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𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗜𝗜𝗜

———𝘉𝘶𝘵 𝘴𝘩𝘦'𝘴 𝘢 𝘮𝘰𝘥𝘦𝘳𝘯 𝘭𝘰𝘷𝘦𝘳. 𝘐𝘵'𝘴 𝘢𝘯 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘰𝘳𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯, 𝘴𝘩𝘦'𝘴 𝘮𝘢𝘥𝘦 𝘰𝘧 𝘰𝘶𝘵𝘦𝘳 𝘴𝘱𝘢𝘤𝘦

Arabella

— Eu não tenho roupa Nobara!

O quarto estava um caos. O local imerso numa decoração branca estava com um guarda-roupa escancarado e milhares de roupas espalhadas pelo chão e pela cama, havia até mesmo algumas peças rasgadas que [nome] estava guardando há séculos na esperança que algum dia iria levar na costureira. No momento ela se lamentava com a amiga de maneira extremamente dramática, a ponto de fazer a acastanhada querer meter um soco naquele nariz bonito.

— Garota, você vai para um restaurante, não para um Met Gala. — as mãos levemente calejadas passam a mexer nos cabides e logo tirando um vestido roxo de gola alta bem solto no corpo com uma fenda média — Esse aqui é bonito.

— Eu preciso de um vermelho.

Uma das coisas que precisa-se entender sobre [nome] é que a garota gosta de contrariar apenas para provocar, ainda mais quando isso se aplicava ao Grande Ryomen Sukuna.

Kugisaki revirou os olhos colocando a peça de volta no armário com cuidado para não aumentar a bagunça.

— Eu não sei que pira você tá tendo com essa cor, mas é melhor parar viu — ela suspirou fundo se jogando na cama e encarando o teto ao lado de Alice — Não vai mesmo me contar com quem você vai sair?

— Por enquanto não, sinto que sua reação não vai ser boa.

— Se minha reação não vai ser boa é porque a pessoa provavelmente é um sujeito bem pior que aquela calopsita depenada.

Ah sim, esse é o apelido carinhoso que Nobara achou para se referir ao saudoso ex de [nome], bem condizente de acordo com Nanami se me permite dizer.

— Ele não é um cara mau, ele só é...

As palavras fugiram da língua de [nome]. Como ela um dia poderia descrever quem era Sukuna com apenas um amontoado de palavras? Bem ela poderia simplificar dizendo que ele era gostoso, rico e solteiro mas ela achava que não eram esses os atributos que a morena gostaria de saber sobre o seu admirador,

— Diferente. Ele é diferente, tem seu próprio jeito de fazer a coisas,

— Se você me falasse que ele tem gostos peculiares eu iria te dar umas palmadas viu [nome]? Não quero nenhum projeto de Christian Grey contigo não, tu não é a Anastasia não.

"Mas bem que ele poderia me mostrar um quarto vermelho"

— Ele não é um Christian Grey! — bufou fazendo um biquinho logo depois — Para voce ter ideia eu fui tentar beijar ele e o maldito simplesmente recusou. Falou todo um papo estranho e depois ainda foi embora.

— Ok, você tem duas opções de homem aqui. A primeira é que ele é um provocador filho da puta e provavelmente tem um ego muito inflado. — Nobara levantava um cabide contendo um vestido vermelho rodado, mas logo descartou pois achou ele um tanto infantil para um jantar.

— E qual é a segunda?

[nome] se jogou na cama já cansada demais para procurar alguma coisa, faltava apenas uma hora para seu encontro e por mais que ela estivesse de banho tomado simplesmente não tinha nada para vestir. Não dava tempo de ir comprar nada já que ela morava longe do centro da cidade, teria ela que inventar alguma desculpa para ele?

— A segunda é que ele tem um ego inflado por um motivo. — ela dá uma pausa demorada e se joga ao lado da amiga também desistindo — Talvez seja bom de cama.

"Ah, isso a jovem já tinha certeza que ele era"

— Isso não importa. Não irei para cama dele tão fácil assim.

— Pois deveria. — disse Nobara dando um cutucão na costela da amiga arrancando uma gargalhada dela.

Mas o barulho do riso foi quebrado por uma batida na porta,

— Pode entrar.

Togi Inumaki, o mordomo da família adentrou o quarto vestindo um avental de cozinha e uma touca descartável cobrindo os cabelos brancos. [nome] o conhece desde de criança, brincavam juntos quando o pai dele ainda era mordomo, cresceram juntos e desenvolveram uma amizade bela. Há um ano atrás, quando seus pais tiveram que se mudar temporariamente para Londres por causa de problemas com a empresa, o pai de Togi foi com eles, não como um funcionário, mas como um parceiro. Togi então assumiu o título de mordomo e mora em um dos quartos e hoje com a casa datada no nome da médica ele quase não trabalha e se tornou uma espécie de companheiro para a solidão que a inquietude de seu ser lhe traz.

— Com licença, deixaram isso na porta para você [nome]. — disse em linguagem de sinais enquanto colocava uma caixa branca da Valentino em sua cama.

Outro ponto importante, devido a um trauma que nunca foi explicado para ela, Togi parou de falar aos sete anos de idade. No início foi difícil para [nome] se adaptar, sendo tagarela do jeito que é se sentia irritada ao ter que se esforçar durante alguns minutos para entender o significado dos sinais que o amigo fazia. Mas no fim, ambos aprenderam a se comunicar de uma maneira que o silêncio dele se tornou a calmaria que ela precisava.

— Muito obrigada Togi, você viu quem deixou?

Ele fez que não com a cabeça e se retirou do quarto rápido, [nome] suspeitava que ele estivesse fazendo niguiris de salmão para jantar de novo, ele ficava maluco se alguma coisa desse errado na receita por qualquer mísero erro de atenção.

— Togi! Guarde algumas peças para mim, estou faminta! — gritou Kugisaki pela porta torcendo para que o homem ouvisse, afinal, era [nome} quem iria almoçar fora, não ela. — E aí garota? Não vai abrir isso não?

— Estou achando isso muito estranho, será que mamãe mandou alguma coisa que ela achou bonita na London Week?

A médica puxou a caixa para o colo abrindo com cuidado a tampa, em cima de um papel de seda preto havia um pequeno bilhete, o segurou com uma das mãos enquanto usava a outra para desembrulhar o presente. Seus olhos brilharam, conforme ia puxando o tecido vermelho vivo de veludo um vestido magnífico ia se revelando, era possível sentir o cheiro da riqueza apenas olhando para ele, era lindo demais para ser verdade. Nobara tão chocada quanto a amiga puxou o bilhete de suas mãos, e passou a ler em voz alta.

"Para poupá-la do estresse de escolher alguma coisa, tomei a decisão por você princesa. Espero que goste, estou ansioso para te ver usando ele. E não se preocupe senhorita, por mais que discorde, serei um cavalheiro e irei buscá-la para o nosso jantar. Até logo, S.R."

Silêncio.

— [nome] esse cara é um maluco. Um maluco bem rico mas não deixa de ser um maluco, não sabia que já tinha dado seu endereço para ele, que imprudente!

"Bem, eu não dei o endereço mas acho melhor não citar isso agora"

— Nobara, ele pode ser um maluco sim. — suspirou, abraçando o vestido — Mas o que eu posso fazer se esse é meu tipo?

— Eu desisto de você.

...

" Eu pareço uma boba parada aqui"

Pensou ela, faltava um minuto para as nove e [nome] estava parada em frente a sua casa nervosa feito uma menina do ensino médio que está esperando seu par para o baile de formatura. Respirou fundo. Tinha que se acalmar, não poderia parecer que estava com muitas expectativas, poderia mentir dizendo que era seu primeiro encontro depois de terminar com Gojou mas na verdade já tinha saído para namorar antes disso. O problema era que nenhum dos homens era Sukuna Ryomen.

Ela não sabe ao certo se foi realmente ele quem escolheu mas ele acertou no vestido. A peça vermelho era um modelo composto por um decote assimétrico, de manga única até o pulso, justo no corpo inteiro valorizando as curvas de seu corpo, e o tecido de veludo então, deixava ele com um toque de luxo que fazia a médica se sentir parte de alguma família real moderna. Os cabelos morenos estavam soltos e iam até metade das costas, lisos e sem nenhum penteado para sustentá-lo; já a maquiagem ela havia apostado num modelo clássico, lápis preto nos olhos e uma boca repleta de vermelhidão que só seu batom vermelho da Dior poderia dar.

Se perguntava se isso seria o suficiente para agradá-lo. Mas calma, quem disse que ela queria agradá-lo? Não devia nada a ele e nem sequer se importava com ele, certo? Era apenas mais um encontro casual, tal como os que ela tinha quando era solteira.

Uma buzina impediu a sucessão de pensamentos de [nome], fazendo ela notar um carro preto já estacionado em frente a sua casa, desconfiava ser uma Bugatti embora não fizesse ideia de qual modelo fosse. Ficou confusa, deveria entrar? E se não o carro não fosse destinado a ela? Bem, suas duvidas acabaram assim que a porta do motorista se abriu revelando um homem de meia-idade e cabelos negros vestido de terno. Este caminhou até ela e fez uma pequena reverência com a cabeça enquanto abria a porta traseira do carro com um sinal para que ela entrasse.

— Boa noite senhorita {nome], sou o motorista do senhor Ryomen e irei levá-la ao seu destino esta noite. Ele teve um pequeno contratempo e pediu para buscá-la. Disse que estaria a sua espera no Canlis.

"Meu Deus, nunca que vou entrar no carro de um estranho dessa maneira".

Mas ela entrou.

Assim que a porta se fechou ela colocou o cinto de segurança rezando para que não fosse sequestrada enquanto o chofer também adentrava o carro.

— Boa noite, o senhor disse que Sukuna teve um contratempo. O que aconteceu?

— Infelizmente, nem eu sei ao certo o que é. — respondeu olhando no retrovisor e logo dando partida no carro. — Se a senhorita conhece meu patrão a algum tempo deve saber que ele não é do tipo que justifica o que faz.

Ele riu com o próprio comentário e [nome] não pode evitar de rir com ele também. O restante do caminho foi silencioso, mas ela se sentiu estranhamente confortável, o homem às vezes soltava alguns comentários sucintos e com um tom de ironia, parecia estar tentando fazer piadas para tentar relaxá-la após perceber o nervosismo inicial da garota. E quanto mais perto ela se via chegando do restaurante, ela se pegava perguntando se tinha feito a escolha certa ao aceitar o convite do misterioso CEO que roubava bolsas de sangue nos horários vagos.

"Vou confrontá-lo sobre isso alias, furtar sangue durante plena crise de doações é algo esquisito demais para alguem com o nome que ele carrega".

Suspirou fundo, no que havia se metido?

— Senhorita, chegamos.

Com o carro já estacionado, despertou de seus pensamentos, [nome] tirou seu cinto ao ver uma silhueta indo de encontro à sua porta do lado de fora, mas ao contrário do que esperava, não era o motorista carismático que a abria, e sim o dono dos olhos rubros mais perigosos que já conheceu. Sukuna estava parado em sua frente estendendo sua mão direita vestindo um terno preto sem gravata, no pulso o mesmo Rolex que havia visto antes, e no rosto portava o seu clássico sorriso convencido. Ela analisou o seu rosto por alguns instantes, o maxilar era muito bem marcado, e ela já sabia que os cabelos eram sedosos só de olhar para eles.

— Não me entenda mal princesa, adoro te ver me secando desse jeito, mas as pessoas já estão achando estranho você não sair do carro.

"Se controle mulher, ele é apenas um homem."

— Se eu fosse você eu seria um pouco mesmo prepotente senhor Ryomen, não quero ficar decepcionada nessa noite.

Ela agarrou a mão dele, e então foi puxada para fora do veículo. Era incrível, mesmo de salto alto [nome] ainda ficava menor que ele, precisava elevar um pouco a cabeça para olhá-lo nos olhos, embora estivesse passando a crer que fosse melhor evitar olhar para as orbes de Sukuna, sentia que poderia se perder facilmente ali. Tentou separar sua mão da dele mas foi apenas respondida com um aperto mais forte enquanto o via levar seus dedos na direção daqueles lábios pecaminosos deixando um beijo sugestivo ali.

— Garanto que não ficará. — seus olhos se encontraram de novo, o toque lascivo e predatório que emanava nas orbes de Sukuna pareciam ter o poder de hipnotizá-la. Era certo um homem ter todo esse poder sobre alguém? Ele sorriu, se pondo atrás da médica e colocando a mão em sua cintura enquanto o rosto pendia para perto de seus ombros, os lábios rentes ao seu ouvido sussurrando — Vamos entrar princesa, estou faminto.

Sentiu seu corpo se arrepiar com o toque dele no seu corpo, mas tentou dispersar os diversos pensamentos pecaminosos que dominavam sua mente neste instante. Sukuna a girou até a entrada do local onde uma mulher uniformizada segurava uma prancheta com um sorriso acolhedor em seu rosto.

— Boa noite, em que posso ajudar?

— Boa noite, tenho uma reserva. Sukuna Ryomen. — a funcionária balançou a cabeça e abriu uma outra porta sinalizando para que ambos passassem e foi logo os guiando pelo estabelecimento.

[nome] sabia que já tinha ido ao Canlis uma vez, porém era ainda muito pequena e não se lembrava muito, por isso foi fácil para ela se maravilhar com o salão composto inteiramente por uma arquitetura moderna, as paredes eram envidraçadas dando uma vista inigualável da noite de Seattle. No fundo do local, viu um piano sendo tocado por um homem que ela jurava já ter visto na Broadway. A maioria dos móveis aparentavam ser feitos dos mais nobres tecidos da cidade, passava uma sensação de aconchegante e riqueza que [nome] sempre adorou. Às vezes sentia o toque se sua cintura ficar mais firme, o que fazia seu coração acelerar num ponto que ela tinha certeza que Sukuna conseguiria ouvir as batidas se prestasse uma mínima atenção nisso.

A moça os levou até uma área mais privativa, um salão menor com uma mesa única e outro piano no canto. As paredes tinham rochas decorativas robustas e a iluminação era baixa, tendo na sala apenas um lustre art deco e um painel de vidro ao lado da mesa como fontes de luz.

— Fiquem a vontade, irei informar a cozinha do pedido do senhor, e logo mandarei alguém trazer o vinho que foi solicitado. — disse olhando para o empresário antes de sair e fechar as duas portas da sala.

— Quer dizer que eu não terei a chance de escolher o que comerei? — cruzou os braços enquanto observava a pose relaxada dele, haviam se separado a alguns segundos e seu corpo já sentia falta do toque terno em sua cintura — Se quer me impressionar acho melhor saber que gosto de estar no controle das minhas ações senhor Ryomen.

Ele não respondeu, apenas sorriu anasalado enquanto seu olhar percorria o corpo da médica. Se aproximou dela, parecia estar analisando a peça da jovem, levou os dedos até a mecha de cabelo que estava na frente do pescoço dela e a colocou para trás. [nome] se xingou mentalmente, novamente a sua respiração acelerou e se sentiu nervosa feito uma garotinha, tinha alguma coisa entre eles que fazia seu corpo responder de uma maneira surreal a um mero toque do dono dos olhos rubros.

—  Está ainda mais linda que ontem princesa. — se afastou dela, e [nome] se segurou para não puxá-lo para perto novamente. Ele foi até a mesa e puxou uma das cadeiras fazendo sinal para que ela sentasse ali — Permita-me continuar com o cavalheirismo, sente-se por favor.

Assim que ela o fez, ele ajeitou a cadeira novamente e colocou suas mãos nos ombros da garota. Massageou um pouco a região e inclinou o rosto deixando um beijo rápido ali, [nome] ia falar algo mais ouviu um xingamento baixinho da parte dele e resolveu se conter, queria aqueles lábios quentes marcando toda a sua pele, a possuindo por inteira. Assim que ele sentou na cadeira oposta, a médica percebeu que não conseguiria fugir dele depois dessa noite.

Queria esse homem na sua cama.

— Obrigada pelo vestido, vou considerá-lo como um pedido de desculpas por seu comportamento no hospital.

Ela precisava quebrar o silêncio, pior do que ter que encarar os olhos dele a noite inteira, era ter que encará-los num silêncio que a devoraria inteira,

— Fico feliz que tenha gostado, foi difícil achar ele, por sorte havia pessoas me devendo favores. —  riu de si mesmo, ouviu uma batida na porta seguida de um garçom entrando com uma garrafa de vinho e servindo as duas taças da mesa —  Obrigado.

O homem saiu, e [nome] levou a bebida até o seu nariz e cheirou seu conteúdo.

—  Gosta de degustar vinhos princesa?

— Não, hesitou procurando apenas algum vestígio de veneno Ryomen. — sorriu vendo ele lamber os lábios — Não se pode confiar num homem como você tão rápido assim.

— Isso não está envenenado querida, e se estivesse, pode apostar que não desconfiaria — Sukuna levou sua própria taça até a boca e bebeu um gole do vinho —  Adoro vinhos argentinos

— Como conseguiu meu endereço? — perguntou sem delongas, não tinha razão para ficar dando voltas no assunto.

— O que quis dizer com "confiar num homem como eu?" —  retrucou rindo com a própria audácia.

—  Eu perguntei primeiro! Responda à minha pergunta que posso pensar em responder a sua.

— Tenho um amigo que trabalha no hospital, ele também me devia um favor

"Ótimo, estão vazando meus dados no hospital"

— Todos te devem um favor então? Ter o mundo aos seus pés e rios de dinheiro não são o suficiente, Ryomen? Prefere manipular pobres trabalhadores no tempo livre?

— Eu prefiro fazer muitas coisas no meu tempo livre, e manipular funcionários não é uma delas princesa. E pelo amor de Deus, pare de usar meu sobrenome assim e me chame de Sukuna de uma vez!

— E por que deveria chamá-lo assim Su-ku-na? — soletrou devagar o nome dando um sorriso sugestivo no fim.

E ela não sabe como, mas ele se inclinou extremamente rápido contra a mesa pegando o rosto de [nome] com uma das mãos acariciando a bochecha com um polegar. O sorriso presunçoso estava de volta e os olhos, ah os olhos, eles estavam em chamas.

— Porque precisa se acostumar a chamar pelo nome que irá gemer a noite toda.

Os olhos dela se arregalaram e as palavras dele causaram uma onda de calor pelo corpo da médica, mas antes que ela pudesse abrir a boca para criticá-lo, a porta se abriu e dois garçons entraram trazendo um prato para cada.

Ela evitou olhar para ele,se concentrou em ver o que comeria esta noite, era um prato bem colorido, havia dois tipos de peixe, um salmão e um linguado acompanhados por um risoto de alho negro, feito a partir da tinta do polvo se ela estava bem lembrada. Ergueu um pouco os olhos e notou que Sukuna havia pedido o mesmo para ele também, e assim que as pessoas saíram [nome] não tardou em enfiar um pedaço de comida em sua boca; era melhor comer logo para criticar a escolha do homem o quanto antes.

"Merda"

O prato era uma delícia, uma mistura de sabores nada haver havia se tornado uma espécie de luau paradisíaco em sua boca. Era maravilhoso, infelizmente ele havia acertado novamente.

— Vou poupá-la do transtorno de elogiar minha escolha. — deu um sorriso, mas dessa vez não era aquele clássico sorriso presunçoso, mas sim um sorriso simplório daquelas que a gente só dá quando está apenas... feliz. Foi a vez dele dar uma garfada no prato, e depois de mastigar não tardou em continuar a conversa — Quem era aquele homem com você ontem?

"Ele estava falando de Nanami?"

Algo no íntimo dela se deleita em ouvir aquilo, teria ela causado uma pontada de incômodo, ou até ciúmes, em Sukuna sem ao menos perceber?

— Apenas um amigo de longa data. — lambeu os lábios e tomou um gole de vinho — Ficou com ciúmes Sukuna?

— De você? — gargalhou um tanto alto causando um olhar de desaprovação na médica, e assim que ele percebeu tratou de juntar sua mão da dela — Eu não preciso me preocupar com isso quando se trata de você.

Ela não entendeu, mas não ousou perguntar, já se sentia acuada demais depois de ouvi-lo rir com a sugestão do ciúmes, era uma boba mesmo. O restante do jantar seguiu em silêncio, nenhuma das partes ousou abrir a boca, o clima já não estava tão leve quanto antes, e a mente de [nome] ficava rondando no comentário dele sobre gemer o seu nome, o jeito que ele falou aquilo soou tão convicto que a vontade dela foi jurar nunca ir para cama com ele.

Mas quem queria enganar? Estava louca por ele. 

— Venha. — a voz rouca chamou, e só assim para ela perceber que Sukuna estava em pé ao seu lado com a mão estendida — Tenho outro lugar para te mostrar agora.

—  Eu não quero ir — respondeu feroz, se levantou sem a ajuda dele, estava na hora de parar com os joguinhos, pelo menos por essa noite.

— Pare com isso princesa, não seja teimosa. — bufou vendo como resposta a médica apenas cruzar os braços e bater o pé no chão, um tanto adorável — Certo, e o que você quer então senhorita?

Ela pensou, pensou mais um pouco, pensou de novo, até que resolveu não pensar mais. Se aproximou dele sedutora, colocou uma das mãos na nuca dele e com a outra guiou os dedos dele para a própria cintura, o lugar onde eles sempre deveriam estar. Ele sorriu, apertando a região e levando a canhota em direção ao cabelo dela, mexendo ali sem embaraçar.

— Eu quero um beijo Sukuna.

O sorriso dessa vez, não foi nada simplório, mas sim, carregado de uma malicia que ate o proprio inferno teria medo.

— Está pronta para implorar então princesa?

Foi a vez dela rir, e conforme ela ia aproximando o seu rosto do dele foi tendo cada vez mais certeza da sua decisão. Os lábios estavam quase se tocando.

"Foda-se"

— Aprenda uma coisa querido. Eu não imploro, eu pego.

E antes que ele pudesse piscar, os lábios ferozes de [nome] atacavam os dele num beijo.






Escrito por sahpio
2023

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