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00. prologue


A NOITE FRIA INCOMODAVA PETER, O BARULHO fraco em sua janela o fez levantar a cabeça e deslizar seu pequeno corpo para fora da cama. Seus pés trabalharam para se aproximar da janela, e suas mãos fizeram a mesma coisa para poder arrastar para cima e finalmente abrir.

Seus olhos se direcionaram até a parte debaixo, onde Felicity estava no gramado. Seus fios castanhos, tamanho médio, balançando pelo vento forte, seu sorriso infantil formado por dentes pequenos, seus minúsculos braços abraçavam seu corpo, indicando o quão gelada ela estava se sentindo naquela noite.

Peter sabia. Sabia porquê ela estava ali.

Todas as noites, no mesmo horário, após a chegada do Sr. Easter em casa, os pais de Felicity começavam a brigar. Todos os vizinhos ouviam, principalmente Ben e May, que ficavam imensamente preocupados com a pequena garotinha que era praticamente obrigada a escutar todos os gritos de seus pais, sem saber quando aquela briga chegaria ao fim.

- Podemos brincar? - a voz de Felicity era baixa, mas ainda doce. Peter enxergou seus olhos com mais facilidade, ela parecia triste, apesar do sorriso.

Peter olhou para dentro, deixando-a sem respostas por um momento. Ele se afastou de seu quarto, andando pelo corredor onde ficava o quarto de seus tios, ao empurrar levemente a porta, enxergou que os mais velhos dormiam pacificamente, provavelmente cansados pela rotina exaustiva que tiveram naquele dia.

Peter correu com suas meias cinzas, pensando que assim faria menos barulho e não acordaria seus tios. Ele voltou para a janela, vendo Felicity ainda o esperando mas dessa vez ela estava sentada na grama, abraçando seus próprios joelhos na região do peito. Ela ainda estava encolhida pelo frio.

Peter fechou a janela, e um barulho de tom médio fez Felicity olhar para cima. Ela encolheu levemente os ombros, pensando que ele havia desistido de brincar com ela. Ela não o culpava por isso, seus tios eram responsáveis o suficiente para mantê-lo dentro de casa quando a noite chegasse.

No entanto, um barulho de caminhada pelo gramado fez seus olhos subirem. E ali estava ele, seu vizinho. Seu amigo.

Eles se conheceram há poucos dias, ela ouviu o choro de Peter, confuso pela ida de seus pais e praticamente o abandono que sofreu, os mais velhos deixando-o para trás com seus tios. Ele estava na varanda com sua tia May, quando ela se aproximou. Em suas pequenas mãos estavam dois copos de limonada, oferecendo à ele um, simpaticamente.

Peter apenas engoliu o suco. Ele mal havia saboreado, mas ele colocou um sorriso no rosto e disse que estava ótimo. Mas ele não havia gostado verdadeiramente. Peter decidiu guardar aquele segredo com sete chaves.

Então uma pequena amizade se desenvolveu. Era difícil ver Felicity de tarde, após sua saída da escola ela ia para a delegacia com sua mãe, a Sheriff Easter, ela só chegava em casa à noite e mais ou menos duas horas depois, seu pai chegava e tudo começava como uma rotina miserável. Então, ela escapava à noite, e o chamava para brincar.

- Você veio. - ela sorriu animadamente, se levantando da onde estava sentada, sacudindo o macacão jeans que usava, se livrando de toda a terra e minúsculos pedaços de grama recém cortada.

- Você me chamou para brincar. - Peter respondeu, querendo agir docemente com ela, para não machucá-la mais ainda.

Mesmo que Felicity não falasse sobre aquelas brigas, ele sabia pelo olhar dela como tudo aquilo a afetava diretamente. Ele sabia, mesmo com a pouco idade, o quanto aquilo poderia afetar uma criança que não deveria absorver tantos problemas de adulto.

- Eu trouxe isso.

Peter levantou um casaco. E julgando pelo tamanho, era de Peter. Felicity sorriu ladino, alcançando a peça de roupa e passando por seus ombros, vestindo-a. Ela se sentia aquecida agora, melhor do que antes.

- Obrigada, Peter. - agradeceu gentilmente.

- Não combina nada com suas meias coloridas. - o garotinho riu levemente, seus olhos descendo para os pés da garota.

- Você deveria ter um casaco colorido, como os meus. Cairia melhor. - deu de ombros, ainda sorrindo. Então, ela se aproximou dele e tocou seu ombro. - Tá com você! Duvido que consiga me pegar.

Então ela começou a trabalhar suas pernas, correndo pelo quintal. Peter demorou para processar mas logo entendeu a brincadeira, começando a correr atrás da garotinha. Os dois riam divertidamente, estavam alheios dos problemas que atrapalhavam suas vidas. Estavam felizes, apenas os dois.

Então uma luz ofuscou a visão de Felicity, alguém segurando uma lanterna na borda do quintal, perto da calçada da casa de ambos. Abaixando a lanterna, ela pôde ver seu pai a olhando com uma sombrancelha levantada, provavelmente confuso pela presença de sua filha no quintal de sua casa, quando pensava que ela estava quietinha em seu quarto, dormindo.

- Pai? Onde vai?

Felicity perguntou confusa, preocupada e com uma curiosidade absurda. Ela sempre fora assim, curiosa.

Seu pai apenas a ofereceu um sorriso torto.

- Estou indo embora, meu bem. - falou calmamente. Ele percebeu os olhos arregalados da filha e se aproximou em alguns passos lentos. - Mas prometo que você vai me visitar todos os finais de semana. Mesmo que sua mãe não deixe, ok? Eu prometo que jamais vou sumir da sua vida.

Felicity piscou algumas vezes, seu coração palpitando rapidamente. Ela foi até seu pai quando o homem se agachou, encostando os joelhos na grama rala. Ela enrolou seus braços pequenos no pescoço do homem, enquanto ela se levantava, abraçando fortemente sua filha.

- Te amo, papai. - disse ela, sincera. Seus olhos cheios de lágrimas.

Felicity enxergou sua mãe, parada na varanda de casa e com um lenço em mãos. Ela tentava enxugar as lágrimas, falhando miseravelmente já que as mesmas insistiam em cair a cada milésimo segundo. Seu nariz estava avermelhado, os olhos também vermelhos.

- Eu também te amo, Fel. - sussurrou dolorosamente. Ele fechou seus olhos e então os abriu segundos depois, olhando para o pequeno garoto que estava parado, perto deles, observando toda a cena. - Cuida bem dela, garoto. Enquanto eu não estiver aqui, precisarei de alguém que faça ela ficar feliz. Acha que pode fazer isso?

Felicity mal conseguia ouvir, apertava seus braços cada vez mais forte no pescoço de seu pai. Ela não queria se livrar do abraço dele, não conseguiria viver normalmente sabendo que não teria os beijos na testa de boa noite como todos os dias, como não o veria na mesa do café da manhã colocando seus cereais favoritos na vasilha com leite.

Peter rapidamente balançou a cabeça, não pensando muito antes de responder. Então ele viu um sorriso se formar nos lábios do pai de Felicity, nitidamente feliz pela resposta positiva do garoto.

- Tenho que ir, filha. Vejo você em breve.




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