eleven
𝗘𝗡𝗗 𝗚𝗔𝗠𝗘
ᶜᵃᵖⁱᵗᵘˡᵒ ¹¹
𝗧𝗢𝗗𝗢𝗦 estavam de cabeça para baixo, pendurados e amarrados por uma corda. A visão estava toda bagunçada, com o ambiente parecendo girar.
—— Bom plano. Vamos ouvir o que ele diz. - Minho comentou com ironia. - —— Deu muito certo!
—— Cala a boca, Minho. - Thomas resmungou. - —— Talvez eu consiga alcançar a corda. - Ele se esticou, tentando tocar os pés.
—— Curtindo a vista? - Jorge entrou no local, com um sorriso que não prometia nada de bom.
—— O que você quer? - Thomas perguntou, tentando manter a calma.
—— Eis a questão! - Jorge riu com um tom frio. - —— Meus homens querem vendê-los de volta ao CRUEL. A vida ensinou eles a pensar pequeno. Eu não sou assim. Algo me diz que você também não..
—— O sangue está zoando minha cabeça ou esse trolho está falando coisa com coisa? - Minho perguntou.
—— Me digam o que sabem sobre o Braço Direito. - Jorge ordenou, pressionando.
—— Não eram fantasmas? - Newt perguntou, tentando entender a situação.
—— Acontece que eu acredito em fantasmas. - Jorge olhou diretamente para o loiro. - —— Ainda mais quando os escuto nas ondas de rádio.
Jorge se afastou e foi até a alavanca que segurava as cordas.
—— Me digam o que sabem e talvez possamos fazer um trato. - Jorge ameaçou.
—— Nós não sabemos muito. - Thomas negou, tentando se manter calmo.
Jorge, não convencido, puxou a alavanca novamente, fazendo-os descer ainda mais, deixando todos nervosos.
—— Está bem! - Thomas gritou, desesperado. - —— Eles se escondem nas montanhas. Atacaram o CRUEL e levaram muitos jovens. Só isso! É tudo o que sabemos!
—— Ele não vai nos machucar. - Annabeth tentou acalmar os outros.
—— Como você pode ter tanta certeza? - Jorge perguntou, com um sorriso se formando no rosto.
Annabeth o encarou.
—— Porque eu conheço alguém como você. - Annabeth respondeu, lembrando de Ava. - —— Se você realmente quisesse nos ver mal, já teria feito algo. Você gosta de jogar e de manipular.
Jorge ficou surpreso com o que a garota falou, antes que pudesse responder, uma voz ecoou pelo local.
—— Jorge! - A voz chamou, interrompendo a conversa. - —— O que está acontecendo?
—— Eu e meus amigos estávamos só conversando. Já terminamos. - Jorge respondeu, lançando um olhar gélido para Annabeth. - —— Agora é hora de devolvê-los ao seu lugar.
—— Espere! Você não vai nos ajudar? - Thomas indagou.
—— Não se preocupe, hermano. - Jorge sorriu. - —— Vamos devolvê-lo ao seu lugar. Aguentem firme. - Se afastou.
Enquanto estavam sozinhos, eles bolaram um plano para empurrar alguém até a alavanca.
—— Minho, pronto? - Finn perguntou.
O asiático confirmou com um aceno e, de repente, empurrou Teresa na direção da alavanca, torcendo para que ela conseguisse alcançá-la e os soltasse.
—— Mais força! - Newt exclamou.
—— Agora vai. Um, dois, três! - Empurrou a garota.
Teresa conseguiu se segurar, fazendo todos comemorarem.
—— Teresa, rápido! - Thomas apressou a morena.
Finalmente, Teresa conseguiu se desamarrar e foi rapidamente ajudar os amigos. Enquanto eles se libertavam, a voz de Janson ecoou por todo o local, exigindo que os que estavam no abrigo entregassem os adolescentes em troca de suas vidas.
O grupo estava finalmente livre das amarras e se dirigia para a saída do cômodo, mas foram parados quando o mesmo homem de antes apareceu, apontando uma arma para eles.
—— Não queremos problemas. Só queremos sair. - Thomas levantou as mãos.
—— É mesmo? - Pegou o walkie-talkie. - —— Janson, peguei-os para você. Vou levá-los até aí. Não atire em nós. - Sorriu. - —— Rápido. Vamos! Eu disse vamos!
Eles permaneceram parados em silêncio até que o garoto de cabelos escuros avançou, desviando a arma com um golpe e fazendo-a disparar contra a parede. Aproveitando a oportunidade, ele atacou o homem mais velho com rapidez.
—— Moleque atrevido! - Ele apontou a arma novamente para o adolescente.
Um tiro ecoou pelo local, fazendo o homem mais velho cair, revelando Brenda atrás dele, segurando a arma.
—— Vamos embora. - Começou a andar, mas todos estavam quietos. - —— Andem logo!
Todos começaram a seguir Brenda, subindo as escadas com pressa. Uma música tocava pelo local. Logo, encontraram Jorge à frente.
—— Brenda, rápido! Não temos tempo! - Ele chamou, sua voz cheia de urgência. - —— Vamos, vamos!
Ele estava abrindo uma grande janela, revelando uma tirolesa do lado de fora.
—— Está de brincadeira! - Caçarola murmurou.
—— Plano B, hermano. Querem chegar ao braço direito? Eu os levo até eles, mas me devem uma. - Puxou a corda e desceu. - —— Venham!
—— Vamos! - A de cabelo curto puxou outra corda.
—— Vai! - Thomas apressou todos.
Todos estavam indo rápido, correndo pelas escadas e pelos corredores com pressa. A adrenalina estava a mil, e todo mundo sabia que precisava se apressar para alcançar a tirolesa e fugir antes que fosse tarde demais.
—— Vai Teresa! Depois você, Anna! - Thomas olhou para as duas garotas.
Ele empurrou Teresa para o lado, mas Brenda se afastou rapidamente, chamando a atenção dos dois adolescentes.
—— Brenda, aonde vai? - Thomas gritou, tentando alcançar a garota.
Os dois adolescentes correram atrás de Brenda e a encontraram na sala de Jorge, onde ela estava vasculhando as gavetas.
—— Brenda, o que está fazendo? - Annabeth perguntou, nervosa.
—— Temos que ir! - O moreno segurou a garota.
Logo, soldados apareceram e Brenda deu um passo à frente, pegando uma pistola e começando a atirar em cada um deles. "Saudades do meu arco," pensou Annabeth, observando a cena.
—— Vai! Vai! - Brenda gritou.
Os três jovens continuaram correndo, tentando se livrar dos soldados.
—— Venham logo! Estamos ficando sem tempo! - Brenda gritou com a voz cheia de desespero.
Eles desciam as escadas, ofegantes e sem parar.
—— Me sigam!
A de cabelo curto andava cuidadosamente sobre uma estreita passarela de metal que sustentava o andar.
—— Venham logo! - Gritou Brenda, sua voz ecoando no local.
—— Merda... - Annabeth murmurou, tentando manter o equilíbrio.
Ela avançava cuidadosamente, tentando não escorregar.
—— Não se movam! - Um dos soldados apontou a arma para Thomas.
—— Brenda, para onde estamos indo? - O garoto questionou.
—— A música está acabando! - Gritou.
A música parou de repente, e o lugar começou a desmoronar. Os dois adolescentes atrás de Brenda perderam o equilíbrio e quase caíram.
—— Venham logo! - Brenda gritou, desesperada, enquanto o local começava a desmoronar em torno deles.
Eles pularam para uma corda, que parecia tipo de elevador, e desceram rapidamente em direção ao térreo.
Antes de chegarem ao chão, destroços começaram a cair ao redor, forçando-os a pular da corda antes do tempo para evitar serem esmagados pelos escombros.
—— Estão bem? - Brenda ligou a lanterna.
—— Tudo ótimo. - O moreno respondeu ironicamente.
O local estava totalmente fechado, os escombros tomavam o local.
—— Como vamos voltar para os outros? - Annabeth questionou.
—— Relaxa. Vou tirar a gente daqui. - Pegou a bolsa. - —— Toma. - Entregou lanterna para os dois.
—— Por que nos ajudam? - Thomas perguntou.
—— Acredite: não é ideia minha. - Respondeu. - —— Jorge pensa que vocês são ingresso para o refúgio.
—— Para o quê? - Indagou confuso.
—— O paraíso. A salvo do Sol, sem infecção... o abraço direito leva jovens para lá há anos. Mas só os imunes. - Colocou a bolsa nas costas e se levantou.
—— Sabe onde fica? - Annabeth perguntou.
—— Não. Mas o Jorge conhece um cara. O Marcus. Ele contrabandeava jovens. - Iluminou o local. - —— Se o Jorge escapou, é para lá que levou seus amigos.
—— Se escapou? - Thomas questionou.
—— Você fazem muitas perguntas. - Falou impaciente. - —— Podem vir aqui me ajudar
com isso? Por favor.
Os dois se aproximaram, ajudando a morena a puxar a grade. O lugar era escuro. De repente, um grito distante ecoou, e eles pararam na hora, trocando olhares
—— Não gostei desse barulho. - Thomas comentou.
—— Aqui, a transformação é completa. - Respirou fundo. - —— Vamos. - Entrou no local.
Ao entrarem, perceberam as paredes pinchadas e um tipo de túnel. Parecia um esgoto, com um cheiro estranho e o chão úmido.
—— Acho que é por aqui. - Brenda começou a caminhar.
—— Acha? - Annabeth franziu o cenho.
Eles andavam pelo lugar, com os passos ecoando no túnel. Estava tudo quieto demais, e cada passo parecia mais alto do que o normal.
—— Gente mora aqui? - Annabeth questionou.
—— As tempestades solares forçaram as pessoas ao subsolo. Jorge diz que há acampamentos por todos esses túneis. - Respondeu.
—— O que é o Jorge? É seu pai? - Thomas perguntou.
—— Quase isso. A verdade é que não sei o que ele é. Sempre esteve ao meu lado. Sempre fiz o que ele pedia por mais burrice que fosse. - A garota respondeu, respirando fundo.
—— Acha que o Braço Direito não existe? - Thomas fez novamente outra pergunta.
Ouviram um barulho que parecia o grito de um Crank, fazendo com que eles se virassem imediatamente..
—— Eu acho... que ter esperança é perigoso. Esperança matou mais amigos meus que o Fulgor e o Deserto juntos. Pensei que o Jorge fosse mais inteligente.
Anna caminhava em silêncio, de cabeça baixa, concentrada no chão. Eles seguiram assim por um tempo, até darem de cara com dois corredores à frente, forçando os três a pararem e olharem ao redor.
Thomas entrou em um dos corredores, e Annabeth o seguiu por precaução. Os dois iluminavam o caminho à frente.
—— Acho que pode ser por aqui. - O garoto virou, juntamente da morena.
—— Brenda? - A morena chamou pela garota. - —— Brenda? - Andou rápido, atrás da mesma.
—— Estou aqui. Olhem só! - Iluminava as paredes.
Os dois adolescentes se aproximaram e viram gosmas pretas nas paredes, que indicavam um longo caminho à frente.
—— O que é isso? - Thomas questionou.
—— Não sei. - Brenda respondeu.
Annabeth olhava para algo no chão, que estava pálido
Eles se assustaram ao ouvir um barulho, mas, ao se virarem, era apenas um rato, o que fez todos respirarem aliviados. O animal se aproximou de Annabeth, que, com nojo, o chutou.
—— Que nojo! - Murmurou.
O rato seguiu em frente e foi pego por uma mão emergente das gosmas. A criatura estava comendo a cabeça do animal, enquanto outras apareciam de diversos locais. Ao se virarem, deram de cara com outra criatura atrás deles.
O moreno pegou um ferro da bolsa de Brenda e o cravou na cabeça da criatura, abrindo espaço para que eles pudessem fugir. Diversos Cranks começaram a aparecer. Annabeth, assustada, lembrava do seu sonho dentro do tanque, vendo pessoas se transformando nessas criaturas devido ao seu sangue. O medo a paralisou, mas Thomas a puxou, fazendo-a despertar.
—— Vai! - Gritou o garoto.
Eles correram desesperados em busca de um lugar para fugir. Ao verem uma fresta de luz, correram até ela e se depararam com um penhasco, onde Thomas e Annabeth seguravam Brenda, que quase estava caindo.
Anna observava o local. Ao ouvir as criaturas se aproximando, ela se virou para umas pedras.
—— Por aqui! - Chamou.
Eles escalaram as pedras com pouca dificuldade. Annabeth olhou para trás e viu Thomas parado, olhando para os Cranks.
—— Thomas, rápido! - Gritou a morena.
Eles entraram em um buraco, onde o local estava totalmente destroçado. Continuaram fugindo das criaturas que ainda os seguiam. Annabeth empurrou uma geladeira para derrubar os Cranks.
—— Cuidado! - A garota gritou, alertando Thomas e Brenda.
Eles observaram a criatura quebrar o vidro, mas logo voltaram a escalar. Ao entrarem em outro local, a de cabelos curtos passou na frente, subindo uma escada.
—— Me sigam! - Gritou.
Aquelas criaturas eram ágeis e estavam quase alcançando-os. Annabeth, que estava um pouco mais alta, jogou um pedaço de ferro na boca de um dos Cranks, acertando-o em cheio.
Brenda ia segurar o corrimão, mas Annabeth tentou avisá-la, segurando-a. Infelizmente, Brenda se soltou e as duas caíram, quebrando o vidro.
—— Brenda! Anna! Tá tudo bem? - Thomas gritou, preocupado.
—— Está. - A de cabelo curto respondeu.
—— Aguentem que eu vou descer!
As garotas olhavam para o chão, avaliando o quão alto seria se o vidro quebrasse. Brenda colocou a mão no vidro, que começou a rachar ainda mais.
—— Não se mova muito - Disse Annabeth, olhando com preocupação para Brenda.
—— Está estável - Brenda respondeu, tentando manter a calma.
—— Não se movam! - Thomas gritou, desesperado.
Quando Thomas desceu, ele observou o vidro com atenção.
—— Venham para essa parte mais estável!
As garotas começaram a caminhar lentamente em direção ao ponto mais seguro.
—— Me dê a mão, Brenda! - Thomas se inclinou para alcançar a garota que estava à sua frente.
—— Eu não alcanço!
De repente, um Crank entrou no local, escorregou e caiu em cima de Brenda.
—— Me ajudem! - A garota gritou, apavorada.
Annabeth imediatamente puxou a criatura para si mesma, confiante que um arranhão ou mordida não seria fatal para ela, já que era praticamente a criadora.
—— Anna, cuidado! - Gritou Thomas.
—— Ele não pode me matar! - Annabeth respondeu, tentando se manter firme. - —— Eu acho... - Murmurou para si mesma.
Thomas conseguiu puxar Brenda, deixando Annabeth sozinha. Ela estava dando chutes na criatura, tentando evitar ser arranhada ou mordida a todo custo, preferia não arriscar. Quando o Crank tentou morder sua perna, Thomas quebrou o vidro. Annabeth soltou um grito ao perceber que estava pisando no vazio, prestes a cair, mas Thomas e Brenda conseguiram segurá-la pelo braço.
—— Te pegamos - Disse Thomas, ofegante, tentando acalmar a situação.
A garota olhava para os olhos castanhos do moreno, com um certo medo de acabar caindo.
𝗡𝗼𝘁𝗮𝘀;
——— olá leitores, como estão? espero que bem! o que acharam do cap de hoje?
——— amei a duplinha annabeth e brenda, tirando o fato que no início de tudo ela sentiu um leve ciúmesKKKKKKKKK
——— annabeth sendo boa de mira🫦🫦
——— vocês NÃO estão prontos para o próximo cap🤭
——— não se esqueçam de votar e comentar que me motiva mto!
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