(P3. 24) TERCEIRA TAREFA
━━ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐑𝐎
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ESTAVA PRESTES a começar a prova e Hazel comprava petiscos animados para comer com seus amigos enquanto esperavam o início do torneio. O labirinto era gigantesco, com uma entrada para cada participante. Hazel não conseguia ver Harry, mas sabia que ele já deveria estar pronto.
— Tantos pensamentos vêm à mente quando percebo que não poderemos ver os competidores dentro do labirinto. — Mione reclamou, como se estivesse prestes a sair correndo para resgatar Harry. — Como Dumbledore teve...
— Hermione!!! — Ron a interrompeu. — Olha, Harry está entrando. — ele apontou com o dedo para uma das entradas do labirinto.
Harry percorreu com os olhos as arquibancadas, procurando os amigos, mas não conseguiu encontrá-los. Ele adentrou o labirinto e Hazel respirou fundo, imaginando os desafios que ele enfrentaria lá dentro.
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Após longas horas de prova, uma movimentação surgiu no meio das pessoas. Era Harry, Cedrico e a taça Tribruxo. Todos se olhavam animados, Hazel também estava comemorando com os amigos, mas ela não pôde deixar de notar algo errado: Harry não soltava Cedrico, que estava deitado. Hazel franziu a testa, olhando para os dois no centro. Ela viu Harry chorando e não demorou muito para que todos compreendessem a cena. O pai de Diggory gritava aos céus, lamentando muito.
— Merda, Cedrico está morto. — Hazel avisou aos dois amigos, e eles começaram a correr até onde Harry estava. Dumbledore tentava tirar todos os alunos dali, enquanto um dos professores tentava tirar Harry de cima do corpo. — Harry, pelo amor de Merlin! O que aconteceu?
— Voldemort... — ele choramingou entre soluços. — É Voldemort, Hazel! Ele voltou. — Harry estava pálido e suado, Hazel via sangue em suas vestes. Ele estava respirando pesadamente, mal conseguindo falar.
Um dos professores começou a puxar Harry e pediu para Hazel acompanhá-los até a sala dele. Hazel seguiu os dois até uma sala com baixa iluminação e objetos estranhos. Ela se sentou em uma das cadeiras, e Harry contou o que havia acontecido, falando sobre a taça ser a chave de um portal. O Prof. Moody virava o pescoço de forma estranha enquanto bebia um frasco de alguma coisa.
Repentinamente, ele apanhou a varinha e apontou para os garotos. Um sorriso sinistro surgiu em seu rosto quando ele viu ambos os irmãos vulneráveis.
— Pensei que soubessem que, se não fosse Voldemort a matar Harry, seria eu quem o mataria. Foram tão ingênuos que nem conseguiram imaginar as coisas que eu fiz... — ele argumentou, continuando com as agitações no pescoço. — Se existe algo que eu odeio mais do que qualquer coisa, é um Comensal da Morte livre. Eles viraram as costas para o meu mestre quando ele mais precisou. Eu espero que ele os puna. Eu espero que ele os torture. Diga-me que ele os machucou, Harry... Diga-me que ele disse a eles que eu fui o único que permaneceu leal... Pronto para arriscar tudo apenas para entregar a ele a coisa que ele mais queria acima de tudo... Você. Eu seria tão recompensado se levasse além de você, a sua irmã... — os dois olharam horrorizados, Hazel olhou para Harry em busca de qualquer sinal de esperança, mas ele estava atônito, não conseguia pensar em nada. Hazel entendia o que ele estava passando.
— Olá. — Dumbledore apareceu inesperadamente. Ele parecia calmo, mas com uma vontade assassina em relação àquele Professor. — Onde está o Professor Moody?
Prontamente, o homem que se pronunciava como "professor" mudou de expressão, tentando disfarçar seu desconforto.
— Estou aqui, Prof. Dumbledore. — ele engoliu seco.
— Eu chamei por Alastor Moody, Bartolomeu Jr. — Dumbledore esclareceu.
— Saia de perto dos alunos! — Snape advertiu, puxando Hazel e Harry pelo pulso.
Snape levou os dois para fora da sala, olhando-os irritado. Harry discutia com ele, pedindo para entrar e ajudar Dumbledore, mas Snape só conseguia mandá-lo calar a boca. Hazel estava tão assustada com tudo que não disse nada desde que saiu na sala.
— Cale-se, Potter! Vá para o seu dormitório! — ele disse e entrou, fechando a porta e deixando os dois sozinhos.
Eles preferiram seguir em silêncio até chegarem na sala comunal. Estavam assustados, e Harry acabara de reviver o maior trauma de sua vida. Hazel estava com uma mistura de emoções, preocupada com seu irmão, assustada com o futuro e com medo de Voldemort.
Essa foi a coisa com a qual as pessoas mais alertaram Hazel: se alguém mencionasse sua linhagem de sangue, ela estaria em perigo iminente. Hazel nem conseguia pensar nas coisas que poderiam acontecer com ela ou com seu irmão. Ela se tornara um alvo tanto quanto Harry. Ela sabia que, mesmo que não fosse a criança mencionada na profecia, ainda era uma Potter, e mexer com ela significaria afetar Harry.
Hermione ainda estava na sala comunal, aparentemente esperando por eles, pois assim que a porta se abriu, ela olhou.
— Finalmente! Onde vocês estavam? — ela correu para abraçar os dois. — Hazel, você está pálida... Está tudo bem?
— Não, Mione. Não está. Voldemort voltou e... — Harry começou a contar toda a história para Hermione, e a garota ficou tão assustada quanto eles. — De qualquer forma, isso não é minha maior preocupação agora. Tenho que proteger a Hazel, pois sei que ele a quer, ele quer a minha irmã, a irmã do Potter. Ele me disse isso, contou a todos os Comensais também... Para ele a Hazel é a melhor maneira de me destruir.
— Eu preciso dormir. — Hazel disse.
— Acho melhor todos nós irmos mesmo. Precisamos tentar relaxar para resolver isso amanhã. — Hermione sugeriu.
— Não dá, preciso falar com Sirius. — Harry discordou.
— Mas Harry... — Hazel interveio.
— Ótimo, fique aqui também. Ele vai adorar te conhecer. Mione, você acha que a essa hora a Rita já postou algo no Profeta Diário sobre o torneio? — ele perguntou, e Hermione confirmou. — Perfeito, agora só precisamos esperar.
Eles se sentaram no sofá. Hermione não aguentou ficar esse tempo todo acordada e decidiu ir para a cama. Hazel estava prestes a fazer o mesmo, mas é claro que ela não queria decepcionar o irmão, então tentava se manter acordada. Harry olhava para o chão, imóvel. Ele não se mexia e nem falava nada, mas tinha uma expressão triste e respirava fundo enquanto colocava um pano sobre o corte em seu braço.
De repente, a lareira começou a tossir. Harry olhou animado e Hazel viu um rosto surgir dentro da lareira. Ela logo imaginou que era Sirius. Ele conseguiu ver Hazel e a cumprimentou primeiro. Ele perguntou a Harry em detalhes o que havia acontecido, e Harry explicou tudo. Hazel pôde ver o quanto ele estava exausto com tudo isso. Sirius pareceu ainda mais preocupado ao ouvir tudo, ele estava conversando com alguém do outro lado. Ele pediu para Harry se cuidar e então começou a falar com Hazel.
— Hazel, Harry me contou sobre você e Draco Malfoy...
— Como assim eu e o Draco? — ela corou e deu um tapa nas costas de Harry, fazendo-o gemer de dor. — Eu não falo mais com ele, se é isso que você vai perguntar. Brigamos, e de qualquer maneira, éramos apenas amigos.
— É melhor assim. O pai dele tem contato direto com Voldemort, e não quero que você se envolva com essas pessoas. Elas podem colocar você em perigo. Harry, cuide dela. Preciso ir, tchau. Adorei te conhecer, pequena Hazel.
— Sirius, quando você vai aparecer de novo? — Harry perguntou.
— Nos vemos nas férias, Potter. — ele desapareceu da lareira.
Harry se preparava para se levantar, mas Hazel o puxou.
— Seu fofoqueiro, bisbilhoteiro e tagarela! Da próxima vez que eu falar com Sirius, vou contar a ele que você queria a Cho e foi ao baile com a irmã do seu melhor amigo! Eu te odeio! — ela reclamava enquanto Harry ria.
— Pode contar, eu conto a ele que você queria o Cedrico e o Draco ao mesmo tempo. — ele retrucou, e Hazel franziu a testa.
— Quem te disse que eu queria o Cedrico?
— Quem me disse? Não importa.
— A única pessoa que falou sobre isso foi o Draco... O que diabos o Malfoy te disse?
Harry deu de ombros e se levantou do sofá, indo em direção ao dormitório, mas Hazel o seguiu. Harry percebeu que ela não o deixaria em paz e falou.
— Conversamos há alguns dias, e ele me disse para tomar cuidado com o Cedrico se eu não quisesse perder minha irmã para um amigo meu. Eu nem liguei, disse que se não fosse ele o seu escolhido, estava tudo bem.
Hazel riu e o abraçou.
— Boa noite, fofoqueiro.
— Boa noite, eu te amo! Cuidado para eu não revelar tudo para Sirius.
— Digo o mesmo, Potter. — ela piscou e foi embora.
xoxo, vi.
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