❪14❫ chapter fourteen
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— Vocês foram no bar e...? — Stiles perguntou dando ênfase na última palavra da frase dando a entender que era para nós continuarmos enquanto os outros apenas ouviam e inclusive, alguns até suspiravam quase perdendo a paciência a cada interrupção do garoto. Meu Deus, vai ser difícil acostumar com o jeito afobado de Stiles.
É fofo e engraçado, mas irritante às vezes. Mas como é o Stiles, é fácil relevar.
Afinal, é o Stiles.
— E lá conhecemos umas pessoas que não agregaram em nada na nossa vida e blá blá blá... Meu deus! Olha a hora! Precisamos ir falar com o policial. — olho para o relógio imaginário em meu pulso desconversando em um teatro bem feito, na minha concepção. Os outros me olharam desconfiados, alguns até arquearam as sobrancelhas, mas eu sorri amarelo e olhei para Megan, insinuando para ela me ajudar.
— Ela tem razão. — Megan falou desajeitada e eu a olhei descrente. Eles ainda não pareciam convencidos, e com razão, julgo que nem crianças inocentes cairiam nesse papo furado.
— É verdade. Já está ficando tarde. — Liam se pronunciou olhando as horas no seu celular.
Retiro o que eu disse.
Pouco a pouco, todos foram concordando conosco, enquanto isso eu fingia não notar o olhar desconfiado de Stiles sobre mim. Mas, como eu sou eu, não aguentei por muito tempo e o encarei de volta. Nós dois ficamos nessa disputa de olhares fulminantes, arqueando as sobrancelhas e semi cerrando os olhos toda vez que um fazia tal ato, repetindo os movimentos um do outro.
— Stiles, conseguiu o endereço? — Lydia pergunta para o garoto, tirando sua atenção de mim e eu agradeço a ruiva mentalmente por isso. Desde a ideia de irmos visitar o policial atacado, a tarefa de conseguir a sua localização atual ficou para ele, por motivos óbvios.
— Foi meio difícil já que meu pai está na minha cola desde que... Sim, eu consegui. — ele se atrapalha um pouco quando começa a falar demais e se auto corta no meio da frase, me deixando curiosa.
— Eu estive pensando e acho melhor só alguns irem falar com ele. — Scott informa e penso ser uma decisão sábia. Tantas pessoas poderiam o assustar.
— Scarlett deveria ir. — Megan se manifesta apontando para mim, fazendo todos me olharem.
— Por que eu? — pergunto franzindo a testa. Ok, sei que tenho vários meios de persuasão e uma lábia ótima para descobrir informações das pessoas, mas acreditei que me deixariam fora dessa. Eu merecia um descanso, certo? Errado. Pessoas estão morrendo a todo momento. Me auto policiei por esses pensamentos preguiçosos e tratei de me dispor a ir antes que alguém dissesse algo a respeito da minha pergunta. — Por mim tudo bem, se todos concordarem.
— Não vejo mal. — Isaac deu de ombros, concordando e alguns assentiram também de acordo.
— Scott. — Kira disse. Ele assentiu, iria também. Ele é o alfa, no final das contas.
— Derek. — dessa vez quem disse foi Scott, em um pedido encoberto de súplica. Ele queria que Derek fosse. Eu percebi isso, e o carrancudo também, por isso ele assentiu.
— Stiles. — o próprio garoto disse seu nome entusiasmado se convidando e Deus... Como eu tive que segurar a risada, porque claramente ele não iria pela expressão dos outros.
— Sabe o que é, Stiles... — Lydia começou pressionando os lábios em uma linha reta. A ruiva se pôs a caminhar até estar ao seu lado e apoiou seu braço pelo torso, pondo sua outra mão livre em seu ombro. O garoto ficou rígido e olhou para ela, eles se encararam por alguns segundos antes dela continuar. — Que tal você ficar? Seu jeito curioso pode... Como eu posso dizer?
— Assustar ele. — Malia respondeu por ela, convicta. Stiles ficou um pouco indignado, mas assentiu quando compreendeu o que elas queriam dizer.
— Tudo bem. Scott, Derek e Scarlett. Mais alguém? — Megan quebrou o silêncio, pondo fim no assunto do garoto. Todos se entre olharam, mas ninguém disse nada. — Certo, os três está ótimo. Vão rápido, antes que fique muito tarde.
Nós três assentimos. Dirigi-me até a saída com os dois em meu encalço e sem muitas conversas, fomos ao carro de Derek. O céu já estava escurecendo e em poucos minutos estávamos no endereço que Stiles nos entregou — a contra gosto, vale ressaltar.
Como fui ao banco de trás, esperei os dois saírem e repeti o ato. Da mesma forma que saímos, caminhamos até a porta da pequena casa, com os dois no meu encalço, um de cada lado.
Conferi o endereço e após ter a confirmação, bati na porta suavemente e esperamos qualquer movimentação que indicasse que alguém viria nos atender. Haviam duas pessoas na casa, ouço passos se aproximando e arrumo minha postura. Uma mulher, aproximadamente, do meu tamanho e com roupas brancas, típicas de enfermeiras, abriu a porta. Seu olhar confuso passou por nós três, e antes que pudéssemos falar algo, compreensão substituiu a confusão.
Esperei para ver o que ela iria falar, para não estragar nada.
— Você é a prima dele? Há de Nova York que viria visitá-lo daqui a dois dias? — questionou e antes que Scott pudesse dizer algo, o interrompi.
— Sim! — exclamei, mas logo me recompus após lançar um olhar para Scott ficar calado. — Adiantei um pouco a viagem, estou bastante preocupada e quero saber como ele está. Podemos entrar?
Mordi os lábios, ansiosa ao notar seu olhar desconfiado, mas não demostrei e sorri tranquilamente. Ele olhou para os dois atrás de mim.
— Está tudo bem. Eles são meu amigo e meu namorado. — menti, dessa vez com um sorriso amarelo um pouco forçado. Os dois não disseram nada, e achei melhor assim para não estragar nosso disfarce. Mas tenho certeza que eles se entre olharam se questionando quem seria quem.
Ele pensou por alguns segundos, mas por fim, nos deu entrada e nós tratarmos de entrar rapidamente, antes que ela percebesse nossa mentira.
Caminhamos juntos seguindo a mulher até o que parecia ser um quarto.
— Ele ainda está dormindo devido à anestesia, já tem algumas horas, mas não sei se ele irá acordar. — ela informa abrindo a porta e nos dando espaço para passar. Nós entramos no quarto que continham vários equipamentos médicos. — Vou-lhes dar privacidade, com licença.
Ela fecha a porta deixando-nos sozinhos no quarto. Nos entre olhamos, suspiro quando eles não dizem nada e caminho até a cama em que ele está deitado. Sua pele está extremamente pálida e há um curativo em seu pescoço, que já precisa ser trocado, pois, já contém algumas manchas de sangue perceptíveis. Alguns fios estão conectados e tem um monitor cardíaco, ele também toma soro pela veia.
Penso em como irei acordá-lo, mas antes que eu faça algo, como se a sorte estivesse a nosso favor pela primeira vez, ele abre os olhos.
Lentamente, ele vai piscando até se acostumar e quando nota nossa presença, se assusta. O monitor começa a apitar rápido conforme seu coração se acelera ainda mais.
— Q-quem são vocês?! — ele pergunta apavorado, a voz rouca por, acredito eu, não falar a algum tempo. Sua respiração desregulou e seus olhos estavam arregalados.
— Calma! Não vamos te machucar. — Scott diz com a voz calma, sem se mexer para não assustá-lo mais. Não adiantou muita coisa.
— Quem são vocês? Eu sou policial! Posso prender vocês por invasão de propriedade...
— Ei, tudo bem... — sua atenção que estava em Scott, vem para mim. Continuo com minha voz e expressão calma. — Como meu amigo disse ali, não vamos te machucar, só viemos atrás de informações. Meu nome é Scarlett, ele é o Scott e esse é o Derek. Qual seu nome?
Sua respiração vai se acalmando e seu coração diminuindo os batimentos, até voltarem ao normal. Esperamos pacientemente até ele estar calmo o suficiente.
— Delegado Strauss. — responde, mais calmo, mas ainda nos olhando desconfiado. Sua voz estava um pouco melhor, mais permanece enfraquecida e sua situação não estava mesmo boa.
Percebi que ele engolia muito em seco, como se algo o incomodasse na garganta. Ele olhou para a cômoda e eu segui com o olhar. Havia uma jarra com água e um copo de plástico com um canudinho. Olhei novamente para ele.
— Posso? — apontei para a cômoda onde continha a jarra. Ele pensou por alguns segundos e assentiu. Caminhei calmamente para não assustá-lo, despejei um pouco de água no copo e o levei até ele, segurando enquanto ele bebia.
Delegado Strauss suspirou ao sentir a água gelada descendo por sua garganta, e ao terminar, me olhou agradecido. Coloquei o copo novamente no lugar e continuei ao lado da cama. Scott e Derek só observam, vendo que a situação está no controle.
— Então, delegado... — começo suavemente. — Soubemos o que houve com você.
— Um ataque de animal. — ele desviou o olhar do meu e trincou o maxilar da melhor forma que pôde, dizendo a contra gosto.
— Nós dois sabemos que não foi isso. — ele olhou-me e eu o encaro firmemente o fazendo ficar em silêncio.
— O que aconteceu naquela noite? — a voz grossa de Derek foi ouvido no pequeno quarto. Ele olhou para Derek, mas sua atenção se voltou para mim e eu assenti, o encorajando.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos.
— Dizem que foi um ataque de animal... Mas eu sei que não. Eu sei o que eu vi! Me chamaram de louco! Louco! — na última palavra, seu tom de voz aumentou uma oitava e o monitor começou apitar mais. Ele tossiu um pouco pelo esforço se remexendo pela dor.
— Ei, olha para mim? — segurei o rosto do policial com delicadeza e encarei seus olhos, tentando transmitir calma pelos meus. — Está tudo bem, acreditamos em você.
Sua respiração foi se regulando novamente e lentamente, sua calma voltou. Afastei-me dele, mas continuei encarando-o.
— Agora eu preciso que você me conte o que aconteceu.
Não demorou muito para ele explicar o que se lembrava detalhadamente daquela noite. Mas antes que pudéssemos tirar algumas dúvidas, a enfermeira interrompeu dizendo que já passou da hora de trocar o curativo. Fiz uma falsa despedida com um beijo na testa e um "tchau primo, fique bem logo", o que causou estranheza nele. Apenas pisquei um olho e ele entendeu, rindo um pouco.
A enfermeira nos acompanhou até a porta e após Scott e Derek passar, ela segurou meu braço com delicadeza. Os dois seguiram caminho até o carro, pareciam não perceber que eu fiquei para trás.
— A jaqueta preta cai bem no seu namorado. — ela sorriu discretamente, se divertindo com minha expressão surpresa. Não havia maldade em seu olhar e muito menos na fala, apenas divertimento.
— O quê? — ri um pouco de sua fala, não me sentindo constrangida por saber que eles poderiam estar ouvindo. — Mas eu não disse...
— Nem precisou, eu vi como ele olha para você. — franzi a testa e concordei mesmo assim. Apesar de ficar sem reação, sorri em seguida antes de me despedir e agradecer. Caminhei até o carro, onde os dois me esperavam e pela cara deles, com certeza ouviram. Scott está com um sorriso discreto no rosto e Derek com uma sobrancelha arqueada.
— Sem comentários.
.𑁍ࠬ¸𓍢 NOTAS FINAIS
.𑁍ࠬ¸𓍢 VOLTEI, demorou? sim, mas voltei =D
.𑁍ࠬ¸𓍢 Minhas aulas voltam amanhã k (me socorre) só Deus sabe quando vou atualizar algo agora #vemterceirão
.𑁍ࠬ¸𓍢 enfim, o que estão achando? quais suas teorias? votem e comentem ein!!
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