Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘵𝘸𝘦𝘯𝘵𝘺-𝘴𝘪𝘹 〕

◣◥◣◥◤◢◤◢◣◥◣◥◤◢◤◢

I'M NOT BLUFFING

POINT OF VIEW

Savannah Boswell


Neela saiu do banheiro já vestida com o blusão que Savannah ganhou de presente do grupo de apoio e uma calça moletom preta, seus cabelos estavam enrolados na toalha em sua cabeça e seu rosto estava um pouco menos vermelho e inchado do que antes.

— Eu só vou preparar um chá, pode me esperar no quarto. — confortou-a quando Neela deu uma parada rápida na cozinha, interrompendo uma discussão de cochichos entre Savy e seu pai durante o banho da amiga.

Neela dirigiu-lhes um pequeno sorriso compreensivo e virou-se em direção ao pequeno quarto que outrora fora nada mais que um armário de casacos. Assim que ela sumiu de suas vistas quase que instantaneamente pai e filha voltaram a se encarar:

— Sabe o que eu penso sobre namoro em casa — resmungou ele olhando para o quarto verificando rapidamente se Neela estava devidamente acomodada.

Se não tivesse tão preocupada com o estado da amiga, Savannah teria dado boas gargalhadas com a impressão que seu pai tinha tido delas duas, e depois se surpreenderia já que não sabia em qual momento ele havia ficado tão tolerante, principalmente por ser um homem que cresceu em colégios de militares e seguiu com a carreira. Ela sabia que homens que cresciam naquele meio possuíam visões conservadoras e preconceituosas.

— Pai... — censurou-o em um resmungo um pouco mais alto — Ela é minha amiga, certo? Sei de todas suas regras e sigo quase todas à risca — disse e o homem desviou o olhar do quarto para a filha como um relâmpago — Tudo na lei, juro. Mas por favor não cria muito caso, ela já tá bem chateada.

— Não tem problema algum ela ficar aqui, filha, seja o que ela for sua... — Savannah rolou os olhos — Mas eu preciso saber o que está se passando para que eu possa ajudar também! E se os pais dessa garota que com certeza parece ser menor de idade, estiverem procurando por ela?

Savannah soltou um suspiro cansado.

— Os pais dela não moram aqui, ela veio fazer intercâmbio — mentiu com um pouco de pesar. Era difícil dizer aquilo sabendo que seu pai realmente estava empenhado em ajudar, contudo não poderia simplesmente dizer que o real problema de Neela era seu namorado abusivo envolvido com a máfia japonesa e que a garota não havia ninguém a recorrer além dela — Deve ser apenas solidão, sabe, pai. Ela me disse há alguns dias que terminou com o namorado.

Ele assentiu silenciosamente com uma expressão de que fingia que engolia aquela explicação.

— De qualquer forma peça para ela ligar para eles dizendo onde vai passar a noite. — pediu desligando a chaleira que começara a chiar.

— Não é como se ela tivesse cinco anos...

— Eu sou pai, certo? Iria querer estar informado sobre coisas como: se minha filha está bem, onde ela tem andado e principalmente com quem — interrompeu em um tom mais sério fazendo Savannah umedecer os lábios e assentir com a cabeça. Por mais que tivesse abandonado-a, ela sabia que ele ligava para sua mãe para saber como as coisas estavam; em outros tempos Savannah diria que era apenas a consciência dele pesando por seus atos, mas hoje, afirmaria com a certeza de que ainda que tivesse tomado aquela decisão egoísta, ele se importava com ela. — Como há algumas horas quando você simplesmente pegou a bicicleta e saiu daqui sem explicação alguma.

A garota engoliu em seco, não tinha uma resposta boa e bem desenvolvida para dá-lo naquele momento.

— Um amigo precisava de mim. — balbuciou colocando o sachê de chá verde descafeinado na xícara de água quente.

Seu pai resmungou alto chamando sua atenção.

— E o que você é agora? O bom samaritano? — a garota suspirou baixo e baixou a cabeça por alguns instantes, depois o homem se aproximou dela e colocou a mão em seu ombro — Filha, eu admiro sua boa vontade e disposição para ajudar seus amigos. Mas não pode tentar abraçar o mundo com as pernas, precisa deixá-los tomarem suas próprias decisões e resolverem seus problemas.

Depois de um longo minuto de silêncio, ela torceu a boca sutilmente e alcançou a xícara de chá.

— Boa noite, pai. — desejou antes de se virar e sair em direção ao quarto onde Neela estava.

No instante que atravessou a porta observou a amiga desligar o celular e dar um certo espaço para que Savannah pudesse sentar-se na cama.

— Obrigada, Savy. — disse segurando a caneca de chá e soprando suavemente na tentativa de esfria-lo um pouco mais.

— Tudo bem. Agora já pode me contar o que aconteceu. — começou ela e observou Neela baixar a caneca e soltar um suspiro baixo.

— Foi o Takashi.

— Típico. — retorquiu Savy contendo um tom mais indignado.

— E-eu tentei terminar tudo hoje — continuou olhando fundo nos olhos da amiga. Savannah ajeitou a postura e franziu o cenho.

— E então? — indicou com a cabeça para que ela continuasse.

— Ele me ameaçou... Eu nunca tinha visto ele daquele jeito, tão cheio de ódio e negação, fiquei com medo de acabar comigo ali mesmo. — ela fungou baixo e bebeu um curto gole do chá — Eu apenas saí de lá, desculpa, ao menos reparei se ele havia me seguido, só vim até aqui porque você é a única pessoa que eu tenho.

— Bom... Se nós duas ainda estamos vivas, talvez ele não tenha te seguido realmente — comentou com um sorriso amargo, aquela ainda era uma situação complicada — O que vai fazer, Neela?

Ela a olhou sincera, balançou a cabeça e relaxou os ombros.

— Eu ainda não sei, preciso de um pouco de tempo para pensar... Mas se o Takashi ainda não veio atrás de mim talvez ache que eu esteja blefando com ele.

Savannah ergueu a sobrancelha e a encarou firmemente:

— E você está?

Neela ficou em silêncio por alguns segundos e por fim respondeu com firmeza na voz:

— Não. Eu sei o que eu quero. Minha paz e liberdade de volta.

— Você vai precisar ser forte, Neela — declarou Savannah esticando a mão para ela aproximar-se de um abraço.

— Eu sei.

Ela abraçou fortemente Savannah e depois afastou-se lentamente.

— Mas pode ficar aqui até decidir o que vai fazer. Eu não vou te deixar, prometo. — garantiu Savy.

A garota sorriu abertamente e dirigiu-lhe uma piscadela.

— Vai dormir aqui hoje?

— Claro que não, vou para o sofá antes que meu pai venha verificar se não estamos fazendo nada de errado — brincou levantando-se da cama e fazendo Neela gargalhar um pouco naquela noite.






˚·*'' to be continued ༻



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro