10.
LUNA MONTENEGRO
📍BARCELONA, ESPANHA
Esses tantos de livros empilhados em cima da mesa me fazia querer chorar. Eu teria que estudar e muito para a prova que era daqui há uma semana, e eu estava tão ocupada com o trabalho que esqueci que tenho uma prova, muito importante na faculdade.
Uma das única coisas que me alegrou um pouco foi meu pai. Ele me ligou e avisou que voltaria daqui algumas semanas, isso me deixa feliz. Fazia alguns meses que o encontrei pela última vez. Confesso, que estou morrendo de saudades, e Matteo não podia ter ficado mais feliz. Uma das coisas boas que tinha acontecido.
O barulho do meu celular vibrando, me fez pega-lo para ver uma mensagem de Héctor na barra de notificação. A mensagem dizia se ele podia vir me ver, eu decidi não interroga-lo por mensagem, apenas confirmo.
Pelo menos teria paz, já que Matteo decidiu ir dormir na casa de Marc. A história que ele me contou antes de ir, estava muito mal contada. Aproveito que estou com celular em mãos. Ligo para Marc.
— E aí, Luninha! — Marc falou assim que atendeu a ligação — Está com saudades já?
Solto uma risada, balançando a cabeça.
— Não, Marc. Você estava na minha casa ontem. — Respondi, rindo. —
— E dai? Eu estou com saudades já. — Ele falou em um tom suave, nego freneticamente —
— Está carente? Se estiver, até onde eu sei quem é sua namorada, é a Luanara. — Brinco, escuto ele remungar algo do outro lado —
— Ei, eu não estou carente! Aliás, você é uma insensível. — Ele dramatizou a situação. —
— Aí, aí, Marc, e você não tem jeito mesmo. — Respondi, rindo ainda mais. —
— Mas eu não liguei só para isso, o Matteo está com você? — Perguntei curiosa. —
— Não… porque? — Ele perguntou, com o extinto fofoqueiro dele —
— Não seja fofoqueiro, Guiu. — Comento, tentando soar seria. —
— Eu não sou fofoqueiro. Eu coleto informação e repasso é diferente. — Ele tentou se justificar, balanço a cabeça —
— Fofoqueiro. Marc, admita logo, isso se chama ser fofoqueiro e você é formado nisso. — Provoco-o, com um sorriso no rosto —
Encaro a tela do notebook aberto em uma matéria que estou revisando.
— É sério, não sei como o Héctor te aguenta. deve Ser porque ele tá apaixonado, não é possível. — Ele falou tentando soar sério, mas a risada dele logo ecoou do outro lado —
As palavras que ele disse, começaram a ecoar pela minha cabeça. O Héctor estava apaixonado por mim. Marc fala demais, talvez seja só a língua de fofoqueiro dele, que ele não sabe guardar dentro da boca.
— Falando nele, você sabe se ele está bem? Ele mal falou comigo hoje. — Argumento com a voz suave. —
— Deve ser problemas na casa dele, com os pais na verdade, ele não se dá muito bem com eles. — Marc explico calmo. —
Senti um aperto no peito, ele não tinha me contado nada. Espero que seja só isso mesmo.
— Deve ser só isso mesmo, Marc. — Falei tentando não transparecer algumas emoção —
Escuto a campainha ser ecoada pela casa.
— Eu vou desligar. Héctor chegou aqui em casa. — Aviso ele, levanto-me e calço os chinelos —
— Tá bom, Luninha. Se cuida e usa preservativo. — Marc falou e encerrou a chamada logo em seguida —
Encaro a tela do meu celular boquiaberta. Tinha que ser um Marc Guiu mesmo. E cada coisa desnecessária que tenho que escutar.
Caminho mais rápido até a porta e a destranco. Abrindo-a e vendo Héctor.
Ele não precisou dizer nada para que eu o pudesse puxar para um abraço. Héctor me envolveu em seus braços, retribuindo o abraço com força. Senti que ele estava precisando daquilo, eu consegui sentir que ele não estava bem.
— Ei, está tudo bem? — Pergunto suavemente, afastando-me um pouco para olhar nos olhos dele —
— Vai ficar. Só não pergunta o motivo, não quero falar sobre isso agora… — Ele falou baixo, assenti —
Segurei a mão dele, puxando-o comigo para o meu quarto. Se Matteo chegasse, não teria que xinga-lo por fazer as gracinhas dele.
Sento-me na cama, olhando para ele que estava sentando ao meu lado.
— Olha, eu não gosto de te ver quieto assim, isso significa que algo aconteceu com você. E estou preocupada. — Falei tentado soar o mais calma possível, segurei o rosto dele entre minhas mãos para poder olhar ele nos olhos —
Héctor suspirou profundamente, fechando os olhos por um momento antes de abri-los novamente para me encarar.
— É complicado, Luna. — Ele começou a voz baixa e cheia de pesar — Meus pais voltaram para Barcelona. E a convivência com eles é quase impossível. Estou tentando o máximo ficar longe de casa durante o dia todo, porque o nosso diálogo é só discussão. E isso está me afetando mais do que eu gostaria.
— Deve estar sendo muito difícil para você. — Falei suavemente. — Mas sempre que precisar estou aqui, se quiser passar um tempo aqui, não tem problema, ok?
Ele suspirou fundo, assentindo.
— Bem que eu queria, mas seria um motivo a mais para eles fazerem um inferno na minha vida. Aliás, Maya não sabe que toda vez que saio de casa a noite é para cá que venho. Não contei sobre nós dois para ela. — Ele explicou calmo, balanço a cabeça —
— Entendo. Mas ficar em um ambiente que está te fazendo mal, só vai te prejudicar. E eu quero te ver bem, Héctor. — Comento, com um sorriso carinhoso —
— Eu vou ficar bem. Prometo a você, que se eu não aguentar mais, eu vou sair de casa sem pensar duas vezes, Lua. — Ele falou tentando soar tranquilo, solto um suspiro —
— Promete mesmo? — Perguntei, tentando esconder a preocupação em minha voz —
— Prometo. — Héctor respondeu, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha — Sei que preciso cuidar de mim, e vou fazer isso.
— Fico mais aliviada em ouvir isso. — Respondi, sorrindo — E lembre-se, você não precisa enfrentar tudo isso sozinho. Estou aqui para você, sempre.
Ele sorriu, assentindo.
— Eu não tenho como agradecer por você ter aparecido na minha vida. Lua, você realmente foi a luz que iluminou o meu caminho. — Ele disse, segurando cada lado do meu rosto e selou nossos lábios em um beijo —
Era como se havia uma necessidade para beija-lo. Essa sensação que ele me trazia de sempre estar feliz ao lado dele, mesmo em pouco tempo. Ele já tinha mudado conpletamenteo a minha vida por completo.
¤ 🇪🇸 ¤
Eu nunca estive nervosa, como agora. Era o primeiro jogo do Héctor após tanto tempo fora, e confesso que eu estava mais nervosa que ele. Espero realmente, que ocorra tudo bem e ele possa voltar em alto nível.
Passei as mãos pelo meu cabelo novamente, para tentar espairecer o nervosismo um pouco.
— Fica calma, você está me deixando nervosa também, Luna. — Luanara comento, desvio o olhar para ela —
— É parece que nunca assistiu a um jogo. — Lamine completou, com um sorriso —
— Desculpa, gente. — Respondi, tentando rir e aliviar a tensão — É só que o Héctor trabalhou tanto para chegar aqui, e quero que tudo dê certo para ele.
Lamine e Luanara me olhavam com um sorriso.
— Com uma torcedora dessa certamente, vai tudo dar certo, Luna. — Lamine disse suavemente, me puxando para um abraço confortável —
— É fica tranquila, tudo vai dar certo, confia. — Luanara falou com um sorriso reconfortante —
— Vocês tem razão. — Falei, sentindo-me um pouco mais calma — Tudo vai dar certo.
Desvio o olhar para o campo. No mesmo instante que o árbitro apitou, sinalizando o início do jogo.
Era a minha primeira vez assistindo, o Barcelona B já que da última vez, infelizmente não consegui. Mas agora estava na torcida por Héctor, mas também para Marc. Bom, apesar de tudo eles eram meus amigos.
O primeiro ataque da partida tinha sido com o Barcelona, mas a tentativa de gol não deu muito certo. Já que o Real Union teve um contra-ataque que Héctor intercedeu matando a jogada e a possível chance de gol do time adversário.
Uma briga generalizada começou, porque o jogador adversário falou algo para Héctor que claramente ele não gostou, e acabou empurrando o jogador. Marc apareceu afastando ele da confusão.
— É disso que o povo gosta! Briga! — Lamine levantou todo empolgado, puxo o braço dele fazendo ele sentar novamente —
— Para com isso. Ele é seu amigo. — Repreendo ele, que apenas deu de ombros —
— Amigos a parte. Eu gosto é de ver briga. — Ele respondeu, com um sorriso —
Decidi voltar a olhar para o campo. Afim de não xinga-lo. O árbitro deu cartão amarelo para Héctor e o outro jogador, e logo iniciou o jogo novamente.
À partida ao decorrrer dos minutos, me fazia ficar mais nervosa. Lamine tinha até reclamado por eu ter apertado a mão dele com tanta força, em um quase gol do Real Union.
Em uma jogada ensaiada no escanteio, acabou saindo o gol do time adversário. Fazendo meu nervosismo aumentar ainda mais, porque parecia que o gol tinha afetado o Barcelona que só ficava na defensiva, sem atacar já que não tinha oportunidade.
Soltei um longo suspiro ao ver o Real Union marcar o seu segundo gol. Parecendo decretar o placar pelo menos no primeiro tempo.
— Fala sério, quem é Real Union? — Luanara falou ao meu lado estressada —
— Espero que eles consigam reverter isso no segundo tempo — Respondi, em um tom suave mas preocupado —
Pego o meu celular na bolsa, vendo uma mensagem do Matteo e uma foto. Reviro os olhos ao ve-lo me mandar a foto dele assistindo um jogo do Real Madrid.
Esse péssimo gosto de Matteo, me fazia questionar se ele era meu irmão ou não. Além, do mais, chegando em casa vou ter uma conversa para saber onde ele dormiu ontem.
— Credo. Deve ser por isso que trincou a tela do seu celular — Lamine falou olhando com desdém a foto, solto um risinho —
— É para você ver, nem meu celular gosta de tanta feiúra — Brinco, tirando uma risada dele —
— Coitado do Matteo com vocês dois. — Luanara falou, balançando a cabeça —
— Ele mereceu. — Admiti, com um sorriso. —
Poucos minutos depois. O segundo tempo se iníciou, e por incrível que pareça o time do Barcelona, tinha voltado com outra postura.
Aos setenta minutos, com uma assistência do Pau Prim, Marc conseguiu marcar o gol. Que dava alguma esperança do empate ainda.
O jogo se arrastava para o final com a vantagem para o Real Union. Mas em uma falta que o time adversário fez em Unai Hernández, a falta que foi cobrada por Noah Darvich, que empatou o jogo.
A minha ansiedade para os minutos que o árbitro tinha acrescentado no jogo. Estava me deixando mais aflita. Desviei o olhar para o camisa trinta e dois do Barcelona, me fazendo juntar minhas mãos.
Héctor você consegue.
Era o possível último lance do jogo, uma cobrança de escanteio. Engoli em seco, ao ver a área onde estavam os jogadores. O apito do árbitro ecoou liberando a cobrança feita por Aleix Garrido, acompanhei em silêncio o lance, assim que Héctor cabeceou a bola e fez o estádio comemorar.
Ele tinha conseguido.
— Ei, ele conseguiu, Lulu. — Lamine me abraçou fortemente, não pude conter as lágrimas. —
— É ele conseguiu… — Respondi baixinho, sentindo uma felicidade imensa —
O choro era de alegria por saber, que apesar de tudo o que ele vem passando. Não apenas com a família, mas também os comentários que ele vinha recebido estava sendo respondido da mellhor maneira.
Não percebi, quando acabou a partida. Apenas fiquei naquele abraço reconfortante com Lamine, chorando que nem uma criança. Mas era pelo orgulho que eu estava sentindo.
— Lua… você tá chorando? — Olhei para onde a voz tinha vindo, e um sorriso instantâneo apareceu em meu rosto —
— Toma, a namorada é sua. — Lamine literalmente me empurrou para os braços de Héctor —
— Uh-hum, mas é de felicidade. Eu tô feliz por você. — Falei com a voz chorona, escuto a risada dele —
— Meu amor, aquele gol foi para você. — Ele segurou o meu rosto limpando as lágrimas que escorriam — Eu sou apaixonado por você, Lua.
Aquelas palavras foram o suficiente para fazer o meu coração acelerar e um frio tomar conta do meu estômago. Eu não esperava escutar isso justamente agora, mas era tão bom ouvir ele dizer isso. O sentimento parecia mútuo.
001. E a notícia veio. Héctor finalmente está apaixonado pela Luna. E parece que o sentimento está sendo correspondido, só falta ela admitir.
002. Marc apesar de ser um ótimo fofoqueiro, sempre sabe das coisas.
003. Espero que estejam gostando da Fanfic. Desculpa qualquer erro ortográfico.
004. Tik Tok Biah.jr e Instagram Autorabiah_
005. Votem e comentem muito no capítulo para a liberação do próximo ser breve. Bjos da Bia.
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