Imagine baseado no filme: —

Gênero: sad/dramatic

Charlie Hunnam as Charlie Hunnam
You as Emmanuelle Mimieux

❝a gente se vê.❞

(4/5)

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[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]

Sugestão de música: Not About Angels – Birdy

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『𝗖𝗵𝗮𝗿𝗹𝗶𝗲 𝗛𝘂𝗻𝗻𝗮𝗺』

   Já são quatro anos de luta, acorrentado em uma doença que me deu pouco tempo de vida. A princípio pensei que tivesse sido amaldiçoado ou então nascido com azar para ter que contrair uma coisa dessa. Eu juro, nunca fiz mal a ninguém e me entreguei para o lado bom da vida. Nunca houve motivos para que eu sentisse pontadas no estômago ou vivesse em uma verdadeira sanfona em relação ao meu peso. Eu já me senti muito bonito e desejado, já tive meu auge da beleza e da adolescência, mas percebi que fui amarrado a isso. O que eu fiz para contrair isso? Perdi amigos. Um, para uma overdose acidental. Outro, para um acidente maldito de carro. Outro, para um acidente de helicóptero acompanhado de sua filha. E o que menos teve tempo de vida, para uma epilepsia. Isso me fez pensar que sou azarado... mas não.

Percebi que, quanto mais meu estágio avançava, mais feliz e realizado me tornei. Me casei com uma mulher linda e francesa, tive um filho lindo, realizei o sonho de várias pessoas e conquistei sonhos que jamais pensei que iria conquistar. Esse é o estágio da felicidade e de satisfação, por isso me sinto mais sortudo. É uma droga ter que viver de substâncias em excesso, principalmente sabendo que a morte é o caminho menos doloroso de se seguir... mas por que eu iria escolher essa jornada mais fácil tendo dois motivos de querer viver em casa? Não dá! Há pouco tempo passou pela minha cabeça, mas o sorriso do meu filho e de Emmanuelle são incalculáveis. Me sinto liberto e pronto para curtir o restante de vida.

  Me sinto curado.

   Como todas as noites, sentei alguns minutos na cadeira de balanço azul turquesa do quarto de James, agora com dois anos de idade, e fiquei o observando por um bom tempo em seu berço, logo abaixo seu companheiro e melhor amigo T'Challa, nosso gatinho de garras afiadas. Claro, não podemos esquecer também de Marshall e Jackie, os jovens irmãos rottweilers que fazem a guarda na porta do garoto, como dois seguranças de um astro. Meu filho é um astro, para falar a verdade. Se colocarmos em uma balança da vida, esses quatro rapazes são verdadeiras lendas! Para que um filme de milhões de dólares se posso enxerga-los desde agora? Eles são feras e são meus filhos! É muito melhor pensar assim, fora dos holofotes da vida e prestigiar dentro e quatro paredes.

   Ao me levantar da cadeira, vejo um sorriso lindo de James se formar em seus lábios, olhando para a direção que estou mas sem enxergar que estou presente. Meus olhos transbordam como rios, mas nenhuma lágrima desceu para as tábuas corridas de assoalho porque a felicidade é maior que a emoção. Ele não vai conseguir me reconhecer fácil assim, mesmo tendo a certeza em meu coração que ele sabe quem é o pai dele e consegue me sentir. Não é fácil apagar a luz mais uma vez e dizer boa noite a ele, provavelmente um "até amanhã" e nunca mais aparecer no dia seguinte, mas ele sabe que eu estarei lá de alguma maneira. Esse sim é o reconhecimento que quero.

   Depois de sentir seus cabelos finos e lisos em minha mão, James adormeceu em um passe de mágica, agarrando seu boneco de alguma figura fictícia e acariciando levemente a cama com seus dedos pequenos. O gato parece entender o recado e logo se levanta, espreguiça todo seu corpo e vai saindo pela porta como um bom soldado depois de cumprir sua missão, enquanto os cachorros permaneceram na porta para cuidar da reta-guarda de James. Já é a hora de deixá-lo também para ver a minha mulher mais uma vez.

   Ao sair, senti aquele calafrio no corredor e me pus em um agasalho pesado, com a imagem de uma pantera corrida em todo meu torso e o número 42 nas costas, me deixando bem mais aquecido. Meus pés me carregam até a porta do meu quarto e pude ver minha linda menina, agora mulher e mãe, deitada na cama, com várias cobertas por cima da mesma e abraçando o travesseiro que seria meu, mas ela ama tomar espaço da cama ao ponto de me fazer dormir em outro lugar. E fui. Tudo para o conforto que ela gosta de sentir. Sinto que, quando anoitece, ela vai sentindo calafrios e tem ainda aquele medo de escuro, como se não gostasse das luzes das estrelas. Ainda é difícil de encarar as noites, Emmanuelle?

Como de costume, antes de dormir, sempre fico em frente da sua visão para dizer que não haviam monstros embaixo da cama ou no armário, o que lhe tirava uma risada gostosa mas aliviada em saber que eu estava ali para lhe proteger da escuridão da noite. Me recordei do doce som da sua voz desejando-me boa noite e dizendo que sou seu herói favorito, enquanto me acaricia com seus dedos leves como pluma, me fazendo enrubescer e sorrir, sentindo o peso dos olhos. A sensação de pensar é tão forte que posso dormir eternamente em seus braços, inclusive nesse momento que lhe encaro. Seus olhos são fixos na minha direção e nos encaramos em silêncio, seu pensamento parece longe. Sinto que ela não me enxerga mais fisicamente. Ela parece se esforçar para pensar em algo... ao ponto de derrubar a primeira lágrima de seu olho.

— Por que choras?– Cochicho e sento na cama, lhe encarando e sentindo o seu rosto.

Calada ela permaneceu. Sua mão escorrega pelo lençol grosso e branco da cama, tentando sentir alguém ali do seu lado e aquilo lhe trouxe mais emoção, dando para ouvir seus suspiros baixos e soluços. Então ela não me esqueceu e me enxerga, porém não presente. Eu queria abraçá-la e dizer que não há mais monstros aqui. Pela primeira vez, vi ela sem medo da noite e com os olhos abertos para as luzes das estrelas. Minha menina se tornou mesmo mulher, sem precisar de mim para segurar sua mão, mesmo sendo difícil ver que não há mais tempo para isso. Nunca mais. Eu sabia que ela iria conseguir ser melhor sem mim e agora tenho a prova.

— Eu sinto tanto sua falta, Charlie.– Ela cochicha e pude ver a mesma agarrando meu travesseiro, dando uma boa cheirada e tentando recordar de mim. É difícil.

— Você sabe que estou sempre aqui ao seu lado, minha menina.– Sorrio e, de alguma forma, pude sentir mais uma vez o gosto da sua bochecha após beija-la, mesmo ela não me sentindo mais.

Pude ver seu pequeno corpo se contrair com meu travesseiro em seu meio, abraçando-o mais forte possível e abafando seu choro, mas é uma tarefa muito difícil para ela. Emmanuelle consegue alcançar alguma foto minha no criado-mudo em um pequeno porta-retrato, deitando a mesma em cima do travesseiro e alisando como se fosse eu. Posso até senti-la me dando carinho, mas nada é igual. Se eu pudesse voltar no tempo...

Ela sabe que eu a amo mesmo depois de ter partido.

— A gente se vê.– Falo por último e aliso seu cabelo, me dando o gosto da vitória de ver minha família mais uma vez.

Agora sei que sou sempre lembrado e faço falta na vida de quem eu amo, e isso me faz mais feliz ainda. Não preciso de flores no caixão ou homenagem de textos exorbitantes em rede social, apenas preciso ser marcado na lembrança do que eu fiz e de quem eu sou...

E disso eu tenho certeza que acontece.

Eu nunca morri, apenas descansei pelo fardo que carreguei e de coisas positivas que proporcionei.

Quem é amado nunca morre.

《--¤ 𝐀𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐓𝐈𝐂 ¤--》

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Esse imagine não foi previsto até dois dias atrás. Descobri que Chadwick descansou exatamente na primeira divulgação e me senti péssima, parecia que tinha perdido um ente da família de verdade! Foi uma perda muito triste e realmente senti o luto no meu peito. Não só ele mas Ian Holm, o famoso Bilbo Bolseiro, que sempre esteve na visão quando comecei a assistir Senhor dos Anéis quando tinha meus 4 anos de idade e foi algo muito triste também. Esse imagine não é uma homenagem ao Chadwick, mas uma mensagem do quanto ele foi importante para todos, assim como todos os outros que um dia já viveram. Citei Paul Walker, Heath Ledger e Cameron Boyce. Teria citado todos os outros, mas o que vale é a intenção!
Acho um absurdo quem insiste provar aos outros que está de luto. Não me entenda errado, não estou dizendo que homenagear é errado... mas gente, ao invés de ficarmos postando direto sobre a morte do Chad, por que não postamos, pelo menos, coisas boas q ele fizeram? Por que não sentimos mesmo o luto sem tem que ficar dizendo aos outros que está triste? Gente, vamos valorizar o momento agora! Não esperem a morte de alguém para homenagear ou dizer que sente a perda. Isso pra mim nunca vai soar verdadeiro! Vocês podem ficar chateadas com o que eu falei, mas é o que eu penso. Se as pessoas dizem que amavam tanto, como dizem nos textos, por que não homenagearam quando ele estava vivo? Lógico, sempre é bom dá o devido valor e, como disse antes, não estou dizendo que não pode... mas há hipocrisia em alguns lados!
Pra mim, Chadwick nunca morreu! Ele vive e faz a felicidade ainda de muitas pessoas, mesmo que seja mentalmente. Ele foi uma pessoa extremamente querida e necessária para a representação. Um ótimo ator e uma ótima pessoa, então vamos valorizar isso! James, Marshall, T'Challa, Jack, entre vários outros, foram suas grandes marcas no cinema. Não existe só T'Challa! Sim, ele foi perfeito para o Pantera Negra, mas isso é só 10% do que ele carregou nas costas. Chadwick nos trouxe Jackie Robinson, o primeiro jogador negro de beisebol da Major League Baseball. James Brown, um dos cantores e dançarinos mais influentes do século XX. Thurgood Marshall, o primeiro juiz negro a atuar Corte Suprema Americana. Por que só Pantera Negra? Vamos recordar das outras obras magníficas que Chadwick deixou para gente!

Lembrem-se, se querem homenagear, homenageiem sempre e não deixem só para a morte. Ninguém sabe o dia de amanhã!

Finalizo aqui dizendo que todos estão presentes e vivos em nossas memórias. Que ele descanse em paz, assim como todos os outros que também fazem falta.

#chadwickpresente
#heathledgerpresente
#paulwalkerpresente
#ianholmpresente
#cameronboycepresente
#nayariverapresente
#nickcorderopresente
#irrfankhanpresente
#alanrickmanpresente
#wakandaforever

Obrigada a todos. Deus abençoe vcs e espero que não interpretem meu recado de forma negativa. Até a próxima!

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