25. Ninguém recua
— Precisamos de tempo.
Foi o que Barry Allen da minha Terra disse assim que o Questionei.– Temos recursos aqui e ajuda. Cisco, Caitlin e Dr.Wells são verdade gênios, mas precisamos de tempo.
Eu cruzei os braços e soltei o ar.
— Droga... não podemos ficar aqui tanto tempo, Barry, você sabe.
— Talvez nós possamos ir até a Terra-14 e formar uma primeira linha de ação – Kara sugeriu.– Eles são os reforços.
— Concordo – O garoto que eu acho que de chama Wally, ou Kidflash, disse.– Ficar aqui apenas assistindo eles trabalharem não vai nos levar a lugar nenhum.
— É, você estão certos – Concordei. Olhei para Barry.– Tudo bem em ficar?
— Sem problemas.
— Eles estão chegando – Cisco exclamou. As portas da sala se abriram e um homem trajado com couro tingido de verde e um arco nas mãos entrou na sala, ele estava com o rosto coberto por um capuz. Atrás dele uma mulher loira de óculos e uma outra loira usando um traje preto também entram.
— Time Arqueiro Verde – Cisco disse.
— Vocês parecem perturbados, o que houve? – Iris questiona.
— Nós a vimos – O homem, que é o Arqueiro, disse.– Laurel.
Uma comoção tomou conta da sala e eu supus que ela fosse alguém importante.
— Ela estava diferente, pele pálida...
— Olhos negros – Completei enquanto me aproximava.– Anel esquisito.
— Exatamente. E quem é você?
Perguntou me encarando com firmeza.
Estendi minha mão direita para ele.
— Hel-Zod, a Supergirl da Terra-14.
Ele apertou minha mão e depois seu olhar percorreu o cômodo.
— A coisa é séria – Disse. Ele apresentou as outras duas que chegaram com ele.– Estás são Felicity Smoak e Sara Lance.
A que se chama Sara se aproximou e eu apertei sua mão.
— Minha irmã Laurel estava morta há meses. Eu quero destruir o desgraçado que fez isso.
Eu concordei com a cabeça.
— Suponho que já saibam da história.
Falei.
— A mensagem de Cisco foi bem esclarecedora – Felicity se manifestou.– A propósito, oi.
Ela sorriu para mim e depois foi em direção aos computadores.
Eu me virei para o restante do grupo.
— Preciso de um grupo para vir comigo.
Barry da Terra-1, Kara, Wally, Arqueiro e Sara imediatamente se apresentaram. É, já é alguma coisa.
— Os nerds ficam aqui e cuidam da parte técnica – Cisco deu de ombros.
— Precisamos de toda a ajuda possível – Falei, lançando um olhar significativo ao meu amigo. Barry parecia apreensivo, mas quem alí não estava?
O mesmo concordou com a cabeça.
Depois disso começamos a nos organizar para voltarmos ao meu universo.
Saimos diretamente na oficina do prédio Wayne em Metropólis, o mesmo lugar onde eu e Barry passamos a noite trabalhando. Agora somos em cinco.
— Onde estamos?
Oliver Queen, esse é o verdadeiro nome do Arqueiro Verde, perguntou.
— Em Metropólis.
Respondi, a cidade parecia calma, aparentemente o apocalipse aínda não começou.
— E o que você sugere agora? – Barry questiona.
— Agora nós vamos para Gotham, é lá onde vamos nos reunir com os outros.
Eles concordaram. Vi meu celular encima da bancada e fui até o aparelho, haviam muitas ligações perdidas de Clark e de Bruce. Eu falarei com os dois quando chegar a mansão.
Percebi Kara próxima a janela, seus olhos estavam perdidos na cidade, eu me aproximei dela.
— Algum problema?
— Nenhum – Afirmou.– Eu só estava pensando... será que em algum lugar, em alguma outra Terra perdida por ai... Krypton sobreviveu?
Eu suspirei.
— Eu queria dizer que sim, mas não tenho certeza – Falei.– Eu também queria isso.
— Os meus pais, os seus ou os de Clark... nenhum deles foi capaz de salvar Krypton, de evitar que o planeta acabasse, mas nós não vamos permitir que isso acontece com os nossos lares, não importa qual Terra seja, não podemos permitir que acabe como aconteceu com Krypton.
Sua voz estava determinada, e concordei solene.
— Faremos o que for preciso, o máximo que pudermos.
Digo, ela me encara e repete:
— O máximo que pudermos.
Gotham City.
Chegamos todos na mansão Wayne e ainda era tarde, o céu estava nublado como sempre. Alfred nos recebeu na entrada.
— O patrão ficará muito satisfeito em vê-la, senhorita.
Eu sorri para ele.
— Quem está ai com ele?
Pergunto.
— Um grupo tão curioso quanto o seu.
Concordo e sigo com os outros até a Batcaverna. Chegando lá, encontramos Bruce, ele estava acompanhado por Diana, Clark, Hal e outros dois que reconheci das filmagens. Clark já me esperava na entrada, claro que com sua super audição ele já sabia que eu estava aqui antes mesmo de entrar na mansão. Clark veio até mim e me abraçou firme.
— Eu fiquei tão preocupado.
Murmurou ao meu ouvido.
— Eu disse que ficaria bem, Kal.
Ele beijou minha cabeça e se afastou.
— Eu acreditei, só não consigo evitar de me preocupar com você.
Eu me voltei para o restante do grupo.
— Bem... esses são Oliver Queen, Sara Lance, Barry Allen e Kara Danvers.
Apresentei.
— Barry Allen? – Bruce ergueu uma sobrancelha.
— Sou da Terra-1.
Barry respondeu.
— O nosso Barry ficou na Terra dele, ele e um grupo de cientistas estão tentando desenvolver algo que transmita nossa mensagem de pedido de ajudar para todas as Terras de uma vez só.
Eu expliquei.
— Certo, então já que estamos nos momentos das apresentações – Bruce disse.– Esses são Victor Stone e Arthur Curry.
Eu os olhei por alguns segundos, Victor parecia uma mistura de humano com máquina, havia várias partes robóticas por todo seu corpo, enquanto Arthur parecia ter acabado de chegar da praia.
— Então agora podemos decidir o que vamos fazer, certo?
Oliver perguntou em tom autoritário.
— Hal tem um plano – Diana respondeu.– Conte a eles.
Hal que estava muito pensativo e calado ficou de pé, ele nos olhou.
— A Bateria Central Negra está quase toda carregada, não acho que vamos conseguir impedir a volta de Nekron – Ele disse, por um momento senti um peso em meu coração, como se tudo estivesse perdido, mas ele continuou: – Os Lanternas Negros estão se reunindo, muitos deles já estão nesse universo, vindo de vários outros...
— Foi por isso que quando estávamos lutando contra aqueles três em Central City eles simplesmente foram embora – Barry interrompeu Hal.– Eles receberam um chamado.
— Provavelmente – Hal concordou, seus olhos preocupados.– Então eu tenho um plano.
— Que seria?
Questionei.
— Entrei em um acordo com Sinestro, da tropa Amarela, parece loucura, mas até ele entendeu a gravidade da situação. Todas as tropas vão se unir e como os Lanternas Negros são muitos... todos vocês também vão se tornar Lanternas.
— Como isso vai acontecer?
Kara perguntou.
— Somos escolhidos pelos anéis, eles sabemos a quem deve permitir o acesso ao poder – Ele respondeu.– As outras tropas estão chegando na Terra, e eles trarão anéis, então veremos.
— E depois, Hal? Vamos apenas lutar?
Perguntei.
— É o plano – Disse.– Nos unir, dar tudo o que temos e mesmo que Nekron volte, nós não podemos recuar. Todos estão de acordo?
— Ninguém recua – Clark foi o primeiro a dizer. Eu o olhei e ele retribuiu meu olhar, havia algo alí... algo que vi poucas vezes, e as vezes que vi ele foi acompanhado de uma grande força vinda do Superman. Eu confiei nele.
— Ninguém recua.
Afirmei. Os outros, um por um, também foram dando sua palavra. Por último, Arthur Curry ergueu um enorme tridente que estava segurando.
— Eu me recusei a participar de uma guerra para me enfiar em outra, tanto faz, recuar é para covardes, eu estou nessa até o fim agora.
De certa forma eu sabia que ninguém alí estava mentindo. Ninguém recuaria, mesmo que isso custasse a própria vida.
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