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0.2 | 𝗧𝗘𝗡𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗪𝗜𝗧𝗪𝗜𝗖𝗞𝗬

𝖤𝗅𝖾𝗌 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾𝗌𝗍𝖺̃𝗈 𝗆𝗈𝗋𝗍𝗈𝗌


NA TARDE seguinte, Gisele caminhava tranquilamente pelo corredor em direção ao seu quarto. Enquanto passava pelo quarto do irmão, notou que a porta estava entreaberta. Curiosa, ela parou e deu uma espiada discreta antes de entrar.

— O que você está fazendo? — perguntou ela, já parada na porta, os braços cruzados e um leve sorriso no rosto.

— Olhando modelos de carros. — Sam respondeu sem tirar os olhos fixos da tela do computador, completamente absorto.

Gisele arqueou uma sobrancelha e deu alguns passos para dentro do quarto, parando ao lado dele.

— Posso saber o motivo? — Ela inclinou a cabeça, esperando uma explicação. Sam apenas deu de ombros, ainda concentrado nos carros que deslizavam pela tela.

Depois de alguns segundos, ele finalmente falou:

— Pronto, já tenho o carro, agora só falta a namorada. Gisele não conseguiu conter uma risada, levando a mão ao peito como se estivesse emocionada.

— Meu Sami cresceu. — Ela comentou, forçando uma voz de orgulho enquanto bagunçava o cabelo dele.

— Pare de me tratar como criança! — protestou Sam, tentando afastar a mão da irmã. — Não sou mais uma criança, sou um homem agora.

Gisele ergueu as sobrancelhas, fingindo surpresa, antes de levantar as mãos em rendição.

— Ok, ok, entendi.

Sam se levantou e foi até o espelho do quarto, analisando cuidadosamente o rosto como se esperasse encontrar uma barba ali.

— Isso é sério, Sam? — zombou Gisele, rindo novamente. — "Eu sou um homem agora!" — Ela imitou a voz dele de maneira exagerada, balançando a cabeça.

— Haha, muito engraçada. — Ele pegou uma caneta que estava na mesa e, sem pensar duas vezes, jogou-a na direção da irmã.

Gisele, com reflexos rápidos, agarrou a caneta no ar e começou a girá-la entre os dedos, sorrindo desafiadora.

— Tenta de novo, Samuca. — Ela provocou, piscando para ele.

Sam revirou os olhos e voltou ao espelho, murmurando algo inaudível que fez Gisele rir mais uma vez. Em seguida, ele pegou um pequeno spray e espirrou na boca, fazendo uma careta antes de se sentar novamente.

Mojo, o pequeno chihuahua da família, apareceu ao lado de Sam, olhando para ele com os grandes olhos pidões de sempre. Sam pegou um frasquinho de remédio e suspirou.

— Quer tomar analgésico, beleza. — Ele comentou com o cachorro, enquanto enchia a seringa do remédio. — Mas se fizer xixi na minha cama, vai dormir lá fora.

Sam deu o remédio para Mojo e depois o acariciou na cabeça.

— Isso acabou por hoje, papai te ama.

Enquanto observava a cena, Gisele perguntou casualmente:

— Onde você está indo mesmo? — Notou que o irmão passava perfume exageradamente, quase sufocando o ambiente com a fragrância. — Especialmente com todo o perfume do mundo em você.

— Tão engraçada, Gigi. — Ele zombou, revirando os olhos mais uma vez.

— Mas, de verdade, você está indo aonde? — insistiu Gisele, cruzando os braços.

— Com Miles para uma festa no lago. — Sam respondeu, finalmente pegando a carteira e o celular.

— Diga a Miles que mandei um oi. — Gisele sorriu enquanto se abaixava para pegar Mojo, que agora estava nos seus pés. — E certifique-se de que ele não suba em uma árvore, como da última vez.

— Pode deixar. — Sam acenou, parecendo lembrar da cena.

Gisele seguiu ao lado dele enquanto saíam do quarto.

— Além disso, se você quer impressionar uma garota, talvez não devesse levar Miles. — Ela aconselhou, piscando para ele.

— Obrigado pelo conselho, Gigi. — Sam riu, embora claramente não fosse mudar de ideia.

— Irmãos mais velhos são para isso, Samuca. — Ela sorriu, dando um leve empurrão no ombro dele.

Ao chegarem ao jardim da frente, encontraram seus pais ocupados aparando o gramado e ajeitando as flores. Gisele trocou um olhar divertido com Sam, enquanto eles esperavam pela inevitável atenção dos pais.

— Ah, Sam, não gosto de pegadas no meu gramado, assim não é possível! — reclamou Ron ao ver o filho pisando despreocupadamente na grama bem cuidada. Ele apontou para os rastros deixados atrás do filho, com uma expressão de desgosto. — Por isso eu fiz uma trilha. Por que você não passa da grama para a trilha?

— A grama é da família. — Sam resmungou, desviando para a trilha de concreto, enquanto Gisele, que observava a cena, soltou uma risada divertida.

— Quando tiver seu gramadinho, você anda nele, tá? — retrucou Ron, cruzando os braços, claramente tentando ensinar uma lição.

Enquanto isso, Sam olhou para Gisele, revirando os olhos como se pedisse apoio silencioso. Ela apenas deu de ombros, ainda rindo da situação.

— Mãe, você tem que parar de colocar colares de mulher no meu cachorro! — reclamou Sam, mudando de assunto ao avistar Mojo no colo de Gisele. Ele apontou para a coleira azul brilhante com pequenos strass que adornava o pescoço do chihuahua.

— Ninguém merece! Ele já tem um problema sério com autoestima. — Ele fez um gesto dramático com as mãos. — É um chihuahua, mãe!

Gisele, observando o pequeno Mojo em seus braços, deu uma risadinha.

— Ah, coitadinho... — ela murmurou, balançando a cabeça em negação, antes de começar a se afastar em direção à sala. Mojo, quieto e com uma expressão quase resignada, acomodou-se no colo dela como se entendesse a conversa.

Ao chegar à sala, Gisele colocou Mojo no sofá, onde ele soltou um pequeno choramingo, atraindo imediatamente sua atenção.

— Está com fome? — perguntou, inclinando a cabeça para o lado.

O chihuahua latiu baixinho em resposta, balançando as orelhas.

— Certo, vou pegar comida. — Ela riu, se levantando e caminhando em direção à cozinha.

No entanto, antes que pudesse sair, um som familiar chamou sua atenção. Era o noticiário, e a voz do âncora anunciava algo importante. Na tela, o secretário de defesa, John Keller, aparecia em uma coletiva de imprensa.

Curiosa, Gisele deu meia-volta e correu de volta ao sofá. Ela pegou o controle remoto rapidamente e aumentou o volume, sentando-se ao lado de Mojo, que agora olhava para a tela junto com ela.

Com os olhos fixos na televisão, Gisele sentiu uma onda de seriedade tomar conta do ambiente. Algo no tom do noticiário parecia indicar que aquilo era mais do que apenas uma notícia rotineira.

— "Às 19h de ontem, a base do Comando Central de Operações Especiais (CCOE) no Qatar foi atacada. Não podemos confirmar se houve sobreviventes. Nossas bases pelo mundo estão agora em alerta de defesa Delta, nosso nível mais alto. Enfrentamos um sistema de armas muito mais eficiente do que jamais vimos. Rezemos por toda a família do Comando Central."

O controle remoto escorregou das mãos de Gisele, caindo no chão com um som surdo. Seus olhos estavam fixos na televisão, mas sua mente parecia distante, enquanto sua garganta dava um nó. O ar ao seu redor parecia mais denso, difícil de respirar. Ela sentiu suas mãos começarem a tremer.

Antes que pudesse reagir, Judy entrou correndo na sala, alarmada pelo barulho.

— Gigi, querida, o que há de errado? — perguntou Judy, parando ao lado da filha, a voz carregada de preocupação. Gisele virou-se para a mãe, os olhos marejados e cheios de dor.

— Houve um ataque... — ela tentou dizer, mas sua voz falhou. Engoliu em seco e continuou: — Na base. Não sabem informar se alguém sobreviveu.

As lágrimas que ela segurava começaram a rolar pelo rosto. Judy rapidamente puxou a filha para um abraço apertado, tentando consolá-la.

— O que aconteceu? — Ron perguntou, entrando na sala e vendo a cena. Sua voz estava cheia de urgência ao notar o estado de Gisele.

— A base da Gisele foi atacada — explicou Judy com calma, enquanto passava a mão nos cabelos da filha, tentando reconfortá-la. — Eles não sabem informar se houve algum sobrevivente.

— Oh, minha garotinha... — disse Ron, com a voz embargada. Ele se juntou ao abraço, envolvendo as duas.

Ficaram assim por um tempo, um círculo de apoio silencioso enquanto Gisele chorava. Finalmente, ela se afastou, respirando fundo, embora ainda visivelmente abalada.

— Preciso ir para o meu quarto — disse com a voz entrecortada pelo choro. Antes que alguém pudesse responder, ela virou-se e saiu correndo para o andar de cima.

Ela se jogou na cama assim que entrou, abraçando o travesseiro com força. "Será que eu perdi o amor da minha vida?" Essa pergunta ecoava em sua mente como um grito ensurdecedor. Desde o primeiro momento em que viu Will, soube que ele era especial. Tudo nele parecia perfeito: o sorriso caloroso, o senso de humor único, a maneira como enxergava o mundo.

Ela amava cada parte dele, desde os detalhes pequenos como o jeito que ele bagunçava o cabelo até os grandes gestos, como a forma como ele a fazia sentir-se segura. "Não pode ser verdade", pensou, apertando o travesseiro com mais força enquanto lágrimas encharcavam o tecido.

Gisele tentou se convencer de que havia esperança. Algo dentro dela — uma fagulha de fé — dizia que Will estava vivo. Talvez fosse a ligação especial que sentia por ele, mas, mesmo sem provas, recusava-se a acreditar no pior. "Ele vai voltar para mim", pensou, e mesmo no meio da dor, essa crença era o que a fazia respirar.

Enquanto as lágrimas continuavam a cair, flashes de memórias felizes inundavam sua mente. Ela se lembrou de Will sorrindo para ela pela primeira vez, daquele piquenique improvisado onde ele tentou (e falhou miseravelmente) fazer panquecas, e do jeito que ele sempre a abraçava como se fosse protegê-la do mundo inteiro.

"Você me prometeu, Will", sussurrou, enterrando o rosto no travesseiro. "Você disse que nunca me deixaria."

Eventualmente, exausta pela onda de emoções, Gisele acabou adormecendo.

Ela acordou com uma batida suave na porta. Ainda grogue, murmurou um "entre" enquanto se sentava na cama, passando as mãos pelos olhos inchados. A porta se abriu revelando Judy, que trazia uma bandeja de comida.

— Trouxe algo para você comer, querida — disse Judy com um sorriso suave, colocando a bandeja ao lado da filha.

— Obrigada, mãe — agradeceu Gisele, pegando um sanduíche do prato.

Judy a observou por um momento, notando os olhos inchados e as marcas de lágrimas secas nas bochechas da filha. Isso partiu seu coração, mas ela manteve um tom calmo e reconfortante.

— Sam já chegou? — perguntou Gisele, mordendo um pedaço do lanche.

— Ainda não, mas deve estar perto. Já são quase 11h. Estou um pouco preocupada — admitiu Judy.

Gisele assentiu. — Vou ligar para ele. Não precisa ficar tão preocupada. Como ele mesmo falou, já é um homem agora.

Judy riu, inclinando-se para beijar a testa da filha. — Obrigada, Gigi. Estarei na sala se precisar de mim. E vê se come tudo, tá?

— Pode deixar, mãe.

Depois que Judy saiu, Gisele voltou sua atenção para o lanche. Apesar de não ter apetite, comeu tudo e bebeu o suco. Em seguida, pegou o celular para ligar para Sam, para garantir que ele estava bem.

— Seu cérebro de ervilha, onde você está? Papai e mamãe já estão preocupados — Gisele disparou assim que Sam atendeu o celular, sua voz cheia de irritação misturada com preocupação.

— Estou indo para casa agora — respondeu ele, com um tom apressado e talvez um pouco nervoso.

— Pois se apresse, mas não tanto. Mamãe já está preocupada, e você sabe como ela fica quando entra nesse modo — Gisele disse, enfatizando o "modo" como se fosse algo digno de cautela.

— Chego em casa em 10 minutos.

E assim Gisele desligou a ligação, deixando escapar um suspiro. Ela olhou para o relógio, contando os minutos. Exatamente 10 minutos depois, ouviu o som inconfundível do carro de Sam estacionando na entrada.

Pegando a bandeja com o prato vazio e o copo, ela desceu as escadas. Ao passar pela sala, viu Judy no sofá assistindo a um reality show na televisão. Judy desviou o olhar da tela quando ouviu os passos da filha.

— Vim deixar a bandeja na cozinha e encontrar com o Sam. Ele acabou de chegar — Gisele explicou antes de seguir para a cozinha.

Na cozinha, enquanto colocava a bandeja na pia, a porta dos fundos se abriu, e Sam entrou. Ele parecia mais animado do que o normal, o que chamou imediatamente a atenção de Gisele. Encostando-se ao balcão, ela lançou um olhar curioso.

— A Cinderela resolveu aparecer, hein? — disse ela, cruzando os braços e lançando-lhe um olhar crítico, mas divertido.

— Sim... eu... uh... — a voz dele estava cheia de animação, quase um tom de nervosismo. Gisele arqueou uma sobrancelha, desconfiada.

— Pelo tom da sua voz, tem uma garota envolvida. — Ela cantarolou a última parte, provocando-o. — Qual o nome dela?

Sam tentou desviar. — Está tarde, não acha?

— Sam. — O tom dela era firme, a expressão clara de que não aceitaria uma fuga como resposta.

— Não é nada demais. Além disso, ela é... gostosa. — respondeu ele, mas o comentário só fez Gisele soltar uma risada alta.

— Nome? — insistiu, adotando o papel de irmã mais velha curiosa e protetora.

— Mikaela. Agora podemos dormir? Já está tarde. — disse ele, claramente desconfortável com o interrogatório.

— Tudo bem, hora de dormir então. — Gisele deu de ombros, mas antes de sair do balcão, Sam notou os olhos inchados da irmã.

Ele se aproximou, a preocupação evidente em sua voz. — O que aconteceu?

— A base foi atacada. E... ainda não há confirmação de sobreviventes. — Gisele respondeu, sua voz quase falhando enquanto mordia a língua, tentando controlar as emoções.

— Então quer dizer que o Will... Oh, meu Deus, Gigi. — Sam imediatamente a puxou para um abraço apertado, segurando-a como se quisesse protegê-la de qualquer dor.

— Tá tudo bem. Eu vou ficar bem. Algo em mim me diz que o Will tá bem e vivo. — Gisele falou, afastando-se do abraço, tentando exibir uma força que ela ainda estava lutando para encontrar.

— Se você precisar de um ombro amigo — ou melhor, um ombro irmão — eu tô aqui. — Sam disse, bagunçando o cabelo dela com um sorriso reconfortante.

— Ei, essa é a minha função, sabia? — Gisele brincou, rindo levemente. O som da risada dela fez Sam acompanhá-la, e os dois ficaram ali, trocando aquele momento raro e doce de cumplicidade.

Judy e Ron que estavam escondidos perto da porta da cozinha, observando a cena. Judy deu um sorriso emocionado, enquanto Ron sussurrou:

— Esses dois... Eles vão ficar bem, não vão?

— Com certeza, Ron. Eles têm um ao outro. — respondeu Judy, apertando a mão do marido com carinho enquanto os dois continuavam assistindo os filhos em silêncio.

Já era madrugada quando Gisele foi despertada pelo som de um motor roncando seguido pelo grito desesperado de Sam. Ainda grogue, ela se levantou rapidamente, puxando a gaveta da bancada para pegar sua arma que sempre guardava ali. Sem perder tempo, desceu as escadas apressadamente, os pés batendo nos degraus enquanto sua mente tentava entender o que estava acontecendo.

Ao abrir a porta da frente, viu Sam montado em sua bicicleta, gesticulando freneticamente enquanto olhava ao redor. Seu olhar então se fixou na bicicleta do pai estacionado ao lado. Gisele correu até ele, guardando a arma no cós de sua calça de dormir antes de subir na bicicleta e começar a pedalar atrás do irmão, que seguia desesperadamente o carro roubado.

Logo, Gisele avançou o irmão, que estava ao celular tentando ligar para a emergência.

— Alô? É da polícia! O meu carro foi roubado! Eu e minha irmã estamos seguindo ele, manda uma viatura! — Sam gritava no telefone enquanto pedalava. — Não, não! Manda todo mundo pra cá! Escuta, para de me fazer perguntas! Meu pai é chefe da patrulha do bairro!

Os dois seguiram o carro até um terreno abandonado, onde Sam parecia prestes a correr diretamente para o perigo.

— Sam, espere! — Gisele disse, segurando-o pelo braço. — Precisamos ir com calma agora.

Descendo da bicicleta, Gisele liderou o caminho com passos cuidadosos. Os dois se esconderam atrás de uma pilha de ferros velhos, o coração dela acelerado enquanto tentava avaliar a situação. Foi então que viram algo que jamais poderiam ter imaginado: um robô gigante.

— Puta que pariu! — Gisele exclamou, completamente incrédula diante da cena surreal.

— Ai, meu Deus! — Sam balbuciou, tentando processar o que via.

O robô, que era na verdade o carro de Sam, levantou o braço e apontou para o céu, projetando um símbolo luminoso que se assemelhava a um chamado de emergência, como o sinal do Batman. Mas este símbolo era diferente, algo que Gisele reconheceu imediatamente como sendo o mesmo do volante do carro. Fascinada, ela observava a cena com olhos brilhantes, completamente em contraste com o pânico de Sam.

— Meu nome é Sam Witwicky, quem encontrar isso saiba que meu carro está vivo, tá legal? Viu isso? — Sam dizia para o celular enquanto filmava o robô. Ele então virou a câmera para a irmã. — Essa é minha irmã, Gisele Witwicky.

— Sam, cale a droga da boca! — Gisele disse irritada, arrancando o celular da mão dele.

— Já que são minhas últimas palavras... Mãe, pai, eu amo vocês! Se encontrarem revistas de mulher pelada embaixo da minha cama, não são minhas, estou guardando para o Miles! Não, tá bom, isso não é verdade. Foi o Tio Charles que me deu, me desculpem. Mojo, eu te amo!

Sem paciência, Gisele desligou o celular e bateu na cabeça dele. — Você endoidou de vez? Tem o quê na cabeça? Titica de galinha?

— Gisele... — Sam tentou falar, mas foi interrompido.

— Não comece com os seus surtos, Samuel James Witwicky! — ela o repreendeu, franzindo o cenho. — Vamos sair vivos daqui. Respira e não surta.

Sam acenou, tentando se recompor enquanto seguia a irmã. No entanto, Gisele parou abruptamente ao notar dois cachorros amarrados em um muro próximo.

— Sam! — disse ela, estendendo a mão para detê-lo enquanto apontava para os cães. Os dois começaram a latir e correram na direção deles.

— Corre! — gritou Sam, puxando a irmã pelo braço enquanto ambos fugiam desesperadamente.

Eles correram até um galpão com formato de cone gigante, onde subiram em cima de barris para escapar dos cães que latiam incessantemente, tentando alcançá-los. Logo em seguida, o carro de Sam entrou no galpão. Gisele, agora com a arma na mão, apontou para o veículo, pronta para agir caso fosse necessário.

— Por favor, para, não me mata! — Sam implorou, tirando as chaves do bolso do casaco. — Toma, pega o carro, o carro é seu! — Ele jogou as chaves e puxou Gisele pelo braço, quase a derrubando.

— Samuel! — gritou Gisele, tentando manter o equilíbrio.

— Whoa, parou, parou! — Sam disse ao ver o carro da polícia chegar. — Que bom que vocês chegaram!

— Mostrem as mãos! — os policiais gritaram, apontando suas armas para os irmãos.

— Não somos nós! O cara tá lá dentro! — Sam tentou explicar, mas foi interrompido.

— Cala a boca, anda na direção do carro! — um dos policiais ordenou.

— Eu sou militar! — disse Gisele, tentando se defender.

— Arma! — gritou um dos policiais ao avistar o objeto na mão dela.

— Irei colocá-la no chão. — Gisele respondeu calmamente, abaixando-se devagar e jogando a arma no chão. — Pronto.

— Coloquem a cabeça no capô! — ordenou o outro policial enquanto recolhia a bola de Gisele.

Os policiais conduziram os irmãos Witwicky até a delegacia, onde ambos foram interrogados e deram seus depoimentos. Após o relato, eles foram deixados em uma sala para aguardar a chegada de Ron, que deveria buscá-los. O silêncio no ambiente era quase palpável até que Sam resolveu quebrá-lo.

— Eles não estão mortos. — Sua voz soou firme, carregada de uma convicção inesperada.

— O quê? — Gisele virou-se para ele, surpresa.

— Seu time, o Will... Eu sinto que eles estão vivos. — Sam continuou, olhando para a irmã com uma expressão que misturava otimismo e preocupação.

O comentário fez Gisele sorrir levemente. Apesar da situação em que estavam, as palavras do irmão tocaram fundo em seu coração.

— Eu também sinto, Sam. Eu também. — Murmurou, abraçando-o de lado.

Antes que pudessem continuar a conversa, um policial apareceu na porta.

— O pai de vocês chegou. — Informou secamente, gesticulando para que saíssem.

Assim que saíram da sala, Gisele avistou Ron encostado na parede do corredor. Ele parecia exausto, os ombros caídos e a expressão de frustração evidente em seu rosto. Era compreensível: ser acordado no meio da noite com uma ligação informando que seus filhos estavam na delegacia era, sem dúvida, uma situação desgastante.

— Então, vão me explicar exatamente o que aconteceu? — Ron perguntou, cruzando os braços enquanto os observava.

Antes que pudessem responder, um dos policiais interferiu.

— Vamos lá, explica de novo o que aconteceu. Quero ouvir mais uma vez. — Disse o homem, com um tom de voz carregado de sarcasmo.

Sam, tentando manter a calma, começou a relatar os eventos.

— Não dá para ser mais claro do que eu estou sendo agora. O carro... se levantou. Minha irmã estava lá, ela viu também.

Gisele, ao ouvir isso, lançou um olhar fulminante para o irmão, praticamente ordenando silenciosamente que ele calasse a boca.

— Se levantou? — O policial repetiu com um sorriso debochado. — Nossa, que incrível! Tá bom, moleque. Aqui está, exame de urina, e vê se não pinga fora. — Ele estendeu um saquinho e um potinho para Sam.

— Qual é o seu problema? Que droga está usando? Qual é a marca do talquinho? — Continuou, com evidente desdém.

— Eu não uso drogas! — Sam retrucou, visivelmente irritado.

O policial ignorou a resposta e retirou do bolso um pequeno frasco.

— E o que é isso aqui? — Perguntou, balançando o frasco diante dos irmãos. — Estava no seu bolso, “Mo-jo”. É isso que estão usando agora? Uma dose de Mojo?

— São os analgésicos do nosso cachorro. — Gisele respondeu, cruzando os braços.

— É, ele é um chihuahua. — Ron completou,fazendo um gesto com a mão como se fosse Mojo.

— O quê? — O policial virou-se para Sam, como se não tivesse escutado direito.

— Hum? — Sam resmungou, confuso.

— Tá olhando para a minha peça, moleque? — Disse, apontando de forma teatral para a própria arma. Gisele franziu o cenho, completamente perplexa com a atitude absurda do homem.

— Se quiser, vai fundo, pega, porque eu prometo que vou acabar com a tua raça. — Ele continuou, desafiador.

— Mas que merda. — Gisele murmurou, balançando a cabeça.

Sam, finalmente perdendo a paciência, rebateu:

— Você tá drogado?

Gisele, incapaz de se conter, soltou uma gargalhada alta, jogando a cabeça para trás. A cena era tão absurda que ela simplesmente não conseguiu se segurar.

— Isso é engraçado para você? — O policial perguntou, agora direcionando sua atenção para ela.

O ambiente na delegacia era uma mistura de tensão e cansaço, mas Gisele mantinha-se firme, sua postura impecável enquanto encarava o policial arrogante.

— Sinceramente? Bastante. — Respondeu ela, ainda rindo, desarmando completamente a seriedade do homem. Ao seu lado, Ron observava tudo, massageando as têmporas, enquanto Sam mal conseguia esconder sua admiração.

— Pois estou vendo um arrogante bancando o macho alfa. — Gisele ajeitou sua postura, cruzando as mãos atrás das costas. Sua voz era firme, mas carregava uma leve provocação. — Abusando do cargo que exerce.

O policial não gostou nada da ousadia e estreitou os olhos, irritado.

— Eu posso atirar em você. — Declarou ele, levantando a arma como se aquilo fosse intimidá-la.

Gisele arqueou uma sobrancelha e abriu um sorriso malicioso.

— Tenta a sorte. — Disse calmamente. — Você teria coragem de atirar isso em um soldado?

O homem, claramente incomodado, apontou  a arma diretamente para ela. Mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, Gisele, com um movimento ágil, desarmou-o, tirando a arma de sua mão e removendo o pente com facilidade. Ela jogou o pente no chão e apontou a arma descarregada de volta para ele.

— Antes de apontar isso para alguém, deveria saber do que seu oponente é capaz. — Disse, piscando de forma provocativa.

Sam observava tudo com uma expressão de fascínio e murmurou:

— Melhor irmã de todas.

O movimento de Gisele provocou uma reação imediata; outros policiais na sala apontaram suas armas para ela. Mas antes que algo mais sério acontecesse, a voz autoritária de Ron ecoou pelo ambiente:

— Gisele!

Outro policial mais sensato entrou no meio da confusão.

— Abaixem as armas, idiotas! Não estão vendo que ela descarregou a arma? — Praguejou, claramente irritado com a situação.

Gisele, mantendo a calma, entregou a arma descarregada de volta ao policial.

— Aqui está. Gostaria que devolvesse a minha agora. — Disse, com um leve sorriso.

Logo, um outro oficial entrou trazendo a arma de Gisele.

— Obrigada. — Disse ela, pegando-a e verificando o pente para garantir que nenhuma munição havia sido removida. Ao confirmar que tudo estava em ordem, ela guardou a arma no cós da calça com naturalidade.

— Estão liberados. — Anunciou o oficial responsável.

— Agradecida. — Gisele respondeu, acenando levemente antes de começar a caminhar em direção à saída, com Sam logo atrás dela.

Quando estava prestes a sair, o policial arrogante a chamou:

— Ei, garota, qual a sua patente?

Gisele parou no meio do caminho, virou-se devagar, e lançou um olhar penetrante para ele, seu sorriso confiante retornando aos lábios.

— Para você é Tenente Witwicky. — Respondeu com firmeza, antes de sair, deixando o ambiente em silêncio absoluto.




﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧• Como prometido, aqui está o segundo capítulo da história!E o primeiro capítulo de 2025.

﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Aviso importante: Este capítulo tem uma parte bônus! Nele, incluí a parte do ataque à base onde o Will está. Por isso, este capítulo está dividido em duas partes, e no próximo capítulo abordaremos exclusivamente os eventos do ataque.

﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Uma confissão, eu queria fazer a nossa querida Gigi "sofrer" mais pela suposta morte do Will, mas não consegui. Fiquei com pena dela e resolvi dar a ela um pressentimento sobre ele estar vivo. E, adivinhem? A diva está certíssima!

﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Quando Gigi e Will finalmente se reencontrarem, imagino que a primeira conversa deles vai ser algo mais ou menos assim:
Gigi : "No tempo em que você supostamente morreu, descobri a existência de robôs alienígenas e fui presa."
Will : " E eu quase fui explodido por um deles! Ah, e um escorpião robô ainda perseguiu a mim e à nossa equipe no deserto, quase nos matando de novo"
Vocês conseguem imaginar essa cena?Porque eu SUPER consigo.

﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Ah, e falando em cenas, eu adorei escrever a parte em que a Gigi enfrenta o policial arrogante. Foi tudo! Ela entregou coragem, personalidade e aquele jeitinho único que só ela tem.

﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Espero que vocês estejam gostando tanto dessa história quanto eu estou amando escrevê-la. Não se esqueçam de votar e comentar! Cada comentário de vocês é uma injeção de ânimo e me inspira a continuar. Quero muito saber o que estão achando!

﹒⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Lembre-se: Sem sacrifício, não há vitória. Vamos juntos nessa aventura!

2025©

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