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24 de outubro de 2010

𝗛𝗮𝗻𝗻𝗮𝗵 𝗜𝘀𝗮𝗯𝗲𝗹 𝗚𝗿𝗶𝗺𝗲𝘀

Não demorou muito para que as crianças se acordassem. Giulia e Carl realmente se deram muito bem e, aparentemente, fizeram uma nova amiguinha loira. Sophia. Eles a trouxeram até mim para me apresentar, ela é tão doce quanto os meninos.

Montamos uma cozinha improvisada, com tudo o que precisamos para cozinhar e sobreviver por um tempo. Me voluntariei para ajudar as meninas na cozinha, mesmo não sabendo cozinhar nada além do básico da sobrevivência.

— te vi subindo do lago com o Daryl logo cedo — Amy comenta baixinho, como se fosse um segredo — o que rolou?

— nada demais — dou de ombros — ele me esperou tomar banho e subimos juntos.

Ela faz uma cara de desapontada, me fazendo sorrir.

— desculpe, Amy, mas não é como se fosse rolar algo entre eu e ele assim do nada. Nos separamos tem quase quatro anos, ele já deve ter superado isso há algum tempo.

— tem certeza? Eu acho que não — olha discretamente para trás, me fazendo olhar também — ele me parece bem atento a você.

Avisto Daryl. Está olhando em nossa direção. Mas se eu bem conheço Daryl Dixon, ele pode simplesmente estar olhando para um ponto fixo enquanto sua mente viaja em pensamentos divididos entre muito preocupantes e depressivos e outros muito otimistas, mas com um pé no chão.

— acho que não. Deve ser só impressão mesmo.

Amy não toca mais no assunto e continuamos preparando o almoço. Vez ou outra ela puxava uma conversa sobre qualquer outra coisa, contava piadas ruins e me fazia rir bastante. É uma garota legal e prestativa, acho que vamos nos dar muito bem juntas.

Assim que finalizo minha ajuda na cozinha e as pessoas se juntam para comer, eu me retiro e vou para o meu carro. Realmente não estou com apetite hoje. Talvez seja todo o estresse, talvez seja o luto, ou então é apenas o meu estômago embrulhando ao se lembrar que vivemos em meio de zumbis.

Minha cunhada não deixou isso passar despercebido. Lori realmente age como uma mãe comigo. E para mim ela foi bem mais mãe do que a minha própria mãe.

— hey, Bel — ela chama, dando a volta em meu carro, carrega um prato de comida e um copo de suco de laranja — não achou que iria ficar sem comer, achou?

Estou sentada no banco de trás, a porta abertada para que o vento possa entrar. Ela sorri pequeno, me entregando o prato e me fazendo imitar o ato. Atos de serviço com certeza era sua linguagem de amor.

— não precisava, Lori, sério. Eu ia comer qualquer coisa depois.

— você não me engana, sei muito bem que iria enrolar durante o dia inteiro e não ia comer nada.

Ponto para Lori.

— você já comeu? — pergunto, uma sobrancelha arqueada

— estou indo agora. Quando eu voltar, quero que tenha comido tudo, estamos entendidas? — aponta para mim, tentando parecer séria.

— sim senhora, mamãe — faço continência, ela sorri.

Lori volta para a roda de pessoas que se formou ao redor da fogueira apagada e eu continuo no meu carro. Não sou muito sociável, não sei como me enturmar e não gosto de comer na frente de outras pessoas, me sinto intimidada.

Curtir minha própria companhia não foi algo que durou por muito tempo. Considerando que a irmã do meu melhor amigo age como se eu fosse a adulta responsável por ela e deixa claro que sou sua adulta favorita, eu deveria saber que não ia rolar almoçar sozinja.

— afasta, tia — ela mandou.

A garotinha segura seu prato e um copo nas mãos, parada ao meu lado. Afasto, adentrando ainda mais o banco do carro e ela se senta ao meu lado, colocando o copo de suco entre as pernas.

— não quis comer com o Carl?

— ele é bem legal, mas eu gosto mais de você — dá de ombros — não é muito agradável ficar sozinha, então eu vim fazer companhia para a senhora.

Sorrio, encantada com o amor e a fofura  que Giulia transmite. Os Rhee fizeram um ótimo trabalho ao criar essa garota.

— muito gentil da sua parte — digo — e a nova amiguinha?

Gigi disparou a contar tudo sobre a nova amiga que fez no acampamento. Contou o que achou da minha família e até do Shane, me deu tantos detalhes que vez ou outra eu até me arrependia de ter perguntado. Mas fico tão feliz em ver ela se distraindo e não focando no caos que está o mundo lá em baixo.

Ouvir a voz animada da garotinha ao meu lado fez com que eu esquecesse da dor por alguns minutos. Ver ela falar sobre as novas amizades e o quanto eles são legais e divertidos faz com que meu coração fique quentinho e desaperte por um instante. Gigi me faz feliz.

A esta altura já terminamos nosso almoço, só estamos enrolando para ir lavar os pratos no trailer do velinho que eu não me recordo o nome.

— onde está o Bart, tia Hannah? — ela pergunta enquanto olha em volta

— dormindo, em cima das nossas cabeças — aponto para trás

Bart dorme na parte superiro do porta-malas. Ela suspira aliviada e leva a mão ao peito.

— que susto, pensei que ele tinha saído sozinho

— ele é preguiçoso, quase não sai daqui e quando sai, eu sigo ele ou mando o Carl. Vem, vamos lavar os pratos.

Ela se levanta e eu vou logo em seguida. Conversamos animadamente durante o trajeto até o trailer do senhor. Glenn estava na porta, conversava com a Amy, como de costume.

— onde estavam? Não vi vocês durante o almoço

— no carro — a garotinha responde — eu fui fazer companhia para a tia Hannah, já que você a trocou por outra loira.

Glenn arqueia as sobrancelhas, assim como a loira ao seu lado. Que Gigi é ciumenta eu já sei, só não sabia que ela também tinha ciúmes do Glenn com outra amizade.

— calma ai, mini Rhee — digo, segurando a risada — me dá seu prato e vai brincar com os meninos, vai

Ela faz uma careta engraçada, mas me entrega o prato vazio. Lança um olhar reprovador para o irmão e sai andando em direção ao Carl, então me permito a dar risada.

— Gigi é ciumenta — digo, dando de ombros — se me dão licença, eu vou lavar os pratos.

Deixo os dois conversando e adentro o trailer. Não tem ninguém ali, o que me deixa mais confortável. Coloco os pratos e copos na pia e começo a lavá-los, até que sinto a presença de alguém ao meu lado.

— Hannah — chama, está hesitante — por um acaso, você não tem o mesmo pensamento que a minha irmã, não é?

Olho para ele, avistando um Glenn preocupado ao meu lado. Dou um sorriso tranquilo.

— sua irmã de doze anos?

— tem ou não? — pergunta impaciente

—  claro que não, Glenn. Sua irmã é ciumenta, não eu.

— e não está chateada por eu ter almoçado com a Amy e o T-dog ao invés de você?

— eu nem ia almoçar — balanço os ombros — Lori me entregou a comida, eu ia guardar em um recipiente com tampa para comer em outra hora, mas sei que a Gigi ia me entregar. Então me esforcei e comi tudinho.

Ele me olha com uma cara nada agradável, me fuzila com os olhos e eu tenho certeza que se ele pudesse, me daria um tapão nas costas agora mesmo.

— acabou de garantir minha presença em todas as sua refeições, cabelo de palha.

— agressão verbal? — levanto uma sobrancelha — não chore quando eu chamar você de chinês.

— isso é apelação, Hannah — rebate, o dedo indicador levantado na altura dos olhos, me fazendo dar risadas.

— não, é uma jogada de mestre.

Termino de lavar as louças e desçemos do trailer, Glenn me contava piadas totalmente sem graças, mas que eu ria bastante apenas pelo jeito atrapalhado dele contar.

— cara, você é péssimo com piadas — digo, abrindo a porta do motorista

— eu conto as melhores piadas que você já ouviu, garota.

— não, você realmente é péssimo nisso. — digo rindo, enquanto ele me olha emburrado

— então por que está rindo? — cruza os braços — admita, você gosta das minhas piadas sem sentidos.

— e te dar esse gostinho? — pego uma garrafinha de água e bebo um gole longo — jamais, Rhee.

Ele babulceia palavras que eu não entendo e puxa a garrafa das minhas mãos, bebendo metade da minha água.

— vem cá, é impressão minha ou o seu amigo não gosta muito de mim? — franzo a sobrancelha, não sabendo de quem ele falava — o policial, Hannah. Ele me olha estranho.

Shane estava do outro lado do acampamento, nos observando como um stalker assassino. Se eu não o conhecesse, diria que está tentando nos matar.

— Shane é assim mesmo, é só não ligar.

Ele dá de ombros e me empurra no banco, me fazendo dividir o espaço pequeno com ele.

— como se sente hoje? — apoio minha cabeça em seu ombro

— estranha. O luto é assim, não é?

— sinceramente? Eu não sei muito sobre o luto, nunca fui próximo da minha família e não senti tanta dor com a partida deles, só dos meus avós, e mesmo assim, eu ainda era muito novo.

— é como se tivesse um buraco em meu peito, um buraco grande e muito fundo. Eu tento manter a mente ocupada, para não ter tempo de pensar no que está acontecendo, mas é inútil. É só eu me sentar e ficar em silêncio por alguns segundos e tudo vem à tona outra vez.

— não pode adiar o luto, Hannah. Precisa doer muito para não doer mais, precisa sentir e colocar tudo pra fora para poder finalmente ficar em paz.

Rick é uma dor recente, muito recente. Sei que ainda vai doer bastante e terá dias que tudo o que eu vou precisar é dele ao meu lado. Por mais que doa tanto hoje, eu sei que vai doer menos amanhã.

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