❪00❫ prologue
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Sangue.
Sangue e mais sangue.
É tudo o que eu vejo.
Sentada no chão da sala, escorada na parede com as pernas apertadas contra o peito, os olhos arregalados de pavor ainda se encontram sobre os corpos estirados no chão, cheios de sangue. Pisco algumas vezes e quase não parece real, minha mente força-me a tentar inverter a situação, tentando fazer com que tudo seja apenas uma terrível alucinação.
Mas não era.
— Tem certeza sobre isso? — a ruiva me olhava receosa me tirando dos meus pensamentos desagradáveis, balanço minha cabeça algumas vezes para espantar as lembranças de meses atrás e foco minha atenção nela que já tinha me feito essa pergunta milhares de vezes e a resposta era sempre a mesma.
— Tenho. — respondo com convicção, suspiro terminando de fechar minha última mala. Não importa o quanto isso me abale, eu prometi a mim mesma que aonde ela for, eu vou. Em minha vida, ela foi somente o que me restou, por isso, não a perderia por nada. — Eu vou com você, não importa o lugar, não importa a hora, é tão difícil entender assim?
— Eu só não quero que você sofra com isso, porquê eu sei que você vai. — respira fundo me observando atentamente. Com calma, ela se levanta da poltrona e caminha em minha direção, puxa meu braço fazendo eu ficar frente e a frente a ela e me encara nos olhos. Preocupação era o que havia neles, porém também agradecimento. Eu sei que Meg não gostaria de ir sozinha, porém sua preocupação comigo era maior que qualquer outra coisa. O problema é que ela é mais importante para mim do que qualquer outra coisa. — Olha, eu te amo por se preocupar comigo, mas no momento precisa focar em você, eu vou ficar bem.
— Eu também te amo, mas não vai me fazer mudar de ideia. — coloco um sorriso irritante no rosto e ela bufa revirando os olhos. Ela odeia que eu faça isso, mudar de assunto com meu lado que "não se importa". É mais fácil assim, fingir que a dor não existe. Às vezes funciona, me engana por algumas horas, mas ela não. Ela sabe exatamente o que eu sinto, pois, ela sente o mesmo. Só é forte o bastante para conseguir passar por isso sem se afundar, como eu fiz. — Está andando muito comigo, sabia?
— Por quê você é tão teimosa?! — ela exclama se jogando na cama do meu quarto — antigo quarto, na verdade — já que iríamos agora nos mudar. A verdade é que isso seria bom para mim, de certa forma. Não aguentava mais ficar naquela casa, me sentia sufocada com tantas lembranças que eu sei que nunca mais se repetirão.
Porquê estão mortos.
— É um dom.
.𑁍ࠬ¸𓍢 NOTAS FINAIS
.𑁍ࠬ¸𓍢 já podemos notar diferenças pelo prólogo, o que acharam? Querem o primeiro capítulo hoje?
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