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19 𝖽𝖾 𝖺𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈 𝖽𝖾 2011

Hannah Grimes

Já dentro do bloco de celas, eu arrumava meus pertences na cela em que Lara me obrigou a ficar. E é óbvio que minha sobrinha não quis ficar sozinha. Fez Daryl e Rick arrastar uma terceira cama para aquela cela e a colocar no lado direito da cela. A garotinha estava muito feliz, arrumando todos os brinquedos em um cantinho que não fosse tão mórbido.

— vai dormir em puleiros, igual galinha? – pergunto à Daryl. Está colocando o colchão no corredor do pavilhão de cima, em frente à minha cela. — o que pretende fazer, me observa dormir?

— aposto que Camila irá se sentir mais segura se eu dormir na porta do quarto dela. – ele brinca.

A garota pausa a organização, encarando o tio ao lado de fora. Ela se anima com o colchão no chão e corre em sua direção, se jogando sobre meu namorado.

— que legal, tio Daryl. Vamos fazer uma festa do pijama, isso é irado. – ela o responde, me permitindo gargalhar.

Daryl tenta desfazer o que acaba de acontecer, mas é quase que impossível dizer não a esta garota. Ao ver o desespero em seus olhos, decido que posso parar de rir de sua cara e ajudá-lo, pois sou uma boa pessoa.

— o tio Daryl não vai dormir aí, meu amor. Ele vai ficar de guarda esta noite e amanhã irá dormir na cela ao lado, onde é mais confortável e possue bem mais privacidade. – digo, tirando a garotinha do colchão. — mas, você pode propor essa ideia para a sua amiga, Beth. O que acha?

— que seria bem mais legal com o tio Daryl, mas a Beth também é muito agradável.

Camila vem tendo aulas de linguagem com a mãe e a tia, Lori. Descobriu palavras novas e usa palavras consideradas difíceis para crianças de sua idade. Por exemplo, outro dia ela chamou meu irmão de crápula. Lara e Lori não a ensinaram esta palavra, ela me ouviu dizer.

Ela me dá as costas, indo em busca da Greene mais nova. Beth é uma garota muito doce, adora crianças. Ela e Camila possuem uma boa relação, como Jeff e eu tínhamos quando criança.

— eu não vou dormir em uma cela. – Daryl resmunga assim que minha sobrinha some. O encaro, levando as mãos para a cintura. — hoje. Não vou dormir em uma cela hoje, porque vou estar de vigia na torre. Caramba, o que você fez comigo?

Sorri, beijando seus lábios. Na verdade eu também não sei como tenho um homem tão ranzinza na palma da minha mão. Não posso me gabar tanto, também deixo que ele me obrigue a fazer certas coisas quando sei que é para um bem maior. Nos soltamos ao ouvirmos o pigarro de alguém.

Glenn estava na ponta da escada, esperando para falar. Daryl sorri pequeno, nos deixando a sós no pavilhão. O coreano se senta no último degrau da escada, esperando que eu me juntasse a ele. Suspiro, me rendendo ao disfarce de curiosidade, que na verdade é saudade emcubada.

— aconteceu alguma coisa? – questiono, insegura.

Ele respira fundo, como se buscasse coragem para dizer uma bendita palavra. Eu não espero muito quando se vem do Glenn, não mais. Já fomos inseparáveis ao ponto de sempre saber o que o outro sentia ou iria dizer, mas muita coisa mudou desde que Giulia foi deixada. Nós mudamos.

— não, na verdade eu...eu vim agradecer por ter salvado a Maggie hoje mais cedo. Se não fosse por você, eu nem sei o que faria.

— estaria perdido, com certeza. – brinco, o arrancando um riso. — amiga é 'pra essas coisas, está tudo certo. Aposto que ela também não pensaria duas vezes se fosse eu em seu lugar.

— do jeito que andam inseparáveis, tenho certeza de que não mesmo. – ele diz, dando um riso anasalado. Glenn vira o rosto para mim, encarando meus olhos. — você mudou, está mais forte.

Deixo que uma risada baixa escape meus lábios, balançando a cabeça em movimentos afirmativos. Os oito meses que passamos na estrada foram difíceis e cruéis, a mudança foi necessária. Enquanto os homens saíam em busca de comida, eu treinava nos fundos da casa que nos abrigou durante três meses. Saía para caçar com Daryl e ele me ensinou a matar zumbis usando facas. Um pouquinho de luta corporal, outro de caça. Me moldei para o novo mundo.

— todos nós mudamos.

— você mudou mais. – ele rebate. Franzo o olhar, não o compreendendo. — não ficou só mais forte e aprendeu coisas novas. O modo de andar, a entonação de voz. Tirando o fato de que evoluiu no seu toque quando mente. Antes, quando mentia para alguém, você coçava o pulso, agora costuma balançar o pé esquerdo ou cruzar os braços.

— eu mudei a maneira de andar? Como isso é possível? – finjo interesse no início da conversa. Lara já havia comentado sobre este assunto comigo, não é algo novo. Mas eu não havia reparado que alterei meu tique nervoso. — tudo bem, talvez eu faça isso. Mas, supondo que eu realmente pratique estes atos enquanto minto...como é que você reparou?

Pude sentir quando o clima intenso entre nós se esvaiu feito fumaça. Glenn sorriu de verdade agora, como antigamente. E eu senti que éramos nós outra vez, os dois melhores amigos inseparáveis.

— qual é, Hannah. Eu te conheço há quatro anos e meio, sei exatamente quando a minha melhor amiga está mentindo. Além do mais, você não é muito convincente nas suas desculpas.

Dou risada, dando de ombros. Fingi naturalmente quando na verdade o coração pulsou forte e o peito apertou.

— você também evoluiu. Agora é corajoso.

— não se engane, eu ainda morro de medo. – revela, brincalhão. — mas precisam de mim, e se eu não for a Maggie vai sozinha, então...meio que sou obrigado.

Rimos, juntos. E eu tive vontade de parar no tempo durante aquele momento, porque é sempre mágico dar risadas com o Glenn. O som que ele emite ao rir é incrível, e me alegra também. Nossos risos cessam e nos encaramos por um momento, percebendo o que acaba de acontecer.

— acha que algum dia a gente vai voltar a ser como antes?

Sua pergunta me pegou completamente desprevenida, logo não deu para esconder o pequeno sorriso que me escapou e nem meus olhos baixos.

— sinceramente, eu espero que sim. – o respondi, o olhar focado no degrau abaixo de nós. — o que você acha?

— que se a Giulia visse a gente agora, provavelmente nos acertaria três tapas, quatro chutes e falaria por quarenta minutos o quanto nós somos importantes um para o outro. Depois ela nos obrigaria a se acertar e ficaria brava por passarmos tanto tempo longe.

Levanto o olhar para ele, sorrindo pela verdade. Giulia nunca gostava quando Glenn e eu brigávamos, ela sempre buscava uma solução para os nossos problemas. Mentia dizendo que o outro estava pedindo desculpas ou chamando para se acertar, nos trancava na sala e ia assistir desenhos no quarto até tudo estar resolvido.

— é, ela acabaria com a gente.

[....]

Os meninos saíram para explorar a prisão. Maggie quis ir junto para a segurança do pai, mas me pediu para ficar de olho na irmã mais nova. Beth não é nenhuma garotinha ingênua, mas precisa sim de alguns cuidados se não está na companhia dos familiares.

Carl ainda inssistia com a história de treinar antes do aniversário de quatorze e estava prestes a enlouquecer a pobrezinha da Lori. Camila corria pelo corredor largo enquanto eu e a mãe varriámos o chão empoeirado.

— faltam apenas dois meses, Carl, tenha calma. – Beth diz, tentando ajudar minha cunhada. — o meu pai também está esperando o meu aniversário para me deixar aprender a usar armas, sejam elas de fogo ou brancas.

— mas o seu aniversário já passou. – meu sobrinho rebateu. Beth me encara, como se eu fosse a culpada pelo garoto saber daquela informação. — não foi a tia Hannah quem me contou, eu descobri sozinho.

— não minta, filho de Lori. Foi Camila quem ouviu e contou para ele, Beth.

— ser meu filho agora virou insulto? – questionou com o cenho franzido enquanto dobrava roupas.

Minha irmã dá de ombros, pouco se importando.

— em fim. – Beth atrai a atenção de volta à ela. — mas de qualquer forma, eu ainda não comecei o treinamento. Hannah e Glenn são dois pilantrinhas que só engaram seus clientes.

Era para Glenn e eu termos dado início ao treinamento de Beth na semana passada, mas muita coisa nos impediu. Agora que estamos em um lugar seguro, podemos treinar quem quisermos e a hora que quisermos.

— não confie na Hannah para te ensinar algo, ela é péssima em quase tudo.

— ingratidão demais para quem foi salva por mim. – rebato, implicando ainda mais com minha irmã. — quando a gente se instalar e estabelecermos uma nova rotina, eu levo você para disparar algumas armas, Betinha.

— ingratidão demais com quem alegrou seus dias desde o nascimento, tia Hannah. – meu sobrinho retruca, nos causando umas boas risadas. — isso, vão rindo. Quando eu me tornar o maior arqueiro da história, não me venham pedir por misericórdia.

E ele saiu, completamente indignado. Nossa paz foi roubada por gritos de desespero e meu irmão ordenando que a grade fosse destrancada. Carl corre com o molho de chavez enquanto Lara agarra a filha e eu puxo a pistola, pronta para atacar. Mas é algo mais preocupante que nos aparece. Maggie estava aos prantos enquanto Daryl e meu irmão carregavam Hershel ensanguentado.

— o que diabos aconteceu? – questiono, mas Beth entra em minha frente, entrando em desepero com a resposta do meu irmão. — coloquem ele na cama, agora. Tirem as garotas daqui, eu preciso de espaço.

— ele foi mordido. Cortei o calcanhar fora, mas não sei se o vírus conseguiu se espalhar. Pode impedir que ele sangre até a morte?

Hershel teve parte da perna amputada e ainda estava consciente, o que é uma coisa boa. Mas eu estava diante um amigo em perigo e sob muita pressão.

— Hannah, foco. – Glenn gritou após se enfiar entre as pessoas. Ele se abaixa ao meu lado, tentando me fazer enxergá-lo. — precisamos de você agora, você tem que ajudá-lo ou ele irá morrer. Isa, preciso da doutora agora. O Hershel precisa de você.

Pisco, tomando de volta as rédeas da situação. Analiso a amputação. Está em bom estado.

— traga toalhas limpas. Acho que ainda tenho água oxigenada ou soro fisiológico nas minhas coisas. Preciso estancar o sangramento, então tragam álcool. – ordeno, me levantando. Vou até Hershel, checando o pulso e os olhos. — os batimentos estão acelerados, pupilas normais. Quero todo mundo pra fora, estamos em uma prisão e não queremos que isso infeccione. Carol, você fica. Preciso de ajuda com a limpeza do ferimento.

Daryl volta feito foguete, me entregando tudo que pedi enquanto Lori me estendia as toalhas brancas. Suspiro, abrindo o lacre da água oxigenada e jogando no local. Hershel geme de dor, se contorcendo. Mas isto nem é o pior. Carol me estende o soro e depois o álcool.

— tudo bem. Hershel, isso vai doer 'pra cacete, mas deve ajudar no sangramento.

Derramo o álcool no tecido ensanguentado e ele gritou ainda mais alto. Aperto os olhos, sentindo o sangue vermelho pingando em minha mão enquanto enrolava a toalha branca ao redor do membro amputado. Hershel se cala, mas suas filhas não.

— o que aconteceu? Por quê ele não está mais gritando? – Maggie questionou, desesperada. — por quê ele não responde?

— ele só desmaiou, está tudo bem. – respondi no mesmo tom. — querem me fazer o favor de tirá-las daqui? Não consigo me concentrar desse jeito.

É uma situação onde não há muito o que fazer. Não com as opções que temos. Se quisermos que Hershel sobreviva, teremos de achar a enfermaria deste lugar e rezar para que tenham deixado antibióticos por lá.

— por hora, é tudo o que consigo fazer por ele. O sangramento foi estancado, mas ele vai precisar de antibióticos para suportar a dor. Explorem o lugar, assaltem uma farmácia, mas encontrem. Sem isso, ele morre. – suspiro, me levantando. Tiro a mecha loira que caia sobre meus olhos, limpando o suor no local. Encaro Hershel desmaiado na cama, torcendo os lábios. — acho melhor algemarem ele, por precaução.

Por favor, que ele sobreviva. Que Deus nos ajude.























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001: nada não, só pra dizer que falta isso aqui 🤏 pra Giulia voltar.

Beijinhos da Malu!💋

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