❪16❫ chapter sixteen
━━━━━━━━━━━━━━━━━━❪humanity❫
Scarlett desligou o celular e respirou fundo. Damon não quis lhe dar alguma informação, exceto se estivessem frente a frente. Não tinha outra escolha, teria que ir vê-lo, mesmo que sua vontade seja outra. Seus sentimentos estavam uma bagunça, não sabia o que pensar a respeito de tantas descobertas. Também não sabia no que acreditar, se deveria ou não ver Damon. E se ele fosse o assassino? E se não fosse? Eram muitas perguntas sem respostas, estas que teriam apenas se fosse até ele.
Enquanto estava perdida em seus pensamentos do lado de fora, no loft, vários questionamentos foram feitos a Megan, já que ela era a única que sabia de algo na roda de pessoas. Sua paciência estava quase se esgotando, quando Scarlett lhe deu o ar da graça, adentrando o loft com uma expressão pensativa.
A atenção fora para Scarlett, que mesmo perdida em seus pensamentos, sentiu os olhares queimarem seu corpo. Respirou fundo mais uma vez e levantou o olhar, encontrando expressões questionadoras.
Mas, ela olhou apenas para Megan.
— Acredito que essa é a hora em que terminamos de contar nossa história.
E foi o que elas fizeram.
Explicaram todo o final até a situação em que se encontravam no momento.
O homem de jaqueta preta se encontrava sentado na poltrona manchada no canto da velha cabana no meio da floresta. Em sua mão havia uma garrafa de bourbon pela metade enquanto na outra, uma pena preta idêntica a que estava com Scarlett.
O local de apenas um cômodo estava um breu, sem alguma luz artificial que iluminasse a não ser a da lua. Uma luz natural e única.
A ligação de Scarlett não surpreendeu Damon, já que, todas as pistas encontradas foram postas com essa intenção. A situação estava crítica para todos os lados e o que o homem mais queria era resolver este caso para poder voltar para sua cidade, com sua vida conturbada.
Passos do lado de fora foram ouvidos por sua audição altamente melhorada e o cheiro bastante conhecido adentrou suas narinas, o fazendo guardar a pena em sua jaqueta. Damon encostou sua cabeça na poltrona, fechou seus olhos de forma lenta e respirou fundo, vagarosamente, capturando tudo para que a saudade de seu peito cessasse. Não via a mulher a algum tempo e mesmo que tentasse negar para si mesmo, o bem que Scarlett fez-lhe ainda o afetava, pois poucas pessoas conseguiram acessar esse seu lado profundo. E o ressentimento ainda estava presente, ela o havia abandonado, como todos uma vez fizeram.
O coração de Scarlett deu um salto ao ver a figura sentada desajeitadamente. Não se viam a bastante tempo e digamos que seus últimos encontros não foram agradáveis. A mulher engoliu em seco, sentindo suas mãos suarem ao dar mais um passo na direção dele.
— Damon. — sua voz não passou de um sussurro trêmulo, carregado de arrependimentos de um passado distante.
— Scarlett. — diferente do dela, o tom de voz do vampiro fora hostil, quase que com raiva. Ela já prévia isso, era óbvio. Mas, seria possível todas essas mortes causadas serem por pura vingança da parte de Damon? Mesmo após tanto tempo? — Não respondeu minha pergunta.
— E você não respondeu a minha. — da mesma forma que o homem se referiu a pergunta sobre sentir saudades, ela fez sobre o fato dele estar em Beacon Hills.
— Tecnicamente não foi uma pergunta. — rebateu arqueando as sobrancelhas em provocação. Ao perceber o olhar severo da mulher em sua direção, revirou os olhos e levou a garrafa de bebida até sua boca, tomando um grande gole.
— É claro que não, porque sentiria? Você foi embora! — acusou raivoso, sua expressão descontente da mesma forma como ela se lembrava. Semblante com as sobrancelhas arqueadas em um V gigante, testa completamente franzida e boca entre aberta.
— Não estamos aqui para falar sobre o passado, Damon — se recusou a entrar nesse assunto. Se sentia culpada, sim, mas era preciso ir embora. Ele nunca iria entender.
— Nosso passado, Scarlett! — ele se levantou bruscamente, indignado com a híbrida em sua frente. A revolta dominou o seu corpo e por um impulso violento, arremessou a garrafa na parede, fazendo ela se quebrar em milhões de pequenos pedaços, assim como os dois corações presentes no local. Tudo em estilhaços espalhados pelo chão.
Scarlett fechou os olhos com força, não querendo falar sobre isso.
— Por que você está aqui? — tomou rumo ao assunto que lhe interessa novamente. Não poderia deixar que o propósito desse encontro fosse desviado dessa forma. — Não quero mentiras, ou você não vai me deixar escolha.
— Vai fazer o quê? Me matar? — questionou sorrindo sarcasticamente, abrindo os braços quase que em um convite silencioso.
— Se for preciso. — a resposta doeu em Damon e Scarlett deve que desviar o olhar para não observar o quanto aquilo havia o afetado. Apesar de ser uma completa mentira, ela nunca mataria Damon. — A verdade ou uma simples mordida que pode te fazer sofrer por horas. Você escolhe.
Ele olhou para o chão por alguns segundos, processando o que ela havia dito para si.
— Acreditaria se eu dissesse que não fui eu? — perguntou seriamente, olhando em seus olhos. Não havia brincadeiras em seu rosto, nada havia que indicasse sarcasmo ou ironia, o que fez Scarlett relaxar seu corpo. Não havia sido ele.
— Quem foi? — o alívio passou pelo corpo de Damon. Aquela simples pergunta o fez crer que apesar de tudo o que passaram, ela ainda acreditava nele, como sempre fez assim que pisaram pela primeira vez em Mystic Falls. O olhar do vampiro em sua direção foi o gatilho para a maioria das peças se encaixarem. Como as mortes ocorreram, hora por fome hora por diversão. O fato disso estar ocorrendo em Beacon Hills justamente para chamar suas respectivas atenções, não, suas não, de Megan e apenas uma pessoa sabia sobre isso. — Stefan...
— Bingo! — Damon disse sorrindo falsamente, apesar de que não havia graça alguma. O corpo de Scarlett travou por alguns segundos, Megan ficaria terrivelmente arrasada ao saber sobre isso. — Essa é a parte em que você corre para contar isso a ruivinha?
A mulher trincou o maxilar, sem paciência para as brincadeiras dele. O encarou ferozmente, deixando claro que não estava nos seus melhores momentos.
— Me explica tudo. — não foi um pedido, foi uma ordem. Uma ordem que se Damon não acatasse, as coisas ficariam feias para o seu lado. A sua expressão estava séria enquanto seus pensamentos estavam uma turbulência. Não sabia o que pensar e nem como contaria isso a sua melhor amiga. Megan ficaria péssima ao saber o causador disso tudo, da mesma forma que ficou quando pensou que fosse Damon.
— Stefan desligou a humanidade a algumas semanas atrás. Klaus o obrigou. — o nome citado fez todo seu corpo se arrepiar, mas decidiu ignorar isso por hora. — Quando ele foi liberado, eu e Elena tentamos de tudo para fazer ele voltar, mas...
— Mas...?
— O fato de nós estarmos juntos atrapalhou um pouco. — o homem ainda teve a coragem de abrir um sorrir amarelo. A revelação fez todo o corpo de Scarlett pegar fogo, a raiva que sentia no momento não poderia ser descrito em palavras. Seu sangue parecia borbulhar por entre suas veias e o incomodo que sentiu com a novidade não foi nem se quer notado, tamanho era sua raiva. Suas mãos se apertaram em um punho e os nós dos seus dedos estavam brancos, tamanho era sua força.
Damon não teve tempo para reagir quando o primeiro soco atingiu o seu rosto. Seu corpo voou longe, acertando a parede que rachou facilmente pela madeira velha e desgastada. Alguns resmungos de dor foram ouvidos por Scarlett, que nem se quer importou quando se pôs a caminhar em sua direção, o pegando pelo colarinho e o levantando rapidamente. O prensou na parede e colocou seu braço no pescoço do homem, enforcando-o.
— Você não tem noção do quanto eu quero te matar agora! — rosnou irritada, fechando os seus olhos por alguns segundos tentando se controlar. — Porque o policial está vivo? Stefan nunca deixaria.
— Por que não foi o Stefan. — Scarlett pressionou seu braço mais forte, tirando o ar de Damon. — F-foi uma mensagem para v-você, docinho.
Ela afrouxou o aperto e ele pôde respirar fundo.
— Uma mensagem para me encontrar. Todas as pistas foram uma mensagem. — explicou passando sua mão pelo pescoço em uma massagem para aliviar a dor. — Stefan pensa que estou ao seu lado, por isso precisava ser discreto.
— Atacando um policial?! Parabéns, Damon! Assim você foi super discreto. — Scarlett ironizou, saindo de perto do homem antes que fizesse uma loucura.
— Ele não está morto, está? — Damon retrucou irritado, arrumando sua camisa social preta. — Precisamos da Megan.
Scarlett o olhou, ponderando suas palavras, mas por fim, respirou fundo e disse.
— Sim, precisamos.
.𑁍ࠬ¸𓍢 NOTAS FINAIS
.𑁍ࠬ¸𓍢 Quem é vivo, sempre aparece, não é? kk. Não me matem, sério, demorou, mas estou aqui, não estou?
.𑁍ࠬ¸𓍢 O que acharam? Altas revelações einn, alguém surpreso? Acho que não, né?
.𑁍ࠬ¸𓍢 Enfim, votem e comentem, apesar dessa história estar bem flopadinha, eu amo ela. :)
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