
𝐇𝐞𝐧𝐫𝐲 𝐂𝐚𝐯𝐢𝐥𝐥 - II
Imagine baseado no filme: Castelo de Areia
Gênero: romântico
Henry Cavill as Capitão Syverson
Irina Shayk (You) as Heather Miller
Logan Marshall-Green as Sargento Harper*
Nicholas Hoult as Matthew Ocre*
Dedicado à
sweet_evans14
❝feliz aniversário, capitão!❞
[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]
Sugestão de música: Feeling Good – Michael Bublé
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『𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝗮̃𝗼 𝗦𝘆𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻』
— Feliz aniversário, capitão!– Escuto felicitações em berros vindo do corredor e, em seguida, algumas mãos acenando para mim, sem mostrar o rosto ou se quer um sorriso.
— Obrigado.– Berro de volta e volto ao meu trabalho.
Meu aniversário chegou e hoje completo trinta e sete anos de vida, além de completar sete anos na base militar em que resido. Lembro-me de ter completado meus trinta anos no dia em que levei um tiro, em 1996, e vim parar nessa base de Baquba. Desde então, não saí mais daqui e conquistei minhas vitórias aqui. Não é exatamente o local que desejo estar quando completar meus quarenta anos, mas não é tão ruim assim... tenho amigos, tenho colegas e tenho inimigos. Minha vida é como deve ser! Nada de luxuosidade e nem precariedade, apenas uma vida normal de um capitão do exército. Agora tenho o meu escritório e meu próprio pelotão de proteção, até porque se eu morrer naquele monte de areia atrás desses portões, as pessoas estão fodidas aqui. Eles precisam de mim mais do que precisam de fuzis e carabinas.
Aqui é terra de ninguém. Não se sabe quando estaremos em segurança e quando seremos presenteados com mochilas explosivas, por isso tenho o dever de me comunicar com autoridades superiores de Baquba mesmo sendo uma merda. Eles são ignorantes e não entendem nossa missão, então o estresse é diário. Agora, com a presença de Harper, sargento de uma base próxima de Bagdá, e seus soldados, as coisas se tornaram um pouco mais fáceis e menos estressantes, mas a melhor parte que me aconteceu foi a chegada de Heather Miller, a primeira mulher a atuar nessa infantaria de Baquba como capitã também. Onde já se viu? Pelo menos, quase nunca vi uma mulher tão forte e dona de sua razão. Isso me fez ter outros olhos para ela. Ela é linda e eu tiro meu chapéu para dizer que ela é a mais forte de todo o pelotão. Sempre há comentários e olhares machistas, e admito que, assim que ela chegou, estava desse lado também, mas foi gratificante vê-la se defender e se mostrar superior a isso. Ela é demais!
O telefone do meu escritório toca, me despertando. Retiro minhas pernas de cima da mesa e guardo meu canivete suíço no bolso da minha calça militar, atendendo em seguida.
— Capitão Syverson.– Me identifico.
— Capitão, é o xeque na linha.– Era Machmoud, um dos soldados da minha base.
— Ah, filho da puta...– Nego com a cabeça e fecho meus olhos. Já estou cansado desse velho desgraçado que se diz respeitado só pela sua idade maior.— O que ele quer?
— Ele está na linha. Está falando sobre...– Machmoud interrompe a si mesmo para perguntar alguma coisa em árabe, mas logo retoma.— Ele quer saber sobre o status da água corrente.
— Ah, ele está na linha?– Ergo uma sobrancelha e sorrio de lado.— Escuta aqui, seu velho de merda, você não quis nos ajudar quando precisamos de sua ajuda e agora tem interesse? Espero que leve um tiro e morra. Vá se foder!– Sorrio novamente e, antes de retirar o telefone do ouvido, dou um aviso.— Não traduza isso. Estamos indo bem.
Encerro a ligação e recosto-me de volta na minha cadeira, relaxando os ombros e suspirando fundo. Tem que ter muita paciência para não causar uma verdadeira guerra aqui, porque, Céus, eu não aguento mais esse xeque desgraçado. Esses iraquianos são interesseiros e só pensam em grana, mas nunca dão o braço a torcer por uma ajuda de nós americanos. Eles são insuportáveis!
— Aika, venha!– Me levanto e vou até a porta, chamando minha pastor alemão para entrar.
Aika entra na minha sala e logo fecho a porta, me encaminhando de volta para minha mesa. Mas, antes de chegar, escuto um barulho de arrastado bem baixo e arenoso, como se um papel deslizasse sobre partículas de areia. Aika vai atrás de mim e cheira algo no chão, então, ao me virar, vejo um pedaço de papel perto da fresta debaixo da porta com algo escrito. Me abaixo e o pego, vendo uma letra com traços marcantes e bonita.
"Bom dia, capitão. Que tal um jantar mais tarde? Me encontre no saguão antigo.
H.M."
Sorrio ao ver as iniciais e, coincidentemente, recebo várias lambidas de Aika, retribuindo-a com carinhos. Hoje vai ser o melhor aniversário da minha vida.
•••
『𝗛𝗲𝗮𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗠𝗶𝗹𝗹𝗲𝗿』
— Ocre, coloca a faixa aqui!– Aponto para a extremidade da parede traseira do antigo salão, agora desativado, da nossa base militar.
Eu, Ocre e o sargento Harper estávamos organizando uma pequena surpresa para o capitão Syverson, já que é seu aniversário de trinta e sete anos e desde então não teve um aniversário digno. Lembro-me quando o conheci e minha primeira linha de defesa foi utilizar e abusar da ignorância e grosseria, até porque minha mente já moldava o medo de sofrer muito machismo e ter que abandonar por pressão o que mais gosto de fazer. Não é simples, pelo menos não no tempo em que vivo, ser mulher e ainda por cima servir para os Estados Unidos é quase como uma piada para homens. Você é vítima de comentários bobos, mas, também, comentários que fazem você querer se trancar em um quarto e chorar, pensando na bala que podia ter enfiado na boca de algum desses idiotas. Tudo isso se opõe a Syverson, mesmo que, a princípio, tenha acontecido um pouco disso, mas logo passou quando realmente passou a me conhecer. Ele me respeita e me admira como mulher independente, sabe das minhas referências e história. Isso me fez o encarar com outros olhos.
— Tudo pronto. O bolo já está aqui!– Harper aparece com uma caixa envelopada na mão e deposita na mesa, que insistiram em enfeitar com armas que já passaram nas mãos de Syverson.
— Do sabor que eu pedi?– Me aproximo e levanto a caixa, vendo um bolo pequeno mas muito bem feito.
— Nozes pecan com chocolate?– Harper questiona e parece torcer para que a resposta seja sim.
— Harper!– Fico séria e cruzo os braços, lhe encarando feio e vendo sua testa suar. Brincadeirinha!— Está certíssimo!– Relaxo os ombros e dou uma risada, vendo o mesmo soltar o ar que mantinha em seu peito.
— Você me assustou!– Ele aponta para mim enquanto dá uma risada sem graça, diferentemente de Ocre, que riu alto.
— Relaxa! Você é bom em tudo, sargento!– Dou algumas batidas em seu ombro e ponho meu chapéu. O dia ainda vai ser longo.
— Se não fosse o Syverson, diria que vocês dois estariam tendo um caso!– Matt brinca e vejo Harper o olhar enfurecido.
— Dá um tempo. Todo mundo sabe que o casal aqui é o Syverson com a Miller.– O sargento dá de ombros e sinto minhas bochechas corarem, mas sorrindo em seguida. A quem quero enganar? Eu realmente gosto do Syverson.
— Vamos. Já chega!– Interrompo as brincadeiras e vejo eles rindo.— Já brincaram demais. Hora do trabalho!– Expulso os dois com o dedo apontado para a porta, vendo Harper revirar os olhos.
— Sim, senhora!– Ambos batem a contingência e saem do salão.
Sorrio fraco e dou um suspiro leve, murchando os ombros em seguida. Meus dedos acarinham um dos fuzis utilizados por Syverson, quando tivemos nossa primeira missão juntos, e pude ter a memória de seu rosto tão bonito e afilado, com traços fortes e, ao mesmo tempo, delicados demais, além de suas maçãs da bochecha sempre avermelhadas pelo sol e o cabelo raspado. Ah, que capitão! Ele é lindo.
•••
Anoiteceu. Consegui agilizar todo o meu trabalho e ainda consegui ter permissão do meu comandante de usar um vestido. Assim como não é permitido os homens estarem com outra roupa a não ser o fardamento, eu também não tenho essa permissão. Depois que tive a a ótima ajuda dos rapazes, não tivemos mais contato desde então, principalmente de Syverson, que atua em uma área distante da minha, mas mesmo assim mantém contato comigo nos dias "normais". Nossos trabalhos são bem compartilhados, há coisas que sei e ele não sabe e vice-versa. Nos ajudamos como podemos, talvez por isso nossa proximidade e a boa vontade de querer vê-lo feliz com um simples bolo de aniversário em uma mesa simples, assim como o jantar também, que consegui, por um milagre, uma churrasqueira elétrica quase morrendo para assar uma boa peça de carne com alguns vegetais frescos. Tudo foi pensado com carinho, mesmo que as limitações aqui sejam grandes.
Deixo meu escritório já pronta e passo por alguns amigos que, mesmo sendo respeitosos, não conseguem evitar o olhar, até porque aqui é quase impossível ver uma mulher, ainda mais de vestido. Até Harper e Ocre, que seus olhos ficam no chão quando estamos atuando sério, quando apareço com meu uniforme já esfarrapado e grotesco de sujeira, parece que o respeito cresce ainda mais. Agora, com a leveza nos ombros e a delicadeza nas mãos, os meus amigos se surpreenderam. Mas tudo bem, não são eles que faço questão desse olhar, por isso não me importo... só de uma pessoa importa e eu vou descobrir dentro de alguns minutinhos.
— Se sobrar um pedaço de carne, me chamem!– Harper cochicha e rio fraco do seu jeito.
— Deixarei a churrasqueira ligada, se formos dá uma volta em Bagdá.– Seguro levemente em seu ombro e falo no mesmo tom.
Volto a andar para o salão e vejo que Syverson ainda não havia chegado, por sorte. Tive tempo de organizar a mesa e ver que o jantar estava quentinho, pronto para o nosso encontro nessa sala já desativada, quase que caindo aos pedaços pela longevidade que tem. Pelas limitações e pela situação das madeiras degradadas pelo tempo e por tempestades de areia, não pude ajeitar mais do que está e, muito menos, enfeitar com coisas nas vigas, até porque podia sair mais caro, e nem digo financeiramente. Porém, tenho certeza que, mesmo com a simplicidade, Syverson vai amar ter sido lembrado e, ainda por cima, recebido essa surpresa.
Sento-me a mesa posta e, por ser curtinha, pude ver que estaríamos perto um do outro. As velas perfumadas em pequenas cumbucas traziam um ar mais leve e reconfortante, a luz do lustre, agora elétrico, de 1500 e tantos anos ainda tornava o clima romântico, talvez um pouco demais, mas ótimo para fazer esquecer das rachaduras em paredes e colunas fúnebres desse salão. Imagino que tenha sido histórico há séculos atrás, por ser um hotel antigo e histórico, mas agora virou apenas memória para quem passou por aqui e um alojamento para homens -e uma mulher, claro!-.
Escuto a porta de madeira ranger, anunciando a chegada de alguém. Vejo, de primeira, apenas uma bota fork canastra amarela dando visibilidade e, logo em seguida, Syverson aparece por inteiro com o olhar sério, mas abrindo um sorriso assim que mostra seu rosto. Meus olhos brilham ao ver sua diferença: havia diminuído o tamanho da barba. Pela primeira vez o vi com uma roupa diferente e que lhe caiu tão bem! Uma blusa gola alta preta de manga comprida, calça jeans um pouco desbotada e velha, mas que ainda não havia perdido o charme, e as botas que pareciam ser novinhas ou, talvez, nunca tenha usado desde a compra. Ele realmente está lindo.
— Hey.– Syverson cumprimenta de longe, com a voz um pouco mais baixa e sedosa, mas simpática e um pouco tímida.
— Você veio.– Sorrio e me levanto, indo em sua direção.— Feliz aniversário, capitão!– Levo minha mão para a testa e o cumprimento formalmente, vendo seus ombros relaxarem e negando a cabeça em seguida, sorrindo grande.
— Deixe disso.– Syverson puxa levemente minhas costas e sinto um abraço apertado. Seu cheiro invadiu minhas narinas de maneira que me fez querer não soltá-lo mais.— Nem acredito que fez essa surpresa pra mim! Eu estou emocionado.– Ele ri fraco e vejo um sorriso tão natural mas tão feliz em ver aquele momento.
— Vem ver sua mesa! Tive ajuda do Harper e do Ocre.– Seguro sua mão e vou lhe puxando até perto da mesinha com o bolo.
— Por Deus, a primeira arma que segurei.– Vejo Syverson extremamente empolgado, com um tom de voz excitante e contagiosa. Impossível não sorrir com isso!
— Bom, eu espero que tenha gostado. Esse foi o nosso máximo!– Dou leve alisadas em suas costas e meus lábios formam um sorriso pequeno, sem mostrar os dentes.
— Você não sabe o quanto eu amei.– Sinto um beijo sendo depositado em minha bochecha, me fazendo corar levemente.
— Vem, vamos jantar!– Lhe chamo novamente e mostro a mesa onde iríamos comer.
— E ainda tem jantar?– Escuto uma risada boba do mesmo e logo sentamos.— Eu realmente adorei a surpresa, não esperava por isso.– Syverson realmente estava emocionado com a situação, como se sentisse na obrigação de agradecer a cada segundo passado.
— Ah, era o mínimo!– Pisco e logo começamos a comer.
O silêncio reinou por ali, pude sentir minhas pernas tremerem de nervosismo e os olhos evitavam de olhar para ele, mesmo que eu tente lhe encarar. Parece que minha garganta está entalada com algo, talvez já tem um tempo, mas agora nunca me senti tão nervosa e engasgada com a falta de palavras. Eu gostaria de admitir o que sinto, mas não tenho a coragem suficiente de dizer.
— Sabe, Heather,– Syverson pigarreia com a garganta e me encara.— eu gostaria muito de poder sair daqui com você. Voltarmos para nosso canto e nos conhecermos como pessoas de trabalhos comuns.– Ele suspira fundo e, finalmente, o encaro.
— As vezes tenho o mesmo pensamento...– Hesito um pouco, mas lhe dou a atenção por completa.— mas sabe de uma coisa?– Sorrio e vejo seu rosto curioso em saber.— Eu amo saber que meu trabalho te trouxe até mim e esse fato me traz mais coragem de entrar em campo, levar um tiro por você e ter a vitória com você.– Mordo levemente o lábio e vejo seus olhos brilharem de surpresa. Por essa ele não esperava.
— Você... você está falando sério? É o que eu estou pensando?– Ele fala quase em um cochicho, aproximando o corpo por cima da mesa e me encarando com seus belos olhos azuis brilhantes.
— Se você for tão esperto como dizem, vai perceber.– Brinco e recosto na cadeira, cruzando os braços e encarando-o com um sorriso pequeno.
— Haha, essa é boa!– Syverson aponta para mim e nega com a cabeça.
Vejo que o mesmo vai puxando sua cadeira para o meu lado, já que estávamos rente um ao outro, e, sem tirar o sorriso, sutilmente Syverson se aproxima e fica em um limite mínimo de distância. Seus olhos acalmaram mais e um olhar leve se prende no meu, como uma corrente revestida no minério mais forte já existente nesse mundo, além de conservar um sorriso de simpatia e verdade.
— Então, preciso falar em palavras óbvias?– Levo minha mão para sua bochecha e aliso levemente, já sentindo a relutância mínima de tentar não encarar seus lábios.
— Por mais que eu goste de ouvir sua voz e que eu iria gostar muito de ouvir isso, não seria necessário.– Sinto sua mão pesar em meu joelho, me fazendo olhar para baixo e, em seguida, retomar para seus olhos.
— Essa é a parte que eu beijo você?– Passo levemente o dedão em seus lábios, vendo ele afirmar com a cabeça e sorrir.
Nos aproximamos lentamente e, sem hesitar, deixo que nossos lábios se toquem naturalmente. Acaricio levemente sua barba, agora curta, enquanto firmo cada vez mais nossos beijos, tornando o momento melhor ainda e demonstrando em todos os sentidos que precisamos um do outro. Pude sentir o leve aroma de vinho tinto quando nossas línguas se tocam calmamente e aquilo me fez vibrar de amor, querendo cada vez mais e não separar desse momento. Beija-lo é como entrar em um conto de mágicas, você vai traçando seu futuro aos poucos e sabe que, no final, as coisas só dariam certo se aquela pessoa estiver com você. Esse é o final feliz. Eu imagino ele lá na última página.
— Eu não trocaria duzentos campos de batalha por uma cidade se soubesse que você não estaria comigo.– Syverson finaliza os beijos com pequenos selinhos e, ao dizer o que disse, pude sentir meu coração esvair de felicidade.
— Então... você me cobre na próxima missão?– Deito minha cabeça em seu ombro e sorrio, sentindo um beijo sendo depositado em minha testa.
— Se precisar levo até um tiro.– Rimos fraco e sinto um abraço quentinho.
As vezes você quer desistir de tudo e voltar para casa, tem horas que não dá para aguentar o sistema militar. Mas de uma coisa é certa: quando você ama alguém, não importa onde seja, não haverá impedimento para que a felicidade invada sua vida.
《--¤ 𝐀𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐓𝐈𝐂 ¤--》
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Olá gente, voltei! Bom, sei que estou demorando a postar mas como eu disse, ando um pouco atolada em olimpíadas e na reta final da minha escola (até pq já tô no último ano), sem contar q meu óculos de grau quebrou e eu preciso muito dele, ou seja, eu estou escrevendo de teimosa pq n devia forçar a vista. N dá p dizer q foi ótimo abrir os pedidos agora, talvez eu tenha me precipitado um pouco, mas conto c a paciência de vcs e compreensão tbm pq eu vou entregar de todo mundo, certo? Não se preocupem! Espero q entendam.
Bom, espero muito q vcs tenham gostado, eu gostei bastante de escrevê-lo. Adria, espero q vc tenha gostado do imagine. Se puder, vote e comente o q achou, assim como quem leu!
Agradeço a compreensão e o apoio! Obrigada por confiarem em mim.
Até o próximo imagine! ❤️❤️
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