
008| 𝒴ℴ𝓊'𝓇ℯ 𝒰𝓃𝒹ℯ𝒶𝒹 𝒯ℴ ℳℯ
4583 words
Você é um morto-vivo para mim
Sɪɴᴛᴏ ᴍᴇᴜs ᴏʟʜᴏs se abrirem lentamente, enquanto vou me acostumando com a luz, piscando algumas vezes até me acostumar. Sigo em passos lentos e desajeitados até a porta de fora, parando por um momento e me lembrando do banheiro em meu quarto. Olho para porta do meu banheiro e o que Elena costumava usar, medindo qual estava mais perto. Dou de ombros e continuo indo até o banheiro de fora, abrindo a porta e arregalando os olhos ao ver Vicky lá. Sinto meu rosto esquentar de raiva, enquanto a olhava desacreditada.
— Ah, oi Annab-
Fecho a porta com força na cara dela, interrompendo a fala da mesma e voltando para meu quarto, fechando a porta num baque surdo. Algum tempo depois, desço as escadas resmungando comigo mesma, enquanto terminava de prender meu cabelo, encontrando tia Jenna e Elena tomando café da manhã e aparentemente falando da mesma coisa que eu tinha visto lá em cima.
— Viram aquela palhaçada? O que aquela vagabunda tava fazendo aqui?! — Pergunto indignada, abrindo os braços e vendo o olhar divertido de tia Jenna em minha direção, me fazendo grunhir. — Sério, o Jeremy precisa urgentemente de conselhos amorosos. Aquilo ali é ridículo!
Continuo com a minha indignação, vendo Elena me olhar com a sobrancelha arqueada. — Está falando pelo que aconteceu entre ela e o Tyler, ou realmente não gosta dela com o Jeremy? — Ela me pergunta curiosa, enquanto eu a olho incrédula, resmungando.
— Primeiro, ela sempre foi uma vadia, a coisa com o Tyler só comprovou isso. Segundo, ela não é boa o suficiente pro Jeremy. Terceiro, ela teve coragem de ficar com alguém comprometido, quem dirá trair o Jeremy?! — Falo gesticulando com as mãos, como se fosse óbvio. Escuto Jenna dar uma risadinha, antes de escrever algo em um caderninho.
— Ele vai aprender. E ah, só pra vocês saberem, eu não vou jantar em casa. — Ela fala sem nos olhar, enquanto eu e Elena nos entreolhamos.
— Hmmm, então você vai mesmo sair com o Logan.
Minha irmã diz com um sorriso divertido, segurando um saco de cereais, que eu logo roubo da mão dela para colocar em minha tigela.
— Pera aí, tô confusa. O que eu perdi? — Pergunto confusa, olhando para as duas.
— Você não ficou sabendo? Tia Jenna aceitou sair com o Logan no dia da Festa dos Fundadores. — Elena me informa, enquanto eu abro a boca surpresa.
— Me diz que vai torturar ele. — Peço, a olhando com um biquinho.
— É isso ai, eu vou torturar o Logan! — Ela aponta pra mim, concordando com a cabeça. Me aproximo sorrateiramente de Elena, me aproximando para sussurar em seu ouvido.
— Acredita nela?
— Nem um pouco. — Ela sussura de volta, antes de eu voltar para meu lugar e colocar leite em minha tigela de cereais, me sentando e começando a comer.
— E aí? Notícias do Stefan? — Tia Jenna pergunta a Elena, enquanto eu arregalo os olhos, encarando minha tigela. Volto a comer como se não tivesse escutado a conversa das duas, tentando disfarçar.
— Não depois que ele deixou aquele recadinho a três dias.
“Oi… Elena, eu… Eu preciso fazer uma coisa. Eu explico em alguns dias.” — Ela tenta imitar a voz dele, me fazendo dar uma leve risada, disfarçando com uma tosse ao ver ela me encarar.
— Não ligou pra ele?
— Não. — Elena responde tia Jenna, antes de se virar para mim.
— Não falou com o Stefan nesses últimos três dias? — Ela me pergunta esperançosa, enquanto eu a olho abrindo e fechando a boca.
— Não, não. Porque eu falaria? Você é a namorada dele.
Dou uma risadinha, a encarando fixamente nos olhos.
— É, mais vocês são melhores amigos, o que me surpreende, Stefan é mais na dele, e você conseguiu a amizade do mesmo bem rápido. — Ela fala cruzando os braços, me encarando. — Só tô dizendo que… ele confia em você, então, ele não falou nada? Nada mesmo?
— Nadinha, nadica. — Nego com a cabeça, enfiando a colher cheia de cereal na boca, vendo ela me encarar meio decepcionada por eu não saber de nada.
— Bom, eu não vou ligar. — Ela fala de forma teimosa, pegando o saco de cereais de volta e colocando em sua tigela.
— E pra você tudo bem? — Tia Jenna pergunta, enquanto eu observo as duas calada, chateada por não poder contar.
— Não, Jenna, não tá nada bem. Mas eu também não vou ficar chorando não. — Ela fala nos olhando, colocando ambas as mãos no balcão. — Eu ia escrever no meu diário hoje e pensei: “O que eu vou escrever?”. E olha, quer saber, na boa eu não vou parar minha vida toda por causa de um cara.
Tia Jenna e eu nos entreolhamos, antes de olhar para ela e falarmos juntas: — Então tá bom.
Volto a comer em silêncio, vendo Elena começar comer em pé mesmo, comigo e Jenna a olhando de vez em quando.
— Eu vou ficar bem. — Ela fala, antes de sair da cozinha.
— Acredita nela? — Pergunto depois de um tempo.
— Não. — Tia Jenna fala, antes de se levantar e me dar um beijo na testa. — Tô indo, fui!
Dou uma risada, vendo ela sair e eu ficar sozinha na cozinha, comendo. Vejo meu celular vibrar e encaro, vendo uma notificação de Stefan na tela.
– Ele está fraco, dei mais verbena. Vai vir aqui hoje?
Não dá, combinei de passar o dia com a Caroline. –
–
Te vejo depois, então.
Boa sorte com o rabugento. –
D
esligo o celular, me levantando da cadeira e colocando a tigela na pia, antes de sair dali e subir para meu quarto.
— O lava jato das gatas é amanhã. O time de futebol e a banda deram certeza. — Caroline fala distribuindo alguns panfletos, enquanto eu seguia ao lado dela, distribuindo também.
— Eu quero todas bem sensuais. Mas é claro, só pra arrecadar dinheiro. — Ela fala para as meninas ao nosso lado, sorrindo divertida. Olho para a frente e vejo Elena e Bonnie parada em um canto, nos olhando. Falo algo rapidamente no ouvido dela e entrego o resto de planfetos em minha mão, saindo dali e indo até Bonnie e Elena, que conversavam.
— Está em negação. — Escuto Bonnie falando, antes de parar ao lado delas.
— Quem está em negação? — Pergunto curiosa, as olhando com os braços cruzados.
— Oi, Annie. E respondendo sua pergunta, Caroline. Ela age como se nada tivesse acontecido. — Elena me responde, enquanto eu a olho de canto de olho.
— Ela vai ficar bem, só foi tudo muito traumático pra ela. O que importa é que o Damon foi embora agora.
Falo seriamente, olhando para Caroline a alguns metros de distância da gente, sentindo a raiva que eu sentia de Damon voltar, como sempre voltava quando me lembrava do que ele tinha feito com ela. Sinto uma mão em meu ombro, e dou um pulo de susto, virando para trás e encontrando Stefan, me fazendo abrir a boca surpresa, já que ele não tinha comentado que iria voltar hoje.
— Oi. — Ele diz, olhando especificamente para Elena, que o encara de volta. Bonnie e eu nos entreolhamos, enquanto Elena se afasta da parede surpresa.
— Oi. Sabe, tenho que ir… Tenho uma coisa para fazer. Vamos Annabethy? — Bonnie fala, pegando em minha mão e me puxando para fora dali antes que eu possa falar algo. Dou uma última olhada para trás, vendo ele falar alguma coisa para ela.
— Espero que eles se resolvam. — Falo para a Bennet, vendo ela concordar enquanto vamos em direção a um grupinho de pessoas, iniciando uma conversa aleatória.
O ambiente leve e calmo da casa de Stefan, lugar onde eu me encontrava agora, era revigorante. Era exatamente o que eu precisava, depois de Caroline ter desmarcado nosso dia juntas. Continuo com meus fones de ouvido, balançando a cabeça num ritmo animado enquanto murmurava de olhos fechados, balançando minhas pernas no ar, já que estavam fora do sofá onde eu estava deitada.
— Cause I don't know how it gets better than this — Murmuro animada, batucando os dedos levemente no meu MP3.
— You take my hand and drag me headfirst, fearless.
Canto animada, me levantando agitada e caminhando até a mesinha de canto dançando levemente, pegando uma garrafa de Bourbon e enchendo um copo e bebendo rapidamente. Murmurando o resto da letra baixinho, antes de olhar ao redor, estranhando. Jurava que Zach estava aqui perto, já que a uns minutos atrás ele estava rindo da minha animação e cantoria. Pauso o MP3 e tiro os fones de ouvido, olhando ao redor confusa.
— Zach? — Ando um pouco pelo local, o procurando. Sinto um calafrio percorrer meu corpo quando noto um pouco longe, a porta que descia para onde Damon estava, aberta. Corro em direção a cozinha, pegando uma faca e voltando a correr para o porão, descendo as escadas rapidamente, com o coração acelerado.
Assim que chego lá embaixo, arregalo meus olhos assustada, vendo Damon enforcar Zach com um braço pela grade da janela da porta. Corro até lá sem nem pensar, erguendo a faca que estava na minha mão direita e enfiando com tudo no braço do Salvatore, que solta um grunhido de dor e solta Zach. Ao contrário do que eu esperava, ele não se afastou, e sim pegou minha mão me puxando contra a porta e me encarando com raiva.
— Me solta, seu resto de merda de vaca! — Dou um resmungo com a dor da minha cara batendo na porta, enquanto ele me olha de maneira sarcástica, mesmo estando meio fraco.
— Não me ofenda desse jeito, vou me sentir chateado.
Ele dá um sorriso malicioso, erguendo a outra mão em direção ao meu pescoço. Antes que ele pudesse completar sua ação, Stefan chega com velocidade de vampiro, segurando a mão dele com força, o que fez ele me largar. Saio de perto rapidamente, pegando a faca que ainda estava no braço dele e tirando, fazendo ele se encolher de dor e ir para trás. Me afasto da porta, olhando em direção a eles com os olhos arregalados.
— Continue assim, Damon. Quanto mais energia gastar, mais rápido você vai. — Ele fala seriamente, segurando minha mão delicadamente depois de ajudar Zach a se levantar e saindo dali.
— Eu avisei para não chegar perto dele. — Ele me repreendeu com o olhar.
— O Zach precisava de ajuda! Se há alguém aqui para levar bronca, é ele! Eu estava de boa cantando na sala e ele que inventou de ir lá. — Resmungo a última parte, me sentando no sofá. Zach olha para mim de maneira indignada, enquanto massageava o pescoço. Vejo ele resmungar alguma coisa e subir as escadas, enquanto eu guardava meu MP3 em um cantinho do sofá.
— Você foi corajosa lá embaixo enfiando aquela faca no Damon. Mas também foi imprudente, ele poderia ter feito algo pior. — Stefan me olha, se servindo de uma dose de Bourbon e se sentando na poltrona.
— Aquilo foi maneiro! — Falo animada, vendo ele erguer a sobrancelha, me fazendo fingir uma tosse e me corrigir.
— Enfiar a faca nele foi maneiro, não ele enforcar o Zach.
Ele solta uma risada, negando com a cabeça. Ele solta um suspiro e se levanta, pegando algo no bolso e me entregando.
— Eu tenho que ir no Grill conversar com a Elena. E como sei que você não vai querer ir, e definitivamente não vai deixar esse narizinho quieto aqui em cima, é melhor ficar com isso.
Observo a seringa que ele me deu, olhando o líquido dentro e percebendo ser verbena. Aceno com a cabeça levemente, sorrindo travessa.
— E pelo amor de Deus… não se aproxima do Damon, ok? Não vai adiantar eu dizer para não chegar perto, sei que não vai me ouvir e é capaz de pular a janela só para desobedecer, mas… toma cuidado. — Ele dá um leve sorriso, antes de pegar a jaqueta e colocar sobre os ombros.
— Vê se se comporta! — Ele fala de costas, chegando na porta.
— Pode deixar! Se eu morrer, a culpa é do Damon. — Grito de volta, mesmo sabendo que não era necessário. Me jogo no sofá, suspirando e olhando em volta, resmungando.
— Quem em sã consciência não tem televisão em casa?
Pego meu celular depois de suspirar, começando a jogar alguns joguinhos para me distrair e voltando a cantar músicas da Taylor Swift, dessa vez mais alto, sem me importar com nada.
Cerca de quinze minutos tinham se passado, e eu já estava entediada. Tinha largado os jogos assim que perdi a primeira vez, e estava sem animação para cantar, depois de quase engasgar com minha própria saliva. Suspiro irritada e me sento no sofá, jogando minha cabeça para trás e resmungando descontente. Olho para a mesa de centro, vendo a seringa que Stefan me deu ali, me fazendo sorrir ao ter uma ideia. Pego o objeto e rapidamente escondo em meus bolsos, pegando também a faca que eu tinha usado para fazer Damon soltar Zach mais cedo. Caminho calmamente em direção a porta que levava as escadas, descendo de forma tranquila. Assim que chego em frente a porta do Salvatore mais velho, ergo um pouco meus pés e olho pela grade da pequena janela do lugar, observando ele deitado no chão, parecendo horrível.
— Nossa, você tá um caco. — Falo em voz alta, fazendo careta ao notar o estado dele. Vejo ele soltar um gemido aborrecido, resmungando enquanto fazia força para se sentar, me olhando com desgosto evidente.
— Você de novo. Obrigada pela gentileza. — Ele resmunga sarcasticamente, se levantando e caminhando em passos lentos até a porta, enquanto eu me afasto por segurança.
— É a terceira vez desde que estou preso, estou começando a achar que gosta de mim. — Faço uma careta com seu comentário, revirando os olhos e cruzando os braços.
— Sua desgraça me deixa alegre. É por isso que eu venho.
Dou de ombros, me apoiando na parede oposta a que ele estava. — E eu estou entediada, talvez infernizar você me deixe mais alegre. — Dou um sorriso falso.
— Deus, eu preferia uma facada no rosto do que te escutar de novo. — Ele geme desesperado, apoiando a cabeça na porta e me encarando brevemente. — Da última vez você falou sobre Harry Potter por duas horas. Duas horas!
Ele fala indignado, enquanto eu reviro os olhos.
— Deixa de drama! Além do mais, eu poderia falar mais do que duas horas, ok? — Vejo ele arregalar os olhos.
— Não! — Ele fala em voz alta, me fazendo rir altamente.
— Céus, como o Stefan te aguenta, hein? — Escuto ele resmungar, enquanto eu me sento em um cantinho no chão, olhando para ele.
— Então, sanguessuga — Começo a dizer, vendo ele revirar os olhos. —, como foi que você se transformou?
— Sabe que seu melhor amigo, vulgo Stefan, é vampiro também, não sabe? — Ele franze a testa, sorrindo sarcástico. Dou de ombros, sem me importar e suspirando, o encarando e esperando sua resposta.
— Uma bela moça chegou aqui, em 1864. Precisava de abrigo, nossa família a ofereceu. — Ele começa a dizer depois de alguns minutos em silêncio, percebendo que eu não desistiria tão fácil. — Ela disse que a família tinha sido morta por um incêndio em Atlanta, meu pai, se compadeceu de sua história e a abrigou, foi assim que Stefan e eu a conhecemos.
— … Vocês dois se apaixonaram por ela, não foi?
Pergunto depois de um tempo em silêncio, vendo ele me olhar sarcasticamente.
— Uau, dez pontos para ela! — Ele murmura com um sorrisinho irritante. Reviro os olhos, o encarando e esperando ele continuar.
— Enfim, ela começou a ficar com nós dois. Eu descobri o segredo dela, e queria me transformar para ficarmos juntos, mas não foi bem isso que aconteceu.
Ele para de falar, suspirando e olhando para baixo. Observo enquanto o mesmo levanta o olhar e prende em mim, me observando em silêncio antes de continuar a falar.
— Nosso pai acabou descobrindo que ela era vampira. O conselho… pegou ela, e Stefan e eu tentamos salvá-la. Não deu certo, ela ficou presa na tumba.
Ele dá de ombros, cruzando os braços e tossindo levemente.
— Acontece que nosso pai não gostou da nossa atitude, e atirou em nós dois. Mas Katherine tinha nos dado o sangue dela, então… você já deve ter adivinhado. — Ele dá um sorriso de lado, enquanto eu franzo a testa.
— Essa foi a versão resumida, né? — Pergunto cruzando os braços, enquanto belisco levemente a ponta dos meus dedos.
— É claro que sim, tô com preguiça de contar detalhadamente. — Ele franze a testa, me olhando com tédio. Reviro os olhos e suspiro, olhando para ele. Sinto minha visão nublar e minha cabeça doer, enquanto eu solto um murmúrio de dor, me curvando para a frente. Diversos flashs de imagens que eu não sabia reconhecer pareciam passar rapidamente pela minha mente, sendo possível reconhecer Stefan e Damon em frente a um homem mais velho, com vestimentas antigas e rosto mais… inocente? Sim, eles definitivamente estavam diferentes.
Saio do meu estado de transe e me levanto atordoada, olhando para os lados e suspirando levemente, antes de escutar a voz do Salvatore.
— Oi? Ruiva estranha!? Terra chamando! — A voz irritada e confusa dele me fez olhar para o mesmo, enquanto me aproximava lentamente.
— Ah, escuta, eu vou deixar você na sua desgraça e preso aqui, e… Fazer algo. — Murmuro, antes de sair de lá as pressas, escutando o mesmo resmungar irritado. Fecho a porta que dava acesso as escadas rapidamente, suspirando confusa e massageando minhas têmporas, sentindo uma leve dor no local.
— Puta merda, que coisa confusa. — Resmungo para mim mesma, saindo dali e pegando minha mochila em uma poltrona, abrindo a porta da frente e saindo rapidamente em direção ao meu carro.
O ambiente estava lotado de garotas e alguns garotos, as garotas usavam biquínis, ou maiôs, sorrindo e conversando entre si, enquanto eu observava tudo em silêncio, ajeitando a trança que tinha feito e observando meu biquíni verde escuro. Solto um suspiro e ergo o olhar, observando Caroline dando as instruções para as garotas.
— Sem descontos para amigos. Não tem nada grátis. Nada de pagar depois. Isso aqui não é caridade. — Ela fala seriamente, enquanto observo Elena a olhar, concordando com a cabeça. Me aproximo por trás de Caroline e me apoio em seu ombro, vendo ela sorrir para mim. Sorrio de volta para ela e dou um leve aceno de cabeça para Stefan, que chegava por trás de Elena.
— Oi. — Ele fala sorrindo, nos olhando brevemente e focando seu olhar em Elena, que sorri animada. A coisa entre os dois tinha melhorado significativamente depois do jantar que Jeremy e eu ajudamos ele a armar em nossa casa, para ambos conversar.
— Oi! — Ela dá outro sorriso, enquanto Caroline cruza os braços e olha para os dois de cima abaixo, os julgando com o olhar.
— O evento é pra ser sensual, vocês sabiam disso? — Ela pergunta cinicamente, antes de se virar e sair dali, me chamando com ela, nego com a cabeça e digo que não vou. Dou uma leve olhada para os dois em minha frente, rindo levemente e negando com a cabeça.
— Ela tem razão, essas blusas de frio não são nada sensuais.
Brinco, vendo os dois revirarem os olhos, enquanto Stefan me dá um leve sorriso.
— Ah, sinto muito, acho que ofendi a rainha da sensualidade.
Ele fala sarcasticamente, me fazendo rir, enquanto Elena ergue uma sobrancelha.
— É melhor ouvirem ela, ou então ela vai transformar os dois em baldes de água, pra ajudar no lava-jato. — Pisco, brincalhona, saindo dali e indo em direção a Bonnie, que ajudava Matt a lavar um carro. Paro ao lado da morena, pegando uma esponja e começando a ajudar, enquanto observava Matt olhando com uma cara sofrida em direção a Stefan e Elena, que se beijavam.
— Ah não. Nada de ficar se torturando.
A Bennet fala, me fazendo concordar com ela.
— Tô só olhando. Oi Annabethy. — Ele fala, me dando uma breve olhada, enquanto eu aceno com a cabeça.
— Ah, Tiki. Esse é seu. — Bonnie fala ao meu lado, gesticulando em direção a um carro, enquanto chamava a atenção da outra morena, que olha para nós e em seguida para o carro.
— Por que eu sempre pego os mais velhos? — Ela fala enquanto o dono do carro sai do veículo, me fazendo olhar para ela de cara feia. — Só pra ser clara, o seu carro é um lixo. A gente pode lavar, mas vai continuar sendo lixo.
— Não precisa ser grossa. — Falo indignada, deixando a esponja de lado e me ficando ao lado de Bonnie, que a olhava chocada.
— Grosseria é enfear as ruas com esse carro. — Ela diz se abaixando, pegando a mangueira e colocando dentro do balde para encher. Alguns segundos se passam, e a água voa para cima molhando Tiki com tudo, fazendo ela se assustar e ir para trás, enquanto a mangueira na mão dela continuava a jorrar água em seu corpo.
— Mas o que que aconteceu! — Ela grita assustada, tentando desligar a mangueira, que continuava a molhando.
— Que droga! — Ela continua gritando, levando as mãos ao rosto, tentando evitar a água na cara. Continuo ao lado de Bonnie enquanto Matt corre em direção a Tiki para ajudá-la, segurando a mangueira, com um sorriso divertido. Dou uma pequena risada vendo a cena, mesmo estando confusa sobre como aquilo aconteceu.
— Tava afim de tomar um banho, Tiki? — Matt pergunta rindo, entregando uma toalha a ela assim que consegue conter a água da mangueira. Dou um sorriso de lado, dando um passo para trás e observando Bonnie, que encarava a cena atentamente. Suspiro levemente, mordendo o lábio interior e franzindo o cenho, levemente suspeita, antes de me afastar da Bennet e voltar para o carro.
Enquanto terminava de ensaboar o carro com Matt e Bonnie, Elena passa ao meu lado, parando rapidamente.
— Ei, Annie. Pode ajudar o Stefan rapidinho? Eu vou buscar umas toalhas com a Caroline. — Ela me fala com um sorriso, enquanto eu dou de ombros, colocando a esponja no balde e me levantando.
— Beleza. Só não demora, ano passado você e a Caroline ficaram séculos procurando toalhas. — Reviro os olhos divertida, vendo ela fazer careta.
— Ano passado, Annabethy. Ano passado. — Ela frisa, rindo. Assim que ela sai, saio do carro em que eu estava e caminho em direção ao Salvatore, que ensaboava um carro.
— Quem diria que gente rica também suja as mãos.
Brinco, me aproximando do carro e começando a ensaboar também. Stefan dá uma pequena risada e me olha divertido, revirando os olhos.
— O dinheiro não dura pra sempre, sabia? — O tom zombeteiro dele me faz rir, enquanto eu dou um pequeno chute na perna do mesmo.
— Ah, para. Você é muito velho, certeza que tem bastante grana. — Zombo, logo em seguida abrindo a boca indignada ao sentir água no meu rosto, abrindo os olhos e vendo ele me olhar com uma cara inocente.
— Seu… seu idoso maldito! — Dou risada, jogando água nele também, que apenas ri.
— Você me chamou de velho primeiro, nem vem. — Ele ergue as mãos em rendição, enquanto eu resmungo.
Fico em silêncio por alguns minutos, sentindo meu corpo se arrepiar, suspirando baixinho.
— Tá tudo bem? — Stefan me pergunta depois de algum, me olhando confuso.
— Tô, eu só… tive um pressentimento ruim. E também, essa água tá me dando frio. — Brinco levemente, jogando um balde de água na parte de trás do carro.
— Own, tem a pele sensível. — Ele me provoca, beliscando meu braço levemente.
— Ai, Stefan! — Reclamo, dando um tapa na mão dele. Olho para ele seriamente por uns segundos, antes de dar um pequeno sorriso divertido, contendo uma risada.
— Idiota. — Resmungo, antes de suspirar. — Ei, eu vou atrás da Caroline. Já sei que ela vai enrolar um monte, e provavelmente deve ter deixado a Elena com o dinheiro.
— Vai lá, eu dou conta aqui. Se precisar de algo grita, eu escuto. — Ele me dá um sorriso gentil, enquanto eu reviro os olhos carinhosamente, concordando com a cabeça.
— Sim, sim. Você tem super audição, Superman. Sei disso.
Zombo divertida, virando as costas enquanto escutava ele rir.
Caminho entre alguns carros por alguns minutos, parando algumas vezes para dar informações e ajudar algumas pessoas. Depois de uns dez minutos, saio da área de lavagem, seguindo para os fundos da escola.
— Caroline? — Chamo em voz alta, abrindo a porta do armazém, observando o local vazio. Fecho a porta, franzindo o cenho confusa. Durante minha caminhada até aqui, tinha perguntado a algumas pessoas e ninguém tinha visto a Forbes. Suspiro frustrada, caminhando um pouco mais.
— Caroline? Precisamos de você lá! — Continuo chamando, girando a cabeça para trás, na esperança de vê-la. Sigo andando por certo caminho, chegando perto de algumas árvores. Olho para o lado, vendo o caminho da estrada, que também tinha uma pequena parte da floresta. Suspiro, negando com a cabeça e dando meia volta, voltando para o lava-jato.
— Stefan! — Grito, adentrando pela porta. O lugar escuro pela noite me assusta pela primeira vez. Caminho mais um pouco, engolindo um grito ao ver um corvo mutilado caído no chão da sala. Sinto meus olhos arderem, o sentimento ruim que eu sentia mais cedo se intensificando, enquanto eu respirava fundo. Escuto um fraco barulho no porão seguido pela voz do Salvatore, que parecia trêmula.
Corro em direção a escada que dava para baixo e desço rapidamente, adentrando a primeira sala e indo para o canto escondido, que dava em direção a cela onde Damon estava. Assim que chego naquele corredor mais obscuro e pouco visível, sinto meu corpo se arrepiar por inteiro, enquanto eu arregalo os olhos, levando a mão na boca e sentindo as lágrimas surgirem conforme eu presencio a cena de Stefan perto da parede, com o corpo sem vida de Zach no colo.
— O que…? — Murmuro, me aproximando, assustada. Meu olhar vidrado no corpo imóvel de Zach, antes de erguer e olhar para Stefan, que encarava o tio com tristeza.
— Eu não sabia mais pra quem ligar. Só tenho você. — A voz dele soa baixa, enquanto eu me aproximo mais, o olhando com tristeza e compaixão. — Você é a única que sabe.
Ele murmura, enquanto eu sinto uma lágrima escorrer, olhando para Zach e em seguida para a cela, que tinha a porta aberta e vazia.
— Foi ele, não foi? — Minha voz soa trêmula. Tinha tido pouco contato com Zach, mas mesmo assim ele sempre me tratou bem em todas as vezes que nos falamos. Ele não merecia aquilo.
— Como ele fugiu? — Pergunto num sussurro, abraçando meu próprio corpo.
— Eu não sei. — Ele murmura, sem me olhar. Ficamos em silêncio por um momento, enquanto ele levanta o olhar, me olhando.
— Fique com isso, por favor. Guarde bem. — Ele me olha seriamente, ainda com um semblante triste. Ergo minha mão e sinto um objeto frio sendo colocado lá por ele, enquanto observo. A visão do anel de lápis-lazúli que eu sabia que servia para eles não queimarem no sol chama minha atenção. Olho para ele, confusa.
— É do Damon? — Pergunto num murmúrio, vendo ele concordar, antes de deixar o corpo de Zach no chão suavemente.
— Preciso que cuide disso, eu vou atrás do Damon. Está de noite, não é confiável. — Ele me fala seriamente, antes de me encarar preocupado. — Você sabe onde a verbena fica, tome bastante, pegue uma estaca lá em cima, onde eu te mostrei aquela vez. Vá pra casa com cuidado. — Ele segura meus ombros, me encarando seriamente e preocupado.
— Tudo bem. Toma cuidado. — Falo preocupada, dando um rápido abraço nele. Vejo ele sair correndo em direção ao andar de cima, enquanto eu corro em direção a sala com a plantação de verbena. Assim que chego, começo a pegar um pouco, suspirando enquanto olhava para a flor roxa, aflita.
— Ela sabe. — Murmuro para mim mesma, sentindo meus olhos nublarem por um segundo, enquanto sinto meu corpo ficar tenso. Elena tinha descoberto. Eu sabia disso.
Boa leitura.
Não esqueçam os votos e de comentar!
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