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Acampamento Meio-Sangue ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ ᵈᵒᶦˢ

🔱 | PERCY JACKSON POV'S | 🌊
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Flashs de lembranças se passavam em minha mente como vultos. Sra. Dodds, o Minotauro, minha mãe. Em um momento, me vi na Yancy, no instante em que "eu" tinha empurrado Nancy no chafariz. Eu via a mim mesmo levantando e indo até Nancy, e, sem ao menos tocá-la, ela foi arremessada no chafariz.

No momento em que a garota gritou que eu a tinha empurrado, todos olharam para mim, assumindo formas estranhas.

Monstros. Eles vinham de todos os lados tentando me matar; outros apenas ficavam olhando.

Até que o som da chuva batendo sobre a janela e os fortes trovões me fez despertar. Estava escuro, e a única fonte de luz era o que parecia ser uma vela e os relâmpagos que vinham pela janela.

Mal percebi que alguém estava me observando.

— Você baba enquanto dorme — uma voz ecoou.

— O que vai acontecer no solstício de verão? — a voz perguntou, e vi uma figura se aproximar de mim.

— Annabeth! Não deveríamos estar aqui, vamos embora — outra voz disse. Essa era diferente da anterior; porém, as duas eu distingui como vozes femininas.

Antes que pudesse responder, minha visão começou a escurecer novamente antes de desmaiar.

Aos poucos, abro meus olhos com um pouco de dificuldade; meu corpo doía, principalmente minha cabeça, que parecia ter levado dezenas de marteladas.

— Você acordou — olho para o lado ao ouvir uma voz, e me deparo com Grover sentado em uma cadeira ao lado da cama onde eu estava deitado. O mesmo parecia ter passado noites sem dormir direito.

— Está tudo bem, você tá seguro agora — Grover disse.

— Realmente aconteceu — respondi, olhando para o teto.

— Bem, matar um monstro daqueles é para poucos. Você ficou dois dias desacordado — pude ver Grover dar um pequeno sorriso ao mencionar que eu tinha matado aquele monstro. — Eu queria que todo mundo soubesse e... — o interrompi.

— Você viu? Viu o que aconteceu com a minha mãe? Ela realmente se foi? — perguntei ainda olhando para o teto.

— Eu vi, eu sinto muito por... tudo isso. Eu fracassei... — desviei o olhar do teto para Grover enquanto o ouvia falar.

— Meu trabalho era te proteger e te trazer para cá em segurança, mas talvez se eu tivesse contado a verdade antes... — seu tom exalava tristeza; suas orelhas agora meio pontudas estavam levemente abaixadas.

— Sua mãe ainda estaria aqui e... — o interrompi novamente.

— Para, por favor — exclamei, passando a mão pelo rosto, limpando uma lágrima.

— Percy, eu sei que não é fácil, mas eu quero falar sobre isso...

— Eu não — rebati, me sentando na cama. Levei meu olhar à cômoda ao lado da cama; tinha um copo com o que parecia ser suco de maçã, um canudinho azul e um guarda-chuva de papel enfiado em uma cereja. Estendi a mão, pegando o copo com certa relutância, pensando se deveria provar ou não. Dei de ombros e levei o canudinho à boca, sugando um pouco da bebida.

Me surpreendi com o gosto. Eu esperava um suco de laranja, mas não tinha nada a ver com isso. Era gosto de biscoito com gotas de chocolate, os biscoitos com o chocolate ainda derretendo, como se tivessem sido acabados de ser tirados do forno. Ao beber aquilo, me senti cheio de energia; minha tristeza não havia ido embora, mas era como se minha mãe tivesse acariciado minha bochecha com um sorriso dizendo que iria ficar tudo bem. Antes que pudesse me dar conta, já havia bebido todo o copo.

— Estava bom? — perguntou Grover com um olhar curioso.

Fiz um sim com a cabeça e me toquei, sentindo-me levemente culpado por não tê-lo oferecido um gole.
— Qual era o gosto? — Grover perguntou novamente.

— Biscoitos com gotas de chocolate tirados do forno — respondi. — Os da minha mãe.

— E como você se sente?

— Com energia suficiente para jogar Nancy Bobofit a cem metros de distância. Aquela ruiva sardenta — ouvi uma risada abafada vinda de Grover.

— Olha, Percy... A gente precisa convers...

— O seu trabalho era me trazer aqui a salvo. Então aqui estou. Não é sua culpa — disse enquanto me levantava e pegava meu casaco, vestindo-o e indo até a porta.

Realmente não era culpa de Grover minha mãe ter morrido. Eu não podia culpá-lo por isso, afinal. O que ele tinha que fazer era me trazer aqui, e ele fez. Eu tinha certeza de que Grover fez o que pôde para que eu e minha mãe tivéssemos ficado bem.

— O seu trabalho era me trazer aqui a salvo. Então aqui estou — repeti, enquanto me levantava e pegava meu casaco, vestindo-o e indo até a porta.

— Aonde vai? — Grover perguntou, parecendo confuso, e olhei para ele.

— Eu tive que vir pra cá porque meu pai é um deus. Então eu vou encontrá-lo — disse, girando a maçaneta. Pude ouvir Grover dizer algo, mas simplesmente não dei atenção e saí.

Caminhei um pouco por um corredor e abri outra porta, dando de cara com uma sacada. Me aproximei, vendo uma paisagem linda. Várias árvores, adolescentes caminhando tranquilamente, havia um rio e, próximo a ele, canoas enfileiradas. Dei a volta, não tirando os olhos daquela visão, até me deparar com um homem sentado numa mesa.

O meu chute era que ele tivesse por volta de uns cinquenta anos. Ele tinha cabelos grisalhos, estava usando uma camisa florida meio alaranjada, óculos escuros e uma latinha de refrigerante em mãos. Ele parecia estar dormindo. Ao seu lado estava uma cadeira de rodas vazia que me parecia muito familiar.

Meio relutante, me aproximei.
— Com licença, eu sou Percy Jackson e sou novo por aqui — me pronunciei, um pouco nervoso.

— O Peter Johnson chegou! — o homem gritou de repente, me fazendo dar um passo atrás.

Peter Johnson? Quem é Peter Johnson? Se ele estivesse falando de mim, com certeza não tinha ouvido meu nome direito, mas é melhor deixar isso de lado nesse momento. Talvez ele tivesse algum problema de audição. Não seria certo culpá-lo por falar meu nome errado.

— Ok... Esse não é o meu nome. Eu estou procurando o diretor ou diretora desse lugar — disse, o vendo abaixar os óculos para olhar para mim.

— Espera aí! — olhei para trás, vendo Grover correr até mim. O som que seus cascos faziam denunciava sua chegada. Ele parecia levemente desesperado.

— Percy, esse é o Senhor D, o diretor do acampamento — Grover disse, parando ao meu lado.
Grover se virou para o mesmo. — Senhor D, esse é Percy Jackson — Grover me apresentou para o mesmo.

— Sim, eu ouvi da primeira vez, Grover — o homem retirou seus óculos enquanto olhava para Grover. No momento, segui me perguntando se ele era idiota o suficiente para ter falado meu nome errado de propósito.

— Será que ouviu mesmo? — eu perguntei de forma cínica, logo sentindo Grover puxar meu ombro para o lado.

— Eu acho melhor não provocar ele — Grover sussurrou.

— Foi ele que começou — rebati.

— Percy, D é de Dionísio, esse é o Dionísio — Grover explicou.

Dei uma rápida olhada para o homem que parecia não ligar muito para nós ali.

— Como assim Dionísio? O deus Dionísio? — eu perguntei para Grover, que apenas assentiu.

— Não acredito — eu disse, surpreso.

— É verdade — Grover respondeu. Então, nos viramos para Dionísio novamente, que agora olhava para mim.

Eu estava na frente de um deus e nem fazia ideia. Ok, admito que fiquei um pouco irritado por ele ter errado o meu nome propositalmente.

— Com licença, alteza? Eu acho que meu pai deve estar por aqui — eu disse. Dionísio apenas soltou um riso.

— E eu não sei como encontrá-lo, já que nem sei quem ele é, mas eu acho que deveria falar com ele — eu expliquei.

— Você pode me ajudar? — pedi.

Dionísio se ajeitou em seu assento enquanto olhava para mim.

— Na verdade... Eu acho que posso... Filho — Dionísio disse, e eu olhei para ele.

Fiquei em silêncio por um momento, tentando raciocinar direito. Dionísio era meu pai? Não, espere, realmente? Parecia que havia um tornado dentro da minha cabeça.

— Pai? — perguntei, ainda incrédulo.

— Sim, Peter — como ele ainda podia errar meu nome?

— É Percy — eu o corrigi.

— Exatamente. Que tal, antes de nós nos conhecermos melhor, ah, há algo muito importante que quero que faça para mim, ok? — Sr. D disse, ou eu deveria chamá-lo de pai? Eu não sei.

— Na cozinha, há uma garrafa de Château Haut-Brion de 1985. Consegue pegá-la para mim, filho? — Dionísio disse, apontando na direção da cozinha.

Eu o olhei incrédulo.

— Isso é tudo que você tem para me dizer? — perguntei.

— Senhor D, mesmo que o Percy fosse... —

— Silêncio, Grover, não estrague esse momento especial — olhei para Grover e depois para o Sr. D.

— A cozinha fica naquela direção. Busque a garrafa e podemos falar sobre o que quiser. Eu, você e essas coisas — Dionísio disse.

Olhei para a direção que meu pai havia apontado, se é que eu podia chamá-lo assim. Antes que eu desse ao menos dois passos, ouvi alguém vindo. O som de seus passos era como os de Grover, cascos.

Ao olhar, vejo o senhor Brunner. Ele não usava sua cadeira de rodas, já que metade de seu corpo agora era de um cavalo. Fiquei completamente surpreso com aquilo. Explicava bastante o fato daquela cadeira de rodas que me parecia muito familiar.

— Percy — o senhor Brunner me cumprimentou.

— Senhor Brunner? — disse, ainda surpreso.

— O nome verdadeiro do senhor Brunner é Quíron, diretor de atividades do acampamento, treinador imortal dos heróis. Ele é... — Grover foi interrompido por senhor Brunner, quer dizer, Quíron.

— Obrigado, Grover, eu assumo daqui — Quíron agradeceu a Grover, que apenas assentiu com um sorriso.

— Percy, eu sei que deve ser difícil processar tudo isso — Quíron disse.

— Ah, não, não, tá tranquilo. Você é um cavalo, meu pai não fala comigo sem que eu o traga uma bebida. Não tem nada fora do normal — exclamei, olhando para Dionísio com um olhar debochado.

— Não, não, não, o senhor D não é seu pai — olhei para Quíron, franzindo o cenho.

Eu e Grover olhamos para Dionísio.

— Mas poderia — Dionísio disse, bebendo um gole de seu refrigerante.

— Sim, poderia, mas não é — Quíron advertiu.

— Por que você sempre é um estraga-prazeres? — Dionísio rebateu Quíron.

Quíron apenas suspirou, fazendo com que olhássemos para ele.

— Ele sabe que Zeus o proibiu de consumir qualquer bebida que envolva álcool — Quíron explicou.

— Mas os semideuses podem fazer favores aos deuses, mesmo que o deus seja proibido de fazer tal coisa —

— E o senhor D estava se aproveitando dessa situação — Quíron disse. Eu olhei para Dionísio, que apenas deu de ombros.

— Percy, venha comigo, vou te explicar melhor as coisas — Quíron pediu.

Não disse nada, apenas andei até Quíron, com Grover vindo atrás de mim.

— Ah, Grover, nos deixe a sós, por favor — Quíron pediu. Olhei para Grover e acenei que estava tudo bem.

Logo, Quíron começa a... cavalgar? E eu vou atrás dele, o acompanhando.

Andando pelo acampamento, analiso melhor o lugar. Havia diversos adolescentes, todos vestindo a mesma camiseta laranja escrita ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE, que Grover estava vestindo antes. Presumo que seja algum tipo de fardamento daquele acampamento.

Havia uma cachoeira, plantações e algumas estátuas dos deuses espalhadas pelo lugar. Esse lugar parecia ser enorme.

— Esse é um lugar sagrado. Humanos não podem vê-lo, e nem os monstros podem adentrá-lo. E o mundo não pode trocá-lo — Quíron explicou.

— Trazê-lo para cá exigiu muito cuidado e grandes sacrifícios — Quíron disse, andando calmamente para uma floresta, enquanto eu o acompanhava em silêncio.

A floresta não era tão densa, embora as árvores fossem altas e de grande folhagem.

— Eu preciso te contar uma coisa — eu disse.

— Eu perdi a sua caneta-espada, acho que foi ontem quando eu lutei contra aquele monstro —

— Olhe seu bolso — foi a única coisa que Quíron disse, e da forma mais calma e descontraída possível.

— Eu perdi na colina — disse novamente.

— Apenas olhe o seu bolso — Quíron disse novamente, olhando para mim.

Suspirei, e sem dar muita importância, coloquei a mão no bolso e senti algo. Ao puxar, vejo a caneta que Quíron havia me dado.

Mas que porra?..

— A menos que se renda, ela sempre voltará para você — olhei para Quíron, que mantinha um sorriso enquanto falava.

— Objetos mágicos não obedecem as leis da física como no mundo real — Quíron disse.

— Como sua caneta e minha cadeira de rodas, que pertencem ao mundo do seu pai, assim como você — Quíron disse.

Fiquei em silêncio enquanto continuávamos a andar e eu raciocinava tudo aquilo. Então, agora eu pertencia a esse mundo que eu mal conhecia. Mandou bem, Percy.

— Eu quero te mostrar uma coisa — Quíron disse, enquanto parava de andar.

Havíamos chegado a um lugar onde havia chalés diversificados. Cada um tinha suas próprias características e diferenças um do outro, placas e algumas estátuas. Sem dúvida, era o conjunto de construções mais estranho e bonito que já vi. O número 9, por exemplo, tinha chaminés como uma pequena fábrica. O número 4 tinha vinhas que desciam pelas paredes até o chão. O número 7 parecia ser feito de puro ouro, dava dor de olhar o quão reluzente aquilo parecia à luz do sol.

— Doze chalés, para doze deuses do Olimpo — Quíron disse.

— Cada chalé é o lar dos filhos reclamados por seu parente divino — admito que estava começando a gostar disso.

— Legal! Para qual eu vou? — perguntei, olhando para Quíron, que ficou em silêncio. Seu sorriso havia se desmanchado.

— Você ainda não foi reclamado, Percy — Quíron disse.

— E quando eu vou ser? — eu perguntei.

— Os deuses revelam seus desígnios no próprio tempo —

— Seu pai pode te reclamar amanhã, semana que vem ou... —

— Nunca — completei sua fala. Quíron apenas ficou em silêncio.

O que eu estava esperando, afinal? Que encontrasse meu pai de braços abertos me esperando?

— Mesmo com tudo o que aconteceu, ele não quer saber de mim —

— O que eu estou fazendo aqui, afinal? Esse lugar não é pra mim — eu disse.

— Ah, lugar para você. Aqui! — Quíron disse, apontando para um chalé.

Era um chalé grande, em tons marrons. Uma grande porta e algumas luminárias ao lado de fora. Acima da grande porta, havia um símbolo: um bastão alado com duas serpentes enroscadas nele mesmo. Um caduceu.

— Hermes, o deus dos viajantes, dos ladrões. Seu chalé é lar de seus próprios filhos e daqueles não reclamados — Quíron disse, indo até a porta do chalé.

— Atenção! Atenção! — Quíron chamou, batendo palmas.

— Espera aí! — exclamei, querendo que ele parasse.

Ele não queria me apresentar para todo mundo, né? Eu não queria viver a experiência de apresentação de primeiro dia de aula aqui. Já havia passado por essa parte milhares de vezes.

Não demorou muito para que o chalé, antes barulhento, agora estivesse em completo silêncio, olhando para nós. Eu desviei o olhar, tentando evitar fazer contato com alguém.

— Esse é Percy Jackson. Sei que o ajudaram no que for preciso — Quíron disse.

Em completo silêncio, todos voltaram a fazer suas próprias coisas.

— Sei que se sente imponente agora, mas não é. Tudo será revelado com o tempo — Quíron disse, com um sorriso, e logo saiu, me deixando sozinho ali.

Eu apenas fiquei em silêncio, juntando a coragem que me restava, e caminhei pelo chalé, atraindo olhares dos presentes. Avistei minha mochila no chão, junto com um saco de dormir, em um pequeno pedaço de chão.


Capitulo revisado:

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