⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 013 - Breath - Breaking Benjamin
COM OS FONES DE OUVIDO PLUGADOS NA ORELHA enquanto o celular carregava, Agnes mantinha os olhos fechados enquanto cantarolava baixinho a canção "Breath" da banda Breaking Benjamin e balançava os pés no que julgava ser o ritmo correto música. Ela sabia que Bobby brigaria com a falta de segurança ao utilizar o aparelho na tomada daquela maneira, mas não se importava. Estando focada em seu momento de contemplação e descanso após todo o caos assistido naquela tarda agonizante. Caçadores haviam sido mortos, algo estava atrás deles e ninguém tinha ideia do que poderia ser. Tentaria aproveitar ao máximo seus minutos de paz antes do caos os alcançar.
Ouvir suas músicas favoritas e cantar, mesmo que mal, a auxiliavam no momento de estresse. Limpando sua mente dos problemas pessoais e retirando a tensão de seu corpo. Dessa forma ela conseguiria trabalhar com todas as pistas que possuía, alcançando mais rápido a cerne do problema, nesse caso, na criatura que poderia estar assassinando os caçadores com tamanha brutalidade, transformando-os em presas fáceis.
― Agnes! ― Magicamente Castiel surgiu com seu típico farfalhar de asas dentro do quarto, assustando a mulher no instante que puxou os fios de seus fones.
― Puta que pariu! ― Gritou Agnes levantando da cama com um sobressalto e apontando a arma carregada que escondia embaixo do travesseiro na direção do anjo de Sobretudo.
― O que está fazendo? ― Ele perguntou franzindo o cenho.
― Eu que deveria fazer essa pergunta, Elder ― Reclamou Agnes mantendo a arma empunho.
― Meu nome é Castiel, não Elder.
― Não é o que suas roupas e comportamento apontam ― Ironizou a caçadora ― Vai me dizer o motivo de ter interrompido minha paz ou terei de atirar antes?
― Seus amigos, eles precisam de você. Levante! ― Ordenou Castiel. ― Será uma longa noite.
― Ah! Não fode! ― Reclamou Agnes fazendo careta enquanto sentava com a coluna ereta. ― Tu que é anjo, tu que resolva!
― Eu resolveria se pudesse, mas tenho outras batalhas para travar ― Disse o celestial fazendo caretas desgostosas.
― Batalhas? ― Perguntou Agnes preocupada.
Antes que a entidade pudesse lhe dar as respostas que ansiava, o grito estridente de Robin ecoou pelo andar superior, sendo acompanho pelo barulho alto de algo caindo dentro do banheiro. Notando que a caçadora estava em alerta, Castiel desapareceu de maneira tão rápida quanto seu surgimento mágico.
― Porra de Elder! ― Reclamou Agnes aflita enquanto enchia os bolsos com munições extras e frascos de água benta.
Tentando afastar todos os pensamentos negativos que voltaram a tomar conta de sua mente, Agnes correu desesperada e o mais rápido que conseguia em direção ao banheiro, local de onde o grito desesperador da irmã havia originado.
Os batimentos cardíacos de Agnes aceleravam a cada passo próximo da porta, temendo encontrar a irmã no mesmo estado que Olívia estava em seu apartamento. Ela jamais se perdoaria se a irmã tivesse o mesmo fim, sentindo-se ainda mais culpada por ter envolvido Robin naquela terrível vida depois de anos brigando com seu pai biológico para que não inserisse a mais nova nos negócios da família.
― Robin! ― Gritou Agnes tentando abrir a porta, porém a mesma estava trancada por dentro ― Porra! Afasta-se da porta!
Sem hesitar, Agnes disparou dois tiros contra a fechadura e chutou a porta com força máxima, arrombando o objeto facilmente e ingressando no banheiro, estando pronta para dar sua vida no lugar da irmã mais nova.
― Agnes! Socorro! ― Implorou Robin com dificuldade enquanto o fantasma da líder de torcida a erguia alguns centímetros do chão pelo pescoço.
― Solta minha irmã, sua puta desgraçada! ― Ordenou Agnes pegando um pedaço do encanamento que havia soltado da pia quebrada e atravessando a criatura sobrenatural, fazendo com que a mesma desaparecesse.
― Você matou ela? ― Perguntou Robin tossindo entre as palavras ao cair de quatro sobre as lascas de cerâmica.
― Não! Não é tão simples. ― Respondeu Agnes ajudando a irmã a se levantar enquanto olhava cada detalhe do corpo, certificando de que a mais nova não possuía grandes ferimentos ou algo fatal ― Como você está? Consegue andar?
― Aí! Consigo ― Assentiu Robin fazendo caretas enquanto aceitava o auxílio da irmã para recuperar o equilíbrio.
― Beleza! Veste isso aqui e vamos sair logo daqui ― Disse Agnes atirando uma das camisetas do padrinho que estavam no cesto de roupas para a loira, a qual lhe serviu como um vestido curto.
Puxando Robin por uma das mãos e mantendo o pedaço de cano junto com a arma na outra, Agnes correu até o andar de baixo da casa enquanto gritava pelo nome do Bobby. Torcia para que encontrasse o padrinho com vida, da mesma maneira que se sentiria culpada caso algo acontecesse com Robin, o sentimento era recíproco com o velho caçador.
― Bobby! Bobby! ― Gritava Agnes no meio do corredor de entrada ― Robert Steven Singer, não é hora de brincar de pique-esconde! ― Ela soltou a mão da irmã e segurou em seus ombros ― Não saia daqui e use isso se sua amiguinha voltar ― Disse Agnes estendendo o pedaço de cano para a irmã mais nova ― Vou ver se o Bobby está em algum cômodo daqui de baixo, já volto para te pegar. Não venha atrás de mim, mas corra o máximo possível se algum fantasma me atacar.
Segurando forte e com ambas as mãos o pedaço de cano, Robin assentiu temerosa com a cabeça e assistiu a irmã se afastar alguns metros para ingressar nos cômodos por alguns segundos e voltar para o corredor a fim de olhar em sua direção. A adolescente deu um sobressalto quando o telefone da casa tocou do seu lado, mantendo o olhar atento a todas as coisas em sua volta, ela atendeu o aparelho.
― Alô! ― Disse com a voz fraca e tremida.
― Onde está a Agnes? E o Bobby? ― Perguntou Dean do outro lado da linha, parecendo tão nervoso quanto a menina.
― Agnes está tentando descobrir ― Respondeu Robin sentindo o coração gelar quando a fantasma da líder de torcida reapareceu ― AGNES! SOCORRO!
― Minha irmã não, Wildcats! ― Gritou Agnes ressurgido no mesmo ambiente que Robin e acertando a fantasma com um tiro de bala de sal, fazendo a fantasma desaparecer outra vez.
― Eu estou com medo... ― Choramingou Robin esquecendo a ligação de Dean ao derrubar o telefone, o qual pendia pelo fio para fora da mesa de madeira.
― Eu sei! Eu sei! ― Agnes abraçou a irmã com força, tentando passar o máximo de confiança possível. Entretanto, por dentro, ela estava tão aflita quanto à outra. ― Mas vamos sair dessa, okay?
― Aham! ― Concordou Robin insegura.
― Agora, vem comigo! ― Puxando novamente a irmã mais nova pela mão, Agnes a levou para a sala principal.
― O que você está fazendo? ― Perguntou Robin acompanhando a irmã com o olhar.
― Te mantendo segura! ― Respondeu Agnes despejando grande quantidade de sal de cozinha no chão, criando um círculo branco ao redor dela e de Robin. Quando o desenho ficou completo, ela atirou o pacote de estopa para longe e manteve a arma em punho, mirando em todas as direções enquanto Robin apertava o cano do banheiro contra o peito. ― Robin, agora preciso que me escute com atenção redobrada. Você não pode deixar esse círculo de sal, é ele que vai te afastar da fantasminha nada camarada.
― Aonde você vai? ― Perguntou Robin chorona quando assistiu Agnes pular para fora do círculo de segurança, a deixando sozinha para lidar com os próprios fantasmas, literalmente.
― Aonde mais eu iria? Vou procurar meu pai! ― Soltou Agnes sem pensar duas vezes na frase que soltava. ― Você ficará segura desde que não deixe o círculo ou quebre ele. O Bobby não.
― Agnes! Espera! Não me deixe sozinha, por favor! ― Implorou Robin assistindo a irmã se afastar.
― Eu vou voltar, com o Bobby. Serão dois caçadores ao invés de uma! ― Gritou Agnes numa tentativa falha de manter o bom humor e a irmã calma ― Os Winchesters não devem estar longe, agora preciso saber onde a líder de torcida foi com o Bobby e depois vai nos ajudar a salgar e cremar o corpo, fantasmas são fáceis de destruir.
Durante longos minutos a caçadora correu por quase toda a extensão do terreno que compunha o ferro velho do padrinho, tentando encontrar algum sinal que indicasse sua localização em meio aos carros em decomposição. Vez ou outra escutava os gritos agudos da irmã vindos de dentro da casa, a qual travava uma batalha árdua contra o fantasma da líder de torcida.
Enquanto corria pelos terrenos, Agnes tentava compreender os motivos que levavam a fantasma de uma adolescente atormentar sua família. Talvez Robin tivesse roubado algum pertence seu como lembrança de sua vida antiga e a mesma estava no local retomar. Fosse qual fosse o problema, eles salgariam o objeto e ririam da situação inusitada. O único problema dessa situação era o desaparecimento do padrinho, nesse caso ela considerava como apelação por parte da fantasma.
A mais velha suspirou aliviada quando acompanhou com o olhar a aproximação do Impala preto dos irmãos Winchester. Mantendo a arma em mãos, ela correu para recepcionar os mesmos e explicar sua visão sobre os fatos fantasmagóricos da noite.
― Ainda bem que chegaram, a amiga da Robin escondeu o Bobby em algum lugar da casa ― Explicou Agnes mordendo o canto dos lábios.
― Amiga da Robin? Sua irmã está com um fantasma atrás dela também? ― Perguntou Sam preocupado.
― Como assim "também"? O que quer dizer com também? ― Perguntou Agnes apagando toda teoria montada em sua mente ao escutar a pergunta do maior.
― Depois explicamos. Vai atrás da sua irmã ― Ordenou Dean preocupado. ― Assumimos a busca pelo Bobby.
― MERDA! MAS QUE CARALHO! ― Gritou Agnes enquanto corria de volta para a sala de estar, onde acreditava ter deixado Robin segura dentro do círculo de sal.
A preocupação voltou a assolar cada extensão nervosa do corpo de Agnes quando ela não encontrou Robin dentro do círculo de sal, ou em local nenhum. Ela sentiu o coração bater na garganta ao perceber que o círculo de sal havia sido desfeito por completo, mostrando que Samuel tinha razão quanto ao fantasma e que aquela não seria uma caçada normal envolvendo espíritos malignos.
― Robin! Robin! ― Agnes voltou a chamar pelo nome da irmã enquanto os sentimentos de culpa voltavam para seu coração. Ela não deveria ter deixado a irmã sozinha dentro da casa, mesmo que parecesse seguro, sem checar duas vezes o tipo de caça que estavam enfrentando. Afinal, Castiel não apareceria para chamar sua atenção se não fosse importante.
― Bobby! Bobby! ― Sussurrou Dean ao ingressar dentro da casa, diferente de Agnes ele era mais contido e também estava se escondendo de algo, sendo esses seus próprios fantasmas. Ela esbarrou nos rapazes, topando com Dean no hall de entrada. ― Porque você está gritando? Quer ser morta?
― Estou procurando minha irmã ― Sussurrou Agnes de volta, utilizando a mesma entonação que o Dean ― Porque você está sussurrando?
― Porque é assim que mantenho minha vida quando estou caçando ― Rebateu Dean furioso, mas sem erguer o tom de voz.
― Vamos manter o foco e procurar o Bobby com a Robin ― Ordenou Sam ao notar que o irmão e a amiga estavam prestes a iniciar uma discussão idiota. ― Depois vocês brigam.
― Ele não está dentro de casa, procurei em todo canto. ― Respondeu Agnes unindo à dupla.
― Talvez você não esteja procurando direito ― Dean a repreendeu.
― É claro que eu procurei! ― Respondeu Agnes irritada com a ousadia do melhor amigo em questionar seu método de busca.
― É! Não procurou direito. ― Disse Dean após estralar os dedos e apontar para as escadas, mais precisamente sobre um dos degraus onde havia uma marca de batida ― Vamos nos separar. Continue procurando aqui embaixo, Sam vá para fora e eu irei subir.
― Tudo bem. ― Assentiram os mais novos, concordando em uníssono.
Os três se separaram para continuar com a busca, cada qual indo para o lado da casa ordenado por Dean. Resmungando baixo, Agnes odiava o fato do melhor amigo ser um líder melhor e uma pessoa mais atenta aos detalhes do que ela. Tentando não se perder no foco e correndo contra o relógio, ela procurava por sinais do padrinho e da irmã pela casa. Era a terceira vez que perambulava pelo recinto em busca de pistas. Não demorou muito para que o som de portas batendo no andar superior ecoassem fortemente, sendo os mesmos acompanhados pelos gritos de Dean e Robin.
― Porque só eles ficam com a diversão? ― Perguntou Agnes num sussurro irônico enquanto retrocedia o caminho até as escadas e subia para o segundo andar. Ao notar a súbita mudança de temperatura no ambiente, percebeu que os fantasmas haviam voltado.
― Nós não sabíamos. ― Falou Dean com dificuldades, estando estirado no chão enquanto recebia diversos chutes no abdômen.
― Não! Vocês só atacaram. Não pararam para pensar que havia uma garota ali? ― Perguntou a fantasma enquanto aumentava a intensidade dos chutes em Dean. Ela agachou em sua frente e o encarou dentro dos olhos com frieza ― Não! Vocês só atacaram, retalhando e queimando. Se acha algum tipo de herói?
― Não. Eu não acho. ― Respondeu Dean sério e com honestidade.
― Está certo! ― Ela agarrou a gola da camiseta do caçador. Não muito distante, Robin estava caída desmaiada no chão e com vários roxos na perna, além de alguns cortes causados pela cerâmica da pia no banheiro ― Você faz ideia do que é passar meses sendo montaria do mal? Enquanto a sua família não faz ideia do que aconteceu com você?
― Nós fizemos o melhor que pudemos. ― Dean respondeu com insegurança, aquelas palavras claramente o machucavam.
A assombração o atirou no chão, fazendo com que ele caísse próximo de onde Robin permanecia caída. Tentando manter a compostura, Agnes assistia a cena escondida no corredor, torcendo para que o amigo e a irmã recuperassem da surra levada enquanto esperava o momento certo para atacar.
― Não fui só eu, Dean. Eu tinha uma irmã, uma irmãzinha. Ela me adorava. Você sabe como os irmãos mais novos são, como eles fazem tudo pela gente. ― Enquanto ela falava, Dean rastejava na direção da porta do quarto, trazendo Robin junto dele ― Ela não foi mais a mesma depois que sumi. Ela só ficou perdida. E quando viu meu corpo no necrotério, todo quebrado...
― Meg... ― Disse Dean com dificuldade para levantar.
― Sabe o que foi que ela fez? Ela se matou! ― Meg chutou a barriga do Dean com força, o fazendo cair de bruços no chão. Robin abriu os olhos com dificuldade, como se o movimento fosse pesado demais para fazer. ― Por sua causa, Dean. Porque você só pensou na sua família, na sua vingança, nos seus demônios. Cinquenta palavras em Latim e eu ainda estaria viva. E minha irmãzinha ainda estaria viva. O sangue está em suas mãos Dean.
― Você tem razão ― Dean estava quase levantando, mas Meg lhe aplicou outro chute voltando a derruba-lo no chão.
A garota com as vestes de líder de torcida havia reaparecido magicamente, parando ao lado da garota chamada Meg. Percebendo o perigo, Robin reuniu sua força e aproximou de Dean, tentando ficar segura atrás do caçador. Ambas as aparições carregavam sorrisos maléficos na face, estando prestes a terminar com o serviço que vieram fazer. Acreditando que aquele era o momento certo de fazer alguma coisa, Agnes deixou seu esconderijo e correu na direção dos amigos com a arma apontada para as mulheres.
― Hey, vagabundas! Deixe-os em paz! ― Ordenou Agnes raivosa.
― Agnes, não! ― Repreendeu Robin levando a mão até a costela.
― Agnes Eagles, pensamos que fosse mais esperta ― Vociferou a fantasma que seguia Robin ― Não aprendeu nada durante seu tempo de caçada? Você atirou em mim diversas vezes e olha onde estou.
― Isso não vai nos matar. Já estamos mortas. ― Falou Meg olhando furiosa para Agnes.
― Eu sei, mas machuca! ― Dando com os ombros, Agnes ergueu o cano da arma, mirando no candelabro de ferro e atirou no mesmo. Ao acertar o objeto no teto, ele despencou sobre as garotas, fazendo com que as mesmas desaparecessem feito fumaça ― Essa foi por pouco!
― Ferro. ― Dean sorriu para a amiga. ― Boa mira.
― Sou foda. ― Ela deu com os ombros e correu na direção do amigo e da irmã. ― Agora vamos sair daqui.
Primeiro ajudou Dean a levantar, o qual por sua vez, ajudou Agnes a carregar Robin para o andar inferior da casa. Os três não tardaram a alcançar a sala de estar, onde, felizmente, Sam e Bobby estavam vivos e determinados a destruir os fantasmas que os caçavam. Assim como Dean, Robin e Agnes eles estavam apreensivos com as aparições fantasmagóricas.
― Graças a Deus! ― Gritou Bobby ao deparar-se com as afilhadas. ― Como vocês estão?
― Estamos bem! Em partes ― Agnes colocou Robin sentada na mesa e começou a avaliar os danos na irmã ― Nenhum osso quebrado, ótimo. Agora quem é a "Apimentada" que está te seguindo?
― É a Lucy. ― Respondeu Robin fazendo caretas ― Mas não entendo o por que dela estar atrás de mim.
― O que houve? ― Perguntou Bobby preocupado.
Cada um ao seu tempo, Dean e Robin narraram com detalhes os eventos ocorridos no andar superior da casa. Em como as garotas fantasmas haviam aparecido e estavam determinadas a mata-los. Por alguma razão, Bobby desconfiava que Robin pudesse estar escondendo parte da história, principalmente por seus movimentos de olhos e gestos acanhados. Após alguns minutos em silêncio, Sam foi o primeiro a iniciar com as questões que poderiam ajuda-los a descobrir o que estava acontecendo.
― Eles são pessoas que conhecemos? ― Perguntou Sam, todos assentiram.
― Aparentemente sim ― Assentiu Agnes dando com os ombros, estava tão confusa quanto os outros.
― E o seu? ― Perguntou Bobby nervoso olhando na direção da Agnes.
― O meu o que? ― Perguntou Agnes franzindo o cenho.
― Fantasma, idiota! Todos temos um ― Respondeu Bobby achando a pergunta da afilhada estúpida.
― Então... Eu não tenho. ― Falou Agnes com sinceridade ― Quando isso começou eu estava de fone no quarto, só fui notar quando Cas...Ou, quando casou de parar a música com a pia do banheiro quebrando. Mas isso não tem importância agora, vamos manter o foco. Aparentemente esses fantasmas são pessoas que vocês não salvaram. Já a Lucy eu não sei.
― Vi uma coisa na Meg. Ela tinha uma tatuagem quando era viva? ― Perguntou Dean recarregando a arma.
― Não que eu saiba ― Respondeu Sam confuso.
― Como era essa tatuagem? ― Perguntou Agnes com curiosidade genuína.
― Era um desenho na mão, como se fosse uma marca. ― Respondeu Dean.
― Eu vi a marca também, no Henriksen.― Disse Sam.
― A Lucy tinha uma dessa. ― Robin entortou o canto dos lábios. ― E o Pierre também.
― Pierre? Porra, Robin! Duas pessoas? Caralho! ― Agnes serrou um dos pulsos e levou uma das mãos até a testa. ― Como que você tem dois fantasmas e eu não tenho nenhum?
― E como ela era? ― Perguntou Bobby mudando o assunto, estando focado em primeiro descobrir como parar aquela coisa e, por último, nos problemas familiares que envolviam as Eagles.
― Bem... ― Robin pegou um pedaço de papel e caneta ― Ela era, mais ou menos, assim.
Utilizando de sua memória fotográfica, Robin desenhou a marca que havia visto na mão dos fantasmas. Ela era um círculo com uma cruz estranha no meio, onde cada uma das pontas terminava em três pontas menores. Quando terminou de desenhar, ela mostrou a arte para os rapazes, os quais confirmaram que aquela era a mesma marca que viram em seus fantasmas, por último ela mostrou o papel para Agnes e Bobby.
― Acho que já vi isso antes. ― Bobby correu até alguns dos seus livros e procurou pelo qual acreditava ter visto a imagem. Entretanto as luzes ameaçaram entrar em curto, obrigando o caçador a juntar o máximo de livros que conseguia em seus braços e dividir a pilha entre Agnes e Sam que estavam mais próximo dele. ― Nós temos que ir.
― Tudo bem, para onde vamos? ― Perguntou Sam.
― Para um local seguro, seu idiota. ― Respondeu Bobby irritado com a pergunta tola.
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