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[ 𝟬𝟬𝟮 ] 𝗧𝗢𝗨𝗚𝗛 𝗗𝗘𝗖𝗜𝗦𝗜𝗢𝗡𝗦 𝗙𝗢𝗥 𝗧𝗛𝗘 𝗙𝗔𝗠𝗜𝗟𝗬

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⌗ 👻. 𝙄𝙉𝙉𝙀𝙍 𝙍𝙀𝘽𝙀𝙇
❪ 𝒑𝒂𝒓𝒕 𝒐𝒏𝒆 ━ 𝒉𝒖𝒏𝒈𝒆𝒓 𝒈𝒂𝒎𝒆𝒔 𝄒
chapter one ㅤㅤ decisões difíceis pela família

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Aquela não seria a última vez que Riley Kendrick veria alguém da família Laurier.

Para sua infelicidade, o Distrito Dez havia tido uma grande evolução após a vitória de Sylvie, ganhando mais três anos seguidos depois da ruiva, o que totalizou quatro vencedores em uma só década - o que, também, significava que todos os anos, durante as turnês, algum Laurier estaria presente para acompanhar o atual vencedor. Alguns anos mais tarde, na edição 73, eles teriam mais um campeão: Rodrick Laurier, que venceu aos quinze anos - a Kendrick, é claro, não estava no Distrito Doze na época da turnê dele, mas, diante de todas essas informações, ela se perguntava se existia alguma coisa de diferente na criação dos Laurier.

Naquele ponto, não era possível eles sobreviverem só na base da sorte e orações. Se tornou tão normal que, com o passar dos anos, Riley parou de se surpreender com as vitórias do Distrito Dez; em certo momento, ela até chegou a apostar nele para Distrito vencedor - para seu azar, na edição de tal acontecimento - 70° -, quem venceu foi uma garota do Distrito Quatro.

Isso, obviamente, abalou um pouco o financeiro da garota e ela, internamente, quis culpar Sylvie, apesar de que os problemas envolvendo dinheiro e alimentação fossem recorrentes no Distrito - e, para completar, Riley recusava-se em pôr as mãos no dinheiro que Sylvie insistia em lhe enviar todo mês. Era difícil negar, sendo a única da casa trabalhando, mas ela temia que, aceitando aquilo, todo o sofrimento pelo qual seu irmão passou na arena seria esquecido e aquela era uma imagem que Riley dificilmente iria deixar para trás.

Quando ficou velha o suficiente para participar dos Jogos Vorazes, ela já tinha noção de que iria precisar de todo dinheiro que fosse capaz de pegar, sendo de forma limpa ou não; com apenas ela e sua mãe, duas tésseras vindas do governo mal eram suficientes para fazerem duas refeições diárias.

Faziam alguns anos desde a morte de Jonathan e sua mãe ainda não havia se recuperado. Riley, tentando ser paciente, dava à ela todo o espaço e suporte necessário, respeitando sua dor, mas diante da escassez de comida, tendo apenas uma pessoa se esforçando para fazer com que elas não morressem de fome, ficava extremamente difícil para a mais nova apenas aceitar aquela situação, o problema era que todas as suas tentativas de conversar com a mãe terminavam com gritos vindos de Riley e a mesma expressão vazia de Chrysan.

Era inútil discutir.

━ Às vezes... às vezes eu penso que roubar é tão ruim assim.

Katniss, que estava distraída olhando para o lago, desviou a atenção para a garota. Seu pai havia morrido meses atrás, um pouco antes do 70° e ela não estava lidando muito bem; era como se a Katniss que sempre se esforçava para pôr um sorriso nos lábios de Riley tivesse morrido junto de Cole, naquele desabamento.

A mãe da morena também não estava lidando com tudo aquilo muito bem. Nas poucas vezes em que Riley passou por lá para falar com a Everdeen, ela notou a mesma expressão vaga no rosto de Clara - era como se a morte do marido tivesse apagado uma chama dentro dela.

Aquilo deixou um fardo pesado nas costas de Katniss e Riley sabia bem como era.

━ E eu não falo como brincadeira, se é isso que tá pensando. Se não me pegarem, beleza, significa que vou ter o jantar do dia. E se me pegarem... bom, pelo menos a fome não vai ser mais uma preocupação.

A Everdeen se levantou, as sobrancelhas franzidas como se quisesse lhe chamar de maluca. A loira levantou junto, trazendo consigo os peixes que ambas foram capazes de capturar naquele dia.

━ Porquê você vai tá morta! ━ rebateu, batendo no ombro alheio, apesar de se conter para não acertá-la no rosto. ━ O que deu em você, Riley?!

━ Desculpa. ━ sussurrou, apesar de não haver nenhuma honestidade em suas palavras; aos poucos a idéia de morrer se infiltraram na mente da Kendrick. ━ Foi só... só um pensamento.

Katniss ainda lhe encarava com irritação, piscando algumas vezes antes de lhe dar as costas e retornar pelo caminho de sempre. Riley a observou se afastar, suspirando baixo antes de lhe seguir, observando Gale, vizinho das duas, se aproximando com alguns animais pendurados nas costas - de longe ela diria ser coelhos.

O rapaz olhou brevemente para a loira, que respirou fundo enquanto mantinha sua atenção em outro lugar. Não era muito próxima dele e poucas vezes haviam se falado; Riley era mais próxima do irmão mais novo do garoto, que parecia ser muito mais amigável. Mas não achava que a inimizade era unilateral - ela via os olhares de desgosto que o Hawthorne lhe lançava e ela imaginava que seria ciúmes da amizade dela com Katniss.

Era difícil para ele ter um momento a sós com a Everdeen quando a Kendrick estava sempre ao seu lado.

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Riley abriu a porta de casa em silêncio, tirando seus sapatos e andando na ponta dos pés até a cozinha. O cheiro de peixe fresco lhe seguia. Quando sairá mais cedo, Chrysan ainda dormia; com a casa em completo silêncio, imaginava que a mãe ainda não havia acordado.

Ela pôs os peixes na pia, lavando as mãos e testando o interruptor - a energia já havia caído. Não impressionada, ela foi até os armários, procurando por uma vela, a acendendo e deixando perto dos animais pescados antes de abrir uma gaveta para pegar uma faca.

Foi quando escutou o som de algo batendo contra a cômoda no corredor.

━ Mãe, volta pro quarto. ━ pediu com impaciência, usando a faca para limpar as escamas dos peixes. Não eram enormes, mas o suficiente para se alimentarem naquela noite e no dia seguinte.

Pretendia terminar aquilo rápido, a fim de aproveitar o resto da vela, antes que queimasse por completo; havia algumas fardas de Pacificadores para remendar e entregar na manhã seguinte, o que lhe renderia um pouco de dinheiro.

Ela pretendia usar para comprar grãos. Se guardasse bem, não precisaria se preocupar com isso até o fim daquela semana.

━ Jonathan já deveria estar em casa.

A loira tremeu, parando a faca por um instante. Ela suspirou baixo quando ouviu a voz rouca da mãe, fechando os olhos enquanto tentava manter a calma.

━ Ele vai chegar tarde hoje, mãe. Por favor, vá dormir.

━ Mas já está escuro, Riley. ━ sussurrou. A preocupação era genuína em sua voz enquanto se aproximava de uma janela. ━ Se ele for pego-

━ Mãe, ele- ━ a garota respirou fundo, largando de vez a faca e encostando as costas da mão na testa. ━ Ele está bem, está seguro. Não precisa se preocupar.

A mulher estendeu os lábios em um fraco sorriso, cansada; Riley não notou, evitando cruzar o olhar com a mãe. Chrysan fungou, aproximando-se da filha, que franziu as sobrancelhas em confusão - não fazia idéia do que estava acontecendo, o que se tornou parte de sus rotina diante das constantes mudanças de humor de sua mãe.

━ Está se saindo bem, Riley. ━ murmurou, apertando o ombro da garota com um toque leve; ela ainda estremeceu. ━ Estamos orgulhosos de você.

A mais nova olhou para a mãe com lágrimas nos olhos, sacudindo a cabeça. Chrysan deu mais um passo para perto, inclinando a cabeça e deixando um beijo na testa da garota, que logo abaixou a cabeça.

━ Boa noite.

━ Boa noite, mãe.

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Aquela noite foi calma em comparação ao dia seguinte.

Chrysan acordou aos gritos, assustando a adolescente dormindo na sala. Riley não entendia que espírito havia possuído sua mãe - ela quebrava pratos, virava móveis e, quando pôs os olhos na faca que Riley usou na noite anterior, foi como se uma lâmpada se acendesse em sua mente.

Seu filho estava morto, não haviam motivos para continuar naquela farsa, naquele jogo manipulado da Capital. Snow havia conseguido provar seu ponto ao fazê-la odiar tanto Sylvie Laurier que não suportava ver a cara de sonsa da ruiva sempre que a via no Distrito.

Chrysan Kendrick não aguentaria vê-la mais uma vez sem querer pular em cima daquele palco e destroçar sua garganta na frente de todos. Mas nem mesmo isso - nem o pensamento de tal - era capaz de diminuir aquela dor crescente.

Sua filha - a única restante - correu quando viu a mulher se mover até a pia e pegar a faca; estava no meio do caminho de usar a lâmina para cortar seu pulso quando a Kendrick mais nova pulou em cima da mãe, ambas brigando pela arma.

Riley tentava afastar a mãe, mas o peso de seu corpo a pressionando contra o chão lhe impedia de revidar; começava a ficar sem ar e, com os esforços para afastar as mãos da mãe de seu rosto, não levaria muito tempo para desmaiar.

Ela tentou analisar o ambiente ao seu redor, em busca de algo que pudesse usar para acertar a mãe e, no mínimo, ganhar tempo para correr para fora da casa, mas sua visão era limitada daquela posição.

━ Ele se foi! ━ Chrysan sussurrava enquanto se debatia. Riley não achava que a mãe quisesse lhe machucar intencionalmente, mas foi pega no meio de seu ataque e agora estava presa ali. ━ Ele se foi e eu ainda estou aqui...

━ Mãe! ━ ela gemeu, tossindo fraco.

━ RILEY! ━ ouviu a voz de Katniss.

Em pouco tempo, o peso em cima de seu corpo foi aliviado e ela se arrastou para trás, vendo braços masculinos ao redor da cintura de sua mãe; imaginou que fosse Gale - era um dos únicos homens com quem a Everdeen era realmente próxima e estaria ao seu lado naquele momento.

Riley levantou em um pulo e, ainda tossindo e tonta, se aproximou da mãe, afastando o rapaz. A adolescente abraçou a mulher, apertando seus braços ao redor de seu corpo fraco ao que ambas se ajoelharam no chão de madeira; Chrysan escondeu o rosto no ombro de Riley, chorando tão alto que machucavam os ouvidos da mais nova.

JONATHAN MORREU!

A Kendrick mais nova chorava quieta, sentindo as unhas de sua mãe cravando em suas costas. Ela não tinha mais forças para se afastar ou fazer a mãe parar. Riley estava exausta e tudo que pôde fazer foi segurar a mãe até que ela chorasse tanto que desmaiasse.

No fundo, ela sentia pena de sua mãe - era cansativo vê-la lidar com aquele problema e não saber o que fazer para ajudar - mas também se sentia cansada. Cansada de ter que ser a adulta da casa, de cuidar das duas sozinhas, sem nenhuma ajuda. Ela chorava, mas era de cansaço por precisar repetir todos os dias e as coisas permanecerem a mesma.

Não tivera nem mesmo chance de ficar de luto pelo seu irmão morto, preocupada demais evitando sua mãe de seguir o mesmo fim do garoto.

━ Você tá bem? ━ Katniss questionou após algum tempo, agachada atrás de Chrysan, observando o rosto de Riley, que fitava um ponto qualquer no chão.

Ela nem havia se tocado, até aquele momento, a presença da Everdeen no cômodo. Riley passeou os olhos pela cozinha, com medo de se mexer, e pôde notar que apenas elas estavam ali.

━ Eu pedi que ele fosse embora. ━ Katniss sussurrou ao notar o olhar da Kendrick. ━ Sei que não gosta muito dele.

━ Não tenho nada contra ele. ━ sussurrou de volta; claramente, era uma mentira, mas sabia que Katniss sentia algo pelo rapaz, agora se era platônico ou não era uma pergunta da qual Riley não teria e nem queria uma resposta.

Katniss revirou os olhos, abraçando os joelhos.

━ A gente ouviu o som de- de umas coisas quebrando. Fiquei preocupada.

━ Ela tá piorando.

━ Eu sinto muito, Riley...

A loira fungou, abraçando a mãe com delicadeza.

━ Eu tenho que fazer alguma coisa. ━ sussurrou contra os fios de cabelo da mulher.

━ Tipo o quê?

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Riley não deveria estar ali.

O mercado clandestino era um lugar perigoso para jovens garotas desacompanhadas; às únicas vezes em que havia passado ali, Gale e Katniss lhe acompanhavam, mas naquela tarde, a Kendrick decidiu se aventurar sozinha.

Sua mãe ainda dormia quando ela saiu de casa, mas diante do surto de mais cedo, temia que ela despertasse logo e pretendia estar em casa antes que isso acontecesse. Se sua mãe tivesse outro ataque daqueles na ausência de Riley, a garota não sabia o que poderia fazer.

Chrysan Kendrick não era um perigo apenas para si mesma, mas também para todos aqueles próximos.

A loira passou pelas tendas lentamente, procurando pela senhorinha que sabia ter o que ela precisava; o peixe em sua mão começava a pesar e ela ficava cada vez mais ansiosa diante da possibilidade de Marlene não estar ali justamente hoje. Justamente quando ela precisava de seu auxílio.

A idosa sempre estava ali, sem falta, tentando seduzir Riley com seus chás estranhos e apetrechos baratos, mas a garota sempre dizia não, que iria comprar na próxima vez.

Agora, na próxima vez, ela não estava lá.

Ela bufou, parando e olhando ao redor.

O peixe em suas mãos começava a atrair atenção indesejada pelo cheiro e ela já se arrependia de ter ido até ali. Deveria ter acompanhado Katniss na floresta, já que naquela manhã Gale estaria nas minas; deveria aproveitar um pouco do tempo sozinha que teria com a Everdeen para distrair sua mente.

Ao invés disso, preferiu se arriscar em um dos lugares mais perigosos do Distrito, prestes a ser roubada, espancada e- quem sabe o que mais.

━ Perdida?

Riley pulou de susto, abraçando o peixe enquanto se virava.

━ O QUÊ?! ━ questionou com tanto pavor que chamou a atenção de pessoas próximas.

Seus olhos analisaram a pessoa à sua frente, tão distraída que nem mesmo notara sua aproximação.

Era Marlene.

━ Eu perguntei se você tá perdida.

Riley piscou algumas vezes enquanto processava o questionamento, fazendo a mulher franzir as sobrancelhas em confusão.

━ Você tá bem, menina?

━ Ótima. ━ sussurrou nervosamente, olhando ao redor enquanto se aproximava da mais velha. ━ Podemos conversar?

A mulher riu, passando pela garota e começando a adentrar ainda mais o galpão, puxando o carrinho metálico atrás de si.

━ Já estamos conversando, menina.

A Kendrick abraçou ainda mais forte o peixe em seus braços, seguindo Marlene bem próxima, tentando não tropeçar no carrinho.

━ Em particular.

Marlene não respondeu, mas limitou-se a dar uma risada fraca. Ela permaneceu calada por todo o caminho até encontrar um espaço grande o suficiente para montar uma mesinha velha e enferrujada, fazendo todo o trabalho em silêncio. Riley a observava, angustiada pela demora da mulher em demonstrar qualquer interesse que fosse no que a adolescente tinha pra dizer.

Sabia que Marlene, eventualmente, lhe daria abertura para fazer uma proposta, mas aquela demora estava lhe fazendo repensar a terrível idéia que tivera em um momento de crise.

Respirando fundo, ela deu meia volta, disposta a refazer todo o caminho até a entrada, mas não deu cinco passos quando a idosa limpou a garganta e chamou por seu nome. A Kendrick se virou, vendo a mulher sentar.

━ Então... o que procura?

Ela abaixou o olhar por um instante - teria mesmo a coragem para fazer aquilo?

Por mais surpreendente que fosse, a resposta era sim.

Mas seria capaz de viver com sua consciência? O que Jonathan diria caso estivesse ali e visse que Riley estava tentando se livrar da última pessoa que lhe restava?

Mas Chrysan já não era mais a mesma após a morte de Jonathan. E nem Riley. O falecimento do rapaz havia criado um abismo entre as duas e nada nem ninguém seria capaz de recuperar as perdas ocasionais. Cada minuto passado naquela situação era uma tortura para todos os envolvidos - o acontecimento de horas antes comprovava isso.

Não era o primeiro e não seria o último, e iria piorar cada vez mais.

━ Você tem cogumelos? Ou algum chá que possa... ━ a garota deu de ombros, mexendo a mão livre nervosamente enquanto tentava pensar em algo para descrever. Ela suspirou, estendendo o peixe na direção da mulher.

Ela hesitou por um instante, olhos curiosos tentando descobrir as intenções por trás daquele triste olhar; as notícias se espalhavam rápido por ali, tinha noção do que aquela menina estava pensando. Por fim, Marlene pegou o animal morto e colocou no carrinho, abrindo uma bolsa remendada e procurando por algo. Ela pescou uma sacolinha preta, analisando o que tinha dentro com um aceno antes de dar um laço e entregar para a jovem, inclinando a cabeça.

━ Use com cuidado, menina.

Riley segurou a sacola com certa tensão, abrindo-a e analisando seu conteúdo. Marlene esperava que ela mudasse de ideia e pedisse o peixe de volta, mas após alguns instantes, a Kendrick sussurrou um rápido agradecimento e se apressou para sair do mercado clandestino, retornando para casa.

Sem mais dor, sem mais pesadelos - é, Riley Kendrick seria capaz de viver com aquilo, mesmo que, no fim, não tivesse nenhuma diferença.

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[ N O T E S ]

não é meu melhor capítulo mas era isso ou nada,
então qualquer coisa eu edito depois e vocês
fingem que nada aconteceu <3

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