|Capítulo 33|
P.O.V Abigail Swan
Saí de casa com Bella e Embry, já indo em direção à caminhonete. Estava praticamente a alguns passos de abrir a porta quando ouvi a voz de Bella
—Nossa carona tá chegando!
Fiquei confusa e olhei para minha irmã, só para ver um carrão preto parando ao nosso lado. O vidro abaixou lentamente, e lá estava Edward, com aquele sorriso típico dele. Tanto eu quanto Embry fizemos uma careta na mesma hora.
—Eu não vou com o Cedrico Falsificado, nem adianta— falei, cruzando os braços e olhando para Bella. Ela me lançou um olhar irritado e abriu a boca para responder,mas fui mais rápida.—Vou com o Embry de picape mesmo—mostrei as chaves, balançando-as na frente dela com um sorriso provocador, e então comecei a caminhar para a caminhonete.
—Eu odeio vampiros.—Embry me seguiu de perto, murmurando baixinho
—Nem precisa dizer, Em, nem precisa...—Ri ao ouvi-lo e respondi.
(...)
Enquanto dirigia, senti a ansiedade me invadir de novo, e meus dedos apertaram o volante mais forte. A ideia de não ser boa o suficiente martelava na minha mente, me deixando inquieta. Soltei um suspiro frustrado, e foi então que senti a mão de Embry repousar gentilmente na minha coxa. O calor do toque dele me acalmou instantaneamente.
—Tá tudo bem?—ele perguntou, olhando para mim com aquele jeito preocupado, mordi o lábio, hesitante.
—É só… tô com medo de não ser boa o suficiente.— olhei rapidamente para ele, depois voltei minha atenção à estrada, tentando disfarçar a insegurança.
—Você é mais do que suficiente.—respondeu ele—Na verdade, você é a melhor no piano, lembra? Como naquele dia na loja de música… eu ainda penso naquele momento.
Um sorriso tímido escapou de mim, e murmurei baixinho.
—Mas… e se eu não for boa pra dar aula? Tenho quase 17 anos… não é muito cedo pra ser professora?
—Não se preocupe com isso. Idade não importa.—Embry balançou a cabeça— Você é a melhor, e quem tiver a sorte de te ter como professora vai perceber isso.
P.O.V Narradora
Ao chegarem à escola de piano, Abby observou o lugar com cuidado, sentindo o frio na barriga aumentar. Olhando ao redor, ela percebeu que só havia duas professoras, ambas mais velhas, de aparência austera. Uma delas, de expressão séria, se aproximou e perguntou se estavam ali para as aulas.
Abby abriu a boca para responder, mas o nervosismo parecia ter paralisado suas palavras. Foi quando Edward, percebendo suas inseguranças, deu um passo à frente e interveio, com seu tom confiante.
—Na verdade, Abigail Swan veio fazer um teste para professora—ele disse, empurrando-a levemente para frente.
A professora, olhando Abby de cima a baixo, deixou transparecer um leve desprezo.
—E qual é a sua idade, garota?— perguntou, com um tom cético.
— Quase dezessete—respondeu Abby, tentando manter a voz firme.
— Então dezesseis?— disse a mulher que soltou uma risadinha de descrença. —E você se considera boa o suficiente para ensinar piano?—questionou, quase zombando.
Respirando fundo, Abby respondeu com calma, mas sua voz tremia levemente.
—Eu estudei em uma das melhores escolas de piano de Nova York.— respondeu ela—Só estou de férias aqui.
—Muito bem, então— a soltou uma risadinha de descrença.—Vamos dar uma chance. Se você for realmente tão boa, pode até conseguir dar aulas. Mas, se não for… talvez seja melhor desistir do piano de uma vez.
Abby congelou por um instante, sentindo as palavras duras da professora ressoarem. Sentiu, então, a mão de Embry apertar a dela com firmeza, transmitindo força. Ela se virou para ele, e ele a olhou nos olhos, dando-lhe um sorriso tranquilizador antes de beijar sua testa.
—Vai lá, Abby. Mostre a ela o que você pode fazer— ele sussurrou.
A professora se virou e indicou para que ela a seguisse. Abby respirou fundo, apertando a mão de Embry uma última vez antes de soltar.
(...)
Abby estava sentada diante do piano, com todos os olhares fixos nela. Embry, Edward e Bella observavam encostados na parede, enquanto a professora se aproximava e, com um olhar severo, disse.
—Toque uma peça clássica.
Abby respirou fundo, mordendo os lábios antes de começar. As primeiras notas fluíam bem, mas o olhar desaprovador da professora parecia crescer a cada instante, como se ela estivesse esperando um erro. Edward, ao captar os pensamentos cruéis e condescendentes da mulher, cruzou os braços, claramente indignado.
Então, Abby acidentalmente pressionou a nota errada, e o som fora de lugar ecoou pela sala. A professora soltou uma risada alta e sarcástica.
— Posso começar de novo?—perguntou Abby, tentando manter a compostura, a professora balançou a cabeça, sorrindo de forma cruel.
—Minha querida, é uma perda de tempo.— respondeu a mulher —Se você tivesse algum talento, já seria evidente. Mas, claramente, você não tem jeito algum para o piano.
As palavras atingiram Abby como um soco, e a ansiedade rapidamente tomou conta. Com o coração acelerado e os olhos ardendo, ela se levantou apressadamente e saiu, passando direto por Embry, que a seguiu sem hesitar.
Assim que a porta fechou atrás deles, Bella deu um passo à frente, seus olhos ardendo de indignação.
—Minha irmã é uma das melhores no piano— disse ela, com a voz firme.—E não vai ser uma velha arrogante como você que vai desmerecer isso.
—Uma garota sem talento algum?— respondeu a mulher que uma risada cínica—Não brinque, querida.
—Se fosse assim, Abigail Swan não teria ganhado competições e conquistado reconhecimento.—Bella se aproximou ainda mais, desafiadora,Edward interveio, segurando Bella pela cintura para acalmá-la, mas antes de ser puxada, Bella lançou um último desafio. —Pesquise 'Abigail Swan' e veja você mesma— disse ela, com um tom cortante.
Edward então guiou Bella para fora, deixando a professora parada ali, pensativa, enquanto as palavras de Bella ecoavam na sala.
Do lado de fora, Abby praticamente correu até um beco próximo, encostando-se à parede e tentando desesperadamente puxar o ar para os pulmões. Seu peito subia e descia rapidamente, mas o oxigênio parecia não ser suficiente. Sua visão começou a ficar turva, e suas mãos tremiam enquanto ela tentava se recompor.
Embry, que a seguiu de perto, parou bem à sua frente e se abaixou para ficar na mesma altura dela.
—Ei, Abby, olha pra mim—ele falou, a voz baixa e calma, mas firme. Ele colocou uma mão suave no ombro dela, sem pressionar, só para que ela soubesse que ele estava ali,Abby tentou falar, mas sua respiração saía em curtos e rasgados arfares.
—Eu... eu não consigo...— ela murmurou, apertando o peito como se aquilo pudesse conter a sensação de aperto.
—Você consegue, Abby. Respira comigo, ok?—Embry falou suavemente, olhando nos olhos dela e mantendo o contato. Ele começou a respirar devagar e de forma exagerada, para que ela pudesse acompanhá-lo. —Devagar... isso, siga o ritmo, só comigo.
Ela fechou os olhos, tentando concentrar-se na respiração dele. Aos poucos, seu peito começou a se acalmar, e o fluxo de ar se tornou mais fácil. Mesmo assim, as lágrimas ainda escorriam pelo rosto dela.
—Desculpa, Embry... é só... ela disse que eu... que eu não tenho talento...— munurrou ela,Embry balançou a cabeça, seu olhar firme e protetor.
—Não se desculpe. E não escute essa mulher — ele falou, limpando uma lágrima do rosto dela com o polegar. —Ela não te conhece. Eu conheço, e sei que você é incrível. É a melhor pianista que eu já ouvi.
—Você acha mesmo?—Abby olhou para ele, ainda com lágrimas, mas uma pequena fagulha de conforto surgindo.
—Tenho certeza.— ele sorriu, aquele sorriso caloroso que sempre a fazia se sentir segura.—E qualquer um que te ouvir tocar vai ver isso. Agora, respira mais uma vez, devagar. Tá melhor?
Ela assentiu, respirando fundo, e lentamente sentiu o pânico dissipar-se.
—Obrigada, Embry— ela sussurrou.
Embry deu um leve aperto nos ombros dela.
—Sempre, Abby.— ele beijou a testa dela e ajudou ela se levantar—E da próxima vez que alguém disser alguma coisa, me chama.— a ruiva abriu um sorriso fraco e deitou a cabeça no ombro dele—Eu te ajudo a mostrar a eles o que você é capaz de fazer.
Edward e Bella se aproximaram devagar, com olhares cautelosos. Bella inclinou-se ligeiramente, tentando entender o estado da irmã.
—Abby... você tá bem?— perguntou, sua voz carregada de preocupação.
Abby deu de ombros, desviando o olhar. Ela ainda tentava recuperar a calma, mas a frustração ainda estava nítida em seu rosto.Embry, percebendo o desconforto dela, tomou a iniciativa.
—Vou levar ela pra casa— ele disse firmemente, sem dar espaço para discussão. Ele passou o braço pelos ombros de Abby, guiando-a em direção à picape. Ela deixou-se levar, ainda com a respiração irregular, mas visivelmente mais tranquila com Embry ao seu lado.
Bella ficou parada, observando enquanto os dois se afastavam. Ela soltou um suspiro longo e pesado, o olhar preocupado acompanhando a irmã até que sumissem de vista.
—Ela não merece passar por isso— Bella murmurou,Edward colocou uma mão suave no ombro de Bella, tentando confortá-la.
—Ela vai ficar bem. Embry tá ao lado dela..— ele disse.
(...)
Abby entrou em casa com Embry logo atrás, o rosto ainda carregando os traços de um dia pesado. Assim que eles atravessaram a porta, Charlie apareceu no corredor, já vestido com o uniforme de xerife e com um olhar curioso.
—E aí? Conseguiu?— perguntou ele, um sorriso esperançoso se formando no rosto.
Abby apenas olhou para ele por um breve momento, depois desviou o olhar e subiu as escadas sem responder, a cabeça baixa. Charlie ficou parado, a confusão estampada no rosto, antes de voltar o olhar para Embry. O olhar preocupado do garoto entregou tudo.
—Espera aqui na sala, Embry. Vou falar com ela.—Charlie soltou um suspiro e pediu
Embry assentiu e se dirigiu para o sofá, observando enquanto Charlie subia as escadas em direção ao quarto de Abby.
No quarto, Abby estava sentada na beirada da cama, os ombros curvados e os olhos fixos no chão. Charlie bateu levemente na porta antes de entrar, querendo respeitar seu espaço. Ele caminhou em silêncio até a cama e se sentou ao lado dela, sem dizer uma palavra.
Após um breve momento de silêncio, ele passou o braço em volta dos ombros da filha e a puxou para um abraço firme. Abby finalmente soltou o ar que vinha segurando, fechando os olhos e se permitindo relaxar um pouco no conforto do abraço do pai.
—Tá tudo bem, filha—murmurou Charlie com voz suave.
Mais um capítulo amores espero que go
stem amores ♥️🥰♥️🥰♥️
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Até o próximo capítulo amores 🥰♥️
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