Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 003 - Riders On The Storm - The Doors

PONTIAC, ILLINOIS.

A viagem de Sioux Falls até a cidade de Pontiac no estado de Illinois demorou longas horas, dando tempo suficiente para que as irmãs Eagles descansassem e recuperassem quase toda energia, para a infelicidade dos rapazes com quem dividiam automóvel. Bem dispostas e mais animadas do que quando saíram da casa do Bobby, as garotas cantarolavam em plenos pulmões as suas canções favoritas enquanto dividiam os fones de ouvido. Elas não se importavam com as expressões desgostosas do padrinho e do amigo da família, ignorando ambos enquanto viviam num mundinho só delas no banco de trás. 

— Juro! Mais uma canção do Pearl Jam e enfio o celular da Agnes pela garganta dela. — Resmungou Dean para que apenas Bobby escutasse, ele estava sentado no banco do carona ao lado do Bobby que conduzia.

— Antes de brigar com a esquilo, a fã de Pearl Jam é a Robin. — Explicou Bobby sorrindo com o canto dos lábios. — O que incomoda é a voz da esquilo, afinal ela não é tão boa cantora quanto a mais nova.

— Como está se saindo como "pai" de duas garotas? — Perguntou Dean de modo irônico e rindo baixo.

— Não é tão difícil, já cuidei da Agnes diversas vezes, elas são minhas afilhadas. — Bobby deu com os ombros e suspirou. — Elas apareceram em casa com uma mão na frente e outra atrás. Nunca vi a esquilo preocupada daquela maneira. Sou o mais perto de uma família que essas meninas possuem, não posso e nem devo abandona-las.

— Você acha que é certo envolver a Robin nessa vida? Ela parece tão... — Começou Dean, mas logo foi interrompido por Bobby.

— Mimada, ingênua, um tanto medrosa? Não se engane, Dean. Ela é mais forte do que você imagina. Ótima com latim e com os feitiços, precisa ver a facilidade com que ela decora e fala as palavras fluentemente. Diferente da esquilo, Agnes é o mesmo jeito do Lorcan, prefere armas e violência. Para ela, quanto mais sangue, melhor. — Bobby explicou lançando um olhar breve para as meninas risonhas através do espelho retrovisor.

— Dean! — Agnes o chamou, inclinando o corpo para frente e apoiando ambas as mãos sobre os ombros do amigo. — Cante comigo. Vamos recordar os velhos tempos.

— Virou Glee o meu carro? — Bobby a olhou pelo canto dos olhos durante breves segundos.

— Não vou cantar. — Dean franziu o cenho, virando a cabeça em direção a amiga. — Aproveita que está com as mãos aí e faz uma massagem.

— Saiu do inferno cheio das gracinhas, não vou fazer uma massagem em você. Quem não canta, não ganha massagem. — Agnes mostrou a língua para Dean e voltou a encostar-se no banco traseiro com as pernas cruzadas, tocando com os joelhos o banco frontal.

— Estamos muito longe? — Perguntou Robin retirando o fone do ouvido e desligando o ipod.

— Não. Apenas alguns minutos, agora que alcançamos a cidade. — Bobby sorriu para a afilhada mais nova.

— Podemos parar para comprar Donuts? Estou faminta. Por favor, Grande B. — Pediu Agnes fazendo beicinho e juntando as mãos como se orasse.

— Assim que pegarmos o Sam. — Dean respondeu cruzando os braços e assistindo a amiga através do espelho retrovisor. — Você fica fofinha quando faz beicinho.

— Idiota! — Agnes chutou o banco do Dean, soltando uma risada leve e o fazendo dar um saltinho.

Prosseguiram o resto do caminho em silêncio. Robin estava com a testa encostada sobre o vidro gelado do carro e assistia a paisagem mudar com as cores do horizonte, as quais passavam do alaranjado para o azul escuro com a chegada da noite.

Assim que a noite caiu, eles não tardaram a alcançarem o ponto vermelho marcado no GPS. Era um motel de quinta categoria em um bairro afastado da cidade, típico local de descanso de serial killer, prostitutas e caçadores. Quando Bobby estacionou o carro em frente ao motel, eles não tardaram a descer do automóvel e seguir para dentro do estabelecimento. A mais nova ajeitava o amaçado da roupa com cuidado, enquanto a mais velha penteava os cabelos com os dedos, tentando dar forma a eles.

Ao adentrarem no motel, caminharam diretamente até a recepção. Dean perguntou ao atendente por Sam através do nome falso que o irmão estava utilizando, Agnes achou admirável a forma como ele conhecia o mais novo e pensou se seria tão fácil achar Robin se ela estivesse na mesma situação que Dean.

— Quarto 207, segundo andar. — Respondeu o balconista com desdém após consultar o computador.

Com um aceno de cabeça e sem dizer mais nada, os quatro deixaram a recepção e foram para o local indicado. Ao alcançarem a porta, Dean deu três batidas fortes sobre ela. Uma jovem de cabelos negros utilizando apenas regata e roupa intima os atende.

— Agnes, ela...

— Shiu! Cale a boca, Robin. — Sussurrou Agnes a irmã mais nova antes que a mesma abrisse a boca.

— Mas... — Insistiu a loira num sussurro levemente desesperado.

— Não! — Ordenou a mais velha encerrando o assunto.

— Então, onde está? — Perguntou a moça olhando para cada um deles.

— Onde está o que? — Perguntou Dean entre os dentes. Ele olhou do Bobby para a Agnes em busca de ajuda.

— A Pizza. Precisa de quatro pessoas para entregar? — Ela perguntou brincalhona.

— Ah! Acho que batemos no quarto errado. — Falou Agnes convicta e sem tirar os olhos da mulher em sua frente, decorando quem deveria encontrar para fazer um exorcismo futuramente.

Os quatro estavam prestes a deixarem o recinto quando Sam apareceu com o tronco despido na porta. Ele abriu a boca demonstrando surpresa e parando a frase que dizia na metade. Seu olhar passou do Bobby, para as garotas e por último caiu sobre Dean. Ambas as irmãs estavam com expressões severas e cheias de fúria por ele estar com um demônio no quarto.

— E aí, Sam? — Falou Dean com naturalidade após um longo período de silêncio incomodo.

Dean foi o primeiro a entrar no quarto. O mais novo Winchester respirava ofegante e sem tirar os olhos do irmão, estando muito supresso pelo mais velho ter regressado a vida. Bobby e as garotas esperam por um tempo antes de entrarem no quarto.

Assim que Dean aproximou do irmão, Sam retirou uma faca de prata do cós de sua calça jeans surrada e o atacou sem hesitar, jogando o outro contra a parede enquanto tentava atingi-lo. A acompanhante do Sam gritou desesperada, fazendo com que Bobby e Agnes corressem até o rapaz e o segurassem pelos braços, apartando a briga e obrigando Sam a sair de cima de Dean.

— Você está bem? — Perguntou Robin ajudando Dean a  levantar do chão e olhando em seu corpo em busca de algum machucado recente.

— Estou. Fique atrás de mim, Robin. — Dean empurrou a menina para trás, a protegendo com o seu próprio corpo. Ela parecia minúscula ao esconder-se.

— Quem é você? — Gritou Sam irritado enquanto tentava se soltar do Bobby e da Agnes.

— Porque você fez isso? — Dean elevou o tom de voz, ignorando a pergunta do Sam.

— Fiz o que?  Sam o avaliou dos pés à cabeça com expressões incrédulas na face.

— É ele! É ele, Sam. Eu já verifiquei. — Bobby falou sereno enquanto tentava acalmar o rapaz. Agnes apenas o segurava sem dizer uma única palavra, deixando que os três homens resolvessem a situação.

Aos poucos Sam cedeu e se acalmou. Ao terem certeza de que ele não atacaria Dean, Agnes e Bobby o soltaram, porém permaneceram próximos. Dean caminhou com passos lentos até o irmão mais novo, parando em sua frente com um sorriso sarcástico na face.

— Então... — Falou Sam tentando compreender o que estava acontecendo, para ele o irmão continuava morto e enterrado a sete palmos.

— Eu sei, estou bonitão, né! — Brincou Dean apontando para o corpo.

O mais novo correu em direção ao mais velho e o abraçou com força. Robin não pode deixar de sorrir singelamente com a demonstração de afeto, achando belo o amor dos irmãos. Agnes também sorriu, entendendo exatamente o sentimento que Sam sentia, afinal faria a mesma coisa se fosse Robin no lugar do Dean.

— Vocês dois estão tipo, juntos? — Perguntou a jovem que não havia se apresentado. Por breves segundos eles se esqueceram da presença dela no recinto. Agnes fez uma careta ao recorda-la.

— O que? Não. — Sam a corrigiu, enquanto Dean a olhava estranho. — Ele é o meu irmão.

— Ah, saquei! Então acho melhor eu ir embora. — Falou a morena.

— Com certeza. — Responderam Agnes e Robin em uníssono de maneira severa.

— Depois me liga. — Pediu a moça ajeitando suas coisas rapidamente.

— Tá, eu te ligo, Kathy. — Falou Sam dando um sorriso breve.

— É Christy. — A garota o corrigiu.

— É, demônio. — Sussurrou Agnes para que apenas Robin escutasse.

— Devemos contar. — Disse Robin enquanto observava a moça sair. — Ela está escapando, não podemos deixa-la escapar.

— Assim como não podemos deixar que saibam. Escuta, Robin! Ver faces não é um bom sinal no mundo das caçadas, acredite. — Falou Agnes gesticulando com a mão para que a irmã esquecesse o assunto.

Assim que a moça saiu, Sam se acomodou na cama e olhou da Robin para a Agnes, sorrindo simpático para as garotas. Ao perceber quem se tratava, ele levantou da cama e caminhou até a mais velha das irmãs, a abraçando com força.

— Agnes Eagles! Como senti sua falta nos últimos anos. — Falou o rapaz ao ergue-la no ar com o abraço.

— Também senti sua falta. — Ela respondeu o admirando dos pés à cabeça quando foi colocada de volta no chão. — Meu pequeno Sammy não está tão pequeno assim.

— Quem é ela? — Ele perguntou olhando por pouco tempo para Robin.

— Ela é a Robin, minha irmã. Mas esqueça, não é sobre isso que viemos tratar agora. — Agnes retornou a expressão severa no rosto e o encarou friamente quando se afastou. — E aí, não vai nos dizer quanto custou?

— A garota? Eu não pago. — Falou Sam rindo baixo.

— Não é piada, Sammy. — Repreendeu Agnes. — Estamos falando de algo sério.

— Me trazer de volta. Quanto custou? Foi sua alma ou coisa pior? — Perguntou Dean irritado.

— Acham que fiz um pacto? — Sam ficou surpreso com a desconfiança.

— Exatamente o que achamos. — Respondeu Bobby aproximando do loiro.

— Mas eu não fiz. — Afirmou Sam.

— Não minta para mim. — As expressões do Dean eram severas e de completo desagrado, sendo visível que não acreditava no mais novo.

— Sam, se você fez precisa nos contar. — Falou Agnes calmamente enquanto gesticulava.

— Eu não estou mentindo, não fiz o pacto. — Argumentou Sam convicto.

— Então... Quer dizer que eu estou fora e você está dentro? É isso? Você virou brinquedinho de demônio? Eu preferia não ser salvo assim. — Argumentou Dean irritado e se aproximou do irmão, o qual havia sentado para colocar as botinas.

— Olha, Dean! —Sam levantou da cama, encarando o olhar fuzilante do irmão. — Bem que eu queria ter feito, valeu?

— Não tem jeito de ser diferente. Diga a verdade logo. — Dean grudou Sam pela gola da camiseta e o empurrou contra o móvel.

— Eu tentei, de tudo, essa é a verdade. — Sam retirou as mãos do Dean da sua camisa e olhou irritado para ele. — Eu tentei abrir o portão do inferno, droga. Eu tentei barganhar, Dean. Mas nenhum demônio quis. Entendeu? Você apodreceu no inferno, durante meses e não pude fazer nada. Desculpe por não ter sido eu, tá? Dean, me desculpe.

— Tudo bem, Sammy. — Falou Dean ficando mais calmo. — Não precisa pedir desculpas, eu acredito em você.

— Não me levem a mal, fico feliz pela alma do Sam estar intacta, mas isso levanta uma questão. — Falou Bobby se intrometendo no assunto após os ânimos se acalmarem.

— Bobby está certo. Você não pode ter voltado do nada. — Falou Robin aproximando dos rapazes e olhando de um para o outro.

— Se ele não me libertou, então quem foi? — Perguntou Dean olhando para a loira ao fazer a pergunta.

Durante alguns segundos todos ficaram em silencio, trocaram olhares aflitos enquanto montavam suposições em suas mentes, pensando numa possível criatura com o poder de tira-lo do inferno.

— Meus neurônios não funcionam direito sobre tensão, preciso relaxar. — Agnes levou as mãos até a cabeça, as passando sobre o cabelo e descendo até a nuca. — Tem algo para beber?

— Tem na cozinha, te ajudo com a cerveja. — Respondeu Sam sorridente.

Os dois deixaram a sala, indo sozinhos para a cozinha e em silêncio. Agnes abriu a geladeira, curvando o corpo para frente, para que assim pudesse alcançar melhor cinco garrafas de cerveja que estavam no fundo. De maneira impensável, Sam mantinha o olhar sobre as curvas avantajadas da amiga.

— Pode parando de olhar para minha bunda, Sammy. — Agnes levantou rapidamente e virou para o mais novo com as garrafas na mão.

— Desculpe... — Sam erubesceu, ficando com as bochechas avermelhadas como um tomate. — Não foi a minha intenção, você está mais bonita.

— Tudo bem, Sam. — Risonha, ela deu com os ombros e entregou as cervejas para os rapazes. — Agora leve essa cerveja para eles, vou atacar a geladeira, estou faminta.

— Claro, sem problemas. Estou feliz em te ver outra vez. — Sam lhe deu um último abraço antes de deixar o recinto.

O mais novo e mais alto dos irmãos Winchester regressou para a sala, deixando Agnes sozinha na cozinha. Ao voltar para a sala, ele entregou primeiro uma garrafa de cerveja para Dean, em seguida outra para Bobby. Por último ele caminhou até Robin, lhe entregando uma garrafa de cerveja enquanto sentava ao seu lado no sofá. A loira lhe agradeceu com um belo sorriso gentil.

— Você tem idade para beber? — Perguntou Sam brincalhão.

— Tenho dezenove e entrei no ramo das caçadas, acho que mesmo sem ter vinte e um já sou madura o suficiente para beber. — Respondeu a menina bancando a séria enquanto abria a garrafa com os dentes, assim que conseguiu ela tomou um longo e piscou para o rapaz.

— Se é madura para enfrentar demônios, você consegue enfrentar qualquer coisa. — Falou Sam abrindo a garrafa e a erguendo. — Saúde!

— Saúde! — Robin olhou desconfiada ao mais novo, não havia dito sobre os demônios ao rapaz. Afinal, ela poderia estar caçando qualquer coisa no momento. "Aposto que a Agnes contou" Pensou enquanto virava a bebida.

Após comer o último pedaço de torta de maça que estava no frigobar do motel, Agnes regressou para a pequena sala de estar e se acomodou no carpete do chão, bebendo a sua segunda garrafa de cerveja enquanto apoiava as costas na poltrona onde Dean estava acomodado, ficando no meio de suas pernas e esticando as próprias em cima da mesinha de centro, estando tão a vontade quanto estivesse em sua própria casa.

— O que é que você estava fazendo aqui se não era para tirar o Dean da cova? — Perguntou Agnes sem rodeios ao Sam.

— Olha! Quando eu descobri que não poderia salva-lo, eu saí caçando a Lilith, querendo vingança. — Sam tomou longos goles da cerveja.

— E tudo isso sozinho, quem você pensa que é? Seu pai? — Perguntou Bobby de maneira severa ao jovem.

— É, eu sei. Foi mal, Bobby. Devia ter ligado, eu estava muito confuso. — Sam demonstrava estar sentido através de seu tom de voz.

Levantando da poltrona e passando por cima da Agnes, Dean caminhou em direção ao sutiã jogado no centro da sala de estar e segurou a peça de roupa pela alça, erguendo a mesma na altura dos olhos, mostrando aos outros o achado.

— É, estou vendo que estava. — Dean soou sarcástico.

— Quem estava morto era você, não ele — Falou Agnes sorrindo de escárnio.

— Vai tomar no cú! — Ordenou Dean retribuindo o sorriso irônico da amiga.

— Então... — Sam ignorou o comentário do irmão e a zombaria de Agnes, prosseguindo com o assunto —  Aí eu estava na pista de uns demônios no Tenesse e, de repente, eles mudaram o rumo e vieram para cá. 

— Quando? — Perguntou a Robin curiosa enquanto Dean sentava ao seu lado no sofá.

— Ontem de manhã. — Sam bebeu outro gole da cerveja. Rapidamente os quatro trocaram olhares nervosos.

— Quando o Dean escapou. — Falou Agnes surpresa.

— Acham que os demônios têm alguma coisa a ver com o que está acontecendo? — Perguntou Robin sentindo interesse no assunto. Pois se há demônios envolvidos, com certeza os desgraçados que levaram seu pai estão no meio de tudo.

— Pode até haver uma ligação, mas não significa que esteja pronta para encara-los, Robin. — Argumentou Agnes ao perceber o olhar sedento de vingança lançado pela mais nova.

— Estão supondo que os demônios possam estar aqui por causa do Dean? — Perguntou Bobby preocupado. Dean deu com os ombros.

— É uma suposição bem válida. — Respondeu Agnes entortando os lábios. 

— Mas porquê? — Perguntou Sam franzindo o cenho.

— Olha! Honestamente... Eu não faço a mínima ideia. — Agnes voltou a beber de sua cerveja. — Mas deve ter a ver com o fato de um deles ter arrancado o Dean do inferno, isso não é pouca coisa.

— A Agnes tem razão, algum demônio me puxou para fora e agora isso. Deve ter alguma ligação. — Dean encarou cada um deles.

— E como você está se sentindo? Agora. — Robin olhou preocupada para Dean.

— Estou cheio de fome. — Respondeu o rapaz sorrindo.

— Não. Quero saber se está se sentindo, sabe, você mesmo! Alguma coisa estranha? Diferente? — Perguntou Robin gesticulando com as mãos, ficando nervosa por não ter a resposta que esperava.

— Ou demoníaca? — Dean ergueu uma das sobrancelhas, retribuindo o olhar da garota. Ela assentiu baixando os olhos. — Não! Quantas vezes vou ter que provar que sou eu?

— Pense um pouco Dean, use esse seu cérebro. Nenhum demônio iria liberta-lo só porque você foi malzinho, ou bonzinho, ou sei lá. Eles devem ter algum plano maligno. — Agnes expões a sua ideia, deixando Dean ainda mais irritado com a desconfiança. — Vale lembrar que eles vieram atrás de mim e da Robin, não estávamos morando muito longe daqui...

— Eu estou legal, está bem. — Dean falou as palavras pausadamente, colocando um ponto final no assunto e voltando a ingerir sua cerveja. — Afinal o que eles queriam com vocês?

— Não sabemos o que eles querem. Nós temos um monte de pergunta e apenas isso. — Falou Agnes tão frustrada quanto Dean.

— Precisamos de ajuda. — Argumentou Robin mordendo o lábio inferior. — Não vamos descobrir nada se não acharmos respostas.

— Concordo plenamente com a minha irmã. — Assentiu Agnes.

— Conheço uma vidente, fica a poucas horas daqui. — Falou Bobby se metendo no assunto após apenas observar. — De uma coisa dessa ela deve ter ouvido falar.

—  Vale a pena tentar, ligue para ela. — Agnes sorriu animada com a ideia. —  E acho que sei de quem fala, diga a ela que lhe mandei um beijo.

— Eu volto já. Pode deixar, Agnes. — Bobby levantou do sofá e saiu do apartamento para poder fazer a ligação.

— Vou buscar o que comer — Anunciou Robin levantando do sofá para ir na cozinha.

— Eu vou com você — Disse Dean também levantando.

— Espera, Dean. — Sam segurou o antebraço do irmão assim que o mesmo levantou. — Acho que vai querer isso de volta.

Ele retirou o próprio colar que estava em seu pescoço e entregou para o mais velho.

— Valeu. — Dean agradeceu colocando o objeto no pescoço.

— É o mesmo que o meu. — Agnes sorriu encantadora. — Lembro quando seu pai me deu de presente depois que o ajudei com umas coisas aí. 

— Que coisas? — Perguntou Sam curioso.

— Não te interessa — Respondeu Agnes sorrindo sem mostrar os dentes — Negócios, entre mim e seu pai.

— Dean, desculpa a pergunta, mas como era lá? — Robin perguntou curiosa, queria fazer aquela pergunta desde que soube da onde o rapaz havia saído e aproveitou o momento para mudar o assunto.

— Lá no inferno? — Dean franziu o cenho e olhou para a loira, a qual assentiu com a cabeça. — Sei lá, eu acho que devo ter bloqueado, eu não me lembro de nada.

— É, ainda bem. — Sam sorriu aliviado.

— É! — Dean concordou. — Bem, vamos comer alguma coisa, Robin.

— Claro. — Robin assentiu.

Os dois deixaram a sala e foram para a cozinha buscar algo para forrar o estômago. Assim que ficou completamente sozinha com Sam, a mais velha levantou do local onde estava sentada e se acomodou ao lado de Sam, esticando ambas as pernas sobre o colo do rapaz enquanto sorria de escárnio. 

— Bonita a sua amiguinha! Seria uma pena se alguém contasse para o Dean que ela é um demônio. — Agnes moveu os dedos pelas mechas soltas do seu cabelo e sorriu sarcástica.

— Ela não... — Começou Sam demonstrando surpresa, mas logo se calou ao ver Agnes com a sobrancelha arqueada.

— Pois é! Ela era. Eu poderia até fazer um exorcismo, mas teria de dar explicações. — Agnes deu com os ombros. — Mas ela pode ser útil futuramente, não iria te contar, mas não quero vê-la te usando para saber sobre o que fazemos.

— É, eles são traiçoeiros. — Falou Sam soltando um suspiro. Agnes assentiu com a cabeça. — Como você soube?

— Tenho meus métodos, não esqueça que foram esses desgraçados que raptaram meu pai. Você aprende os sinais quando encontra com um. — Agnes deu com os ombros e estendeu a garrafa vazia na direção do maior. — Agora seja um bom menino e busque mais cerveja para sua antiga babá.

— Só se me contar seus segredos. — Ele retirou a garrafa vazia da mão da amiga, ao fazer isso inclinou o copo para frente ficando quase deitado sobre ela.

— Prefiro que os descubra. — Ela sorriu de maneira marota e o empurrou com o pé direito enquanto mordia o lábio inferior.

Sorrindo malicioso, ele levantou do sofá e levou as garrafas vazias para a cozinha. Não tardou para retornar com duas garrafas cheias e trincando. Agnes rapidamente abriu a garrafa utilizando dos dentes e cuspiu a tampa no chão.

— Arrumou algum namorado? — Perguntou Sam voltando a se acomodar no lugar vazio e colocando as pernas de Agnes de volta sobre o colo.

— Vai perguntar sobre minha vida pessoal? — Agnes riu breve e arqueou uma das sobrancelhas.

— Sim, somos amigos. Tenho o direito de saber todas as coisas que aconteceram com você quando esteve fora, isso inclui sua vida pessoal. Além de que vamos trabalhar juntos e você me mandou descobrir seus segredos. — Sam sorriu tocando com a boca de sua garrafa na garrafa da Agnes.

— Sabe que namoro é perder tempo. A função de caçadora não permite. No máximo uma boa noite de sexo e depois adeus. — Ela riu retribuindo o brinde e bebericou a cerveja. — Sou muito sedutora, sempre fui e gosto de manter as coisas assim.

— E pelo jeito permanece modesta. — Comentou Sam massageando a panturrilha dela com a mão livre. — Senti falta da sua modéstia.

— Quem não sente? — Ela fez uma careta divertida e riu.

— Terminem de beber e vamos, temos um longo percurso a percorrer. — Repreendeu Bobby ao regressar para a sala e deparar com a afilhada com as pernas sobre o colo do Sam, ele lançou um olhar fuzilante para o menino.

— Você que manda, Grande B. — Ela fez sinal de positivo com a mão livre, voltando a beber longos goles da sua cerveja.

— Onde está sua irmã? — Perguntou Bobby severo.

— Dando para Dean na cozinha, aposto. — Brincou Agnes segurando o riso. — Os dois com os hormônios a flor da pele, sabe como é.

— Que? Mas...

Apressado Bobby correu até a cozinha para ver o que os dois estavam aprontando, deixando uma Agnes e um Sam risonhos para trás. Após alguns segundos, Bobby trouxe Dean e Robin de volta para a sala, fazendo com que Agnes gargalhasse ao ver a cara irritada da irmã.

— Não me diga que eles estavam realmente fornicando na cozinha. — Agnes abriu a boca surpresa.

— Não, idiota! O Bobby que chegou gritando com a gente, estávamos comendo e contando piada. — Reclamou Robin cruzando os braços sobre o peito.

— Já pedi desculpas, Robin. — Falou Bobby coçando a nuca nervoso.

— Está bem, mas eu não precisava ouvir aquilo. Não sou a Agnes. — Resmungou Robin irritada. — Além de que, ele é muito velho.

— Ei! — Resmungou Dean franzindo o cenho.

— Nossa, me senti mal agora. — Agnes deu com os ombros e gargalhou ao ver Robin irritada chamando Dean de velho. Ela sabia o quanto a irmã ficava chateada quando alguém lhe dava uma bronca sem motivo e começava a responder de forma grosseira tudo e todos. — Bem, creio que todos estejamos prontos, vamos andando.

A mais velha das irmãs foi a primeira a deixar a sala para poder rir do lado de fora do apartamento do motel, sendo acompanhada por Robin que lhe xingava a plenos pulmões por ter lhe feito passar vergonha com um cara que nem conhece direito. Não tardou para que todos estivessem realmente prontos para deixarem a cidade.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro