ℭ𝔞𝔭𝔦̈𝔱𝔲𝔩𝔬 𝐈𝐈
Posso fingir um sorriso
Posso forçar uma risada
Posso dançar e interpretar um papel
Mas sou apenas uma humana/o
E sangro quando caio — Human, Chiristina Perri.
[...]
Fujiwara Hayato mal conseguia acreditar quando foi anunciado que tinha passado no teste. Apesar de ter notado a primeira que fez em desvantagem — por não ter tido nenhuma companhia, diferente dos outros alunos — sua prova foi um completo sucesso. Se perguntou também o porquê de terem deixado o último teste – conhecido pelos estudantes justamente por ter uma pessoa só – para si. De certa forma, aquele pequeno ponto de felicidade ainda raiva em seu anterior; ter o crédito de passar por si só em um dos testes certamente traria benefícios.
Hoje é o dia da cerimônia de entrada, para dar as boas-vindas aos novos alunos. Como uma academia particular, eles têm um código de vestimenta rígido.
O uniforme da escola é um terno padrão, blazer branco, camisa social cinza e calça preto. Com um colete cinza por baixo do blazer, e uma linda gravata azul marinho com listras pretas e douradas. Um padrão simples e elegante para a gravata que fica bem com o resto do uniforme, pois é bastante monocromático e simples, mas permanece elegante e forte. E com um alfinete dourado em forma do logotipo da Okamikou Academy, é para a gravata que você usa com o uniforme. Você também tem que usar punhos dourados no blazer branco, é um pequeno detalhe, mas tem o logotipo nos punhos, então você precisa usá-los também.
E é o símbolo que é imediatamente reconhecido quando você está fora da academia.
"Realizações nas letras e nas ações."
É uma boa forma de ser reconhecido pelas outras escolas de Niigata, como o uniforme do Fukurodani e o característico blazer cinza com a gravata azul ou Nekoma e a gravata vermelha que costumam usar no dia a dia. O uniforme de Okamikou ser reconhecido por suas cores fortes e diferentes tons de azul junto com a elegância do branco de seu terno.
Fujiwara Hayato é um calouro do ensino médio agora e entrou na Okamikou Academy. As noites sem dormir e todo o tempo que passou estudando em seu quarto o ajudaram, e ele está pronto para entrar no time de vôlei.
E essa é a especialidade da Okamikou Academy, eles têm o melhor treinamento esportivo e regimentos na prefeitura de Niigata e são um, senão o melhor colégio de Japão, e Okamikou Academy foi fundada em 1871, a Okamikou Academy desde então educou figuras notáveis em muitos diferentes áreas e é considerada uma das escolas de maior prestígio do país.
E Hayato será um daqueles ex-alunos notáveis que saíram de Okamikou. Ele sorriu um pouco e abraçou sua mochila gola e sua bolsa esportiva branca perto do peito. Ele está muito animado com esta nova etapa de sua vida. Ele viu o portão da escola em sua visão e começou a consertar seu uniforme. Verificar se há alguma mancha ou ruga no blazer branco e verificar se ele tem as algemas de ouro que o diretor lhe deu quando veio buscar o uniforme alguns dias antes.
Achando que está tudo em ordem, Hayato balança a cabeça, o primeiro ano de cabelo loiro começa a olhar em sua mochila preta com o logotipo da escola na frente. Seus olhos logo encontraram sua carteira de estudante recém-adquirida que a Academia deu uma semana antes para o corpo estudantil passar pelos portões da escola facilmente e sem demora. Ele fica animado quando vê sua foto nele, ele ainda não consegue acreditar que entrou no colégio dos seus sonhos. Ele tira a carteira de estudante da mochila e começa a caminhar em direção à escola.
Os portões da escola são barras pretas com um lindo desenho para complementar o logotipo da escola que fica na frente e no centro do portão e é pintado na cor dourada, os muros altos que protegem a Academia são pintados de branco, e isso faz com que o logotipo da frente portões para serem mais atraentes, um toque agradável.
— Bom dia. Posso ver sua identidade? — O segurança o impede e Fujiwara lhe dá o cartão. Ele mal consegue conter sua empolgação, ele está tão feliz por estar aqui.
— Está tudo em ordem, por favor, entre na escola. E tenha um bom dia.
— Ah, obrigado — Ele se curva e entra pelos portões. O interior da escola é tão deslumbrante quanto o exterior.
Eles têm uma fonte de água nos portões da frente, o que também é um toque legal, diz academia particular na sua cara. O homem de cabelo loiro olha em volta, seus olhos roxos observando o espaço e o cenário da academia. É realmente uma visão bonita de se ver, ele está feliz por poder vê-la pessoalmente, em vez de ver as fotos nos mapas do Google.
O prédio em si é grande, eles têm um prédio padrão de três andares, e o prédio principal é a sala dos professores e a sala do diretor e do vice-diretor. E a enfermeira da escola fica bem em frente à sala do diretor para maior eficiência. A área do campus baseado é de cerca de 600.000 metros quadrados, eles têm cinco ginásios, tem o ginásio principal, um de basquete, um de vôlei, um do clube de judô, um da equipe de natação que tem duas piscinas cobertas para que possam praticar o ano todo, e três campi, um de futebol, um para beisebol e outro para futebol.
Quando foi observar as salas onde os outros dois testes foram aplicados, a construção chamou sua atenção. Apesar de que por dentro parecesse pequeno, a sala era realmente larga e espaçosa. Para confundir os participantes do teste, eles usaram aquecedores para tornar o ambiente mais quente. E a quantidade de pessoas na sala influenciou diretamente na impressão do tamanho dali. A única coisa que conseguiu pensar foi como era fascinante.
Depois de ter recebido permissão para caminhar livremente pelo colégio, Hayato se viu dentro de uma cafeteria onde soube que os alunos costumavam se reunir. Logo na entrada o conforto do lugar se tornou claro, com revistas logo na entrada, ambiente arejado pelas grandes janelas abertas, os bancos booth encostados na parede da cafeteria e a iluminação no ponto perfeito de leitura. Foi de imediato seu apreço pelo estabelecimento.
— Você não deveria estar se aprontando para a festa?
Alarmada pela voz repentina, Hayato se vira para encarar o dono da fala. A gargantilha azul ciano se destacava no pescoço da aluna em sua frente. Não era a primeira vez que via alguém usando aquela mesma gargantilha. Era algum tipo de código?
— Sou Yawada Niketo, primeira ano da turma C — Ele sorriu largo, apontando para o acessório como se soubesse da dúvida de Himedo — Isso é algo que você vai descobrir sobre na festa. Então eu te espero lá, certo, Fujiwara?
Hayato arregalou os olhos com surpresa. Em retorno, Niketo apenas riu.
— Temos informantes rápidos por aqui — Mahina Miyamoto existe, afinal de contas, completou mentalmente, com os olhos reluzindo animação.
Hayato não pôde evitar ansiedade pelo que estaria por vir.
[...]
Takumi estava com pressa. O começo de ano era caótico, então sempre foi melhor que tudo estivesse organizado antes de um certo prazo. Graças a Soka, nada que deveria estar no lugar, está certo. As preparações para a festa, por exemplo, foram ensopadas – apesar de Sousuke jurar ter sido acidental – pela garrafa de água que ele insistia para para um dos gêmeos carregar há tempos.
De forma ágil, a Yuno fez seu caminho para a luxuosa sala branca. A Sala Branca, conhecida como Sala do Grêmio. Dentre todos os prédios e construções dentro da academia, certamente aquela era uma das maiores ali.
— Eu preciso de ajuda — Pronunciou assim que cruzou a entrada. Hinata, a única na sala, olhou o mais velho em silêncio na espera de uma continuação — Sousuke molhou tudo sobre a festa e como bônus as anotações dos alunos candidatos a Grêmio.
— Nós tínhamos alguém do primeiro ano em mente, não? Por conta da performance durante o teste? — Questionou.
— Sim, e íamos testar as habilidades dos novatos hoje. Mas não temos os jogos que seriam usados, não temos o plano total e não temos qualquer preparação para a festa.
— Você falou com Tsukiko? O comitê também está ajudando.
Só foi necessário Takumi levantar a sobrancelha e Hinata prontamente suspirou, se arrependendo de sequer perguntar.
— Entendi — Pronunciou — Sayuri não está disponível?
— Ela disse que ia ajudar os calouros com os dormitórios. Eu ainda tenho que fazer o tour, de uma forma outra. Mas podemos nos preocupar com isso mais tarde.
Shouko congelou, fazendo seu melhor amigo franzir o cenho preocupado.
— O que aconteceu?
— Yuno. Que horas são?
Yuno olhou para o relógio confusa, antes de pular em surpresa.
— Merda!
[...]
Próximos a praça central estão Hinata Shouko e Takumi Yuno juntos a todos os novatos que ingressaram no internato esse ano. Olhando atrás deles é possível reparar na beleza do edifício mais chamativo (em termos de tamanho) que tem no internato, é um prédio de cinco andares que se interliga com mais outros dois, com enormes janelas de vidro e uma estrutura moderna de tijolos, ele exala beleza e bem cuidado. Falando um pouco sobre isso, os dois amantes esclarecem que lá dentro estão lugares onde festas ocorrem, salas de aula, as salas dos clubes onde os estudantes praticam atividades extracurriculares, dentre outras. Várias questões surgem em relação à obrigatoriedade dos clubes e Hinata explica pacientemente que terão tempo para decidir em qual vão entrar.
— Agora que já expliquei a vocês, pela terceira vez, como o sistema de pontos funciona, será que podemos começar o tour? — Ela parecia bem impaciente — Afinal, ainda temos testes hoje a tarde, quero a tempo de que todos possam comparecer a eles.
— Heey! — Uma voz gritou de longe, antes que os alunos pudessem responder a garota — Você não achou que eu fosse perder isso, certo? — Quando os dois se viraram para ver de quem se tratava, tiveram dois reações. Takumi perguntou mentalmente o que ele estaria fazendo ali, entretanto, sem realmente se importar com isso. Hinata por outro lado, queria enxotar Kurosawa Sousuke antes que ela se aproximasse dos outros, o maior provavelmente causaria uma péssima primeira impressão da escola, ela não quer notícias ruins sobre Okamikou vagando por aí logo no primeiro dia de aula. Não só isso, como seus nervos estavam no topo quando se tratava de o Kurosawa Sousuke – ela era a razão de terem que fazer tudo apressado.
Vendo a irritação da melhor amiga e que ela provavelmente xingaria o garoto até o dia amanhecer, Yuno resolveu intervir.
— Aquele, como podem ver, é o rebatedor externo do membro do clube de vôlei e um ex membro do conselho estudantil; Kurosawa Sousuke se misturar com ele quer dizer arrumar confusão e demonstrar fraqueza — Falou com uma voz muito calma e mentiu sobre a última parte — Ele não é alguém que vocês vão querer ter por perto, acreditem em mim. Agora vamos — À vista disso, saiu andando com os demais presentes, deixando Takumi e Sousuke para trás.
Quando estava chegando perto da cafeteria, uma garota de olhos azuis chamou sua atenção, ela estava no meio dos alunos que lhe seguiam, e pelo que parece decidiu se pronunciar sobre algo.
— Hm. Com licença — Chamou, Hinata tinha lido a ficha dela, não a achava interessante, no entanto resolveu parar e ver o que queria.
— Sim?
— Poderia nos informar para onde estamos indo? — Perguntou, indiferente aos olhares que recebia das outras pessoas. Yuki, honestamente, já estava cansada desde que pisou na academia e fez o teste.
— Já chegamos — Falou, apontando para um estabelecimento simples, com um letreiro vermelho forte escrito "Coffee's" — Como podem ver, essa é a cafeteria mais próxima, há outra dentro do shopping mas eu particularmente recomendo esta aqui, porém vocês terão tempo para descobrir qual das duas preferem — Disse, sem animo algum, se perguntava onde Yuno se meteu, está com sono, mas principalmente, sem vontade alguma de lidar com outros seres humanos.
Ao entrar no local, ninguém ficou surpreso ou com um ar de "uau que lugar belo", Coffee's é conhecido pela simplicidade e conforto do ambiente, contudo, o café e os doces de lá são estupendos (ao menos é isso que o site oficial da Okamikou afirma). E Yuki Tsunade, a garota que antes fez a pergunta, resolveu se pronunciar novamente.
— Podemos pedir alguma coisa para provar? — Indagou, torcendo para que a resposta fosse sim, ainda assim evitou deixar o entusiasmo transparecer. Estava ansiosa para provar o chá de fukamushi do local.
Normalmente Yuno negaria, e continuaria o tour sem deixar ninguém mais lhe interromper. Todavia, como já disse, está sem ânimo para lidar com os outros, então balança a cabeça positivamente, murmurando depois "vocês tem cinco minutos".
Após sete minutos de falatório e com a cafeteria cheia, o sino que fica em cima da porta fez barulho, afirmando que alguém estava entrando no local; ao olhar para a porta, Takumi pôde ver sua pessoa menos favorita hoje entrando ao lado da sua amiga, que tinha uma expressão raivosa no rosto.
— Bom, como sempre, Sousuke está se metendo nos assuntos do grêmio sem mais nem menos, eu não consegui impedir ele de vir — Falou Hinata ao se aproximar da mais nova, e ela estava quase bufando de irritação — Pelo menos, ele conseguiu ajuda do clube de música para reparar parte dos preparativos. Ken'na Kagayaki não estava feliz, foi o que ele me disse.
— Você precisa ter cuidado com ele — Takumi disse, ao ver a irmã revirar os olhos com irritação — Eu estou indo para casa dormir, boa sorte com o resto do tour — Depois disso foi embora, deixando Shouko sem entender nada por alguns segundos, mas logo em seguida a mais velha voltou a sua postura e achou melhor continuar o tour, Takumi passou a noite inteira acordada, era bom que descansasse antes das aulas.
Agora todos estavam a caminho do fliperama, que não está aberto agora, começa a funcionar a partir das cinco da tarde (até às dez da noite). É geralmente frequentado por estudantes do terceiro ano, que são mais velhos e se interessam mais por jogos de máquina, porém não há uma idade mínima para entrar no lugar, todos os estudantes do ensino médio são bem vindos. Depois que passaram por lá, seguiram para o salão de beleza, no caminho, Sousuke aproveitou que Hinata andava distraída com algo para se afastar dela e conversar com alguns alunos.
— Yo! — Cumprimentou a primeira pessoa que apareceu na sua frente — Eu sou Kurosawa Sousuke.
— Err, eu sei... — Disse baixinho, parecendo um pouco desconfortável — A senhorita Hinata disse que não era para falarmos com você... — Respondeu, sem demonstrar muita firmeza no que falava, o maior não sabe se é esse o real motivo do nervosismo dessa pessoa.
— Francamente, Hina exagera as vezes — Sousuke coçou a nuca — Ela é minha amiga, sabia? Não sei porque fala assim de mim para as outras pessoas — Ele não disse isso com raiva, muito pelo contrário, possuía um ar de riso, sabia como ela era e não se importava com seu jeito de agir — Mas e você, pretende fazer tudo que ela diz? — Questionou com um leve tom de gozação.
— Oque?!? Claro que não! — Disse firmemente, só que na frase a seguir ele vacilou um pouco na voz — Eu acho...
O mais velho, com uma sobrancelha arqueada, observava seu rosto, tentando entender o que pretendia ali na Okamikou. Parou de se importar com isso quando...
— LEMBREI!! — Praticamente berrou, chamando a atenção dos outros e de Takumi para si. Só que isso não importava, ele sabia que tinha algo estranho ali, e concluiu que conhecia aquela pessoa — Você é Natsume Harukawa, do segundo ano, conhecido como o menino que dorme do nada — Afirmou com empolgação pela descoberta — Mas... O que faz aqui? Isso não é só para os novatos?
— Exatamente Sousuke, o tour é apenas para os novatos — Takumi confirmou, se aproximando.
— Eu... Me desculpem... — Pediu, sem falar mais nada.
— Sabe que irá perder pontos por conta disso, não é?
— Eu estou fazendo um favor para uma pessoa! Ela disse que minha respiração estava incomodando, e que eu deveria ficar o mais longe possível, então pensei em vir apenas passear mas ela me pediu para acompanhar o tour e depois lhe falar como foi... — "Um favor", Takumi sabia exatamente de quem ele estava a falar e apesar de não ter provas confrontaria Chizue mais tarde, só que por agora não podia fazer nada por ele, por mais que quisesse.
— Vou descontar vinte pontos seus quando isso tudo acabar, por hora pode continuar aqui. Vamos, está ficando tarde.
Com o tour quase no final, já haviam saído do salão e passado na biblioteca (Um edifício que se vende e aluga diversos livros, de ficção e outros, para a diversão dos alunos, ou com informações sobre o mundo lá fora. Ela não é muito grande, já que a maioria dos estudantes evita gastar pontos com coisas desse tipo). Voltavam da praça, onde viram o belo jardim com diversos tipos de flores (cuidadas pelo clube de jardinagem) e a famosa fonte dos desejos (costumam jogar pequenas pedras para fazerem desejos, não que realmente acreditem que aquilo vá resolver todos os seus problemas, é mais como superstição e para deixar aceso dentro de si pelo menos um fio de esperança).
No caminho para o shopping, onde Takumi daria encerraria aquilo para voltar logo aos seus afazeres, mais uma "intruso" se encontrava no meio dos novatos, só que diferente de Natsume ela era esperta o suficiente para não ser pega.
Uma garota de madeixas louras e com uma altura baixa o suficiente para conseguir andar ali no meio sem ser facilmente notada, e isso tudo usando um casaco laranja vibrante. Agora, o que fazia ali? Ah, isso é fácil de responder, Mahima está claramente bisbilhotando. Quer saber tudo sobre os novatos antes de todos, para juntar informações e levá-las ao clube de jornalismo. Só que enquanto se esgueirava tentando procurar ou ouvir algo interessante, um garoto põe a mão na sua cabeça, lhe parando.
— Você é muito pequena — Ela olhou para cima, para poder enxergá-lo. Nunca tinha o visto por ali, saberia se tivesse pois raramente esquece um rosto, nesse caso supôs que fosse um novato.
— Quem é você pra falar de altura? — Indagou, vendo os de olhos cor de âmbar lhe encarar curioso — Se tiver um e sessenta de altura é muito!!
— Na verdade, eu tenho um e sessenta e seis. Só que isso não importa muito para mim — Respondeu, indiferente — Mas me diga, você realmente estuda aqui? Porque sei lá, parece que tem dez anos.
— Isso foi grosseiro — Ele conseguiu deixá-la emburrada, e isso quase nunca significava algo bom — Não importa. É claro que eu estudo aqui! Basta olhar meu uniforme.
— Oh, é mesmo, desculpe! — Sorriu simpático — Eu sou Kazuma Matsumoto, e você?
— Mahina Miyamoto... — Respondeu, sem ter certeza de que realmente queria falar seu nome. Uma hora ele iria descobrir de qualquer forma, Pensou — Pode me dar licença? Preciso conhecer pessoas que tenham coisas a me falar, e não acho que você será uma delas — Depois disso, continuou a andar no meio dos outros, deixando Kazuma parado sem entender qual era a dela.
— Okay, prestem atenção — Pediu Hinata — Por culpa de um certo alguém — Sousuke riu baixo, percebendo a raiva da presidente — nós vamos ter que terminar por aqui. Mais tarde teremos a festa de boas-vindas para vocês, amanhã começam as aulas. Não esperamos que se juntem a um clube nesse momento, mas a partir do segundo ano é obrigatório. Sayuri já mostrou os dormitórios, certo?
— Ela disse que nossas coisas já estavam lá também — Comentou Naomi. Hinata acenou em concordância de forma claramente satisfeita.
— Então, novatos, nos vemos na festa!
Sousuke seguiu atrás de Hinata quando ela passou a fazer seu caminho para o edifício principal.
— Ah~ — Murmurou a Miyamoto — Foi uma bela venda de informações — quando os alunos olharam para ela de forma estranha, Mahina deu de ombros — Quis dizer tour — Justificou.
[...]
O sistema de dormitório era simples: cada aluno era designado a uma casa que deveriam cuidar seguindo o sistema de contas da Okamikou em luz, água e qualquer outra situação necessária. A maior ajuda dada era a mobília, já totalmente paga. Alunos da turma D, E e F eram obrigados a pagar o aluguel da casa caso começassem a ir mal nas provas, mas apenas nessa situação. Claro, era uma punição para todos os anos, mesmo que comumente aplicada para as turmas inferiores. Cada casa tinha dois andares, com quartos na parte de cima e lazer na parte debaixo. Muitas vezes alunos do segundo ano eram colocados juntos dos do primeiro, como uma espécie de responsável, outras um aluno era escolhido com o tempo como o representante. Um sistema criado para promover relações, contatos e contratos. Obviamente que em primeiro vinha a amizade. Ou o mais próximo disso.
Sayuri mostrou a cada um onde ficariam, apontando onde cada um ficaria. Yasuji Hirawa, Mafuyu Mizushima, Naomi Matsuda e Delsin Walker ocupavam uma. Yuki Tsunade, Yokuwa Himedo, Marushima Sakura, Sebastian Sato e Kazuma Matsumoto ficavam na casa da frente. Inari Kojima e Rei Kiyoto ocupavam a casa vizinha da qual o primeiro grupo estava. Saki Myo, Eikichi Hiromitsu e Fumiko Hashimoto compartilhavam o dormitório mais próximo do início da rua. Akira K. Pavlovian, Reddo Diamond, Kaori Ayako e Ken'na Kagayaki ficavam afastados, na rua seguinte. Natsume Harukawa, Dylan Grey, Satoru Nishimori e Mahina Miyamoto se acomodaram perto do dormitório que Akemi White, Chiaki Nanami e Hida Iroíto estavam.
Ao parar na porta de casa, Hayato percebeu que Yumi a seguia, lhe olhando sem muita animação. Elas haviam se conhecido quando Sayuri mostrou tudo.
— Hm... Qual quarto você quer? — Hayato perguntou, tentando se manter um pouco afastada da rosada, ela parecia inofensiva, no entanto nunca se sabe.
— Pode escolher o seu primeiro, mas poderia dar licença? — Disse, fazendo Eileen ficar confusa — Está bloqueando a porta, preciso entrar para tomar um banho e não me atrasar — Disse — Aliás, eu sou Marushima Sakura — Estendeu a mão para cumprimentá-la, só assim Hayato saiu de seus devaneios, apertando a mão dela e em seguida saindo da frente da porta pra que Sakura a abrisse — Acho que dividimos a casa com mais algumas pessoas, acabei não prestando atenção em quem eram quando Arai apontou nossos dormitórios.
— É, eu também não sei quem são — Sorriu sem graça, entrando logo depois da menor — Eu sou Fujiwara Hayato, muito prazer.
— O prazer é meu! Agora se me der licença, eu realmente não quero me atrasar no meu primeiro dia... Mesmo que seja uma festa — Hayato ficou um pouco intrigada com Marushima, não vê a hora de conhecê-la melhor, ainda assim sabe que terá muito tempo para fazer isso pelos próximos anos, portanto decide deixá-la em paz e arrumar sua mochila para a aula.
Antes de subir para o quarto, ela nota algo na parede do corredor de entrada, e pergunta para si mesma "O que é isso?"
— Um quadro — A voz gentil atrás de si respondeu, assustando a garota e fazendo-a se virar rapidamente, para ver quem era.
— Sim eu sei que é um quadro, mas para que serve? — Perguntou — E quem é você...?
— Ah, desculpe se te assustei! — Respondeu um pouco envergonhado, não era a intenção dele fazer isso, apenas quis sanar a curiosidade do garoto — É um quadro de tarefas, pelo que sei é para nós podermos nos organizar e dividir as tarefas da casa de forma justa. Provavelmente tem um desses em todas as casas — Falou — Eu sou Sebastian Saito.
— Fujiwara Hayato — Se apresentou, sorrindo simpático — Então, quantas pessoas dividem uma casa?
— Até agora só conheci você, então não sei dizer exatamente. Lembro que podiam ser de duas a cinco?
— Ah, então você também não conhece a maioria — Hayato sorriu de forma mais tranquila.
— Sim. Conheci alguns durante o teste, mas nada muito além — Respondeu, olhando no relógio da parede para ver a hora, se assustando um pouco quando viu — Preciso ir agora, até mais tarde — Disse ele. Queria poder ficar para conhecer melhor sua colega, mas precisava organizar suas coisas para ir a festa. Para certo alívio, Hayato apenas balançou a cabeça de forma compreensiva.
Eileen seguiu para olhar do lado de fora, observando alguns alunos sentados na grama conversando. Julgou serem do terceiro ou segundo ano, pela clara proximidade. Depois de observar tudo mais um pouco e conhecer sua nova casa, Nakamura virou em direção a suas malas para escolher a roupa que usaria na festa.
Seria um ano e tanto.
[...]
Hinata não estava realmente animada para a comemoração – ou para ter que dividir o dormitório com as duas pessoas barulhentas que já viu na vida. Mahina não havia dito uma palavra desde que se reencontraram no dormitório. Charlotte e Yami não eram caladas. Não se pode comparar eles com a animação de Fumiko, definitivamente. Não que fosse ruim, a paz no dormitório deles era surpreendente.
— Hinata, você já escolheu sua roupa para a festa? — Perguntou Shirayuki, depois de bater na porta do quarto que a companheira escolheu.
A ruiva balançou a cabeça.
— Tenho algumas opções, mas nada pronto — Diz, incerta — Podemos escolher juntas.
Charlotte sorriu beirando a felicidade e entrou no quarto da colega. Mahina observou a interação com curiosidade, não sendo notado pelas duas alunas.
[...]
Sakura não estava nervosa. O suor em sua mão era definitivamente calor e seu coração batendo rápido o sintoma de ter ouvido que um dos seu novos colegas de classe acabou arranjando uma briga que mal conseguiu vencer. Sim, nenhum deles não está preocupado ou ansiosos ou nervoso para a festa.
Seus olhos percorrem os outros alunos consigo de forma discreta. Todos tinham tirado um tempo para conversar - já que as portas de onde supostamente era a festa estava trancada, impedindo-os de fazer qualquer coisa - e conhecer uns aos outros. Alguns optaram por usar roupas mais casuais.
Quando as portas abriram automaticamente, Marushima trocou olhares animados com Rei. Yuki Tsunade, que parecia se dar muito melhor com Mafuyu Mizuma do que com qualquer outro dos reunidos, avançou na frente cuidadosamente, mas sem medo algum. Fumiko parecia querer ser a primeira a entrar pelos passos mais apressados, mas não era tão importante naquele momento.
Eles caminharam juntos pelo escuro, quando subitamente os holofotes são ligados por todo o gigantesco salão. Sakura recua um passo de forma hesitante ao ver todos os outros alunos do colégio usando máscaras e trajes vermelhos. Mesmo Marushima se colocou de forma que pudesse se defender caso algo fosse errado e Sebastian — que parecia estar calmo até demais — cerrou os olhos para os da plataforma debaixo. Algo estava acontecendo, mas o que?
— Bem-vindos! — Diz um dos mascarados, os cabelos pretos longos e o símbolo do grêmio preso como um pequeno broche prateado na roupa vermelha entregando que seria a nova presidente do colégio estudantil — Hoje, daremos a vocês uma última oportunidade. Seus limites serão testados e seus resultados provarão se realmente merecem ser parte de nosso colégio.
Hayato fechou a mão em punhos de forma desgostante. Mais um teste, depois de tudo que já fizeram? Niketo reparou que alguns deles, assim como Sakura, usavam gargantilha. Definitivamente aquilo era um mal presságio sobre o que viria a seguir.
— Boa sorte a todos,
e que os jogos começem!
Todos eles falharam em ver os sorrisos por trás das máscaras naquela salão.
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