
𝐎𝐬𝐜𝐚𝐫 𝐈𝐬𝐚𝐚𝐜
Imagine baseado no filme: Triple Frontier (Operação Fronteira)
Gênero: sad/dramatic
Oscar Isaac as Santiago
You as Valentina Cortéz
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[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]
Sugestão de música: Lost Boy – Ruth B.
『𝗩𝗮𝗹𝗲𝗻𝘁𝗶𝗻𝗮 𝗖𝗼𝗿𝘁𝗲́𝘇』
— Tchau, Lorenza! Até amanhã. – Ponho a bolsa em meu ombro e aceno para minha chefe, já saindo do salão de beleza que trabalho.
Já se passam da meia noite e eu ainda estava na rua. O dia foi bem puxado, tive muitas clientes para atender no salão de Lorenza e quase não tive tempo para respirar. Por um lado é ótimo, estou ganhando mais do que no mês passado e conseguindo juntar um bom dinheiro para me mudar e ter uma vida melhor. Quero voltar para o México e ver minha família de volta, aqui na Colômbia não tem tanta oportunidade e estou distante de todos os meus parentes. Minha faculdade de estética não deu certo aqui pelo fato de que o governo vetou as verbas e, em questão de meses, as portas foram fechadas.
Até hoje não sei o real motivo de ter continuado aqui. Talvez pelo fato de não querer deixar Lorenza na mão ou também pela falta de dinheiro, ou... por Santiago, o único guatemalteco que conseguiu me conquistar, mesmo eu me proibindo de me relacionar com alguém daqui. Encontrei Santiago totalmente perdido e desolado em um bar da Colômbia, o mesmo me contou toda sua vida e a pior coisa que havia se metido: um roubo de alta escala com um dos mais perigosos chefes de cartel de drogas. O pior, segundo ele, não foi o roubo, mas sim pelo fato de ter perdido seu amigo e, no final, ter saído com pouco dinheiro em comparação ao que esperavam. No final das contas, acabou por ficar na Colômbia, sem lugar para morar e foragido. Seus amigos voltaram para os Estados Unidos e ele simplesmente quis sumir do mapa, ainda com a esperança de achar o dinheiro perdido.
Nos envolvemos por um tempo, eu o conheci o suficiente para ter a certeza de que é um ótimo homem e que, mesmo servindo às Forças Especiais dos Estados Unidos, há um coração amolecido e cheio de luto pelo seu amigo tão próximo. Demorou um pouco para Santiago se abrir mais, por mais que nossa primeira conversa tenha sido desse acontecimento, mas ele se envolveu melhor quando nos encontramos mais vezes. Admito, eu queria ter levado a sério isso, talvez seja um grande motivo de ter continuado na Colômbia. Queria ter a oportunidade de falar o que sinto, mas não o vejo há três semanas. Havíamos marcado de nos encontrar no mercado central na semana passada, mas simplesmente não tive mais notícias dele. Não sei se foi embora ou se foi em busca do seu dinheiro, ou até se... aconteceu algo pior. Só queria que voltasse logo e dissesse que está bem. Eu me preocupo com ele.
Como minha casa não é tão longe do salão, chego em menos de quinze minutos a pé. Moro em um bairro simples. Casa colada em casa. Não via a hora de sair daqui e voltar para a casa da minha mãe, sentindo o seu abraço e o conforto de casa. As pessoas me reconhecem e me cumprimentam com um "boa noite" ou um sorriso preguiçoso.
Chego em frente ao portão e, ao levar a chave para o cadeado, percebo que o mesmo estava destravado, como se alguém houvesse aberto e colocado na posição normal, sem travar novamente. Estranho muito, até porque ninguém tem o aceso da minha casa. Olho em volta e percebo que as pessoas estavam normais, nem informaram ou disseram nada para me ficar alerta. Sinto uma certa tensão e ponderando em chamar ajuda ou ir atrás. Na hora da tensão ninguém sabe o que fazer e eu não sei como reagir nesse exato momento.
Vou entrando cautelosamente e abro a porta de casa lentamente, me deparando com o local totalmente escuro e silencioso, como se fosse o próprio cemitério ou um lugar fúnebre. Adentro devagar e na maior impassibilidade possível, sem fazer um barulho ou demonstrar presença. A cada passo dado, sinto minha respiração ficar desregular e um pouco mais alta. Meus olhos começam a se ambientar com o local totalmente obscuro, dando para ver as sombras e formas dos móveis da casa.
Ao escutar um estalido de móvel baixo, mas o suficiente para me ter escutado, meu coração dispara e meus lábios ressecam, sentindo o medo aflorar e a vontade de recuar ou gritar. A pessoa que entrou ainda está aqui. Na mesma hora, me estico e pego qualquer coisa que pudesse me defender ou, pelo menos, me sentir na defesa e ameaçar a pessoa que estivesse aqui. Caminho até o interruptor mais próximo e levo minha mão direita para a parede, passando a mesma até achar o interruptor. As janelas estavam fechadas, impermeabilizando a entrada da luz da noite, complicando mais ainda para enxergar aqui.
Finalmente sinto o interruptor e abaixo o pino rapidamente, tendo o lampejo da lâmpada e iluminando rapidamente o ambiente. Tudo estava conforme havia deixado e nada fora do lugar, sem bagunça ou algo suspeito que deixasse claro uma invasão. Meu rosto inteiro se forma em um ponto de interrogação e meus ombros acabam relaxando. Meus olhos passeiam pela sala e cozinha, procurando algo que me mostrasse o que houve aqui ou, pelo menos, alguma coisa que explicasse o porquê do meu portão aberto.
— Valentina.
Uma voz masculina e grossa soa atrás de mim e, em um momento rápido, acabo sobressaltando e soltando um berro alto, virando para o lado oposto e erguendo a tal coisa em minhas mãos, que era um velho corpo de abajur. Meu coração pulsa rápido com o susto e não consigo raciocinar, demorando para enxergar a pessoa que estava aqui dentro... ou melhor, invadiu. Era ele.
— Santiago?– Falo ainda em um berro e sentindo minha respiração sair ofegante e acelerada.
Santiago se aproxima lentamente e levantando seus braços até a altura da cintura, me pedindo calma. Percebo que o mesmo se encontra totalmente sujo e com a blusa rasgada, além de que seu rosto estava cheio de cortes e sangue seco no topo da testa. Parecia até que havia voltado da guerra. Seus olhos estão cansados e caídos, como se não dormisse há dias ou não tivesse parado nunca de uma caminhada bem longínqua. Seus lábios começam a formar um bico, logo soando um "shh" baixinho e me deixando confusa.
— O que está fazendo aqui?– Falo baixinho e, novamente, relaxo os ombros, lhe encarando confusa.
— Vim te buscar. Vou te levar para o Mexico. – Fala em um cochicho e se aproxima mais.
— O que houve com você? Por Deus, está todo ferido.– Me desespero um pouco e vou passando a mão em seus ferimentos, ainda frios e abertos.
— Eu explico depois, mas precisamos ir embora agora!– Segura meus braços e me olha o mais profundo, dando para sentir a total seriedade que fala e a preocupação também. — Tem que confiar em mim. Achei o dinheiro das coordenadas que o Will deixou. Há um galpão com as bolsas e precisamos ir pra lá urgente, não temos tempo. – Continua cochichando e me puxa até o corredor, me levando até meu quarto.
— Santiago, você está me assustando. O que está acontecendo?– Falo um pouco desesperada e começo a pegar as coisas mais úteis para levar.
— Valentina, me descobriram. Me acharam vivo e estão me procurando. – O mesmo se senta na cama e suspira fundo, murchando as costas e pondo a mão na testa. — Se formos embora hoje para o México, tenho certeza de que não irão me achar e você poderá voltar para casa. – Termina e segura minha mão, me fazendo o encarar e ficar calada por uns segundos.
— Como tem certeza de que vai sair fácil do país?– Sento ao seu lado e continuo segurando sua mão.
— Vou para os Estados Unidos... Will me ofereceu morar com ele por uns tempos. Não quero que fique em perigo por minha causa. – Sorri fraco e alisa meu cabelo, se aproximando um pouco mais.
— Então não vou ver você de novo?– Murcho e desvio o olhar.
— Você vai conhecer outras pessoas, eu não sou ideal pra você. – Santiago levanta meu queixo e, por mais que seja difícil ouvir isso, seus olhos conseguem me acalmar um pouco.
— Mas eu gosto de você, San. – Falo em um sussurro e sinto meus olhos arderem.
— Acha que eu não gosto de você? Me enfiei naquela mata do Amazonas para buscar esse dinheiro e te levar pra casa. Você precisa voltar a ser quem era e não deixar de ser quem é. Você sempre teve personalidades fortes, não dá para ignorar nenhuma das duas, mas precisa voltar para o México. Eu amo você, Valentina. Quero ver você em casa. – Sinto sua mão subir em meu pescoço e logo pousar em minha bochecha, alisando a mesma com dedão e fazendo com que eu colasse meu nariz com o seu.
— Por que não mora no México? Eles não vão achar você! Não pode me deixar de novo!– Acabo falando um pouco irritada e contestando tudo isso. Não queria vê-lo longe de mim novamente. Me sinto segura com ele.
— O William quer me ajudar, Val...– Antes que terminasse, o interrompo.
— Se seu amigo realmente quisesse ajudar, não teria deixado você aqui por dois anos e muito menos não ter feito contato nesse tempo. – Argumentei.
— Tenha calma. Vou ver o que posso fazer. – Sinto o leve toque dos seus lábios nos meus, selando rapidamente e dando para sentir um pouquinho de paz. — Precisamos ir agora. Guarde com você. – Ele me entrega uma chave única e pega minha mochila, pondo em seu ombro e, logo em seguida, levantando-se.
— O que é?– Levanto também e ponho a chave em meu bolso.
— É a chave do galpão no cais do porto, caso aconteça alguma coisa, você pega o dinheiro que está lá dentro e vai embora. Um número estará lá e você ligará, é do William. – Santiago puxa minha mão e fomos caminhando pela casa até a saída.
— Não vai acontecer nada! Você não vai me deixar na mão de novo. – Puxo sua mão e falo mais séria, apontando para ele e vendo ele negar com a cabeça.
— Valentina, imprevistos acontecem! Vamos, por favor. – Aponta para a porta e eu afirmo com a cabeça.
Quando nos aproximamos da porta, escutamos um barulho vindo do lado de fora e paramos. Meio suspeito. Alguns cochichados e passos baixos, mas dando para ouvir. Parecia formação de homens. Olho para Santiago rapidamente e aperto seu braço, sentindo o medo aflorar na pele e recuada de possa ser. Sinto algo ruim dentro de mim, como se fosse acontecer alguma coisa e que ninguém pudesse impedir. Minha cabeça já fica repleta de pensamentos negativos e, a cada segundo, agarro mais Santiago para não deixá-lo ir embora e eu acabar ficando só.
Tudo fica em silêncio novamente, tanto aqui dentro como aqui fora. Respiramos aliviados por uns segundos e nos preparamos para sair de novo... mas tudo foi por água abaixo. Um chute forte foi dado na minha porta, quebrando a mesma e nos assustando, fazendo com que recuássemos e fossemos para trás. Um grupo de homens armados adentram minha casa e se posicionam em uma barreira, apontando suas armas para nós e nos intimidando com o olhar. Sinto meu coração disparar e minhas mãos suarem, a cabeça toda aperta e me deixa em uma tensão severa. Se correr, posso levar um tiro, e se eu ficar, a chance disso acontecer também é grande. O que faremos? Não dá para calcular uma saída quando se está encurralado. É notório que esses homens não são da polícia ou FBI, ou seja lá o que for. Não estão fardados, apenas com coletes à prova de bala. Quem são esses homens à paisanos? Ao olhar para Santiago, percebo que o mesmo se encontra tenso e olhando em volta, mas parecia saber o que estava acontecendo ou, pelo menos, sabia quem eram essas pessoas.
Um outro homem começa a adentrar entre os rapazes armados. O mesmo segura um revólver enorme e também traja um colete, mas, diferente dos outros, o seu era branco e lhe destacava dos demais. Seus passos são cautelosos e o rosto abrangido, parecia totalmente tranquilo com a situação, em contraposição de nós dois, querendo fugir dali o mais rápido possível e sentindo o coração quase pular pela boca. Já dá para saber o que iria acontecer aqui, mas eu queria cair na imaginação de que sairemos bem... que Deus nos proteja.
— Achamos você, Santiago! Olha, foi difícil, viu?– Fala irônico e sorri, ficando na nossa frente e cruzando os braços. — Conseguiu o que queria?– O homem questiona e o olha com o seu melhor olhar desdenhoso, me fazendo olhar também.
— Me deixe levar ela para o aeroporto... eu prometo retornar e poderá acabar comigo... tem a minha palavra...– Percebo a voz de Santiago sair trêmula e nervosa, suplicando o pedido mas demonstrando medo.
— Acha mesmo que eu vou deixar você sair tranquilamente por aí com a sua namoradinha depois de ter matado meu irmão?– Ele ri irônico e nega com a cabeça.— Se dê por sortudo por termos matado aquele imundo do seu amigo americano e não você! Ninguém sairá ileso da minha Colômbia, hermano. – O mesmo pisca.
Meus olhos arregalam e eu olho para Santiago rapidamente, sentindo as lágrimas descendo de maneira brusca e me desesperando cada vez mais. Eu estava de frente para a pessoa que poderia nos matar a sangue frio e, com certeza, sairia daqui sem ser punido e muito menos procurado. Santiago também se encontra nervoso e procurando alguma maneira de sair daqui, mas é impossível. Iríamos morrer.
— Espere!– Santiago fala em um impulso e me solta, se aproximando do homem em passos rápidos. — Ela não tem nada a ver com isso! Poupe ela...
Antes que ele terminasse, o homem vira-se de uma vez e o seu dedo aperta o gatilho três vezes, indo de encontro com o peitoral de Santiago.
— NÃO!– Grito alto e me desespero, correndo até o mesmo e vendo seu corpo cair com todas as forças no chão.
Os homens saem rapidamente de casa e, por uma pequena sorte, decidem poupar a minha vida. As lágrimas escorrem em meus olhos e tudo fica embaçado, mas não podia deixá-lo morrer e assistir a isso. Começo a levar minhas mãos para os furos das balas, escutando o mesmo tossir e perder o controle da respiração, enquanto cospe sangue e se desespera um pouco. Não dava. Por mais que eu tentasse estancar, o sangue já estava descendo pelos outros buracos não tampados por minha mão. Não adianta. Fico desesperada e tentando berrar, mas nada sai da minha boca. Ver ele ali, deitado e sofrendo, me dói e me deixa apreensiva. Sua cor já parecia perder vida e seu corpo parecia querer ficar gelado. É como se seu coração desse suas últimas batidas e eu mesmo estivesse escutando. Que cena mais difícil de se ver e lidar. Ele estava morrendo em meus braços e eu não podia fazer nada.
— Fica acordado, por favor...– Falo baixinho e tentando controlar meu choro, mas me desespero a cada segundo.
— Liga... para... o Will...– Fala em um sussurro e seus olhos vão perdendo força, fechando cada vez mais.— Eu te amo. – Sussurrou uma última vez antes de dá seu último suspiro.
— Santiago, agora não... eu preciso de você... por favor, fique acordado. Eu preciso de você. – Falo em meio à soluços e ainda insistindo na falha tentativa de estancar seu sangue, que escorre como um rio.
Já é tarde. Não tem mais jeito. Ele morreu nos meus braços. Eu preciso dele...
《--¤ 𝐀𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐓𝐈𝐂 ¤--》
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Oiii gente! Desculpem a demora de atualizar aqui mas é pq eu queria focar no livro O Sócio do Meu CEO, que já está bem próximo de se concluir e eu preciso focar para terminar.
Bom, eu tenho certeza q esse imagine ficou meio bosta kkkkk mas é isso, pelo menos atualizei. Comentem bastante p me saber o feedback de vcs pq é muuuiito importante. Votem também q é muito importante também! Aproveitem aí p falar e serve como indicação o filme também ☺️
Um beijo e até o próximo imagine ❤️
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