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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘵𝘸𝘦𝘯𝘵𝘺-𝘴𝘦𝘷𝘦𝘯 〕

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ON A MISSION

POINT OF VIEW

Savannah Boswell

Akihabara com sua agitação costumeira fez Savannah sorrir um pouco e tranquilizar-se mais. O grande fluxo de pessoas locais ou turistas, as músicas animadas japonesas que vinham das lojas de eletrônicos ou de fliperamas levantavam um pouco mais seu humor, que andavam um pouco carrancudo devido às preocupações de dois dias atrás até o presente.

Neela andara recebendo ameaças de DK através de mensagens. Ele está fora de si, repetia a amiga sempre que o celular vibrava indicando uma nova notificação. Savannah tentava aguentar pela as duas, porém sentia-se extremamente cansada. Era a palavra certa: cansada, consumida, exausta e fraca. Talvez seu pai tivesse razão, não dava para abraçar o mundo com as pernas, era impossível. Contudo tentava suportar por Neela, ela merecia ser livre de tudo aquilo, deveria recomeçar longe daquele local e daquelas pessoas. Aquele mundo cheio de violência e perigo, era doentio e corruptivo.

Porém estava cansada, queria sentir Tóquio finalmente, sua nova vida e realidade, ansiava por paz e quietude mais que tudo. Sabia que estava sendo egoísta, mas pensar naquilo era bom, soava como se fosse uma criança inocente desejando algo improvável de se ter.

A floricultura da senhora Hiroki permanecia a mesma, com suas flores e plantas convidativas na entrada. Ela entrou e escutou o sino repicar e tocar, chamando a atenção de qualquer que fosse o funcionário ali, há alguns meses quando Savy trabalhava no local ela ergueria o pescoço e se arrastaria com sua carranca costumeira para atender quem quer que fosse.

O pagamento era apenas um pretexto para ir até ali, talvez conseguisse que a senhora Hiroki possuísse algum tipo de poder e respeito sobre DK; usaria aquilo como benefício para Neela, seria sua chave de fuga, uma oportunidade para uma vida nova bem longe dali, no entanto não havia contado a ela sobre aquele plano pois sabia que ela recusaria. Ainda que confiasse na senhora Hiroki, Neela não queria muita atenção para aquele caso, tal como a de Kamata, tio de DK. Mas Savannah se certificaria de que não chegaria nesse ponto.

Olha só você! Por que não avisou que viria? Eu teria preparado um café da manhã ou algo do tipo. — exclamou a mulher abrindo os braços e Savannah aproximou daquele abraço gentil e confortável.

Não queria que se incomodasse... E além do mais o assunto que vim tratar com a senhora não seria adequado para um café da manhã preparado com tanto carinho. — limitou-se a dizer com um sorriso forçado.

Ela a olhou com curiosidade e juntou as mãos.

É um assunto sério?

Savannah estalou a língua nos dentes e inclinou a cabeça para o lado.

Quase ingerível pode-se dizer assim — brincou com um sorriso amargo — Mas se trata de algo que precisa saber, e que com todo respeito, senhora Hiroki, você deve a essa pessoa.

Ela deu uma olhada séria em Savannah, como se aquela palavra tivesse a ofendido pessoalmente, "Você deve a essa pessoa", a garota repetiu-a silenciosamente na cabeça enquanto tentava perceber se soava realmente ofensiva, contudo sua análise foi interrompida por um aceno leve na cabeça da japonesa juntamente de mudança de postura.

— Vamos lá para dentro. — disse firmemente ainda que a linha de dúvida entre suas sobrancelhas permanecesse.

Em um silêncio mútuo as duas caminharam pela a floricultura, atravessando a primeira parte do estabelecimento e indo em direção a última seção onde ficava a estufa com seus diversos tipos de plantas e flores, artigos e decorações para jardim, naquela parte era onde ficava o sutil e nada privado escritório da mulher, com uma bancada preenchida por agendas, folhas de contratos, amuletos e incensos, além de um banquinho alto atrás desta.

A senhora Hiroki deu meia volta, sentou-se no banco e incentivou Savannah a fazer o mesmo com um olhar silencioso.

— Vamos logo ao assunto, Savannah. — começou rigidamente e aquilo despertou em Savannah um certo tipo de desconforto, como quando você se depara com um lado que não conhecia de algum amigo ou amiga, bem, não entendia o por que da surpresa, considerando que tinha conhecimento daquela postura da senhora Hiroki, ela jamais a escondeu. Ela sabia caminhar por aqueles dois mundos em um equilíbrio perfeito, o de uma dona de uma floricultura e de uma mulher da máfia.

Não teve ao menos a chance de abrir a boca para começar a falar; primeiro escutou a porta da floricultura bater com força e passos rápidos e pesados se chocarem com força contra o piso de madeira, Savannah virou-se e não esboçou reação alguma quando a figura de DK aproximou-se dela com uma fúria incontrolável nos olhos. As mãos grandes e quentes devido a adrenalina, seguraram fortemente seu pescoço e a empurraram contra uma parede de vasos para plantas, soube disso no instante em que escutou o barulho das cerâmicas quebrarem no chão, contudo seu olhar permanecia nos do homem em sua frente, sua órbitas pretas e vazias a encaravam firmemente ao que os dedos se fechavam mais em volta do seu pescoço.

Takashi! — a voz da senhora Hiroki sobressaiu alta e autoritária quando viu a garota tentar retirar e arranhar a mão do homem em sinal de desespero, sentindo a falta do oxigênio — Você vai vai matá-la.

Savannah tateou a mão em uma dos vasos de cerâmica atrás de si, na estante com vários deles, usando o desespero e a raiva que pareciam estourar em seu peito, como impulso pegou um deles e quebrou-o com força na cabeça de DK, que cambaleou para trás silvando de dor. A garota pensou em sair correndo dali antes que ele se recuperasse e retornasse sua atenção para si, recordando-se de tudo o que já fizera para ele; Todos os desafios, as intrigas, estranhamentos. Contudo ele foi rápido, feito um relâmpago e recompôs sua postura ligeiramente, seus olhos dessa vez estavam incrédulos mas a aversão ainda estava lá, o sentimento de desdém preenchia cada centímetro do seu rosto.

Savannah deu passos lentos e calculados até o balcão, respirando forte, como se a qualquer momento as mãos dele retornassem ao seu pescoço e impedisse que ela pudesse sentir o ar enchendo os pulmões novamente. Ele ergueu o dedo em sua direção e pronunciou entre dentes:

— Eu já aliviei demais para você, Savannah. Não deveria ter atravessado o meu caminho e o de Neela mais de uma vez — sua voz estava carregada de dor e ódio ao que seus olhos brilhavam — Peça para que ela volte ou então seus amigos e seu pai, vão pagar por suas ações.

Agora já chega! Vá embora, Takashi! — gritou a senhora Hiroki batendo com força na bancada.

Ele olhou por cima do ombro de Savannah, na direção da avó.

Esse assunto é entre mim e ela, obaasan. — sua atenção retornou para Savannah que mordia a bochecha internamente e reprimia algumas lágrimas — Se você for esperta vai fazer o certo. Mande ela de volta e não se aproxime novamente. É o meu último aviso — declarou baixo, mas não menos furioso. DK virou-se e afastou-se de Savannah, pisando nos pedaços de cerâmicas quebradas no chão. Após observá-lo atravessar a estufa e deixar a floricultura, a garota olhou ao redor; Tudo parecia um caos, adubo pelo chão, vasos quebrados e até mesmo alguns pingos de sangue no qual Savy deduziu que fosse do homem.

Ela se virou e olhou a expressão aterrorizada e incrédula da senhora Hiroki:

— Acho que ele resumiu o tal assunto — brincou em um tom baixo observando a mulher em sua frente balançar a cabeça repreensiva. Savannah engoliu em seco e passou a mão no cabelo — Eu vou ajudar a senhora a ajeitar tudo isso.

A senhora Hiroki aproximou-se lentamente e colocou a mão no ombro da garota:

Vá para casa, criança.

Não pode conversar com ele? — estava desesperada, se agarrando a qualquer coisa — Aqui não faz bem a Neela. Você não pode ajudá-la?

Não. — disse ela — Não há nada que eu possa fazer — fervilhou com um olhar gelado , isso é problema deles dois. Eu os criei e os eduquei, ensinei o certo e o errado... Para agora viverem dessa forma! Isso está muito além da minha ajuda, já fiz tudo o possível por eles dois.

A boca de Savannah definiu-se em uma linha dura. Era isto. Não havia uma fagulha de esperança ou consideração na expressão da senhora Hiroki, pois ela estava firme e decidida na sua resposta. Não tinha mais nada o que fazer ali.

Alguns minutos de um profundo e cruel silêncio se instalaram entre as duas.

Ela confia na senhora, sabia? E aposto que a mãe dela também. — concluiu encarando-a no fundo dos olhos. Não desejava que aquelas fossem suas últimas palavras para a mulher que tanto lhe ajudou, contudo não conseguiu controlar-se, a emoção e o ressentimento haviam falado mais alto.

Deu-lhe as costas e baixou a cabeça caminhando lentamente até a saída, entretanto ainda pode escutar uma última frase da senhora Hiroki.

Esse assunto está além de sua ajuda também, Savannah. Faça o que ele pediu e vá viver sua vida.

As palavras atingiram a garota, que suspirou baixo e empurrou a porta com uma derrota interior.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

Tinha pensado que a volta para casa seria mais animadora. Estava decidida em convencer a senhora Hiroki, e retornar com uma notícia satisfatória para Neela, talvez escutasse alguns protestos e resmungos sobre como ela não deveria ter ido visitar a mulher e pedir algo como aquilo, sua liberdade, porém no fim ela cederia, demonstrando que uma parte no seu interior sentia-se agradecida e aliviada pela a decisão de Savannah; quem sabe até sairiam ou comemorariam.

Mas não era o caso; não havia o que comemorar. O corpo de Savannah estava fraco, sua garganta estava seca e dolorida. Sua cabeça girava e fazia questão de lembrar as palavras sinceras e ameaçadoras de DK "Seus amigos e seu pai vão pagar por suas ações", já tinha escutado aquele alerta de Twinkie há algumas semanas: "Então pensa um pouco mais sobre suas atitudes, porque elas afetam cada um de nós. Aquilo era uma verdade... Uma verdade crua estampada na sua cara desde o começo. Era uma perfeita idiota por pensar que conseguiria sair daquela sem se ferrar, ou pior que alguém próximo não fosse atingido. Tinha subestimado demais DK desde o primeiro dia em que colocara os pés ali; o seu ego inflado assim como o dele, a arrogância em pensar que nada lhe aconteceria, em desafiar qualquer um com uma tipo de ar superior, a impulsividade que corria em suas veias. E se afinal sempre foi igual a ele? E por essa razão o odiava profundamente, por existir essa parte nele que ela também compartilhava e tentava suprimi-la.

Detestava pensar e listar as inúmeras diferenças que possuía com DK e afastar seu único dever naquela noite: esquecer Neela. Sentia-se egoísta e covarde em fazer aquilo. Mandá-la de volta ao predador. Contudo havia mais pessoas em jogo, pessoas que não tinham nada a ver com aquilo.

A casa estava calma. As luzes do corredor, do quarto de Savannah e da cozinha estavam acesas, um cheiro familiar vindo deste último cômodo fez a garota sentir o estômago roncar levemente e ela virou-se para encarar Neela organizando a mesa. Savannah sentiu o peito doer assim como sua garganta, ela deu passos lentos até a amiga:

— Oi! Já estava ficando preocupada. — disse ela apoiando o peso na outra perna e olhando-a com um grande alívio — Seu pai saiu há algum tempo para trabalhar. Ele é uma pessoa muito boa, Savy, agradeci bastante por ele deixar que eu ficasse aqui.

Savannah olhou para baixo, puxou uma das cadeiras e sentou-se com um pouco de dificuldade ao que tentava segurar um gemido de dor que queria escapar de seus lábios.

Neela não deixou aquele detalhe escapar e logo olhou-a preocupada:

— Aconteceu alguma coisa?

Ela respirou fundo por um momento, na tentativa de achar palavras e no outro a olhou com pesar no olhar e confessou:

— Você vai ter que ir embora...

A expressão de Neela partiu seu coração, mas tinha que ser forte.

— Voltar para ele. — completou Savy.

Os olhos da garota em sua frente brilhavam e seu rosto estava marcado pelo medo e a decepção.

— Mas o-o que aconteceu exatamente? Por que de repente você decidiu isso? — gaguejou exasperada gesticulando com as mãos.

— Não é uma decisão, Neela, eu te prometo! Eu vou tentar arranjar um outro jeito de acabar com isso — retorquiu levantando-se da cadeira e aproximando-se da amiga que balançava a cabeça inconformada — Eu só preciso de um tempo pra poder pensar e... — balbuciou se atropelando nas palavras. Sabia que tudo aquilo era apenas para amenizar a situação. Não havia outro plano ou outro jeito.

— Ele te ameaçou? — quis saber em um tom baixo.

Savannah balançou com a cabeça negando.

— Ao meu pai.

Ela suspirou profundamente por um momento e silenciou-se, no instante seguinte concordou com a cabeça.

— Eu vou pensar em algo também — sua voz soou firme e decidida — , por enquanto é melhor que nós não tenhamos contato direto. Conhecendo bem Takashi, ele vai pedir que o Morimoto fique de olho em mim no colégio.

Savy assentiu compreensivamente.

— Vou resolver tudo isso, prometo. Preciso ser forte. — repetiu Neela as mesmas palavras que Savannah lhe dissera na noite anterior.

— Eu não queria ser covarde e fraca... — disse Savy em um tom baixo e desapontado — Mas eu estou tão cansada, Neela, e sei que você também, mas...

A outra garota aproximou-se de Savannah e puxou-a para um abraço forte e solidário. A americana sentiu-se um pouco melhor no conforto dos braços da amiga, e aproveitou aquele calor familiar e protetor que ela tanto gostava. No entanto ainda que as palavras de consolo tivessem sido proferidas por Neela, a garota ainda sentia uma pontada de derrota e falha espalhar-se em seu interior, aquela pontada que lhe era tão familiar, no qual não sentia-a há algum tempo, no qual trazia consigo uma sensação desagradável... A de não ter podido feito mais.




˚·*'' to be continued ༻




nota da autora

mais para frente vou dedicar um capítulo exclusivo a savannah, prometo. ela é uma das personagens com a personalidade mais complexa e profunda que eu já criei, e por essa razão que eu amooo escrever o ponto de vista dela. e ainda nesse ponto, então... o que vocês acharam? a savy fez a escolha certa em relação a neela? 

digam ai nos comentários o que acharam do capítulo, e por fim é com pesar no coração que bato o gongo e declaro:


a fanfic está em sua reta final!


mas adianto a vocês que tem um conteúdo bemmmm legal que eu estou preparando antes do grande finale. 
ansiosos? tristes? animados?
rsrsrsr até sábado!

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