Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

33. Lar

Dia seguinte.

— Tem certeza de que quer desmonta-la?
Clark me pergunta. Ele encara a cápsula com os braços cruzados enquanto eu a observo com as mãos na cintura e olhar distante.
— Tenho – Confirmo.– Ela está tomando muito espaço aqui, além de que não me parece seguro para sua mãe ter algo assim tão perto de casa. Deve existir vários malucos como Luthor por ai que adoraria ter algo como essa cápsula.
— Tem razão – Ele maneou a cabeça.– Eu só achei que ela tinha muito valor sentimental para você.
— E têm, mas é só uma cápsula quebrada no fim – Eu suspiro.– Em Krypton ela seria considerada lixo.
Clark beijou o alto de minha cabeça delicadamente.
— Tudo bem, vamos fazer.

Eu entrei na cápsula e por uma última vez eu deslizei meus dedos pelo painel.
— Hora de nos despedirmos – Murmurei, olhando-a triste.
Após alguns instantes eu sai, agora sim é o momento de fazer.
Nós trabalhamos em silêncio por um tempo, soltando peças e tirando circuitos, até que houve um estalo quando Clark mexeu em alguma coisa no painel da frente. O estalo foi alto e me fez saltar para trás.
— O que foi?
Clark indicou um tipo de compartimento embaixo do painel quase no solo da cápsula.
— Isso estava travado.
Disse enquanto enfiava o braço lá dentro e tirava um pequeno objeto, ele me mostrou.– Já viu isso antes?
Eu neguei com a cabeça.
— Se parece com o meu colar – Falei, e se parecia mesmo. Eu peguei de sua mão e examinei com cuidado.– Eu não consigo imaginar o que isso poderia ser ou porquê estaria escondido.
Murmurei. Clark o pegou novamente e colocou no painel da cápsula que se ascendeu imediatamente. Não aconteceu como eu estava acostumada, minha mãe não apareceu, não houve voz e nem nada do tipo. Invés disto, algo foi projetado na parede do celeiro, se pareciam com códigos e algoritmos, era muitos, tenho certeza que chegava a ser milhões ou mais. Eles piscavam em uma sequência estranha, quando os analisei com mais cuidado percebi que era do idioma kryptoniano.

— Eu sei o que é isso.
Clark falou, seu tom soou perturbado.
— Então diga.
Pedi.
— Quando Zod chegou a Terra ele tinha o objetivo de reconstruir Krypton nesse solo. Ele precisava de um codex onde estava contido todo o DNA das crianças que iriam nascer em Krypton se o planeta não tivesse explodido.
Eu voltei a examinar os padrões na parede e imediatamente entendi o que ele estava dizendo.
— São os códigos genéticos de toda uma nova geração de kryptonianos – Falei.
— Meus pais colocaram algo assim na minha nave também – Ele disse.– Mas foi destruído na invasão.
— Parece que eles estavam preparados para qualquer coisa – Murmurei.
— O que vai fazer?
Eu o olhei.
— Como assim?
— Eu fiz minha escolha meses atrás – Ele ajeitou o óculos.– Quando eu tive a opção de escolher entre restaurar Krypton ou preservar a Terra, eu escolhi a Terra. Mas dessa vez é você quem tem que decidir.
— Não, não existe escolha para mim. Eu lutei por esse planeta, Clark, aqui é meu lar também.
Eu imediatamente afirmei. Como eu poderia destruir esse planeta que me acolheu? Krypton foi o lar dos meus pais, mas não o meu, e por mais que eu sinta que os estou decepcionando ao não dar qualquer chance ao meu mundo natal, eu não posso... simplesmente não posso.
Clark passou o braço envolta dos meus ombros e me abraçou de lado.

Depois que terminamos de desmontar tudo, eu me encarreguei de levar as peças e as partes da cápsula para o laboratório no prédio Wayne em Metrópolis no dia seguinte. Lá eu saberia que estaria seguro. Percebi que tecnologia alienígena na Terra é algo extremamente desejado para coisas perigosas.
Eu não esperava encontrar Bruce lá, o que não deveria ser uma surpresa já que a empresa é dele.
— Ei – Sorri quando me aproximei dele.– Não esperava ver você aqui.
— Eu precisava falar com você.
Ergui uma sobrancelha. Ele estava com a aparência cansada.
— Oh... claro. O que tem para me dizer?
Ele se encostou em uma bancada.
— Você ficou com o anel...  não ficou? O anel branco.
Concordei com a cabeça.
— E você pode trazer quem quiser de volta com ele, não pode?
— Eu não sei, Bruce, não tenho certeza na verdade. Mas por que está tão interessado...
Eu parei. Percebi em sua expressão o que ele estava pensando. Foi inevitável não sentir pena dele, a culpa esta sempre presente, o tempo inteiro, deve ser insuportável conviver com esse sentimento.
— Oh, Bruce – Murmurei e em seguida lhe dei um abraço. Eu sei que ele não gosta de abraços, mas eu não dou a mínima para isso. Não recebi muito afeto durante minha vida, creio que Bruce também não. Ele não se afastou como eu imaginei que faria, no entanto permaneceu calado. Eu me afastei um pouco e o fitei:
— Eu sinto muito.
Digo, sei que ele entende o que estou querendo dizer. Ele balança a cabeça.
— Você deve saber algum jeito, Helena, por favor só... pense um pouco.
— Não é assim, Bruce, eu lamento – Murmurei acariciando seu rosto.– Trazer pessoas da morte... Nekron fazia isso antes de decidir fazer o que fez, mas elas nunca voltavam elas mesmas. Era um pacto sombrio, ninguém voltava intacto, era só... um resquício do que já foi.
— Como tem tanta certeza?
— Ele me mostrou, a entidade da Vida, o anel – Respondo.– Eu realmente lamento, mas eu não sei nem mesmo se a entidade do Anel permitiria.
— Você pode ao menos tentar?!
Ele perguntou repentinamente irritado. Ele recuou para longe de mim e ficou de costas. Os ombros subiam e desciam com a respiração rápido.
— Bruce, você está se deixando ficar cego pela culpa – Falo mais alto.– O que aconteceu com Jason Todd não foi sua responsabilidade.
— Ele era uma criança! – Bruce gritou. Eu não me lembro de já tê-lo visto gritar antes.– Uma criança, Helena. E eu o trouxe para isso. Ele precisava de ajuda, mas eu fui egoísta. Eu matei ele!
— O Coringa matou ele.
— Por minha causa – Ele rebateu. Bruce respirou fundo e então murmurou repetindo: – Minha causa.

Me dói vê-lo assim.
Eu queria poder ajudá-lo, mas Vida e Morte são caminhos distintos e delicados. É um equilíbrio que não pode ser mexido.
A vida pertence a Vida e a morte pertence a Morte. Ou seja, um não interfere no outro.
— Eu lamento – Repeti, meu coração apertado.– Tudo o que nasce e vive pertence a Vida, mas o que morre... está fora dos domínios do meu anel. Eu queria poder ajudar você, eu faço o que eu puder para livrar você de qualquer peso, mas...
Eu parei de falar. De repente eu estava me sentindo mal. Que tipo de amiga eu sou? Incapaz de ajudá-lo. Mesmo com tantos poderes, tantas habilidades e recursos, eu não posso fazer nada. Senti meus olhos se encherem.
— Droga.. – Ouvi Bruce dizer.– Não, Helena, eu não quis gritar com você.
Ele falou dando um passo em minha direção, mas logo desistindo de se aproximar.
— Eu queria poder fazer mais, eu juro – Falei, fungando baixo.– Sinto muito por falhar como amiga.
— Você não falhou – Ele afirmou e então se aproximou.– Eu que acabei perdendo a cabeça.
Eu segurei sua mão e a apertei levemente.
— Você também não falhou, Bruce – Digo.– Eu sei que não posso fazer nada para amenizar seu sentimento de culpa com relação a Jason, mas saiba que quanto a mim... você nunca falhou.
— E ainda assim você foi embora de Gotham.
Ele suspirou. Eu encarei o chão.
— Quando cheguei na Terra tudo o que eu queria era encontrar um lugar que me sentisse em casa. Eu encontrei tantos lugares assim. Gotham é um deles, por mais que eu me afaste eu sempre acabo voltando em algum momento e isso é porquê ela faz parte de mim também.
Houve um momento de silêncio, então Bruce pareceu se recompor, logo ele já era o Bruce de sempre, ou pelo menos o que ele costuma mostrar as outras pessoas.
— Eu fico muito orgulhoso ao ver o quanto de sabedoria você adquiriu.
Disse baixo.
— Não, eu não sou nem um pouco sábia. Tudo o que eu digo vem daqui de dentro.
Indico meu peito.
— Eu sei, é exatamente por isso que você é sábia.
Eu sorri balançando a cabeça.

— Se eu realmente fosse, eu saberia o que fazer com isso.
Tirei o dispositivo do bolso.
— Eu já vi isso antes?
— Já viu algo parecido – Dei de ombros.– Mas aquele era a chave da minha cápsula. Esse aqui é diferente.
Eu expliquei para ele o que aconteceu. Que Clark e eu estávamos desmontando minha cápsula e então ele encontrou isso guardado. Então eu lhe expliquei o que era e para o que servia. Vi a apreensão nós olhos de Bruce quando terminei.
— Isso destruiria a Terra.
Ele disse baixo.
— Mas não vai – Eu afirmei.– Se não for acionado da forma que Zod tentou, é inofensivo. Aqui só tem o material genérico, precisaria de uma encubadora muito grande se quisesse tentar algo.
— Então qual a sua questão?
— Talvez...– Eu suspirei.– Eu não sei, talvez exista alguma forma, entende? Reconstruir Krypton talvez seja o verdadeiro propósito para que eu e Clark estejamos vivos até hoje. Nossos pais iriam querer isso e eu também gostaria. Eu só não vou destruir a Terra para conseguir isso, mas se existisse outra maneira...
— Ou outro planeta.
Eu ergui o olhar para ele.
— Um planeta inábitado.
Ele continuou.
— Existem muitos planetas inábitados, que são jovens demais ou velhos demais – Digo.– Eu passei por muito no caminho para a Terra.
— Você acredita que algum deles poderia servir para esse propósito?
— Depende da atmosfera – Respondo pensativa.– Clark disse que a Terra é perfeita pois é muito semelhante a Krypton em muitos aspectos, precisaria ser um planeta com o minimo de semelhança também.
— Bom, então já sabe o que fazer.
Ele disse tranquilo. Eu novamente o olhei e sorri mais uma vez.
— Você é sábio, Bruce Wayne – Afirmei.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro