
𝟎𝟏𝟑┆𝖣𝖾́𝗃𝖺̀ 𝗏𝗎
➯˚₊☁️↳ 𝐒/𝐧 𝐃𝐚𝐫𝐥𝐢𝐧𝐠 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Acordamos não muito cedo hoje. De manhã, passamos a maior parte do tempo arrumando a bagunça da barraca dos meninos. Eles bagunçavam e muito. Vou ensiná-los a serem um pouquinho mais organizados, pro próprio bem deles.
Sadie já veio me perguntando o que tinha rolado entre mim e Louis ( já que ele insistiu, vou chamá-lo assim), porque Gaten comentou que tinha visto o Louis em cima de mim. Ele não entendeu nada, óbvio. Mas Sadie, já pensou algo a mais.
— Eca Sadie! — murmurei, com uma careta — Não aconteceu nada!
— Vou fingir que acredito está bem? — disse ela sarcástica, desviando o olhar de mim.
— Eu tô falando sério Sadie!
— A é? Não parece.
Bufei, frustrada. É praticamente impossível esconder algo de Sadie. Ela me conhece a vida inteira. Não era de se esperar que ela soubesse o que rolou.
— Tá! Ok! — falei derrotada — Rolou só um beijo. Nada demais.
Sadie olhou pra mim com um sorrisinho malicioso estampado em seu rosto pálido. Ela se levantou do tronco que estávamos sentadas, e fez uma dancinha maluca em comemoração. Logo ela se sentou novamente, dando um suspiro.
— Aleluia que vocês ficaram. Não tava aguentando mais vocês brigando por besteirinha. Mas eu sempre soube que ia rolar algo desde que vi vocês dois lado a lado.
Revirei os olhos. Ela vai começar a entrar em um assunto de casal.
Ela continuou a falar baboseira.
— Vocês podiam tentar nos distrair com aquelas brigas. Mas quem mais sabe sou eu que quando começa um romance clichê é quando o casal se odeiam, entendem suas diferenças e depois se apaixonam sem nem perceberem.
— Dá pra parar de falar disso?
— Não. Olha só, perdi pra minha própria irmã. Era eu que queria dá uns pegas nele, mas quem deu foi você. Espertinha.
Neguei com a cabeça, rindo por um momento.
— Eu pensei que ia reagir mal quando soubesse — Falei me levantando.
— Eu? Que nada! Eu nunca ficaria mal por isso. Eu gosto de outra pessoa...
Agora foi minha vez de dar um sorrisinho malicioso. Eu sei exatamente quem é. Percebi esses dias que ela e Caleb estavam muito próximos. Eles não se desgrudavam um do outro. Então, supus que tinha sentimento envolvido.
— É o Caleb não é?
Sadie arregalou os olhos e tapou minha boca com a sua mão.
— Fala baixo! — sussurrou ela. — Tá tão na cara assim?
Assenti, rindo da cara da ruiva. Ela me deu um empurrão de leve com o ombro.
— Olha só, a Sadie apaixonada — disse Louis aparecendo de trás das árvores.
— Que coisa feia em Peter! — exclamou Sadie, revirando seus olhos. — Ficar escutando a conversa dos outros.
— Essa é a minha especialidade.
— Idiota. Não conta pra ninguém, se não vou socar isso que você chama de cara.
Louis levantou duas palmas das mãos.
— Minha boca é um túmulo.
Sadie riu e colocou as mãos no bolso.
— Onde estão os meninos? —perguntou Louis, mudando de assunto.
—Estão conversando aqui perto. Vou lá conversar com Caleb. Tchau pombinhos! — disse Sadie soprando um beijo no ar.
Quando Sadie saiu de vista, Louis se aproximou de mim, afastando uma mecha rebelde do meu cabelo.
Olhei para seus olhos cor de mel e me perdi neles. Sua pupila tava tão dilatada. Será que é por minha causa?
Desviei o olhar.
— Oie Darling — sussurrou ele me dando um abraço logo em seguida. —, sentiu minha falta?
O olhei novamente e neguei com a cabeça.
— Não senti nadinha.
Louis colocou a mão no coração, fingindo estar ofendido.
— Doeu S/n — disse ele choramingando — E eu todo fofinho perguntando se sentiu minha falta e você responde um nadinha?
— Sou S/n Louis. O que esperava?
Ele riu.
— Eu já devia ter me acostumado com isso.
Agora foi eu que ri. Cruzei os braços com uma expressão suave. De repente fiquei sem assunto, como se o que importava era só ele estar presente. Não ele falar algo.
— Já que estamos em uma tarde tediosa — disse ele olhando pros próprios pés. —, poderíamos passear no campo... Vamos?
Continuei parada. Seem responder nada. Ele parecia nervoso a cada segundo que eu ficava calada. Mas por fim, sorri sem mostrar os dentes.
— Seria bom.
Louis sorriu de orelha a orelha. Com o seu sorriso, que mostrava seus lindos dentes brancos, sorri também. Não me contive. Ele fica tão bonito sorrindo. Bem que ele devia ficar sorrindo mais vezes.
De repente ele se virou de costas.
— Quem chegar por último vai ser a mulher do gancho — disse ele rindo, correndo em direção ao campo de violetas.
— Seu trapaceiro! — exclamei, rindo. Corri em direção ao campo.
Parei quando vi a plaquinha de madeira escrito Neverland. Olhei para Louis que já estava no meio do campo. Ele se virou e me chamou com a mão, com certeza pra me juntar a ele.
Segurei os lados da camisola longa, que era branquinha como uma nuvem, com laços vermelhos combinando. Corri no campo com Louis a minha frente. Ele dava altas gargalhadas enquanto corria, comecei a rir de suas risadas que de algum modo, me encantavam.
De repente, Louis parou, só que ele parou quando eu estava perto demais dele. Eu não consegui frear. Acabei caindo por cima dele. Ele riu mais ainda, e eu também.
Eu estava concentrada em rir, mas no meio das gargalhadas de Louis, pude ouvir algo vindo dele.
— Eu te amo — disse ele ainda rindo. Depois ele recuperou o fôlego. — Porque não parou quando eu parei?
Parei de rir por um momento. Olhei séria pro seu belo rosto vermelho de tanto que ele tinha rido. Estreitei um pouco os olhos e arqueei uma sobrancelha.
— O que disse? — perguntei, nervosa por um momento.
Por que eu sinto que isso já aconteceu?
— Eu perguntei por que você não parou quando eu parei...
— Não! O que você disse antes disso?
Ele ficou pensativo por alguns minutos. Ele me encarou com sua sobrancelha arqueada.
— Não me lembro... — disse ele ainda pensativo. — O que eu disse?
— Você disse... E-eu te amo — gaguejei.
— Oh! Eu disse isso?
Assenti, olhando sem desviar o olhar dos olhos cor de mel.
— Você... — comecei — realmente sente algo?
Ele desviou o olhar de mim.
— Nunca tive amor. — disse ele melancolicamente. — Eu não sei o que é o amor.
Senti um buraco se formando em meu peito. Como ele nunca teve amor? E sua família?
Para mudar o clima, virei seu rosto levemente.
— Pode deixar, eu te ensino.
Louis continuou olhando profundamente pra mim. Ele sorriu sem mostrar os dentes e se sentou, não dificultando sua distância entre nós dois.
—Agora vou ser menos desesperado — disse ele mordendo o lábio inferior, nervoso. — Posso beijar você? Já que na ultima vez pareci um tanto desesperado sem ao menos pedir permissão antes.
Sorri sem mostrar os dentes, me lembrando por um momento do acontecido da barraca. Logo assenti, quase desesperada. Desesperada pra sentir aquela sensação estranha, que poderia ser considerado amor.
Amor? Será mesmo? Será que o que eu sinto é realmente amor?
Saí dos meus devaneios quando percebi que Louis já estava prestes a me beijar. Ele se aproximou e quebrou o pequeno espaço entre nós. Senti a boca dele macia que tinha um leve gosto de hortelã. Senti novamente a pele do garoto próximo de mim. Senti o cabelo macio que estava bagunçado pelo vento. Senti aquela sensação na barriga de novo.
Antes que eu me afastasse, Louis mordeu meu lábio inferior. Que atrevido, pensei quando me afastei.
— Que Déjà vu — comentei, sorrindo, olhando pras violetas ao meu redor.
— Déjà vu? Isso já aconteceu antes?
— Já. Em um sonho talvez. Foi exatamente igual.
— Então quer dizer que já sonhou comigo antes? — disse o moreno a minha frente, com um sorrisinho de lado.
— Já.
— Isso prova que o destino queria que isso acontecesse.
Assenti. Talvez. Eu nunca havia sonhado algo antes de acontecer. Eu me sentia uma vidente.
Louis se deitou nas flores macias de novo, me puxando para seu lado. Ele me envolveu em um abraço caloroso e depositou um beijo na minha testa. Ficamos em silêncio por alguns minutos, mas nem percebi que acabei fechando os olhos, sentindo a brisa fria passar por nós.
1/3
── OIE JUJUBINHAS, TUDO BOM?
── BOM TÔ PENSANDO SE FAÇO MARATONA...
── SE EU FIZER, SAI MAIS DOIS CAPS HOJE<3
── Your Girl
── NÍVIA
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