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Kin Daikichi

Eu entendo a dor do jogador, sinto esse mesmo luto na minha pele. Michel Benchimol dizia que ador de perder alguém é aquela que dói na alma, aquela que não passa, só é amenizada, mas que sempre será lembrada. Não sei ainda se ele está certo, eu olho para o lado querendo falar com Karube e Chota e eles simplesmente não estão ao meu lado, eles não estão mais aqui. Deveria estar mais fácil. Será que alguém foi recolher os corpos deles? Será que alguém os enterrou? Eu deveria ter enterrado os dois? Deveria estar ficando mais fácil. Será que eles estão em paz agora? A dor deveria estar ficando mais fácil. Meu irmão, minha metade não está mais aqui. Chota não está mais aqui. Não está mais fácil.

Já se passaram quatro dias desde que o último jogo aconteceu. Nesse intervalo de tempo Usagi nos levou para acampar e caçar na floresta. Se ainda tivesse carros circulando por Tokyo e pessoas indo em todos os lugares a floresta não estaria como está agora, os animais não estão mais se escondendo e sim vagando livremente pela floresta. Eles não têm mais as pessoas como predadores, com exceção de Arisu, Usagi e eu.

Me ajoelhei para poder amarrar o cadarço do meu tênis. Um nó bem apertado. Nossos vistos vencem amanhã então teremos de jogar. Nós temos apenas hoje para conseguir achar a praia e as respostas que precisamos. Usagi fez Arisu se alongar e correr ao redor do acampamento que fizemos uma série de vezes. "Você precisa estar em boa forma, Arisu". Realmente ele precisa. Durante a tarde passamos em uma loja de equipamentos e pegamos três walkie-talkies para podermos ser capazes de nos espalhar por Tokyo e manter a comunicação. Quando a noite começou a se espalhar pela cidade nós três seguimos caminhos diferentes. Fui até a estação Shibuya enquanto Arisu foi até a avenida central e Usagi no bairro nobre de Tokyo. Todos nós estávamos esperando os grandes telões de jogos serem acionados pela cidade. E assim foram.

- O jogo mais próximo de Shibuya será na boate Saori. - avisei pelo walkie-talkie enquanto eu estava agachada atrás de um arbusto.

- Um edifício qualquer na rua três. - Usagi avisou.

- Aqui vai ser no parque. Alguns jogadores aqui já formaram seu grupo de aliados.

- Por aqui também. - Respondi.

- Ótimo. Estão vendo pessoas usando uma pulseira com cadeado de armários públicos? - Arisu perguntou.

- Sim.

- Sim.

- Esses são amigos. Os jogadores no jogo do símbolo, eles são da praia.

- Estou vendo. - falei observando o grupo de três pessoas mais a minha frente. - Usagi?

- Aqui também.

- Tentem achar alguma informação com os jogadores. Finjam que vão jogar e peguem informações.

- Certo. - falei antes de desligar a caixinha e sair de trás do arbusto.

Caminhei até o grupo de pessoas casualmente como quem não que nada e me aproximei de duas meninas que conversavam entre sí. Elas estavam prestes a entrar na boate quando eu simplesmente falei:

- Sabem onde fica a praia?

Nunca fui boa em ser discreta. As duas meninas me analisaram de cima a baixo e gargalhram. Me vi no ensino médio novamente, as meninas conseguiam ser muito más. Apenas mostrei o meu dedo do meio para as duas. As meninas entraram na boate junto com os outros jogadores me deixando sozinha do lado de fora. Podia jurar que a menina de cabelos curtos havia rosnado para mim. Peguei o walkie-talkie novamente.

- Todos os jogadores já estão na arena. - Falei voltando para atrás do arbusto.

- Aqui também. - Usagi confirmou conosco.

- Agora é só esperar o fim de jogo. - Arisu falou o óbvio. Se nós estivéssemos em outras circunstâncias aposto que Arisu estaria adorando isso.

- Vamos ter que ficar em silêncio? - pergunto isso porque a ideia de ter que ficar em silêncio é dolorosa.

Pelo menos conversando eu consigo distrair um pouco a minha cabeça.

- Não é o ideal. Se nos pegarem espionando pode não ser bom. - Usagi tentou soar o mais amigável possível.

- Não vamos nos falar até o jogo acabar e vermos os jogadores que concluíram a partida.

Assim que Arisu terminou de falar o silêncio voltou a dominar Tokyo mesmo com quase trinta jogadores em arena. Me sentei já que não tenho ideia do tempo de duração desse jogo. Não sei quanto tempo já se passou, mas o silêncio já estava começando a me incomodar.

Comecei a sacudir as pernas em uma tentativa idiota de me livrar da ansiedade da espera e limpei as palmas das mãos suadas nas minhas coxas. Eu não podia levantar e simplesmente sair andando esperando o jogo acabar, tenho de ser uma boa tocaia. Nos filmes espionar parece ser bem mais divertido.

Demorei algumas tentativas para conseguir prender um rabo de cavalo que ficasse firme nos meus cabelos extremamente lisos. O comprimento dos fios não ajudou em nada. É por isso que eu nunca prendo o meu cabelo: é grande demais e leva muito tempo para prender e arrumar. Eu gosto da sensação da brisa fazendo as mechas voarem junto ao vento, me dá uma sensação de liberdade, mas também gosto como eu me sinto mais segura de cabelo preso nesse lugar. O cabelo preso me faz sentir pronta para qualquer coisa. Pode ser idiotisse, mas eu realmente gostei de prender o meu cabelo - com exceção é claro, das tentativas falhas.

Me dei conta que minhas mãos estavam segurando um papel, o papel do bilhete que Karube fez. Desde que ele se foi levo o bilhete comigo para qualquer lugar, nem que eu tenha de guardar dentro do sutiã ou algo do tipo. Para sempre. Karube é a parte de mim que eu jamais serei, eu sempre vou precisar dessa parte. Agora parece que um pedaço está faltando.

- Se você pudesse ver como eu estou agora, maninho... não tenho certeza se você iria sentir orgulho de como eu estou me sentindo. - sussurrei com esperanças que Karube pudesse me escutar. - Onde quer que estejas agora, por onde quer que caminhes, não te esquecerei e jamais deixarei de sentir sua falta. - meu peito doía a cada palavra dita. - Abrace a paz. Seja a luz. - meus olhos estavam marejados embaçando um pouco a minha vista. - Pode trilhar seu caminho em paz Chota Segawa, eu lhe liberto. - fechei os olhos e trouxe o papel mais perto do meu peito. - Onde quer que estejas, por onde quer que - meu peito subia e descia desregulado a cada palavra. Respirar estava difícil. - cami...nhes... Não te esquecerei e jamais deixarei de sentir sua falta. Abrace a paz. Seja a luz. Pode trilhar seu caminho em paz Karube Daikichi, eu lhe liberto.

Amo você, maninho. Para sempre.

Evitei ler o que estava escrito na carta porque o papel provavelmente seria molhado com as minhas lágrimas e esse bilhete é importante demais para ser estragado. Minha perna começa a formigar e eu penso em levantar."Se nos pegarem espionando pode não ser bom". Engulo em seco e excluo a ideia idiota de me levantar da minha cabeça. Eles estão certos. Vejo alguns jogadores saindo da boate e pego imediatamente o walkie-talkie

– O jogo acabou aqui. Cinco sobreviventes, três com as pulseiras e dois normais. Vou segui-los.

– Aqui o jogo também acabou. Estou fazendo o mesmo. – Usagi avisou pelo mini aparelho de comunicação.

– Aqui também. – A voz do Arisu ressoou pelo aparelho. – Eles tem carros. Os carros estão funcionando, são antigos.

Os três jogadores donos da pulseira também possuem um carro bem antigo, não consigo nem dizer qual carro é. Os jogadores dão a partida e começam a dirigir.

– Eles estão saindo. Vou segui-los. – comecei a correr atrás do veículo.

– Estou atrás deles. – disse Usagi ofegante. Ela também deveria estar correndo atrás do carro.

– Estão seguindo em direção a Maihama! – Arisu nos alertou.

– Aqui também. – falei correndo atrás do carro. Minhas pernas já estavam começando a falhar.

– Aqui também. – me dei conta que eu estava tão ofegante quanto Usagi.

Insiprei fundo e recorri a energia restante no meu corpo e apertei o passo, meu cabelo balançava a medida em que eu corria. Continuamos correndo até nós três nos encontrarmos na mesma avenida. Arisu e Usagi estavam suados e nojentos, fico feliz de não conseguir ver meu estado. Eu tinha razão. O rabo de cavalo me deixa pronta para qualquer coisa.

De longe conseguíamos ver o hotel todo iluminado. Fui até uma lojinha na esquina da rua e peguei um binóculo. Quando voltei até onde Arisu e Usagi estavam me posicionei a frente deles para poder observar melhor o lugar. Tinha uma palavra pichada na frente do hotel cobrindo seu nome verdadeiro.

– Praia.

Nós achamos.

Fui me virar para sorrir para Arisu quando senti algo duro batendo na minha cabeça, fazendo minha visão ficar turva. E então, tudo escureceu.

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