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10. A Sombria Gotham

Pousei na entrada da cidade e olhei em volta. O ar de Gotham é cinzento e é quase impossível ver a luz do sol entre os edifícios e principalmente através da densa neblina que se forma além do horizonte. O contraste com Metropólis é enorme, quase melancólico, e de certa forma eu me sinto meio melancólica. Tão diferente de quando cheguei em Metropólis com um ar esperançoso de que teria uma nova e incrível vida. Respiro fundo, não é o fim do mundo, não é o fundo do poço, já passei por coisa muito pior.
Comecei a caminhar pela cidade, Bruce já deve ter chegado de Metropólis, esperei um tempo e dei algumas voltas antes de pousar na cidade. Ele me explicou onde deveria ir, e apesar de errar algumas vezes o caminho consegui encontrar uma grande mansão toda escura, dividida entre tons de preto e cinza.
Assim que me aproximei os portões de ferro escuro se abriram sozinhos, como um convite. Caminhei para dentro de propriedade e fui recebida por um homem que não era Bruce.

— Srta. Helena, o patrão Bruce disse que viria.
— Onde ele está?
Perguntei ansiosa.
— Me acompanhe.
Eu comecei a segui-lo.
— Como você se chama?
— Me chame de Alfred, senhorita.
Concordei com a cabeça e o segui em silêncio.
Dentro a casa parecia muito maior do que aparentava pelo lado de fora, meus olhos observavam todos os pequenos detalhes. Chegamos em uma sala com uma lareira e muitos livros em volta, Bruce estava alí. Alfred nos deixou sozinhos logo em seguida.
— Então você veio.
Bruce comenta.
— Preferi evitar que viesse atrás de mim.
— Vai me contar o que aconteceu?
Eu estava decidida a falar tudo. Bem... menos revelar a identidade do Superman, disso ele não precisa saber por mim. Ao contrário de Lex, não senti o toque psicótico na personalidade.
— Sou uma alienígena, eu e minha cápsula caímos na Terra mais ou menos um mês e meio atrás. Por isso não me machuquei quando me atropelou e por isso eu estava perto do prédio que pegou fogo... eu evitei que desabasse.
Ele não estava surpreso, mas também não parecia totalmente indiferente. O homem respirou profundamente antas de prosseguir seu interrogatório:
— Vi que estava sob proteção do Superman.
— Ele me ajudou a me adaptar.
— Onde ele está?
— Não sei – Digo, balançando a cabeça.– Nós não nos demos muito bem.
— O que quer dizer com isso?
Agora parecia extremamente interessado. Se sentou em uma poltrona e indicou a outra onde prontamente me sentei, quando Alfred se aproximou oferecendo algo para beber, eu recusei.
— O ataque que este planeta sofreu há alguns meses, foi um parente meu de Krypton, meu tio. Eu cresci isolada, longe de toda minha família e escondida. Eu achei melhor manter distância do Superman, antes que ele achasse que sou uma ameaça assim como meu tio e tentasse acabar comigo também. Não quero causar problemas.
Bruce ficou em silêncio, estava pensando, uma mão estava pousada em seu queixo enquanto a outra batia devagar em sua perna.
— Posso estar sendo precipitado, mas não vejo perigo algum em você.
— Provavelmente está sendo precipitado.
Falei erguendo o queixo, ele sorriu.
— Então você é perigosa?
— Posso ser se precisar – Afirmei.– O ponto é que eu não quero ser.
Houve mais uma pausa.
— Entendo – Afirmou.– Acontece que alguém como você, com suas capacidades... pode se tornar uma ameaça, mesmo que não queira ser isso agora. Ainda mais de considerar de quem você é parente.
— Então me ajude – Digo.– Me oriente. Você parece ser capaz de fazer isso.
— O que a faz pensar uma coisa dessas?
Perguntou. Eu não tinha uma resposta exata.
— Bem... a sua outra opção é abrir sua porta outra vez e me deixar ir embora.
— E procuraria outro mentor, suponho.
— Sem dúvida.
— Alguém como Lex Luthor? – Ergueu as sobrancelhas. Eu sorri provocativa.
— Ele não recusaria.

O homem ficou de pé, eu voltei meus olhos para o fogo que estava quase se apagando, ergui um pouco a armação dos óculos e com um rápido jato de minha visão de calor o fogo reacendeu.
— Estaria disposta a se mudar para Gotham?
— Não iria me opor.
— E de ficar aqui... comigo?
Eu virei meu corpo e o encarei.
— Sim.
Bruce deu a volta e foi até uma estante próxima a uma longa escadaria. Ele puxou alguma coisa e uma porta se abriu entre os livros.
— Me siga.
Eu me levantei e comecei a acompanha-lo. No caminho enquanto descia escadas de pedra, tirei os óculos e os guardei, conseguia ver uma imensa caverna, muitos computadores, carros e até um jato.
— Que lugar é esse?
Perguntei.
— Você me contou seu segredo – Disse em tom sombrio.– Então estou prestes a lhe contar o meu.
— E qual séria?
— Eu sou o Batman.
O que se seguiu foi um silêncio quase que opressor. Parecia realmente ser algo muito importante e eu até me sinto meio mal devido ao que tenho de perguntar:
— Quem é Batman?
Bruce riu baixo.
— É sério?
— Eu posso ter visto algo parecido nos jornais, mas...  desculpe – Murmurei, envergonhada.
— Tudo bem, eu acho que é até melhor que não tenha ouvido através de outros – Bruce disse.
— Ótimo, então me conte.
Bruce me explicou que o Batman é um vigilante, alguém que tenta proteger a cidade de Gotham, já que a mesma parece ter sido abandonada a própria sorte. Batman não é visto com bons olhos por uma parcela dos cidadãos de Gotham, por isso ninguém pode saber que ele é Bruce Wayne. Eu entendo, Clark passa exatamente pela mesma coisa. Novos segredos para manter trancados... será que todos os homens desse planeta escondem algum tipo de identidade secreta? Por Rao!
— Bem, eu irei manter seu segredo, com isso você pode ter certeza.
Digo ao fim.
— Estranhamente eu confio no que está dizendo.
Meus olhos correram pela caverna.
— Você construiu todas essas coisas?
— Tive muita ajuda.
— São incríveis – Falei, me aproximando de alguns dispositivos.
— Você deve ter visto muito melhores, a tecnologia Alienígena é sempre mais avançada.
— Sobre isso você está certo – Concordei.– Mas não tira seu mérito.
Vi um resquício de sorriso nos lábios do homem.
Ergui meu olhar até uma plataforma um pouco mais elevada e lá tinha um tipo de traje. Era vermelho e verde, tinha alguns detalhes em amarelo. No entanto o que chamou minha atenção foram as palavras pichadas nele:
"A piada agora é você, Batman!"
A direção de meu olhar chamou a atenção de Bruce, ele o seguiu e suspirou quase de forma inaudível.
— Talvez isso seja uma história para depois – Falou enquanto caminhava por trás de mim e ia em direção as escadas de pedra.– Venha comigo, vou mostrar seu quarto.

Eu encarei sua nuca com um olhar surpreso.
— Meu quarto?
— Está sob minha proteção agora, obviamente vai ficar aqui na mansão.
Ele nem me olhava enquanto deixava a caverna. Eu o alcancei rapidamente.
Eu não acredito que me livrei de um mandão e cai nas garras de outro exatamente igual.
— Eu não disse que iria ficar, apenas que queria orientação.
— Ja fiz isso antes – Ele disse ainda caminhando sem me olhar.– Orientar jovens órfãos e perdidos costuma ser uma especialidade minha, e pela minha experiência... o melhor é manter você debaixo dos meus olhos pelo maior tempo possível.
— O que quer dizer?
Ele parou e olhou para mim.
— Quero dizer que agora você vai passar por um treinamento. Queria a minha orientação? Ótimo, vai ter, mas eu tenho regras e você vai ter que segui-las. A primeira é: Ficar perto de mim. Isso significa que vai morar aqui.
— Sabe que posso voar para longe quando eu quiser, não sabe?
Perguntei arrogante.
— Sei – Então ele novamente me deu as costas e começou a subir as escadas enquanto falava por cima do ombro: – Mas você não vai.
Fiquei tentada a rebater, mas não faria nenhum sentido. Eu vim procurá-lo e pedir ajuda, ele aceitou, eu devo fazer o que ele quer. Soltei o ar, agora mais relaxada e comecei a segui-lo escada acima.

Depois de me levar ao quarto, Bruce me deixou sozinha para me familiarizar. É tudo tão estranho e diferente do que vi até hoje desde que cheguei na Terra. Pensei em perguntar a respeito dos órfãos perdidos que ele mencionou, mas algo me dizia que não é a hora. Fui até a varanda e respirei profundamente o ar frio de Gotham. O sol aqui é diferente do sol de Metropólis. Aqui, tudo é tingido por cinza, quase chumbo. Isso me lembra Fort Rozz, tudo na nave se resumia a essas cores. Vou até a bolsa que trouxe comigo e a abri, lá no fundo estava o traje... preto e cinza, com o símbolo da casa de Zod no peito. Eu estava usando isso quando cai no planeta. Não tem capa vermelha brilhante, e também não é de um azul vivo e chamativo como as roupas de Clark, que parecem combinar perfeitamente com os tons vivos de Metropólis. Ao contrário, o meu é sombrio, igual Gotham.
Será que era isso o tempo todo? Gotham e não Metropólis. A noite e não o dia...
A escuridão e não a luz.

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