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20.

HÉCTOR FORT
📍BARCELONA, ESPANHA


O tempo lá fora tinha feito todos os meus planos com Luna irem por água abaixo. A chuva tomava conta do dia, e eu, claro, tinha esquecido de checar a previsão. Para piorar, a previsão era de chuva o fim de semana todo.

Luna ficou só um pouquinho brava comigo... na verdade, bastante. O plano de passar dois dias tranquilos ao ar livre foi substituído por uma perspectiva de ficarmos presos em casa.

Para tentar animá-la e passar o tempo, dei a ideia de ela arrumar meu cabelo, o que, para mim, era algo grande. Não gostava de deixar ninguém mexer no meu cabelo.

— Aí, Luna! Vai com calma, meu cabelo! — Falei, me encolhendo um pouco, vendo-a pegar a escova com um brilho nos olhos. — 

Ela apenas me lançou um olhar divertido, mas ao mesmo tempo determinado. Já dava para sentir que isso ia virar uma pequena vingança pela frustração dos nossos planos. 

— Você mesmo pediu, agora aguenta! — Disse, segurando uma mecha e começando a escovar. — 

— Eu sei, mas não precisa maltratar o coitado aqui, né? — Falei, tentando parecer calmo, mas já sentindo cada puxão. — 

Luna soltou uma risada debochada, como se estivesse adorando minha aflição.

— Ah, tadinho, o cabelo mais mimado do mundo, né? — Ela puxou outra mecha, dessa vez de propósito, mas nada muito forte. —

— Mimado não! É só... bem cuidado! — Retruquei, fingindo indignação, mas já sorrindo. —

— Cuidado demais, se depender de você. Aposto que passa mais tempo arrumando ele do que comigo — Ela provocou, dando de ombros como se estivesse falando uma grande verdade. —

— Você está exagerando! — Respondi, rindo. — Além disso, olha quem fala. Quem foi que passou meia hora decidindo qual moletom usar só pra ficar em casa?

Ela parou por um segundo, os olhos semicerrados em minha direção, e depois deu uma risadinha.

— Detalhes. Mas já que estamos falando disso, eu mereço arrumar seu cabelo. Considere um favor — Ela disse com um sorrisinho travesso, enquanto escovava mais uma mecha. — 

— Um favor? E isso lá é favor? Isso é tortura, Luna! — Reclamei, tentando fazer uma careta de dor. — 

— Tortura? Eu sou a pessoa mais delicada do mundo! — Ela riu, jogando o cabelo para trás, claramente se divertindo. —

— Ah, claro. A delicadeza encarnada! Eu aqui sofrendo nas próprias mãos da minha namorada e você ainda me chama de exagerado! — Retruquei, fazendo um drama enquanto ela escovava outra mecha com mais firmeza. —

— Sofrendo? Eu mal comecei! Quer que eu lembre daquelas sessões de fisioterapia em que você ficava choramingando depois de dez minutos? Isso sim é drama. — Ela respondeu, debochada. — 

— Ei, ei, não mistura as coisas! Fisioterapia é outra história. Isso aqui é diferente — Falei, apontando para o cabelo. — 

Ela me olhou com um ar de superioridade, rindo.

— Ah, sim, claro. Porque arrumar seu cabelo é muito mais desafiador, né? Aposto que nunca foi tratado tão bem — Disse, mexendo na escova como se fosse uma especialista. — 

— Não fui mesmo. Nas mãos de outra pessoa, eu jamais sofreria assim — Brinquei, sorrindo maliciosamente. — 

Ela apenas me lançou um olhar rápido pelo espelho, os olhos brilhando de diversão.

— Pois é, você sofre nas minhas mãos... mas admite, adora isso — Disse ela, piscando. — 

No mesmo instante, o celular começou a tocar na mesa de cabeceira. Vi a oportunidade perfeita para me afastar, então me inclinei rápido para pegá-lo. Quando olhei para a tela, o nome de Marc estava estampado ali. Suspirei, já imaginando que, se atendesse, teria que ouvi-lo falar por horas sobre algum assunto que ele estava obcecado no momento.

— Ah, claro, o Marc — Comentei, mostrando o celular para Luna. — 

— Para de enrolar e atende logo — Ela disse, rindo, pegando o celular da minha mão antes que eu pudesse reagir e, com um movimento rápido, atendeu a chamada de vídeo. — Oi, Marckzito!

— Oi, Luna! Estão aproveitando aí? — Marc perguntou, já entrando na conversa com seu tom animado de sempre. — 

— Mais ou menos — Luna respondeu, fazendo uma careta. — Seu amigo aqui esqueceu de checar a previsão do tempo, e adivinha? Vamos ter que passar o fim de semana presos em casa.

— Clássico do Héctor fazer uma dessas — Marc respondeu com uma risada. —

— Aí, parem de falar mal de mim como se eu não estivesse ouvindo! Por que você não vai lá com a sua namorada, hein? — Revirei os olhos e entrei na conversa. — 

Antes que Marc pudesse responder.

— Ele não está mais namorando! Terminou com a Luanara! — Lamine gritou ao fundo, se intrometendo na conversa. — 

Luna arregalou os olhos, surpresa. 

— Como assim terminaram? Até segunda vocês estavam bem! Marc, o que aconteceu? — Ela perguntou, rapidamnte. — 

— Ah, nada demais. Já não estava dando certo há um tempo, sabe? A gente vinha tentando, mas... piorou tudo quando ela disse que ia voltar pro Brasil. Era o que faltava pra gente decidir que não tinha mais jeito. — Marc suspirou do outro lado da linha, parecendo meio desconfortável. — 

— Nossa, sinto muito, Marc. Isso deve ter sido difícil. — Luna falou, sincera. —

— É, mas acho que foi o melhor. Tá tudo bem agora, de verdade — Ele disse, tentando soar tranquilo. — Na verdade, até aliviado por não precisar lidar com essa tensão toda. 

— Bom, se precisar conversar, sabe que a gente tá aqui, né? — Luna ofereceu, com um sorriso gentil. —

Marc sorriu de volta, embora parecesse um pouco triste.

— Valeu, Luna. Acho que vou precisar desabafar em breve. Mas por agora, aproveitem aí. E Héctor, tenta não arruinar mais nada esse fim de semana! — Ele brincou, tentando mudar o clima. — 

— Vou tentar, mas com essa previsão de chuva... não prometo nada. E, ah, desculpa por tocar nesse assunto — Respondi, meio sem jeito. — 

— Fica tranquilo, você não sabia. O Lamine que é fofoqueiro mesmo — Disse Marc, lançando um olhar de brincadeira. — 

— Eu sou informante, é diferente! — Lamine gritou ao fundo, claramente se defendendo com seu jeito exagerado. — 

— Certo, eu vou desligar, porque se não daqui a pouco o Lamine vai querer encher mais a paciência do que já está fazendo. Se cuidem, casal — Disse Marc, rindo. — 

— Pode deixar, a gente tenta — Luna respondeu, sorrindo. —

Assim que a tela escureceu, soltei um suspiro e me joguei na cama.

— Finalmente, paz — Murmurei, aproveitando o momento de tranquilidade. — 

Olhei para Luna e notei que ela encarava a tela do celular em silêncio, com uma expressão distante. A mudança repentina me deixou preocupado.

— O que foi, Lua? — Perguntei, me levantando um pouco para olhá-la melhor. — 

Ela permaneceu em silêncio por alguns segundos, antes de soltar um suspiro e colocar o celular de lado.

— Nada... — Respondeu com um tom hesitante, mordendo o lábio. — Só fiquei pensando no que o Marc disse sobre o término. É estranho, né? Eles pareciam tão bem até agora.

Eu assenti, tentando entender o que estava passando pela cabeça dela.

— É, também achei. Mas às vezes a gente só vê o que tá por fora, não o que tá realmente acontecendo — Falei, tentando oferecer uma perspectiva. — 

Luna concordou com a cabeça, mas seu olhar ainda estava distante.

— Eu sei... Só me fez pensar em como as coisas mudam tão rápido. Uma hora parece que tudo tá bem e, de repente, não está mais. — Ela Disse, baixo. — 

Sentei-me ao seu lado e coloquei minha mão sobre a dela, apertando levemente.

— A gente tá bem, né? — Perguntei, encarando-a de forma mais séria. — 

— Sim, a gente tá. Só fui pega de surpresa, acho. — Ela finalmente sorriu, apertando minha mão de volta. — 

— É, eu também fui. Mas algo me diz que não é só isso que te deixou assim — Falei, levantando uma sobrancelha, percebendo que havia mais por trás do que ela estava dizendo. —

— É que a Luanara é minha única amiga aqui... depois do que aconteceu com a Lana... eu vou sentir saudades dela. Não queria que ela fosse embora. — Luna suspirou, olhando para baixo por um momento antes de me encarar novamente. — 

Minha expressão suavizou ao perceber a tristeza em seu tom. Sabia o quanto ela se importava com suas amizades, ainda mais depois de tudo que havia passado com Lana.

— Eu entendo, Lua. Deve ser difícil pensar que ela vai embora assim — Disse, apertando sua mão mais firme. — Mas quem sabe isso seja só uma fase. Às vezes as pessoas voltam, e de qualquer forma, você ainda pode manter contato com ela.

— É, talvez... Mas é diferente, sabe? Quando a pessoa tá longe, as coisas nunca são as mesmas. — Luna assentiu, mas seus olhos mostravam que a saudade antecipada já estava tomando conta. —

Eu a puxei para mais perto, abraçando-a de lado.

— Eu sei que não é fácil. Mas quem sabe essa distância fortaleça a amizade de vocês de outra maneira. E, no que depender de mim, vou fazer de tudo para que você não se sinta sozinha. Além disso, você tem o Lamine, o Marc, o Matteo... todos nós vamos estar ao seu lado — Tentei confortá-la, enumerando os amigos que ainda estavam por perto. — 

— Mas não vai ser a mesma coisa que ter uma amizade feminina — Ela suspirou, visivelmente frustrada. — 

Eu coloquei a mão no peito, fingindo estar ofendido.

— Nossa, que ofensa! Eu aqui tentando ajudar e sou retribuído assim? Minha estrela, como você é cruel! — Brinquei, fazendo uma careta dramática. —

— Ah, vai, você entendeu o que eu quis dizer. Vocês são ótimos, mas às vezes só uma amiga entende certas coisas. — Luna soltou uma risadinha, balançando a cabeça. —

— Eu até tentaria ser mais "feminino", mas acho que não ia dar muito certo. Mas, sério, sei que não é a mesma coisa, mas você vai se ajustar. Quem sabe você não faça novas amizades aqui, né? — Eu dei de ombros, ainda mantendo o tom leve. — 

Ela sorriu de leve, parecendo um pouco mais aliviada.

— Quem sabe... Vou tentar ser otimista — Disse, relaxando um pouco mais. — 

Eu tentaria de tudo para ajudá-la nesse momento ainda mais por não ter algumas amizades de anos por perto.

¤ 🇪🇸 ¤

Joguei o controle em cima da mesa, encarando a TV que exibia o resultado final do jogo: sete a dois para a Juventus contra o Barcelona. Eu ainda não acreditava que tinha perdido por esse placar humilhante para a Luna.

— Eu não quero mais jogar! Isso é injusto, não aceito ter perdido assim — Reclamei, cruzando os braços e afundando no sofá, claramente frustrado. —

Luna soltou uma risadinha vitoriosa, esticando os braços como se fosse uma campeã.

— Ah, que isso, amor... aceita que dói menos! — Disse, piscando para mim. — Sabia que ser derrotado pela sua namorada é bom pra humildade?

Eu bufei, sem conseguir acreditar que ela estava se gabando ainda mais.

— Humildade? Isso aqui foi uma humilhação, Luna! Sete a dois?! — Reclamei, me virando para ela, ainda indignado. —

Ela deu de ombros, claramente se divertindo com a minha reação.

— Ué, só estou provando quem é o melhor jogador aqui — Provocou, com um sorriso travesso. — Talvez eu deva te dar umas aulas... quem sabe você melhora.

— Aulas? Ah, não... — Passei as mãos no rosto, tentando conter a frustração. — Não acredito que tô ouvindo isso de você.

Luna riu mais ainda, claramente aproveitando o momento.

— Ei, não é vergonha nenhuma perder pra mim. Eu sou boa, né? — Disse ela, sorrindo vitoriosa, se inclinando para me provocar mais. —

Revirei os olhos, ainda indignado com o placar.

— Boa? Você só deu sorte. Eu não estava prestando atenção — Retruquei, cruzando os braços. —

Ela riu alto, sem se conter.

— Sorte? Tá bom, continua se enganando aí — Provocou, piscando para mim. — Quer que eu te ensine uns truques pra melhorar?

Suspirei, olhando para ela. Não queria admitir, mas a verdade é que ela estava certa. Eu odiava perder, ainda mais pra ela, mas ver o quanto ela se divertia com isso... de algum jeito, me fazia ceder.

— Tá, tá... você venceu dessa vez — Falei, afundando no sofá, tentando não parecer tão frustrado. — Mas isso não significa que vai acontecer de novo. — 

Luna deu uma risadinha e, antes que eu pudesse reclamar mais, se inclinou e me deu um beijo suave.

— Ah, amor, é só um jogo — Murmurou contra os meus lábios, sorrindo. — Na próxima, quem sabe eu deixo você ganhar.

Eu fiz uma careta, mas no fundo não consegui deixar de sorrir de volta.

— Não quero que você me deixe ganhar... quero vencer por mérito próprio! — Retruquei, tentando manter um pouco de dignidade. —

Ela riu, se afastando só um pouco, mas ainda com aquele sorriso travesso.

— Claro, claro... mas não vai ser fácil — Provocou, passando os dedos no meu cabelo de um jeito que sabia que me acalmava. — Enquanto isso, aproveita essa derrota, porque eu vou ficar me gabando por um bom tempo!

Assim que o estrondo ensurdecedor ecoou pela casa, acompanhado pelo clarão de um raio, Luna deu um salto de susto e apertou meu braço com força.

— Ai, calma! Quer me quebrar? — Reclamei, sentindo a pressão dela no meu braço. — 

— Desculpa, eu me assustei! — Ela respondeu com um risinho nervoso, ainda segurando meu braço. — Que raio foi esse?

Logo depois, a luz se apagou completamente, e nós dois ficamos em silêncio por um segundo, tentando processar o que havia acabado de acontecer.

— Ah, ótimo! Era só o que faltava pra completar o final de semana — Ela resmungou, soltando um suspiro enquanto tentava se desvencilhar do meu braço. —

— Isso só pode ser uma piada... — Murmurei, esfregando o braço que ela tinha apertado. — Como se a chuva já não fosse suficiente…

— E tudo porque alguém aqui esqueceu de olhar a previsão do tempo — Ela provocou, com um sorriso que eu conseguia imaginar mesmo no escuro.

— Ei, calma! Eu não controlo o clima! — Protestei, rindo. — 

Peguei o celular no bolso e tentei iluminar o ambiente. Quando a tela acendeu, vi a bateria piscando em vermelho.

— Ah, ótimo... — Murmurei, desacreditado. — 

— O que foi agora? — Luna perguntou, curiosa. —

— Minha bateria tá quase acabando — Eu respondi, suspirando. —

— Você tá brincando! — Ela exclamou, incrédula. — O meu tá sem bateria desde cedo, e você nem colocou o seu pra carregar? 

— Eu ia, mas fiquei distraído com a partida. — Tentei me justificar, mas sabia que ela estava certa. — Foi mal…

— Héctor, a gente vai ficar sem luz e sem celular também? — Luna bufou, cruzando os braços. — Você realmente não tem jeito!

— Tá, tá, eu admito, fui descuidado. Mas, pelo menos, isso torna o fim de semana mais... interessante? — Tentei aliviar a tensão, recebendo um olhar nada convencido dela. — 

— Interessante? — Ela repetiu, balançando a cabeça em descrença. — Acho que você quis dizer "caótico". 

— Depende do ponto de vista. — Pisquei para ela, ainda com um sorriso brincalhão, mas já pensando em como resolveríamos essa situação. — 

— Não me diga que em uma casa dessas não tem uma lanterna — Ela disse, incrédula. — 

— Eu acho que sei onde tem. Minha avó guardava um monte de coisas em um quarto, acho que deve ter lá — Respondi, lembrando do quarto. — 

— Então vamos lá! — Disse Luna, puxando minha mão. — Não podemos ficar aqui no escuro.

Com o celular ainda piscando, seguimos em direção ao quarto que eu tinha em mente. A luz fraca iluminava o caminho.

— Espero que a gente encontre logo — Murmurei enquanto abria a porta do quarto que estava trancado há tempos. A poeira subiu quando entramos, e a luz do celular revelava prateleiras cheias de caixas e objetos esquecidos. —

— Uau, parece que sua avó tinha um verdadeiro museu aqui — Disse Luna, olhando em volta com curiosidade. —

— É, ela guardava tudo, até coisas que não fazem sentido. — Comecei a mexer em algumas caixas enquanto Luna procurava em outra estante. — Se não acharmos a lanterna, pelo menos podemos descobrir alguns tesouros antigos.

Depois de alguns minutos, Luna começou a revirar uma caixa maior.

— Ei, olha isso! — Exclamou, segurando algo. —

Olhei para ela e vi que era uma lanterna, que parecia funcionar.

— Ufa! Finalmente! — Fui até ela, peguei a lanterna e apertei o botão. Para minha surpresa, a luz acendeu, iluminando o quarto de forma bem-vinda. — 

Enquanto eu a examinava, Luna continuou mexendo na caixa e, de repente, sua expressão mudou.

— Héctor, olha o que eu achei! — Ela puxou algo de dentro da caixa e me mostrou uma carta com um selo antigo e as iniciais "H.G." escritas à mão. — Achei uma carta! 

— Espera, isso é... — Comecei a dizer, estranhando um pouco. — As iniciais são minhas? 

— Pelo jeito sim! — Ela respondeu, entregando a carta para mim com um sorriso curioso. — O que você fez para ter uma carta misteriosa?

— Sinceramente, não faço ideia! — Brinquei, me sentando ao lado dela no chão e me encostando na parede. — Agora estou pensando se devo abrir isso ou se é alguma coisa embaraçosa.

— Ah, vai em frente! O que pode dar errado? Pode ser uma declaração de amor ou um pedido de socorro! — Luna riu, apoiando a cabeça em meu ombro. — 

— Ou talvez uma lista de coisas que eu fiz de errado... — Eu disse, olhando para a carta com uma expressão dramatizada. — Você acha que eu devo abrir?

— Claro! — Ela exclamou, animada. — Estou morrendo de curiosidade! 

— Ok, você ganhou. Vamos ver o que essa carta tem a dizer. — Com um suspiro resignado, segurei a carta em minhas mãos e olhei para ela — 

Abri-a com cuidado, e assim que meus olhos passaram pela letra, comecei a ler:

"Essa carta fala muito sobre você, Héctor Fort. Talvez você não entenda agora, porque a situação é tão confusa quanto a sua história. Espero que esta carta chegue até você algum dia. Em 2006, aconteceram muitas coisas, especialmente a rivalidade entre as famílias Fort e Lorenzetti, que só piorou. Você deve estar se perguntando o porquê. Foram tantos eventos que intensificaram essa guerra entre as famílias... e você, Héctor, foi uma vítima dessa divisão toda. O que estou prestes a dizer pode te deixar confuso, mas as pessoas que você acredita serem sua família, na verdade, são apenas estranhos que te criaram. Sua verdadeira família são os Lorenzetti.

Essa carta é apenas uma pequena explicação. Se você quiser mais respostas, deve procurar Lúcia Lorenzetti. Ela será capaz de explicar tudo melhor do que eu posso através dessas palavras."

— O que... isso não faz sentido — Murmurei, sem conseguir tirar os olhos daquelas linhas. — Como assim minha família não é minha família? 

Eu ainda estava processando tudo quando senti Luna me puxar suavemente para um abraço. Ela se ajeitou ao meu lado, envolvendo os braços ao redor de mim de forma protetora, enquanto eu ainda segurava a carta, meio perdido.

— Vai ficar tudo bem — Ela disse, a voz baixa e próxima ao meu ouvido, enquanto me apertava um pouco mais. — Não importa o que essa carta diz, a gente vai descobrir isso juntos, meu amor.

Fechei os olhos por um instante, deixando que a calma dela me envolvesse. Era difícil entender o que eu estava sentindo, confusão, medo, até um certo vazio, mas o calor do abraço dela me ajudava a colocar os pensamentos em ordem, pelo menos por enquanto

— Obrigado, Luna. Eu não sei o que faria sem você aqui... — Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, enquanto tentava lidar com o turbilhão dentro de mim. —

— Não precisa agradecer. Eu tô aqui pra você, sempre. Seja lá o que a gente descobrir sobre tudo isso, você tem a mim. — Ela se afastou um pouco, só o suficiente para me olhar nos olhos. —

Era tanta coisa para processar, tantas revelações para assimilar, que eu só conseguia pensar em uma coisa, voltar para casa e descobrir a verdade.

001. Meu casalzinho, tendo o dia deles arruinado, digamos que isso é só um pouquinho do que vem ainda.

002. Deculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

003. Votem e comentem quero saber o que estão achando. Bjos da Bia.

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