
𝐉𝐮𝐝𝐞 𝐋𝐚𝐰
Imagine baseado no filme: O amor não tira férias.
Gênero: cute
Jude Law as Graham
You as Madeline
Outfits:
Graham
Madeline
❝cafés trocados.❞
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[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]
Sugestão de música: Love Someone – John Mraz
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『𝗠𝗮𝗱𝗲𝗹𝗶𝗻𝗲』
Flashback ON
— Madeline, aceita Ronnald...– Antes do padre terminar, eu o interrompo.
— Não posso fazer isso. Me desculpa!– Seguro a mão do meu esposo, talvez agora ex, e falo com tristeza no olhar.
Quando olho em volta, todos me encaram sem entender absolutamente nada. Não consigo fazer isso. Não é o que eu quero e muito menos com quem eu quero. Desço o altar e caminho de cabeça baixa pelo tanto de olhar confuso e julgador em mim, principalmente o de Ron. A culpa não é dele, claro, carrego em meus braços o mesmo peso da culpa, eu o aceitei e não pensei o que era casar. Sei que se eu me casar tenho que ser dada a ele e nunca mais amar alguém novo, e eu já me encontro apaixonada... mas não por ele. Não posso fazer isso com o meu coração!
Graham, o irmão da minha melhor amiga Íris, é quem desperta luz, floresce diversas vezes meu peito, me dá a melhor sensação de frio na barriga e consegue me deixar cada vez mais apaixonada por ele. Nunca fomos tão próximos até uns anos atrás, talvez uns dois ou três, mas sempre soube que ele era o verdadeiro amor que bati meus olhos. Ele é diferente. Respeita o espaço dos outros mas também não é um santo. Um verdadeiro cavalheiro de roupas bem vestidas e com um corte perfeito para seu corpo. O próprio ar britânico e forte no seu jeito, andado e fala. Foi ele que me apaixonei. Em contrapartida, Ronnald surge na história. Um homem de estatura média, meio temperamental e não vê sempre o lado bom da vida, mas não é uma pessoa ruim e sinto que ele realmente me ama... ou amava. Digamos que fomos precoce em relação ao casamento, até porque, pelo que bem me lembro, estávamos namorando há uns dois ou três anos e meio. Para algumas pessoas é o tempo certo para casar, mas não pra mim. Ele queria construir uma família já que teríamos tudo pronto, mas não é o que eu quero.
Viemos para o interior da França, onde nasci e cresci. O casamento realmente estava muito lindo. Flores por todos os lados, decorações delicadas e minuciosas, lírios em arcos enormes próximos às mesas de jantar... mas do que adianta o melhor casamento se a noiva não se sente tão alegre e graciosa como seu dia? Não há sol e nem clareza que me deixe tão bem nessa situação. Só ele.
Agilizei meus passos para retornar de onde vim, pela passarela entre as cadeiras e todos os convidados. Sabia para onde ia. Graham já não estava mais na cerimônia, por isso imagino que esteja no hotel em que estávamos hospedados logo ao lado. Mais um motivo para não poder continuar a comprometer minha vida à uma coisa incerta. Eu preciso mesmo conversar com ele e dizer o que sinto e, de alguma maneira, mostrar que ele é que devia estar dividindo altar comigo. Eu tenho a esperança de consegui-lo, mas precisa ser rápido!
Chegando no hotel, disparo-me até o andar em que Graham estava hospedado. Ele dividia quarto com Íris, então facilitava mais na hora de saber onde ele estaria e se haveria sua presença quando precisasse conversar com ela. Caminhei em passos longos até a porta e fiquei batendo, mas não tive paciência para esperar alguém fazer o favor de abrir. Por sorte a porta estava aberta e fui logo entrando, vendo a luz invadindo todo o quarto, o qual tem tons claros de bege e madeira de eucalipto claro. Estranhamente, ou não, havia apenas uma mala encostada no canto do quarto, mas era para ter duas: a de Íris e a de Graham... e eu conhecia aquela sozinha.
Meus ombros murcharam na hora. Toda a esperança foi-se com a corrente de vento que passava por mim. O pior aconteceu.
— Madeline?– Escuto uma voz suave atrás de mim e já me viro, dando para ver claramente meus olhos enchendo-se de lágrimas. Era Íris.
— Cadê ele?– Falo com a voz trêmula e me aproximo dela, sentindo uma lágrima escorrer. Ela, solenemente, suspira fundo e põe uma mão em meu ombro.
— Ele... ele foi embora.
Graham havia ido embora sem se despedir.
Flashback OFF
— Me traz mais um café puro!– Falo para um dos atendentes da cafeteria que sempre costumo vir.
Relembrar a história do meu casamento é meio trágica, mesmo que já tenha se passado dois anos. O resultado final foi que nenhum dos dois deram certo: o casamento e Graham. Em relação ao casamento, foi melhor assim! Sabia que não iria ser feliz sendo como um cadeado com outra pessoa, não poder sentir e despertar paixão como é pra ser nos romances da vida e nunca mais beijar outros lábios a não ser daquela pessoa. Iríamos cansar em pouquíssimo tempo e Ron, provavelmente, não aguentaria, já que é tão ansioso e precoce. Mas, por um lado, não foi nem um pouco agradável ver seu amigo e seu grande amor partir. Graham deixara meu casamento antes da minha interrupção e, ainda por cima, não retornara para Londres. Ou seja, já se fazem dois anos que eu não o vejo e muito menos tenho notícias, a única coisa que sei é que vive em Barcelona.
Íris casou-se e só vem para Londres nas férias com o seu esposo e sua filha. Atualmente mora em Los Angeles e vive feliz com os dois, como era pra ter sido comigo. Coisas do destino! Porém, pelo visto, o destino quis que, no fim das contas, eu ficasse somente na minha companhia e mais ninguém. Sabe lá onde Ronnald está e como vive hoje em dia, apenas temos a notícia de que fica mais rico a cada segundo que se passa.
Minha rotina virou quase única: acordo, vou para o trabalho, volto para casa, passeio com meu cachorro, faço uma caminhada e venho tomar um café em St. James Café, próximo ao Big Ben. Nos fins de semana a única coisa que muda é que não vou trabalhar e sempre tomo meu café da manhã aqui. Hoje fiz diferente. Bloom, meu cachorro, está no pet shop que fica a poucas quadras daqui, então ratou esperando o mesmo ser liberado do banho e das vacinas. Todos os atendentes me conhecem aqui, até mesmo o gerente e aqueles clientes fiéis do estabelecimento. Eu gosto muito de vir aqui, até porque virou costume, mas o ambiente é agradável, o café é uma delícia e tenho a visão do grande relógio do outro lado da vidraça.
Havia pouca movimentação hoje, apenas um homem sentado no bar e com uma mochila no chão, um casal de velhinhos em uma mesa no fundo e eu. Não conheço nenhum dos três, não que eu saiba ou reconheça, por isso não me interessei em saber quem são e fazer questão de dar um aceno.
Vejo que a garçonete sai de trás do balcão da máquina de café com uma bandeja e dois pirex com xícaras de café. Um ela deposita na mesa em que o rapaz estava, o qual senta de costas para mim e não vejo seu rosto, e o outro parece ser o meu, já que a mesma caminha em minha direção. Ao chegar, já que não é uma distância tão longa assim, ela põe delicadamente na minha frente e sorri fraco. Retribuo e me preparo para tomar, mas assim que vejo para a xícara, o mesmo continha leite e algumas amêndoas trituradas por cima. Me recordei rapidamente de Graham, que sempre tinha o costume de pedir esse café em específico.
Contesto com ela antes que se desaproximasse demais:
— Com licença!– Chamo sua atenção e ela retorna a mim. — Acho que houve um engano. Eu pedi só o café puro!– Falo simples e com delicadeza, conservando o sorriso e vendo a mesma prestar atenção.
— Moça, esse não é o meu café!– Uma voz masculina aparece no meio da conversa, também de maneira delicada, contestando sobre o erro dela. Eu reconheço essa voz...
— Devo ter trocado com o rapaz. Me desculpe!– Ela retira da minha frente e dá alguns passos para o lado.
Sinto minhas mãos tremerem levemente e aquele suor frio aflorar em minhas mãos. Não sei se devo olhar e ter duas surpresas: provavelmente ver ele ou não vê-lo por imaginar demais. Meu coração inteiro dispara e tento acalmar meu interno, pois não quero ter a triste notícia de que possa não ser Graham sentado ali.
— Madeline?– A pessoa me chama. Viro meu rosto lentamente. É ele!
Fico sem reação e não sabia o que fazer. Solto um sorriso mas parecia ter falhado, pois não esboço nada além de nervosismo e vontade intensa de correr para seus braços. Graham não havia mudado muito, apenas deixado o cabelo ficar natural e com cachos dourados, um óculos de grau e a falta da barba rala que costumava ter. Sua essência britânica nunca havia ido embora do seu guarda-roupa. Sempre muito bem vestido e com um charme impecável, além de ser um homem com um rosto angelical e tão bonito quanto é para ser.
Depois de dois anos, eu o encaro novamente e digo que a sensação é de sentir borboletas no estômago... do jeito que tanto queria!
— Graham...– Falo quase em um suspiro e sorrio docemente, mas sentindo o coração palpitar.
Ficamos nos encarando por um tempo e pude perceber que a garçonete ficou entre nós, como se aguardasse uma resposta para a troca de cafés. Eu a olho e apenas sorrio, afirmando com a cabeça e dando a entender para ela fazer a troca. Ela recolhe as xícaras e faz a troca, já que ambos não beberam antes e o café ainda está bem quente. Logo após, a mesma se retira por ter percebido que havia um clima ali entre a minha mesa e o bar que Graham senta.
Eu não sabia se o chamava para sentar comigo e conversar. Não é só a timidez de vê-lo, mas por tudo que retoma a mente e me faz lembrar do dia que desci do altar para ir atrás do amor da minha vida, mas o mesmo já tinha ido embora. Eu não julgo, claro, se ele realmente gostasse de mim não seria fácil olhar a cena e ver meu possível casamento sendo realizado, ainda mais com um cara que ele não ia lá com a cara. Só que fico receosa por não saber mais se é o mesmo Graham que conheci, se ainda reconhecia a mim, não fisicamente, mas por caráter e memórias. Não sei para onde ele foi e se, quando retornou, é só passagem ou definitivo, ou até se isso lhe mudou de comportamento. Não dá para saber ao certo, ainda mais com esse seu sumiço.
— Seria incomodo se eu me sentasse com você?– Graham pergunta um pouco sem graça e olha para o lado vazio da mesa.
— Seria um prazer. – Sorrio fraco e lhe dou o consentimento, vendo o mesmo pegar seus objetos e se mudar para a mesa em que estava.
Ao se endireitar e enrijecer na cadeira a frente, nós encaramos por um tempo e apenas analisando um ao outro para procurar novidades, talvez. Seus olhos tão belos e azuis quase ciano penetram nos meus, é como um mosaico de arte tão vidrante que você não consegue nem piscar pelo simples fato de querer apreciar a arte. Seu sorriso miúdo no rosto é o verdadeiro sentimento de paz nesse momento de saudade. Finalmente estamos nos revendo depois de longos dois anos.
— Então...– Ele quebra o silêncio e eu o encaro melhor. — Tanto tempo...– Seu sorriso acaba escapando de maneira abrangida e percebo suas mãos subindo na mesa. — Uau, eu estou sem palavras porque estou surpreso em ver você. – Graham consegue falar uma frase completa e, ao terminar, seu olhar volta a ficar mais leve.
— Fico feliz que tenha encontrado você depois de tanto tempo. – Retribuo do mesmo jeito e sinto um certo incômodo, talvez por não conseguir ter a mesma facilidade de conversar como tinha antes.
— É estranho, eu sei..– O mesmo solta uma risadinha e eu afirmo com a cabeça, dando um gole em meu café. — mas é verdade que estou muito feliz em ver você de novo!– Ele fala certo e logo sinto suas mãos sobre as minhas.
Aquilo me fez olhar e enxergar mais além de um encontro de mãos. A mesma chama havia voltado de antes e pude sentir o calor de nós dois novamente.
— Para onde foi?– Acabo perguntando em um impulso e quase cochichando, sem tirar os olhos de nossas mãos.
— Imaginei que fosse perguntar. – Ele suspira e debruça suas mãos abertas sob as minhas, segurando-as como se fosse a porcelana mais delicada do mundo. — Eu sei que devia ter dado uma explicação pra você, mas achei que não fosse mais precisar de mim na sua vida nova. Eu só ia ser mais um amigo do casal e nada mais além disso, então simplesmente não quis engolir a seco... me mudei para Barcelona...– Antes que terminasse, o interrompo.
— Eu sei que foi para Barcelona, mas para onde você que não quis mais ficar por perto? O Graham que conheço nunca teria me deixado sozinha. Onde está ele aí dentro de você?– Tento ser o mais leve possível, mas as emoções acabaram que me consumindo e querendo por um ponto final nessa história.
— Eu jamais tinha a intenção de abandonar você, Madeline. – Graham corresponde em um suspiro e seu rosto fica mais sério. — Só era difícil ter que engolir que você iria se casar com outra pessoa que não era eu...– Ele fala quase em um cochicho e eu acabo me assustando. Casar com ele?
— Você podia ter feito algo antes do casamento. – Tento encarar seus olhos, já que o mesmo havia abaixado a cabeça. Seu café esfria e parece até ter perdido a vontade de tomá-lo.
— Eu sei que podia e voltei justamente para mudar isso. – Nos encaramos e acabo ficando sem palavras. — Quero recomeçar tudo de novo, se quiser até desde o nosso começo de amizade e fingir que nunca fomos amigos, só para que você veja o quão destemido estou para te ter.
Ficamos calados por um tempo e eu acabo sorrindo com certa timidez. Então ele faria isso por mim?
— Como vou saber se não vai embora depois?– Ergo uma sobrancelha.
— Porque eu sei o que sinto por você e não seria um idiota a ponto de te deixar novamente. – Ele se mostra convicto e sinto um aperto em minhas mãos, transpassando lealdade.
— Promete?
— Prometo!
《--¤ 𝐀𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐓𝐈𝐂 ¤--》
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Olá, como vão? Espero que tudo esteja bem! Bom, postei esse imagine pq ele já está feito há tempinho e eu não queria deixar vcs sem nada nessa semana... eu estou numa "política" de afastamento de redes sociais até o fim dessa semana e eu não vou interagir tanto como interajo aqui... espero que entendam isso! Para os que acompanham "O Sócio do Meu CEO", não se preocupem que o último capítulo sairá o quanto antes até pq é dever meu fazer no capricho, né? Então, fica avisado e espero que gostem do imagine. Comentem, votem e indiquem os livros para as amiguinhas ❤️ fiquem bem e até o próximo capítulo! ❤️
#stayhome
#blacklivesmatter
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