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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 005 - Dream On - Aerosmith

SEM SABER AO CERTO POR quanto tempo havia apagado dentro do carro, Agnes Eagles acordou no quarto que dividia com a irmã mais nova na casa do padrinho Bobby Singer. Confusa, ela coçou os olhos tentando compreender como chegou ao local. Sua última lembrança era de estar viajando a caminho da casa de uma velha amiga dentro do "Motel Winchester", apelido carinhoso que havia dado ao Impala do melhor amigo muito antes dele tomar posse do mesmo.

— Não posso ter dormido a viagem inteira! — Resmungou enquanto sentava na cama e observava as coisas ao seu redor.

A casa estava em completo silêncio, sendo possível escutar o canto dos pássaros vindo do lado de fora da janela, o que a deixava em completo estado de alerta devido a estranheza. Preocupada com o que poderia estar acontecendo, Agnes recolheu a faca de prata que estava escondida embaixo do colchão, uma das muitas armas brancas que costumava deixar em locais estratégicos para fins como aquele, e ficou em pé. Desacreditava que havia dormido durante toda a viagem para casa, teorizando que o demônio que esteve com Sam poderia ter posto algo dentro dos alimentos da geladeira para apaga-lo e a vítima acabou sendo ela por ter comido o último pedaço de torta.

— Aposto que estão putos comigo — Murmurou baixo enquanto caminhava pela casa com a faca em riste, seus passos sobre a madeira ecoavam alto pelo corredor, sendo o único som vindo do ambiente interno — Se estão tentando me pregar uma peça como vingança, nem ousem. Estou com uma faca e não tenho medo de usar. 

Como se estivesse brincando de pique-esconde com os amigos e a irmã, Agnes começou a vasculhar cada cômodo da habitação em busca dos companheiros, ou então, de qualquer inimigo ou demônio que pudesse ter caçado os mesmos, deixando ela para trás por alguma razão desconhecida.

— Isso não tem graça! Podem aparecer. — Gritou Agnes ao chegar no andar inferior — Aposto como estão se mijando de rir, deve ser vingança por eu ter gritado com a Robin. Mas ela mereceu.  Apareçam, bando de filhos da puta! Juro que se não aparecerem vou enfiar essa faca no cu de cada um de vocês, quem tirar de dentro vai ser considerado o novo rei Arthur.

— Agnes! É assim que cumprimenta um velho amigo? — Uma voz masculina que Agnes reconhecia de longa data chamou por seu nome, fazendo com que ela relaxasse e compreendesse o que estava acontecendo — Venha aqui na cozinha, estou preparando seu lanche favorito.

Aquela voz não pertencia a nenhum Winchester, nem ao Bobby ou qualquer outro caçador que tenha encontrado em vida. Na verdade, aquela voz pertencia ao subconsciente de Agnes, a voz que lhe acompanhava desde o momento que descobriu ser capaz de feitos que nenhuma outra caçadora conseguia fazer. Ela costumava o chamar de "Grilo-Falante", pois ele sempre aparecia quando estava aflita precisando de concelhos, fosse os problemas pequenos ou grandes, ele sempre surgia quando necessário.

Fazia quase dois anos que Agnes não ouvia aquela voz ou via o seu portador, a última vez que o "Grilo-Falante" apareceu em seus sonhos eles acabaram discutindo por bobagem. O homem que sempre a aconselhava em sonhos lúdicos odiou saber que ela havia ignorado seus conselhos e ajudado John Winchester com a caçada pelo demônio de olhos amarelos no passado.

— Sabia que você não vivia sem mim! — Agnes aproximou o homem que preparava um delicioso bolo de chocolate e o abraçou por trás com força. — Que não ia me abandonar.

— Como posso te abandonar quando você só faz merda, Eagles? — Perguntou o homem ajeitando os cabelos loiros e virando de frente para ela, porém sem soltar do abraço.

— Ouch! — Reclamou a mulher ofendida. — Isso doeu.

— Só disse a verdade, docinho — Ele fez beicinho e roubou um selinho da Agnes, a qual manteve as expressões sérias na face — Ela tá bravinha...

— Sim, estou brava — Ela separou do abraço, porém não afastou dele. — Onde você esteve durante os dois anos que precisei do seus concelhos?

— Você tinha o John Winchester, não precisava de mim. Não foi o que disse? — Perguntou o homem arqueando uma das sobrancelhas e tentando esconder o ciúmes do tom de voz.

— Idiota! — Rebateu Agnes o estapeando no peito — Desde quando você me da ouvidos?

— Desde quando VOCÊ me da ouvidos? — Rebateu o homem frisando as palavras e gesticulando irritado — Eu te avisei para não se meter com os negócios do Winchester, Eagles. E olha onde você está...

— Afundada até a garganta com a merda deles — Ela mordeu o lábio inferior e olhou para baixo, mais uma vez sua consciência estava certa. — Porra...

— Hey! — Ele voltou a aproximar dela com ternura, escovando carinhosamente o rosto dela com o dedo indicador até seu queixo, forçando a mulher a encará-lo dentro dos seus olhos verdes — Eu voltei pra você! Okay?

— Não vou te perdoar se sumir novamente — Disse Agnes segurando os braços dele.

— Justo! — Assentiu sorrindo sem mostrar os dentes e inclinando o corpo para frente numa tentativa de roubar um beijo dela. Porém Agnes inclinou o corpo para trás, afastando dele — Pensei que estávamos bem.

— Não estou no clima para transar, Grilo-Falante — Disse Agnes suspirando.

— Eu só ia te beijar, Eagles! — Falou o homem fingindo estar ofendido — Por que você acha que tudo vai terminar em sexo?

— Você é meu inconsciente e eu me conheço, aliás quando não transamos?

— Quando brigamos — Respondeu o homem rindo fraco — Estava com saudades, Agnes. Me da só um beijinho? Pode ser?

— Não, ainda não! — Agnes afastou dele — Vou acordar quando você me beijar e não tive minha epifania. 

— Sua epifania?

— Você sempre aparece quando preciso escutar alguma verdade dolorosa, ou de conselhos. Vai me dizer qual é o da vez? — Perguntou Agnes cruzando os braços na frente do corpo.

— Não pode me beijar antes? — Ele aproximou dela e a segurou gentilmente nos cotovelos — Um beijinho só, não vamos ter muitos encontros no futuro. Pelo menos não algum que você não queira me matar.

— Desembucha, caralho! Você é Grilo-Falante, não esfinge pra ficar soltando enigma. — Reclamou Agnes revirando os olhos. — E se é sobre me afastar dos Winchester, bem... Estou sem opção no momento.

— Você tem uma opção, fuja! Sem a sua irmã. Sempre disse que queria conhecer a Bahamas, um ótimo momento.

— As vezes a imaginação passa dos limites — Agnes desmanchou o sorriso e balançou a cabeça negativamente. 

— Estou falando sério, Agnes — Ele falou preocupado olhando em seus olhos e a segurando com força — Sei que são seus amigos, que você ama sua irmã. Mas está pisando em ovos, será questão de tempo para ela dar com a língua nos dentes e você virar a caça.

— Eles vão me ouvir... O John me ouviu...

— O John está morto e não quero que tenha o mesmo destino. Além de que você precisa escapar dos olhos do Miguel, ele fará de tudo para ter sua lealdade e ficando com o Winchester estará com um letreiro neon sobre a cabeça. — Falou o homem.

— Espera, fugir de quem? Não conheço nenhum Miguel — Ela gesticulou irritada com toda a falação — Que porra é essa de lealdade?

— Vai entender quando chegar a hora.

— Quero entender agora! — Ordenou Agnes irritada — Você some durante anos e volta com enigmas achando que eu sou a porra da gangue do Scooby Doo para resolver mistérios....

— Quando Sam e Dean assumirem seus destinos, você e a Robin terão de aceitar o de vocês. Miguel tentará te matar antes de perceber que é você que deverá ser o seu braço direito — Ele suspirou, pensando corretamente nas palavras que teria de usar para explicar o que estava acontecendo sem que Agnes perdesse a pouca paciência que lhe restava — Você e a Robin vieram ao mundo com apenas um propósito, o qual estou fazendo de tudo para evitar.

— Que propósito? 

— Desculpe, mas não é seguro agora! — Ele segurou o rosto dela entre suas mãos — Apenas confie em mim e fuja, deixe a Robin, deixe o Bobby, deixe os Winchester.

— Grilo-Falante! Não comece a soltar informações e parar agora...

— Apenas confie em mim, Agnes! Estou tentando te ajudar da maneira que posso.

— Claro, bancando a porra do... — Antes que Agnes pudesse terminar a frase, ele colocou um guardanapo sobre o rosto dela, interrompendo sua fala e fazendo com que tivesse dificuldade para enxergar. 

— Sherlock Holmes! — Gritou Agnes quando conseguiu tirar o tecido do rosto.

Entretanto ela não estava mais na cozinha da casa do Bobby quando despertou gritando o nome do detetive das histórias de romance policial, mas na autoestrada com os irmãos Winchester e a irmã mais nova, a qual dormia profundamente no banco traseiro encostada no braço de Sam que também cochilava.

— Sherlock Holmes? Que tipo de sonho você estava tendo? — Perguntou Dean rindo divertido enquanto mantinha o olhar na estrada.

— Não era erótico, pode ter certeza — Agnes ajeitou o corpo no banco, sentando corretamente — Dean... Deixa eu te fazer uma pergunta.

— Ih! Lá vem bomba — Zombou Dean olhando rapidamente para a melhor amiga. — Se for sobre Sherlock Holmes tem que perguntar para o Sam, eu não li os livros.

— Por acaso você sabe ler? — Perguntou Agnes zombeteira.

— Vai a merda! — Ordenou Dean beliscando a perna dela.

— Fodido! — Reclamou Agnes rindo enquanto empurrava a mão dele — Mas, falando sério, não tem nada a ver com Sherlock Holmes. Você conhece um caçador chamado Miguel?

— Que eu saiba não tem nenhum caçador que conhecemos com esse nome. Deveria perguntar ao Bobby. — Respondeu Dean após breves segundos de silêncio para recordar se o nome era ou não conhecido. — Porque?

— Nada, é que sonhei com alguém falando esse nome — Ela moveu os ombros com desdém. — Que eu deveria ter cuidado com um tal de Miguel e ele era seu amigo.

— 'Tá louca, esquilo? — Dean soltou um riso divertido — Não conheço nenhum Miguel. Ainda possui seus sonhos malucos e enigmáticos com o Grilo-Falante?

— Mais ou menos, a gente brigou — Ela riu fraco.

— Precisa parar de brigar com as pessoas, inclusive com a sua própria consciência. Não vou estar aqui para sempre, sabe que só eu te aturo mesmo brigando comigo toda hora.

— Pois é, até dias atrás estava no inferno, literalmente — Disse Agnes bem humorada. — Hey, como é lá?

— Eu não lembro — Disse Dean.

— Quando estiver pronto pode falar comigo — Agnes apoiou a mão sobre a perna do Dean.

— Igual o que houve com a sua mãe? — Perguntou Dean no mesmo tom penoso usado por Agnes.

— Tudo tem sua hora — Falou Agnes sorrindo com o canto dos lábios e retirando a mão da perna do amigo.  — Onde estamos?

— A aproximadamente quarenta minutos de encontrar a vidente mencionada por Bobby. Pode voltar a cochilar, acordarei todos quando chegarmos. — Dean sorriu e voltou o olhar para a estrada vazia.

Sorrindo sem humor, Agnes virou na direção da janela e voltou a assistir as árvores passando rapidamente diante dos seus olhos.  Seus pensamentos estavam no estranho sonho que tivera e no regresso do "Grilo-Falante" depois de todo o tempo que esteve distante. Assim que regressasse para a casa do Bobby ligaria para Garth e Ellen na tentativa de descobrir mais sobre o caçador chamado Miguel que deveria evitar. Ou, talvez, pudesse contar com a sorte e descobrir sobre o mesmo com a Pamela Barnes quando a encontrasse.

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