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16.

LUNA MONTENEGRO
📍BARCELONA, ESPANHA

Os dias quanto mais você quer que passe rápido, parece passar em uma lentidão, confesso que trabalhar e estudar já tinham virado a minha rotina nos últimos dias. 

Com tudo, Héctor está viajando com o time e os meninos também. Matteo viajou para a Itália com papai, para resolver algumas coisas, eu teria me sentindo completamente sozinha se não fosse por Luanara.

Decidimos fazer uma noite das meninas só entre nós duas, já que Lana falou que tinha outros compromissos.

— Você sabia que o Marc não me deixa comer doce perto dele? — Luanara comentou, enquanto pegava um pedaço de chocolate — Ele diz que eu não posso ficar fazendo vontade para ele.

Eu ri, imaginando a cena. 

— Sério? Então a próxima vez que ele vier aqui em casa, vou fazer ele passar vontade também — Brinquei, mordendo um pedaço de pizza — Você acredita que da última vez o Lamine comeu todo o meu chocolate, garoto guloso.

— E quando ele não tenta roubar o nossos namorados — Ela falou, com um sorriso. — O Marc passa mais tempo com o Lamine do que comigo.

Soltei uma risada, assentindo.

— Você tem total razão, acho que precisamos achar alguém para ele, talvez ele pare de roubar o Héctor e o Marc. — Respondi, ainda com um sorriso — 

— Se isso não der certo, ele vai ficar sem aquela língua dele, que ele só usa para fofocar. — Luanara disse, tentando soar mais séria, mas não conteve o sorriso — 

— Bom, concordamos, que o Marc iria perder um ótimo companheiro nessa profissão. — Argumentei, descontraída. — 

— Com toda certeza. — Ela concordou, sorrindo — Mas acho que Matteo daria conta de ser o novo parceiro dele.

— Aquele lá nos últimos dias, só tem um objetivo na vida, conquistar a Audrey. Olha, que ele tá mais perto de levar o terceiro fora do que conquistar ela. — Explico a situação dele, balançando a cabeça — 

— Então é por isso que o triozinho está separado nos últimos dias… — Ela falou, simples. — 

— Bom, um namora, o outro tá solteiro e um é iludido, está meio difícil eles conseguirem concordar em algo. — Sorri, passando a mão pelo meu cabelo — 

— Isso é verdade, mas sinto saudade da bagunça deles e das nossas festas juntas. — Ela relembrou, e um clima de nostalgia bateu — 

— Eu ainda acho que deveríamos sair e aproveitar a balada juntas, sem os nossos namorados. Mas acho difícil que eles não queiram dar uma de segurança. — Revirei os olhos, suspirando — 

— Talvez, fugir deles algum dia para aproveitarmos juntas, não seria nada mal. — Ela sugeriu, em um tom divertido — 

O barulho do meu celular vibrando e a tela se acendendo sinalizando pela barra de notificação uma mensagem da Lana, me fez respondê-la rapidamente. Ela apenas perguntou se eu estava em casa e que ela passaria aqui mais tarde.

Mas algo me fazia sentir que não era coisa boa. Lana nem sequer visualizou a minha resposta, desliguei o celular, colocando na mesa ao lado do sofá.

— O que foi, Lu? — Luanara perguntou, com um olhar curioso em minha direção — 

— A Lana mandou mensagem avisando que passava aqui mais tarde. — Respondi, ainda meio perdida em alguns pensamentos — Você acha que ela descobriu sobre o Fermin e eu?

Luanara suavizou a expressão, como se estivesse pensando. 

— Acho que não, ninguém além do nosso grupo sabe sobre vocês… ela pode ter descobrido por ele, mas não creio que ele teria feito isso. — Ela falou, em um misto de suavidade e incerteza — 

— Depois do que ele tentou aquele dia… não duvido de mais nada que vem do Fermin, nara. — Soltei um suspiro, sentindo o peso das minhas palavras — 

— Tenta não pensar nisso, e quase impossível a Lana descobrir, Lu. — Ela tentou, me tranquilizar, segurando minha mão — Pensa que todos estamos com você se ela descobrir também.

Engoli em seco, tentando me afastar e encontrar positividade naquelas palavras de Luanara.

— É, isso é bem improvável de acontecer. — Tentei me convencer com aquilo — 

— Chega! Vamos mudar de assunto. Já está pensando nas férias? — Ela perguntou, mudando o assunto — 

— Não, mas é bem provável de eu passar na Itália com meu pai e Matteo. — Argumentei, em um tom mais leve — 

— E o Héctor? Vai abandoná-lo com Lamine? — Ela perguntou, em um tom preocupada — 

— Talvez, mas acho que ele irá acompanhar a Eurocopa para apoia-ló. — Respondi, mas tranquila — 

— Então eu arrasto Marc, e você vem conosco acompanhar também, não tem como um quatro é par, sem você, lunita. — Ela disse, sorrindo, e me abraçou de lado — 

— Nara, você está aprendendo isso com o Lamine, né? — Brinco, deixando uma risada escapar — 

— É mais fácil, eu dar aula para ele. Lamine está virando mais brasileiro do que nunca, desde que comecei a ajudá-lo mais com o português. — Luanara argumentou, toda orgulhosa — Até Marc está aprendendo. 

— Até que em fim, eles estão fazendo algo de útil na vida deles, mas eles têm uma ótima professora também. — Elogiei ela, com um sorriso — 

— Bom, digamos que você tem razão. — Ela falou, com um sorriso genuíno — Mas não foge do assunto, não, você irá com a gente para a Alemanha, né? 

 Luanara me olhou como se estivesse apostando tudo na minha resposta. Isso era injusto, principalmente a carinha dela nessa situação. 

— Eu não sei, tenho que ver, como tudo vai estar até lá, Nara. Prometo te dar uma resposta, daqui alguns dias, pode ser? — Tentei argumentar, ela ainda desconfiada assentiu — 

— Tudo bem, mas eu vou cobrar, Sra. Montenegro. — Ela avisou, rolei os olhos — 

Meu celular vibrou novamente, pego-o e um sorriso instantâneo surgiu em meus lábios. Era uma mensagem do Héctor, ele tinha passado o dia treinando e eu trabalhando, e só agora conseguimos nos falar. Respondo a mensagem dele, apenas desejando um “Boa noite” por saber que o jogo era amanhã e ele precisava descansar.

— Eita, como ela fica bobinha por uma mensagem do namoradinho. — Luanara empurrou meu ombro levemente — 

— Para de ser boba, só estava com saudades de ver uma mensagem dele. — Respondi, sorrindo — 

— Ah, me conta outra, vai falar que só está com saudades disso? — Ela rebateu, com um sorriso malicioso — 

— Mas é claro, a gente nunca ficou do jeito que você imaginou, mente poluída. — Falei, negando freneticamente — 

Luanara arregalou os olhos em minha direção, indignada com minhas palavras. 

— O que!? — Ela exclamou, faço uma careta por meus ouvidos quase estourarem pelo tom dela — Vocês… tipo… nunca transaram? 

— Não, até parece o fim do mundo do jeito que você está falando, Nara. — Disse, não dando muita importância, levantei-me e sendo seguida por ela até a  cozinha — Acho que tudo tem seu momento certo, ele e nem eu queremos apressar isso. Tem que acontecer naturalmente. 

Abri a geladeira, pegando uma garrafinha de energético, encostando-me na pia e olhando novamente para Luanara que parecia processar minhas palavras do outro lado. 

— Está bem, eu não esperava isso de você, lu… eu achei que você era mais para frente. Mas entendo isso. — Ela comentou, agora finalmente entendendo — 

— Garota, eu sou três anos mais velha que você só. — Brinco, descontraído o clima — 

— Eu sei, mas isso ainda é estranho para mim, as vezes penso que você tem a mesma idade que a minha. — Luanara respondeu, caminhando até parar ao meu lado — Como vocês dois lidam com a diferença de idade?

Coloco a garrafa em cima da pia, viro-me para poder olhá-la.

— Bem, Héctor não se importa com isso. Eu que a vezes penso nisso, mas acho que a confiança que temos um no outro é a base de tudo, idade nenhuma faz diferença. — Explico calma, abrindo um leve sorriso — 

— Sério? Obrigada pelo conselho, quem sabe no outro universo use esse conselho, Lu. Porque nesse só tenho olhos para o meu loiro falsificado. — Sorriu, me fazenddo retribuir — 

— Talvez, nem no outro universo. Do jeito que você é apaixonado por aquele pernalonga, nunca será preciso usar isso, nara. — Soltei uma risada, lembrando de um dos apelidos que Lamine tinha dado para Marc — 

— Você tem razão. Duas melhores amigas que se apaixonaram por dois melhores amigo e que ganharam um filho adotivo. — Ela disse, em um tom brincalhão, assenti — 

— Lamine sempre sendo o nosso amuletinho do quinteto. — Respondi, com um sorriso abraçando-a — 

Ficamos abraçadas ali por alguns segundos até a campainha ecoar pelo o meu apartamento. Afastei-me dela um pouco.

— Deve ser a Lana. — Avisei, caminhando até a porta de entrada em passos rápidos, seguida por Luanara —

Quando abri porta, senti meu coração afundar no peito quando vi o estado de Lana. A maquiagem, por mais que ela tentasse esconder, não conseguia disfarçar completamente os rastros de lágrimas. Ela tinha chorado, e a dor dela era quase palpável.

— Lana, está tudo bem? — Perguntei, tentando esconder o pânico crescente. Não fazia ideia do que tinha acontecido, mas era evidente que algo muito sério estava errado — 

— Podemos conversar? — Ela respondeu de forma curta e seca, ignorando minha pergunta. Meu estômago deu um nó, e percebi que a situação era pior do que eu imaginava —

Me afastei para dar espaço para que ela entrasse no apartamento, fechando a porta logo atrás de nós. Cada movimento parecia carregado com uma tensão que me fazia querer sair correndo ou, ao menos, voltar no tempo e desfazer qualquer coisa que tivesse feito para causar isso.

— Eu vou deixar vocês a sós — Luanara disse, saindo da sala e me deixando sozinha com Lana — 

Queria pedir para que ela ficasse, que não me deixasse enfrentar aquilo sozinha, mas sabia que não havia como evitar.

A preocupação começou a me consumir, e mesmo tentando manter a calma, era difícil. Eu precisava saber o que estava acontecendo.

— Eu estou preocupada, o que houve, Lana? — Perguntei, tentando manter minha voz firme, mas a intensidade no olhar dela me fez sentir pequena — 

— Quando você ia me contar que já namorou o Fermin? — Ela soltou de repente, e eu senti como se o chão tivesse sumido. Engoli em seco, tentando manter a compostura, mas meu peito se apertava tanto que doía — 

— Lana... eu ia contar a você... — Comecei a falar, minha voz fraca e hesitante, mas ela não me deixou terminar — 

— Não, minta. Você nunca iria contar, Luna, como sempre você estava pensando no seu bem — O tom da voz dela, em indiferença me fez me sentir mal —

As palavras dela me atingiram como um soco. Ela estava certa, eu deveria ter contado, mas estava tentando proteger não só a mim, mas também a ela. Fermin... ele tinha me machucado tanto, e eu não queria que Lana passasse pelo mesmo. Só que agora, vendo a dor e a raiva nos olhos dela, percebo que a minha tentativa de proteger acabou sendo exatamente o que a feriu mais.

Eu tentei juntar as palavras, explicar o que sentia, mas minha mente parecia um caos.

— Lana, por favor, me escuta. Eu só não queria que você sofresse como eu sofri... — Tentei justificar, minha voz tremendo, mas cada palavra parecia apenas aumentar a fúria dela — 

— Não! —  Ela me cortou bruscamente, a voz dela carregada de dor e amargura — Você sempre faz isso, Luna! Sempre pensa em si mesma e acha que está protegendo os outros, mas na verdade só está tentando evitar a sua própria culpa!

As palavras dela foram como facas, cada uma cortando mais fundo. Queria me defender, dizer que não era assim, que eu só estava tentando evitar mais dor, mas parecia inútil.

— Você estragou tudo, Luna. Não consigo nem olhar para ele agora sem pensar no que você fez, no que escondeu de mim! — Ela continuou, as lágrimas voltando a encher seus olhos, e eu me senti ainda mais horrível. Não era isso que eu queria, nunca quis — 

— Lana... — Sussurrei, minha voz quase inaudível, enquanto as lágrimas finalmente escapavam dos meus olhos. Mas ela já estava se afastando, virando as costas para mim, como se não pudesse mais suportar estar ali —

Lana parou na porta, e por um momento, achei que ela fosse sair sem dizer mais nada. Mas então ela se virou para mim, e o olhar que ela me lançou fez meu coração despedaçar de vez.

— Sabe, Luna... Eu sempre achei que nossa amizade fosse forte o suficiente para superar qualquer coisa. Que, mesmo que o mundo inteiro estivesse contra nós, a gente se apoiaria. — A voz dela estava carregada de uma tristeza profunda, mas também de uma firmeza que me assustou. — Mas isso? Isso é imperdoável. Você não me traiu só como amiga, mas como irmã.

Ela fez uma pausa, e eu pude ver as lágrimas brilhando em seus olhos antes que ela as piscasse para longe.

— Para mim, nossa amizade morreu no momento em que você decidiu me esconder isso. Não tem volta, Luna. Eu não posso mais confiar em você. — O tom dela era definitivo, e a cada palavra, senti como se o chão estivesse desmoronando sob meus pés —

— Lana, por favor... — Minha voz saiu num fio, quase engasgada pelo desespero. Mas eu sabia que não havia mais nada a ser dito, nada que eu pudesse fazer para consertar o que tinha quebrado — 

Ela balançou a cabeça, como se não acreditasse que eu ainda tentava. Lana saiu, batendo a porta com força, logo em seguida, senti as minhas pernas falharem me fazendo cair no chão, o meu choro preso tomou conta.

Ela tinha razão, a única culpada disso tudo era eu. Por ter mentindo e me envolvido com a pessoa errada. 

— Luna, o que houve? — Luanara falou desesperada, se abaixando ao meu lado e puxando-me para um abraço — 

— Ela descobriu.. descobriu tudo… — A minha voz falhou, e um soluço escapou entre meus lábios. As minha lágrimas já molhava a blusa dela — Isso tudo foi culpa minha.

O silêncio da parte de Luanara, fez-me fechar os olhos com força e desejar para que tudo isso fosse um maldito sonho. Mas não era. 

— Não, não, não, isso não foi sua culpa e nunca será, você está me ouvindo. — Ela afastou-se, segurando meu rosto para olhar ela, que tinha um olhar compreensivo — 

— Mas ela me odeia e nunca vai me perdoar por isso. — Respondi, com a voz trêmula, sentindo mais lágrimas quentes escorrerem — 

Luanara suspirou, mantendo o olhar fixo no meu.

— Ela não vai te entender nesse momento, mas algum dia ela irá te perdoar, além do mais você queria protegê-la. — Ela tentou, justificar algo que nunca seria consertado — 

Eu conhecia a Lana o suficientemente para saber que ela jamais me perdoaria.

— Ela não vai me perdoar. Quando crianças fizemos uma promessa de ser verdadeira uma com a outra sempre e eu quebrei essa promessa. — Argumentei, com os soluços se intensificando — 

— Luna, para de se culpar. Você não teve culpa, o único culpado disso tudo é o Fermin. A Lana vai perceber isso algum dia, mesmo que isso demore uma vida inteira. — Luanara falou, cautelosamente. — 

— Eu estou me sentindo horrível, uma traidora, Nara. — Respondi, baixinho, minha voz ainda falhando. — 

— Não, você não tem que se sentir assim, isso o tempo te ensinará a conviver e não vou falar que vai ficar tudo bem e tudo vai se resolver, porque eu realmente não sei se isso vai acontecer. Mas eu sei que estarei com você aqui, não só eu, Matteo, Héctor, Marc, Lamine e todos que te amamos. Decisões erradas sempre tomamos na vida, faz parte do nosso aprendizado. Temos que saber segui em frente como ciclos se encerram mesmo que sejam dolorosos, mas isso é tudo no seu tempo, Luna. — Ela me abraçou fortemente, tentando transmitir o maior apoio possível nesse momento — 

Era doloso, saber que Lana estava me odiando. Eu sempre tive ela ao meu lado, e agora terei que me acostumar em não tê-la por perto. 

Tudo por causa de Fermin, ele tem sido um verdadeiro pesadelo na minha vida. Era como se eu nunca pudesse ser feliz com ele por perto. 

¤ 🇪🇸 ¤

A minha cabeça estava tão longe desde os acontecimentos de ontem. Que não consegui me concentrar no trabalho e não tive cabeça alguma para assistir o jogo do Barcelona. 

As palavras de Lana ainda rodeavam meus pensamentos, como se tudo fosse um sonho e que eu poderia acordar a qualquer momento. 

Quando cheguei em casa foi como se o peso do dia tivesse tomado conta de mim, e as lágrimas voltaram a escorrer pelo meu rosto. Peguei um porta-retrato que tinha uma foto minha e de Lana, quando éramos crianças e um nó se formou na minha garganta. 

Passei os dedos pela fotografia, sentindo a nostalgia de lembrar das palavras dela. Em pensar que dias atrás estávamos pensando em viajarmos juntas novamente. Tudo não passou de palavras que se tornaram vazias. 

O barulho da campainha ecoou pela sala, solto um suspiro, deixando o quadro em cima da mesa. Limpei as lágrimas que escorriam, respirei fundo, antes de abrir a porta e ver Héctor com um sorriso nos lábios e um buquê de rosas em mãos.

— Boa noite, Minha estrela. — Héctor falou, em um tom calmo. Estendo o buquê em minha direção — Trouxe para você e olha tem que cuidar muito bem. 

Peguei o buquê em minhas mãos, olhando com um carinho imenso. Em saber que ele pensa em mim, tanto quanto eu nele. Ele entrou no meu apartamento e fechou a porta atrás de nós. 

— Obrigada, amor. — Agradeci, em um tom baixo, mas que ele escutasse —

— Espera, eu trouxe mais presentes para você. — Ele falou, abrindo a mochila que ele trouxe — Comprei seus chocolates preferidos. E você tem que me valorizar depois disso, rodei valência inteira só para achar esse presente para você, Lua.

Ele abriu uma caixinha, onde tinha uma pulseira, com seus pingentes azuis parecida com aquela que dei a ele quando nos conhecemos, mas ao invés de estar a letra do meu nome, estava a letra “H” do nome dele.

— Essa pulseira é para você sempre lembrar de mim, se você estiver feliz ou triste. Quero que lembre que você é a pessoa mais importante na minha vida e quero que sinta essa mesma coisa por mim, e atrás do “H” tem gravado a data que nos conhecemos. — Ele explicou, mostrando os detalhes da pulseira, acabo sorrindo voluntariamente com o gesto — 

Héctor colocou a pulseira em meu pulso esquerdo, e depois levantou o olhar para mim com um sorriso. 

— Obrigada de novo, você é o melhor namorado que eu poderia ter, Héctor. — Falei, em um tom agradecida, sentindo uma lágrima escorrer pelo meu rosto — 

Ele segurou meu rosto entre as mãos, limpando a lágrima.

— Tudo o que estiver ao meu alcance para te fazer feliz, eu vou fazer, Lua. — Héctor respondeu, carinhosamente — So não me chama de Héctor nessas horas que estraga o momento. 

Solto uma risada, pelo tom divertido dele.

— Olha, eu já te fiz sorrir. Já ganhei o meu dia. — Ele falou, selando nossos lábios em um beijo rápido — 

— Bom, você consegue me ajudar até nos piores momentos, né. — Argumentei, caminhando para a cozinha para arrumar um vaso para colocar as rosas dentro — 

— Eu tô aqui pra isso, meu amor. — Ele se escorou no balcão, olhando cada movimento que eu fazia — Que tal sairmos para caminhar? 

Olhei para ele confusa, mas o sorriso travesso estava estampado no rosto dele.

— As dez da noite? — Perguntei, confusa, pela sugestão tão repentina dele — 

— Sim, você precisar sair um pouco e eu tô com um pico de energia hoje, culpe o Lamine ele me incentivou a beber energético. — Ele falou, aproximando-se e me puxando pela cintura para perto dele — 

— Tá bom, tá bom, você tem razão. — Concordei, olhando nos olhos dele — 

— Vamos, então? — Ele estendeu a mão em minha direção, entrelaço-as — 

— Fico feliz que tenha conseguido jogar, mesmo que por alguns minutos. — Disse, com um sorriso pequeno, embora sincero. — Mas, realmente, esses dias sem você foram mais difíceis do que imaginei. 

Héctor me olhou com aquela preocupação silenciosa que só ele tinha, e eu sabia que ele podia ver além do meu sorriso forçado.

— Você ainda tá mal com tudo isso, né? — Ele perguntou, a voz suave como se não quisesse me pressionar, mas ao mesmo tempo, desejando me ajudar — 

Eu respirei fundo, sentindo o ar fresco da noite de Barcelona acariciar meu rosto. A cidade estava calma, com o som distante dos carros e a brisa do mar trazendo um leve alívio. Mas dentro de mim, a tempestade continuava.

— Uh-hum, só não queria que tudo terminasse assim, sabe? — Admiti, minha voz baixa. — Eu sabia que contar sobre o Fermin seria difícil, mas nunca pensei que perderia a Lana dessa forma. Eu só... só queria proteger ela e agora parece que eu só fiz tudo piorar.

Ele parou de andar, segurando minha mão com firmeza e me fazendo olhar para ele. Seus olhos estavam cheios de compreensão, sem um pingo de julgamento.

— Luna, você fez o que achou certo na hora. Às vezes, as coisas saem do nosso controle, mas isso não significa que foi tudo sua culpa. — Ele disse, sua voz calma e segura. — Lana está magoada agora, mas as coisas podem mudar com o tempo. Só... não seja tão dura consigo mesma.

Eu queria acreditar nele, queria sentir que havia uma esperança de consertar tudo, mas a dor de perder uma amizade tão importante ainda era esmagadora.

— Eu espero que você esteja certo, Héctor. — Respondi, tentando absorver suas palavras. — Só não sei se as coisas vão ser as mesmas de novo.

Ele me puxou para um abraço, e eu me deixei ser envolvida pelo calor dele, buscando conforto na certeza de que, pelo menos, ele ainda estava ao meu lado.

— Não precisa ser igual, só precisa ser melhor. — Ele sussurrou, e eu senti uma pequena faísca de esperança surgir no meio desse caos — 

Eu me permiti fechar os olhos por um momento, sentindo o abraço de Héctor apertar um pouco mais. Suas palavras eram simples, mas carregavam uma verdade que eu precisava ouvir. Talvez as coisas realmente não precisassem voltar a ser como antes. Talvez, no meio de toda essa confusão, houvesse uma chance de reconstruir algo novo, algo melhor.


001. Fiquei mal com a Luna nesse capítulo, mas tudo se entenderá no seu devido tempo.

002. Espero que estejam gostando da Fanfic. Desculpa qualquer erro ortográfico.

003. Votem e comentem muito para liberação do próximo. Bjos da Bia.

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