ao meu lado direito foi uma mesa de jantar, com várias cadeiras acolchoadas em tons de marrom e beje.  Havia um batente no chão, indicando a sala de estar que havia uma TV enorme na parede, com uma mesa quase encostada nela. Havia também uma mesa de centro em forma quadriculada marrom escuro, com dois blocos de anotações em cima. Havia um sofá sem encosto no lado de outro sofá que era sofá-cama. Ao lado tinha uma mesinha com dois livros.

Olhei para a escada atrás de mim. Ela era da mesma cor que a mesa, assim como toda a casa. O corredor era todo em vidro, só o chão que era com cerâmica. Por Deus, essa casa vale uma fortuna.

Millie sorriu e apontou para a escada.

— Vai chamar ele. — disse ela. — O quarto dele é a última porta a esquerda.

Assenti, ainda maravilhada com a casa. Subi as escadas devagar, admirando a bela parede rústica que parecia que havia sido construída de pedra, mas cada uma encaixada perfeitamente no lugar.

Andei pelo corredor que dava entrada a outro corredor dos quartos. Andei calmamente e suspirando ao parar na última porta que estava fechada. Bati na porta várias vezes e o chamei também.

Sem resposta do mesmo, eu abri a porta devagar.

— Louis? — o chamei, entrando no quarto. — tô entrando.

Assim como a casa, fiquei maravilhada olhando o quarto dele. A cama era de casal, com as colchas da cama em tons de cinza claro com vários travesseiros em cima. Nos lados da parede da enorme cabeceira da cama, havia duas luminárias pretas, que transmitiam uma luz amarelada ao quarto. Abaixo deles haviam dois criado do mudo.

Havia também uma TV, com duas poltronas fofas. Ao lado havia uma porta pro banheiro e depois tinha o closet. Uau, que quarto.

Andei até a mesinha do lado da cama e inclinei a cabeça. Ele lê livros de romance? Li o nome do livro que estava estampado na capa Como eu era antes de você. Chorei litros quando assisti o filme.

— O que devo a honra de sua visita Darling.

Pelo susto, acabei deixando o livro cair no chão. Me abaixei rapidamente e coloquei o livro de volta no lugar.

— Você ama me dar um susto não é? — perguntei ainda de costas, me virando para encará-lo.

Por Deus.

Ele estava com os braços soltos, só com uma toalha na cintura, exibindo uma visão de um corpo perfeito e escultural que ele tem. Como não era de se esperar, fiquei olhando pra ele, admirando sua beleza angelical. Mas de anjo só tem a beleza mesmo.

Comecei a ficar com calor. Mordi o lábio inferior, nervosa por um momento.

Ele me olhou profundamente e suspirou, se aproximando de mim. Continuei parada.

— Pare de morder o lábio — disse ele em um sussurro.

Arqueei uma sobrancelha. O que é que tem de mal morder o lábio? Não entendo. Ele percebeu a feição confusa que transmiti.

— Se não parar, eu não vou me conter e posso acabar fazendo uma besteira.

Meu Deus. Agora eu entendi. Assenti para ele. Mas minha consciência dizia:

Pois faça a besteira.

Mas me contive e fiz o que ele pediu. Ele acariciou meu rosto e beijou a minha testa.

— Não sabia que lia livros de romance — confessei, tentando mudar de assunto.

— Nas horas vagas. Só pra destrair — disse ele pegando sua calça preta jeans, uma blusa branca com um moletom verde, que havia detalhes em branco.

Percebi que ele ia se trocar, então eu ia sair do quarto até ele tocar meu braço.

— Pode ficar no quarto.

Me virei para ele de senho franzido. Ele deu uma risada, mechendo no seu cabelo molhado.

— Eu vou me trocar no closet S/n. — disse ele ainda dando risada. — Eu pensava que você era da igreja.

Dei um sorriso fraco.

— É que quando você é fanfiqueira e tem um app laranja, aí é difícil não pensar merda nessas situações.

Agora quem ficou de cenho franzido foi Louis.

— O que é fanfiqueira?

— É  pessoas que leem livros digitais e se iludem com artistas gatos que nem sabem da existência delas. O app laranja é um aplicativo de livros que a maioria são para maiores de dezoito anos. Se chama fanfic aliás.

Louis me olhou com um sorrisinho malicioso estampado na cara.

— E você lê essas fanfics?

— Claro.

Louis abriu a boca pasmo mas depois sorriu de novo de um jeito cafajeste.

— Nossa S/n que safada. — disse ele rindo logo em seguida.

Fiquei envergonhada.

— Como se você não soubesse. — revirei os olhos. — Você vive me espionando.

— Eu espiono você? Que mentira Darling! — disse ele ainda rindo. — Tá eu te espiono, mas eu não sabia que fazia essas coisas.

Neguei com a cabeça. Logo ele foi direto pro banheiro e demorou uns cinco minutos.

— Vai morar no banheiro agora é Louis? — perguntei olhando a hora pela milésima vez.

— Espera um minuto.

Logo ele saiu do banheiro, guardando seu celular no bolso.

— O que fez todo esse tempo no banheiro?

Ele sorriu timidamente.

— Eu tava tirando foto no espelho.

Revirei os olhos e peguei sua mão.

— Não quer nem ver uma? — disse ele pegando o celular pra me mostrar a foto.

Na foto ele fazia uma arma apontada pra baixo, e uma careta estampada na cara.

— Confessa, até eu fico gato até fazendo uma careta.

Pior que é mesmo.

Não respondi ao que ele disse. Ele riu e guardou o celular, descendo as escadas.

— Até que fim pombinhos — disse Millie se levantando do sofá.

— Pensei que estavam fazendo outra coisa lá em cima — disse Sadie fazendo uma careta.

Peguei uma das almofadas e joguei na mesma, que fez uma careta. Louis deu um sorrisinho e olhou para qualquer coisa da sala.

— Partiu shopping? — perguntou Sadie se virando para a saída.

— Partiu shopping — disse eu e Millie em uníssono.

Logo saímos pela porta, indo direto pro carro que estava estacionado de frente a casa.

— Olá amores, como vão?

— Eu tava com muita preguiça de atualizar a fic, mas finalmente tomei vergonha na cara e atualizei.

— Esse cap não teve nada demais. Mas espero que gostem.

— Eu e minha prima planejando sequestrar o Louis KKKKKVEY

— Amo vcs<3

— Your Girl
— Nívia💐